O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro
prestou depoimento de mais de oito horas neste sábado (2) na Superintendência
da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O depoimento começou pouco depois das 14h
e terminou por volta das 22h40. Moro deixou o prédio no começo da madrugada
deste domingo (3), pelos fundos, sem dar entrevista,segundo a reportagem de
hoje do Portal G1 da Rede Globo.
No depoimento, ele foi questionado sobre as acusações de que
o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF e em inquéritos
relacionados a familiares. As acusações foram feitas pelo ex-ministro quando
ele anunciou sua saída do governo, há uma semana,de acordo com o relato do
veiculo.
O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) para investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Se não forem, o
ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes
contra a honra,segundo o relato da reportagem,neste domingo (3).
O depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello,
relator do caso, e foi colhido presencialmente por delegados da PF e
acompanhado pelos procuradores que tiveram autorização do ministro do STF. São
eles: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis
Mesquita,de acordo com o relato do Portal.
De acordo com informações da RPC, Moro foi ouvido em uma sala
ampla com a distância recomendada por causa do coronavírus e com Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs),de acordo com o G1.
O depoimento foi conduzido pela delegada Christiane Correa
Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq)
Mensagens trocadas pelo ex-ministro e reveladas pelo Jornal
Nacional mostram que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tentou
convencer Moro a permanecer no cargo, em meio à polêmica envolvendo a troca de
comando da Polícia Federal,de acordo com o relato do Portal.
A parlamentar se ofereceu para tentar convencer o presidente
da República a indicá-lo para uma vaga de ministro do STF. Moro deixou o
governo após Bolsonaro ter demitido o delegado Maurício Valeixo do comando da
PF,segundo afirma o G1.
O pedido de redução do prazo para que Moro fosse ouvido foi
enviado ao STF na tarde de quinta-feira (30) por três parlamentares: o senador
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe
Rigoni (PSB-ES),segundo a matéria do Portal.
“A gravidade das acusações dirigidas ao presidente da República,
em nosso entendimento, somada à grave crise política pela qual atravessa o
país, leva a crer que o prazo de 60 (sessenta) dias para a realização da
diligência em tela pode se demonstrar excessivo, mormente porque o
prolongamento da crise política resulta em prejuízos para o combate às
concomitantes crises na Saúde e na Economia. Nesse sentido, a elasticidade do
prazo concedido pode redundar em iminente risco de perecimento das provas”,
argumentaram os congressistas,segundo cita a reportagem do G1.
Á você que está me lendo eu digo: Jair Bolsonaro tem
fabricado crises no governo desde a sua posse. O mandatário se recusa a atender
o bom senso que pede o cargo de Presidente da República.
O ex-militar tem sido a maior oposição ao governo devido ao
seu estilo autoritário. A crise do corona vírus expos a falta de preparo de
Jair Bolsonaro para o cargo de Presidente da República. Bolsonaro se recusa a
entender que os poderes de um chefe do executivo são delimitados pela
Constituição Federal.
Ao contrário, ele mostra seu estilo autoritário, provocando
seguidas crises com o Supremo Tribunal Federal. O decoro não é o forte de Jair
Bolsonaro.Isso ficou absolutamente claro na demissão do ex Ministro da Saúde
Luiz Henrique Mandetta no auge da crise do corona vírus.
Agora o mandatário tenta interferir na Policia Federal. Jair
Bolsonaro faz o que nem mesmo Lula e Dilma se atreveram a fazer. E olha que
tivemos importantes figuras petistas envolvidas no Mensalão e no Petrolão.
Jair Bolsonaro não considerou os estragos que Sergio Moro
poderia fazer no governo. A falta de bom senso do Presidente faz com que ele
veja qualquer ministro do seu governo como um potencial adversário.
Certamente Sergio Moro vai apresentar provas das acusações
feitas contra Jair Bolsonaro. O autoritarismo do mandatário continua conduzindo
o governo ao suicídio. Definitivamente o decoro não combina com Jair Bolsonaro.
O estilo tirânico do Presidente não permite que os partidos
de oposição façam o seu papel natural. Jair Bolsonaro continua sendo a
principal oposição ao seu próprio governo. O Presidente não abre mão do
protagonismo. Ainda que este leve a destruição dos que seus próprios ministros
tentam construir.
O ex-magistrado pode apresentar mais provas contra Jair
Bolsonaro,o que pode caracterizar crime de responsabilidade. Para tentar se blindar,
o mandatário reproduz o vírus do fisiologismo. Ao tentar se aproximar dos políticos
do centrão,o presidente Jair Bolsonaro mostra claramente que possui os mesmos vícios
dos velhos políticos de sempre.
Jair Bolsonaro vai mostrando ao Brasil que nunca foi o
outsider que seus eleitores imaginavam durante a campanha eleitoral. Na hora se
salvar sua pele,o ex militar se desmente diariamente.Ou seja: Fica provado que
não existe a velha ou a nova política.Assim como não existe um outsider para
que parte dos brasileiros possam chamar de seu. Assim como a corrupção não
escolhe espectro político. O vírus do fisiologismo também não tem cara nem
ideologia.
E assim caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Revista Carta Capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário