domingo, 8 de maio de 2022

Uma grande questão.

 Apesar do mercado de trabalho ainda fraco, muitos brasileiros estão se 'desapegando' dos seus empregos.

Do total de 1.816.882 desligamentos registrados em março, 603.136 foram voluntários, ou seja, a pedido do trabalhador – o equivalente a 33,2% do total. Isso em meio a um desemprego que atinge 12 milhões de brasileiros.

O levantamento feito pela LCA Consultores leva em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que coTrata-se do maior número de demissões a pedido em um único mês desde janeiro de 2020, início da série histórica do Caged com a metodologia atual de contagem de vagas

Em fevereiro, que era o recorde até então, foram 560.272 demissões voluntárias, de um total de 1.684.636, o que também equivale a 33,2%. Comparando o mês de março de 2021 com o deste ano, o aumento no pedido de demissões foi de 38%. Já em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento havia sido de 24%.

De acordo com Bruno Imaizumi, responsável pela pesquisa, trata-se de um movimento de continuidade de normalização do mercado de trabalho.

“A gente tem que lembrar que no começo da pandemia muita gente acabou aceitando emprego que não tinha afinidade com suas formações. Agora os efeitos da pandemia estão cada vez menores no mercado de trabalho e tem muita gente que acaba se demitindo para acabar se admitindo em outro lugar em profissões mais condizentes com suas qualificações”, diz.

Home office é empurrão para troca de emprego

O economista complementa que muitas empresas estão voltando para o trabalho presencial. Com isso, para os trabalhadores que viram que essa modalidade não é benéfica em termos de qualidade de vida, essa volta ao ambiente de trabalho acaba pesando na escolha do profissional, que prefere trabalhar de casa em vez de pegar trânsito todos os dias, por exemplo.

“Isso para empregos específicos, mais voltados para o setor de serviços em que seja possível trabalhar de casa”, ressalta.

Foi o caso do analista de finanças Wellington Lima, de 35 anos. Ele trocou um emprego em que ganhava um alto salário e tinha um cargo de gestão para ganhar 50% a menos em uma função bem abaixo da anterior. Tudo para poder trabalhar em casa e ficar perto da família.

“Hoje me sinto pleno, me sinto feliz. A minha remuneração não é a mesma que eu tinha no emprego anterior, mas a remuneração maior é o fato de estar ao lado da família, trabalhar almoçando em casa. Intercalando esse tempo entre trabalho e família, tendo essa flexibilidade, poder trabalhar um pouco mais confortável”, afirma.

Atividades com mais pedidos de demissão

Em relação ao estoque de vagas, ou seja, o total de empregos com carteira assinada, o setor de alojamento e alimentação foi o que mais registrou pedidos de demissão em março. 

Já os setores de Atividades Administrativas e Serviços Complementares; Informação e Comunicação; e Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas vêm em seguida na maior proporção de pedidos de demissão dentro do total de vagas. Nesse último caso, mostra-se um movimento de pedidos de demissão vindo principalmente de profissionais mais qualificados e de setores mais aquecidos, como de TI.

Para obter os dados por setores, Imaizumi fez o ajuste pelo total de trabalhadores dentro de cada atividade (estoque de vagas) para obter maior precisão nas informações, já que no caso do comércio, a quantidade de trabalhadores é significativa.

Segundo Bruno Imaizumi, o setor de alojamento e alimentação aparece em primeiro lugar porque foi uma atividade muito prejudicada pela pandemia.

“Agora com a recuperação desse setor, muitos trabalhadores, com a abertura de novos restaurantes, pousadas e hotéis, estão se demitindo porque estão recebendo ofertas melhores de outros lugares”, explica.

Já os outros três setores com maior proporção de pedidos de demissão estão relacionados a vagas mais técnicas que permitem a realização de trabalho remoto.

Trabalhador busca flexibilidade

Estudo do LinkedIn aponta que 49% dos entrevistados estão considerando mudar de emprego em 2022. Esta porcentagem é ainda mais alta para os profissionais jovens de 16 a 24 anos (61%). Os dois principais motivos são a busca por melhores salários e o desejo por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Outra pesquisa da rede social profissional mostra que 78% dos profissionais afirmam que a pandemia fez com que passassem a querer ou a precisar de mais flexibilidade no trabalho. Cerca de 30% dos entrevistados afirmaram que deixaram seus empregos por falta de políticas flexíveis no último ano e quase 40% já consideraram essa possibilidade em algum momento da carreira. Equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal foi citado por 49% como principal motivo.

A busca por maior remuneração é o principal motivo para 49% dos empregados que pretendem buscar novas oportunidades neste ano, segundo outro levantamento da consultoria Robert Half.

Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, aponta que o percentual de profissionais qualificados com nível superior pedindo demissão vem crescendo trimestre a trimestre, o que indica um importante movimento de busca de oportunidades mais alinhadas ao seu perfil e momento de vida.

Mudança de prioridades

Wellington Lima decidiu sair do emprego justamente porque percebeu que suas prioridades haviam mudado.

