O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite
Valeixo, foi exonerado do cargo. A exoneração ocorreu "a pedido",
segundo decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da
Justiça, Sergio Moro, e publicado no "Diário Oficial da União" desta
sexta-feira (24),segundo a reportagem de hoje no Portal G1 da Rede Globo.
Moro, no entanto, foi pego de surpresa pela exoneração - que
não ocorreu "a pedido" como diz o Diário Oficial - e ficou indignado.
O ministro não assinou a demissão e não esperava que isso ocorresse nesta
sexta,segundo o relato do Portal.
Como o cargo é de livre nomeação do presidente, o ministro
não precisaria assinar o despacho. Moro pretende dar uma entrevista nesta sexta
às 11h, quando deverá anunciar sua demissão, segundo informou a jornalista
Camila Bomfim na manhã desta sexta feira.
Presidente Jair Bolsonaro demite diretor-geral da Polícia
Federal
Questionado por apoiadores no fim da tarde de quinta-feira,
ao chegar à residência oficial do Palácio da Alvorada, o presidente Jair
Bolsonaro não respondeu,segundo o relato do G1.
Ainda em 2018, quando comunicou a escolha de Sergio Moro para
o Ministério da Justiça, Bolsonaro disse que o ministro teria "carta
branca" e que não influenciaria sobre qualquer cargo da pasta.
"Parabéns à Lava Jato. O recado que eu estou dando a
vocês é a própria presença do Sergio Moro no Ministério da Justiça, inclusive
Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], para combater a
corrupção. Ele pegou o Ministério da Justiça, é integralmente dele o
ministério, sequer influência minha existe em qualquer cargo lá daquele
ministério. E o compromisso que eu tive com ele é carta branca para o combate à
corrupção e ao crime organizado", declarou Bolsonaro em 2018,segundo a
reportagem.
Bolsonaro: "Moro terá carta branca para o combate à
corrupção",disse o mandatário segundo o G1
O G1 questionou o Palácio do Planalto e o Ministério da
Justiça por e-mail, por volta das 6h50 desta sexta-feira, sobre o motivo para a
exoneração de Valeixo e a possibilidade de Moro deixar o ministério, mas não
obteve resposta até a última atualização desta reportagem,segundo o G1 nesta
sexta feira (24).
Por volta das 10h desta sexta-feira, Bolsonaro postou em uma
rede social a imagem do trecho do Diário Oficial da União em que aparece o
decreto com a exoneração de Valeixo, junto com artigo da lei 13.047, de 2014,
sobre a carreira policial federal. No post, Bolsonaro reproduziu trecho da lei
que determina que o cargo de diretor-geral da PF deve ser nomeado pelo
presidente da República,de acordo com o G1 nesta sexta feira.
Á você que está me lendo eu digo: A Operação Lava Jato
esmagou completamente PT, MDB e PSDB,que são os três maiores partidos políticos
do nosso país. Nos governos Lula e Dilma,
á Policia Federal passou a ter independência como um órgão estatal. Haja
vista que lideres petistas foram sangrados pela Policia Federal.
O extermínio dos três grandes partidos políticos do
Brasil,deu a Jair Bolsonaro a condição de outsider perante uma boa parcela da
população.O outsider é aquele que não encaixa nas convenções da sociedade em
que vive.
A imagem de outsider causa o isolamento político do
presidente Jair Bolsonaro. Mauricio Valeixo á frente da Policia Federal,
incomoda o núcleo político.O que acontece é que a decisão de interferir na
Policia Federal contradiz a imagem moralista que o então candidato Jair
Bolsonaro vendeu na campanha presidencial.
Jair Bolsonaro mostra claramente que nunca foi o outsider que
se mostrava ao eleitor na campanha eleitoral. Sim leitor (a): O mandatário quer
fazer uma indicação política na Policia Federal para ter apoio no Congresso
Nacional.
Jair Bolsonaro se auto desmente com a interferência na
Policia Federal. O presidente mostra que se encaixa perfeitamente nas
convenções políticas. E para ter apoio no Congresso, o mandatário tenta
inaugurar um governo voltado ao velho toma lá da cá.
Jair Bolsonaro não permite de forma alguma que a oposição
faça seu papel.Pelo contrário,o próprio mandatário não abre mão de fabricar as
crises do seu próprio governo.A verdade é que o presidente não aceita que
nenhum ministro tenha mais popularidade que ele.
Na cabeça de Jair Bolsonaro,um ministro muito popular é um
potencial adversário em 2022. E assim segue o presidente fazendo seu próprio
papel de oposição. Afinal de contas, o presidente não abre mão do protagonismo.
Isso independentemente de ser algo a favor ou contra.
Credito da Imagem :Portal UOL.
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