De acordo com a matéria de hoje do Jornal Estado de São Paulo,
ao final do primeiro mandato de Jair Bolsonaro,a taxa de satisfação com o
governo (percentual da população que considera a gestão do país ótima ou boa) é
quase a mesma do ex presidente Fernando Collor no mesmo período.
A série histórica das pesquisas Ibope mostra que as
semelhanças não se limitam ao percentual de avaliações positivas que Bolsonaro
e Colllor exibiam depois de praticamente 365 dias no poder.A evolução – ou reversão
– de seus números segue um ritmo parecido,segundo relata a reportagem do
Estadão.
Os dois começaram o mandato com uma taxa de satisfação pouco
inferior a 50 %,mas esta logo diminuiu.As pesquisas evidenciaram quedas
incisivas perto dos quatro meses de gestão: um recuo de 12 pontos percentuais
no caso de Collor e 14 no caso de Bolsonaro.Depois dos desmoronamentos,não
vieram recuperações solidas,mas sim tropeços e soluços.segundo afirma a matéria
do jornal.
Eleito em 1989,o político alagoano anunciou uma série de
reformas econômicas logo no dia seguinte a posse.Entre as intervenções do
pacote que ficou conhecido como Plano Collor estava o confisco das cadernetas
de poupança da população.As medidas iniciaram uma crise política que culminou
no afastamento do presidente ao fim de 933 dias de governo,segundo relata a reportagem
do Estadão.
Bolsonaro não congelou o dinheiro dos brasileiros, mas viu
sua aprovação derreter de maneira semelhante. Ele, seus filhos e seus ministros
foram personagens de crises diplomáticas, guerras culturais e intervenções, segundo
relata a reportagem do Estadão.
Á você que está me lendo eu digo : Fernando Collor foi eleito
em 1989 com um forte discurso moralista prometendo ser o “caçador de marajás”,o
ex governador de Alagoas teve um apoio maciço da grande mídia,pois se vendia
como um grande intelectual da política na época.
Nesse ponto, há uma semelhança com a eleição de Jair
Bolsonaro em 2018. PT, PSDB e MDB, que são os três maiores partidos políticos
do Brasil, tinham seus principais caciques cada vez mais envolvidos em agendas
policiais,e isso gerou um sentimento de revolta e incredulidade de boa parte
dos brasileiros.
A corrupção escancarada na política tradicional fez com que
Jair Bolsonaro ganhasse adeptos com um forte discurso moralista, aonde prometia
“ que iria levar o congresso nacional a chibatadas” durante a campanha
presidencial.
Os discursos extremamente moralistas de Fernando Collor e
Jair Bolsonaro, ganharam muita força em épocas em que o país vivia um verdadeiro
caos, tanto na era econômica, quanto na área política.
Entretanto, Fernando Collor não fazia discursos autoritários
defendendo regimes ditatoriais, como faz o atual Presidente da República. O ex-governador
alagoano nunca chamou o educador Paulo Freire de energúmeno e tão pouco
defendeu torturadores do governo militar como heróis nacionais. Ou seja: Mesmo
tendo seu governo envolvido em escândalos de corrupção, o ex-presidente
Fernando Collor não tinha a postura tirânica do presidente Jair Bolsonaro.
Mas, entretanto, as trágicas semelhanças, são as enormes
contradições que Fernando Collor e Jair Bolsonaro enfrentam na Presidência de República.
Na época, o ex-governador de Alagoas, que havia prometido ser o “caçador de
marajás”, se viu envolvido em escândalos da pior espécie, caindo em desgraça
com a população que o havia elegido em 1989.
Hoje, o presidente Jair Bolsonaro se encontra nas mesmas contradições
de Fernando Collor, pois seu filho mais velho, o deputado Flávio Bolsonaro,se vê
cada vez mais acossado por graves escândalos de corrupção na ALERJ.No
impeachment de Fernando Collor,a história nos mostrou que uma boa parcela do
eleitorado é extremamente intolerante
com as contradições de mandatários da República.
E assim caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Revista Carta Capital.
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