sexta-feira, 24 de abril de 2020

A demissão de Mauricio Valeixo.


O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, foi exonerado do cargo. A exoneração ocorreu "a pedido", segundo decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicado no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (24),segundo a reportagem de hoje no Portal G1 da Rede Globo.

Moro, no entanto, foi pego de surpresa pela exoneração - que não ocorreu "a pedido" como diz o Diário Oficial - e ficou indignado. O ministro não assinou a demissão e não esperava que isso ocorresse nesta sexta,segundo o relato do Portal.

Como o cargo é de livre nomeação do presidente, o ministro não precisaria assinar o despacho. Moro pretende dar uma entrevista nesta sexta às 11h, quando deverá anunciar sua demissão, segundo informou a jornalista Camila Bomfim na manhã desta sexta feira.

Presidente Jair Bolsonaro demite diretor-geral da Polícia Federal

Questionado por apoiadores no fim da tarde de quinta-feira, ao chegar à residência oficial do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro não respondeu,segundo o relato do G1.

Ainda em 2018, quando comunicou a escolha de Sergio Moro para o Ministério da Justiça, Bolsonaro disse que o ministro teria "carta branca" e que não influenciaria sobre qualquer cargo da pasta.
"Parabéns à Lava Jato. O recado que eu estou dando a vocês é a própria presença do Sergio Moro no Ministério da Justiça, inclusive Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], para combater a corrupção. Ele pegou o Ministério da Justiça, é integralmente dele o ministério, sequer influência minha existe em qualquer cargo lá daquele ministério. E o compromisso que eu tive com ele é carta branca para o combate à corrupção e ao crime organizado", declarou Bolsonaro em 2018,segundo a reportagem.
Bolsonaro: "Moro terá carta branca para o combate à corrupção",disse o mandatário segundo o G1

O G1 questionou o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça por e-mail, por volta das 6h50 desta sexta-feira, sobre o motivo para a exoneração de Valeixo e a possibilidade de Moro deixar o ministério, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem,segundo o G1 nesta sexta feira (24).

Por volta das 10h desta sexta-feira, Bolsonaro postou em uma rede social a imagem do trecho do Diário Oficial da União em que aparece o decreto com a exoneração de Valeixo, junto com artigo da lei 13.047, de 2014, sobre a carreira policial federal. No post, Bolsonaro reproduziu trecho da lei que determina que o cargo de diretor-geral da PF deve ser nomeado pelo presidente da República,de acordo com o G1 nesta sexta feira.

Á você que está me lendo eu digo: A Operação Lava Jato esmagou completamente PT, MDB e PSDB,que são os três maiores partidos políticos do nosso país. Nos governos Lula e Dilma,  á Policia Federal passou a ter independência como um órgão estatal. Haja vista que lideres petistas foram sangrados pela Policia Federal.

O extermínio dos três grandes partidos políticos do Brasil,deu a Jair Bolsonaro a condição de outsider perante uma boa parcela da população.O outsider é aquele que não encaixa nas convenções da sociedade em que vive.

A imagem de outsider causa o isolamento político do presidente Jair Bolsonaro. Mauricio Valeixo á frente da Policia Federal, incomoda o núcleo político.O que acontece é que a decisão de interferir na Policia Federal contradiz a imagem moralista que o então candidato Jair Bolsonaro vendeu na campanha presidencial.

Jair Bolsonaro mostra claramente que nunca foi o outsider que se mostrava ao eleitor na campanha eleitoral. Sim leitor (a): O mandatário quer fazer uma indicação política na Policia Federal para ter apoio no Congresso Nacional.

Jair Bolsonaro se auto desmente com a interferência na Policia Federal. O presidente mostra que se encaixa perfeitamente nas convenções políticas. E para ter apoio no Congresso, o mandatário tenta inaugurar um governo voltado ao velho toma lá da cá.

Jair Bolsonaro não permite de forma alguma que a oposição faça seu papel.Pelo contrário,o próprio mandatário não abre mão de fabricar as crises do seu próprio governo.A verdade é que o presidente não aceita que nenhum ministro tenha mais popularidade que ele.

Na cabeça de Jair Bolsonaro,um ministro muito popular é um potencial adversário em 2022. E assim segue o presidente fazendo seu próprio papel de oposição. Afinal de contas, o presidente não abre mão do protagonismo. Isso independentemente de ser algo a favor ou contra.



Credito da Imagem :Portal UOL.


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