Antes mesmo da saída de Sergio Moro do governo, o presidente
Bolsonaro já havia liberado assessores para negociarem com os partidos do
chamado centrão. O objetivo era buscar apoio no Congresso para votar medidas de
interesse do governo na agenda pós-pandemia,de acordo com a jornalista Andreia
Sadi no seu blog no Portal G1 da Rede Globo.
Agora, a negociação ganhou outros contornos: o Planalto quer
garantir uma base de apoio no Congresso contra um eventual processo de
impeachment baseado no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para
apurar declarações de Moro,segundo o relato da comentarista na manhã de hoje.
O governo se prepara juridicamente desde o final de semana
para o desdobramento do inquérito no STF que vai apurar a acusação de Moro de
interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal. O Planalto aguarda
“mais munição” por parte de Moro, inclusive na CPI da FakeNews, caso ele seja
chamado para falar,segundo a jornalista nesta quarta feira (29).
Por isso, para controlar o desgaste político no Congresso,
com processos contra Bolsonaro, o governo precisa de apoio,de acordo com o
relato da jornalista.
Um general avaliou ao blog temer que, se a situação se
agravar, o governo Bolsonaro viva a mesma situação de Michel Temer após a
denúncia de Joesley Batista: sobreviva politicamente mas com o governo
inviabilizado em matérias econômicas e relevantes para o país. Mas, para
sobreviver politicamente, Bolsonaro precisa de apoio. Por isso isso a
necessidade de negociar com o centrão,segundo a comentarista da Rede Globo.
Os partidos do centrão, maior bloco da Câmara, têm conversado
há semanas com articuladores políticos do governo,segundo Andreia Sadi.
Cargos de 2º e 3º escalão e ministérios
Os interlocutores do presidente já prometeram cargos de
segundo e terceiro escalão, mas ainda não entregaram. Com a saída de Moro,
esses dirigentes partidários pressionam agora também por ministérios. Para
isso, o presidente precisará desalojar atuais ministros, além de comprar briga
com sua base de apoiadores eleitoral. Motivo: o presidente se elegeu com
discurso de que não faria o “toma lá, dá cá”, que é a troca de cargos por
apoio,segundo o relato da jornalista.
Mas é exatamente isso que está sendo negociado pelo Planalto
com o centrão - inclusive, com o objetivo de esvaziar o poder de Rodrigo Maia,
presidente da Câmara, que é visto como adversário pelo Planalto e tem como
sustentação o apoio desses partidos,de acordo com a comunicadora.
Entre os ministérios cobiçados pelo centrão, estão a pasta da
Agricultura (hoje com Tereza Cristina) e Ciência e Tecnologia (Marcos
Pontes),de acordo com o relato da jornalista.
Também cobram o segundo e o terceiro escalão do ministério da
Saúde. Quando ministro, Mandetta chegou a alertar nos bastidores aliados de
Moro a respeito dessa movimentação dos partidos do centrão,segundo afirma a
jornalista.
Moro, então ministro, avaliava que essa negociação era
incompatível com sua biografia.
O Planalto também identificou nos últimos dias um novo alvo
da ala ideológica nas redes sociais: a secretária de Cultura, Regina
Duarte,segundo a jornalista nesta quarta feira (29).
A ala política do governo tenta afastar as especulações de
que ela deixará o governo, mas se frustrou com as manifestações do presidente
nesta terça-feira. Ao ser questionado sobre a permanência de Regina no governo,
Bolsonaro disse que só presidente e vice não podem ser trocados,de acordo com a
comunicadora.
Á você que está me
lendo eu digo: A Operação Lava Jato esmagou completamente PT,MDB e PSDB,que são
os três maiores partidos políticos do nosso país. Nos governos Lula e Dilma, a
Policia Federal passou a ter independência como um órgão estatal.
O extermínio dos
três grandes partidos políticos do Brasil,deu a Jair Bolsonaro a condição de
outsider perante uma boa parcela da população.O outsider é aquele que não
encaixa nas convenções da sociedade em que vive.
A imagem de
outsider causa o isolamento político do presidente Jair Bolsonaro. Mauricio
Valeixo á frente da Policia Federal, incomoda o núcleo político.O que acontece
é que a decisão de interferir na Policia Federal contradiz a imagem moralista
que o então candidato Jair Bolsonaro vendeu na campanha presidencial.
Jair Bolsonaro
mostra claramente que nunca foi o outsider que se mostrava ao eleitor na
campanha eleitoral. Sim leitor (a): O mandatário quer fazer uma indicação
política na Policia Federal para ter apoio no Congresso Nacional.
Jair Bolsonaro se
auto desmente com a interferência na Policia Federal. O presidente mostra que
se encaixa perfeitamente nas convenções políticas. E para ter apoio no
Congresso, o mandatário tenta inaugurar um governo voltado ao velho toma lá da
cá
O Presidente Jair Bolsonaro ao se contradizer diariamente, está
reproduzindo o vírus do fisiologismo dos mesmos políticos de sempre. Mas
pensando bem. Jair Bolsonaro não está sendo presidente, mas apenas Jair
Bolsonaro.
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