sábado, 21 de dezembro de 2019

A aprovação do Presidente Jair Bolsonaro.


De acordo com a matéria de hoje do Jornal Estado de São Paulo, ao final do primeiro mandato de Jair Bolsonaro,a taxa de satisfação com o governo (percentual da população que considera a gestão do país ótima ou boa) é quase a mesma do ex presidente Fernando Collor no mesmo período.
A série histórica das pesquisas Ibope mostra que as semelhanças não se limitam ao percentual de avaliações positivas que Bolsonaro e Colllor exibiam depois de praticamente 365 dias no poder.A evolução – ou reversão – de seus números segue um ritmo parecido,segundo relata a reportagem do Estadão.
Os dois começaram o mandato com uma taxa de satisfação pouco inferior a 50 %,mas esta logo diminuiu.As pesquisas evidenciaram quedas incisivas perto dos quatro meses de gestão: um recuo de 12 pontos percentuais no caso de Collor e 14 no caso de Bolsonaro.Depois dos desmoronamentos,não vieram recuperações solidas,mas sim tropeços e soluços.segundo afirma a matéria do jornal.
Eleito em 1989,o político alagoano anunciou uma série de reformas econômicas logo no dia seguinte a posse.Entre as intervenções do pacote que ficou conhecido como Plano Collor estava o confisco das cadernetas de poupança da população.As medidas iniciaram uma crise política que culminou no afastamento do presidente ao fim de 933 dias de governo,segundo relata a reportagem do Estadão.
Bolsonaro não congelou o dinheiro dos brasileiros, mas viu sua aprovação derreter de maneira semelhante. Ele, seus filhos e seus ministros foram personagens de crises diplomáticas, guerras culturais e intervenções, segundo relata a reportagem do Estadão.
Á você que está me lendo eu digo : Fernando Collor foi eleito em 1989 com um forte discurso moralista prometendo ser o “caçador de marajás”,o ex governador de Alagoas teve um apoio maciço da grande mídia,pois se vendia como um grande intelectual da política na época.
Nesse ponto, há uma semelhança com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018. PT, PSDB e MDB, que são os três maiores partidos políticos do Brasil, tinham seus principais caciques cada vez mais envolvidos em agendas policiais,e isso gerou um sentimento de revolta e incredulidade de boa parte dos brasileiros.
A corrupção escancarada na política tradicional fez com que Jair Bolsonaro ganhasse adeptos com um forte discurso moralista, aonde prometia “ que iria levar o congresso nacional a chibatadas” durante a campanha presidencial.
Os discursos extremamente moralistas de Fernando Collor e Jair Bolsonaro, ganharam muita força em épocas em que o país vivia um verdadeiro caos, tanto na era econômica, quanto na área política.
Entretanto, Fernando Collor não fazia discursos autoritários defendendo regimes ditatoriais, como faz o atual Presidente da República. O ex-governador alagoano nunca chamou o educador Paulo Freire de energúmeno e tão pouco defendeu torturadores do governo militar como heróis nacionais. Ou seja: Mesmo tendo seu governo envolvido em escândalos de corrupção, o ex-presidente Fernando Collor não tinha a postura tirânica do presidente Jair Bolsonaro.
Mas, entretanto, as trágicas semelhanças, são as enormes contradições que Fernando Collor e Jair Bolsonaro enfrentam na Presidência de República. Na época, o ex-governador de Alagoas, que havia prometido ser o “caçador de marajás”, se viu envolvido em escândalos da pior espécie, caindo em desgraça com a população que o havia elegido em 1989.
Hoje, o presidente Jair Bolsonaro se encontra nas mesmas contradições de Fernando Collor, pois seu filho mais velho, o deputado Flávio Bolsonaro,se vê cada vez mais acossado por graves escândalos de corrupção na ALERJ.No impeachment de Fernando Collor,a história nos mostrou que uma boa parcela do eleitorado é extremamente  intolerante com as contradições de mandatários da República.



E assim caminha a humanidade.

Credito da Imagem :Revista Carta Capital.


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