A teoria do
espelho foi a primeira a surgir no campo jornalístico. Essa teoria do
jornalismo se inspira no fisiologismo do
filósofo francês Auguste Conte e se baseia na objetividade,que,apesar de
atualmente ser posta frequentemente em causa,marcou durante muitos anos o
conceito do jornalismo.
Na psicanálise
da Comunicação, a teoria do espelho, de acordo com Nélson Traquina (2002),o
jornalista é um comunicador desinteressado,ou seja,é um agente que não tem
interesses específicos a defender,que o desviem da sua missão de
informar,procurar a verdade,contando o que aconteceu,doa a quem doer. A psicanálise
da Comunicação ainda diz que,segundo essa teoria jornalística,o exercício do
jornalismo deve refletir exatamente e realidade, como um espelho.
Entretanto, caro
leitor (a): Será que o conceito de verdade pode ser considerado algo tão
objetivo assim ?.Vejam bem : A mesma psicanálise da Comunicação diz que o
jornalismo tem a sua verdade individual,pois cada veículo de comunicação tem á
sua própria verdade refletida na suas respectivas linhas editoriais.
A
Comunicação Social em si talvez seja uma ciência em que cada comunicador ou
veículo de imprensa tem as suas próprias verdades,e sendo assim,talvez cada
comunicador na profissão jornalística acredita estar procurando a verdade,como
se estivesse refletindo como um espelho.
O que
inevitavelmente nos leva á seguinte pergunta.Será que de fato o jornalista é
realmente um comunicador desinteressado e um agente sem interesses específicos a
defender ? Sim caro (a) leitor (a): Pois segundo a própria psicologia da
Comunicação,o público tem seus respectivos interesses quando procuram matérias
de determinado veículo de comunicação,pois aquela linha editorial representa
sua própria verdade.
Durante o
meu curso de Jornalismo na FIAAM FAAM, estudei na biblioteca da universidade, as
verdades da psicanálise da Comunicação, e segundo as essas teorias, o
jornalismo e suas varias vertentes apenas refletem os interesses do público e
dos comunicadores nas respectivas linhas editoriais.
Sendo assim:
Fica a pergunta. Será que na psicanálise da Comunicação, a Teoria do Espelho
apenas não reflete as verdades de cada veículo de imprensa e dos seus respectivos
públicos? Será que os veículos de imprensa e o seus leitores apenas não querem
procurar e refletir apenas as suas verdades mais intimas como um espelho? Será
que a psicanálise da Comunicação apenas não confirma que a teoria do espelho é
a verdade intima de cada um nas respectivas linhas editorias do campo jornalístico?
Talvez essas perguntas possam ser feitas se
aplicarmos a psicanálise da Comunicação nos conceitos de Walter Lippmann no
livro Opinião Pública. Segundo o que eu entendi na leitura do livro, o exercício
do jornalismo é o recrutamento do interesse público no conceito do próprio exercício
da Comunicação.
Então temos que
fazer talvez uma outra pergunta :Partindo do conceito que a prática do
jornalismo é o recrutamento do interesse público,então não poderíamos nos
perguntar se o simples fato em recrutar o interesse público,já não reflete de
que o jornalista tem sim interesse específicos a defender no campo da
comunicação?,Será que o jornalismo não seria a verdade intima de cada pessoa
refletida como um espelho?.Não seria as suas próprias verdades refletidas como um espelho que os veículos de comunicação não procurem com seus respectivos telespectadores ?
Será que a psicanálise
da Comunicação apenas diz que as diferentes linhas editoriais não são apenas as
verdades das pessoas refletindo com o brilho de um espelho?
E assim, talvez
caminhe o próprio jornalismo segundo a psicanálise da Comunicação.
E assim
também caminha a humanidade.
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