A troca veio em um momento em que ele queria estar ao lado da família, independente de remuneração, que hoje não é o fator que mais pesa na balança na hora de escolher uma oportunidade. "O que pesa é a possibilidade do trabalho remoto ou até mesmo híbrido, é uma modalidade que veio para ficar".

Ele trabalhou por um ano em uma empresa agropecuária em Horizontinha, de forma presencial. “Dentro da minha área é tudo o que um profissional almeja. Dei um salto de 10 anos na minha carreira, numa empresa bem conceituada. Foi um upgrade que levaria muito tempo para acontecer se eu não tivesse aceitado esse emprego”, diz.

“Mas comecei a entender que isso não é essencial para a vida de um profissional, de estar pleno na carreira, mas distante da família. A balança pesou mais para esse segundo lado, de que poderia estar cuidando das pessoas que eu amo, trabalhando de forma remota”, completa.

Lima voltou para Curitiba para ficar perto de sua mãe de 77 anos. Desde março, ele trabalha em uma grande empresa de cosméticos, e já começou no novo emprego trabalhando no sítio da família.

O analista financeiro se habituou rápido ao trabalho remoto. “Basta ter um bom notebook e uma boa conexão. E trabalhar num sítio com cachoeira, rio, rodeado pela natureza não tem preço. Não tenho mais que perder tempo no trânsito e chegar estressado no trabalho. Hoje eu acordo, faço um café, tomo um banho, brinco com o cachorro, converso, todo aquele tempo que eu tinha de deslocamento se tornou um ganho que eu dedico pra minha família antes de começar a trabalhar”, conta.

Mudança deve ser planejada, diz especialista

Erika Linhares, executiva especializada em comportamento em empresas, lembra que, em meio a um cenário de desemprego elevado como o de agora, o ideal é ficar no emprego em que está e ir procurando o que deseja.

“O mais importante é saber por que você quer mudar de emprego ou carreira. Então, qualquer momento é momento. Se o motivo for porque está a fim de ir para uma empresa melhor, não precisa largar o emprego para mudar”, diz.

A especialista indica sair de onde está quando conseguir o que quer. “Isso é fazer uma transição de carreira planejada com resiliência e sem passar aperto. Se puder fazer essa transição empregado onde está, é melhor. A gente consegue emprego mais rápido quando está empregado”, afirma.

Segundo Erika, toda mudança profissional deve ser planejada: não dá para mudar na impulsividade, sem planejamento.

“É preciso pensar exatamente em para onde quer ir e entender quais são as exigências da função, quais competências comportamentais e técnicas a empresa exige. E aí se qualificar”. A informação é do Portal G1 da Rede Globo.


















Á você que está me lendo eu digo : Capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e sua operação com fins lucrativos. As características centrais deste sistema incluem, além da propriedade privada, a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca voluntária, um sistema de preços e mercados competitivos.
O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação das riquezas e está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios de produção podem ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles têm a função de gerar renda por meio do trabalho.
O ensino superior, educação superior ou ensino terciário é o nível mais elevado dos sistemas educativos, referindo-se normalmente a uma educação realizada em universidades, faculdades, institutos politécnicos, escolas superiores ou outras instituições que conferem graus académicos ou diplomas profissionais.
Jornalismo é a coleta, investigação e análise de informações para a produção e distribuição de relatórios sobre a interação de eventos, fatos, ideias e pessoas que são notícia e que afetam a sociedade em algum grau. A palavra se aplica à ocupação, aos métodos de coleta de dados e à organização de estilos literários.
Linha editorial é uma política predeterminada pela direção do veículo de comunicação ou pela diretoria da empresa que determina "a lógica pela qual a empresa jornalística enxerga o mundo; ela indica seus valores, aponta seus paradigmas e influencia decisivamente na construção de sua mensagem".
Durante 04 anos e meio, entre Agosto de 2012 á Dezembro de 2016, eu cursei a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).
Durante o período em que eu cursei a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, o estágio não era obrigatório. Sendo uma pessoa com deficiência, que segundo meu laudo médico, apresento uma deficiência, por isso,  não consegui estagiar durante os meus estudos.
Mesmo com minha deficiência, eu concluí a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM), em 22 de Dezembro de 2016. Contudo, eu concluí a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, sem ter feito qualquer estágio. Durante 04 anos e meio, eu apenas estudei.
Apresentando uma deficiência,, eu não tenho um trabalho de acordo com a minha formação universitária. Eu trabalho na Loja Riachuelo do Shopping Ibirapuera, como assistente de vendas, nas vagas para PCDS (Pessoa com deficiência).
No capitalismo, muitos precisam ganhar pouco, para que poucos possam ganhar muito. Meu baixo salário, sustenta uma classe média altíssima, que possuem altíssimos rendimentos.
Caro (a) leitor (a). Você, que é o leitor mais antigo, que me acompanha no blog, desde o seu inicio em 2018, certamente já percebeu que estou mais a esquerda em alguns pontos, ainda que eu esteja muito longe de ser um petista fanático.
Sim leitor (a). Você, que é o leitor mais antigo desde o inicio deste blog em 2018, já leu postagens aonde eu me posiciono contra o marco temporal, em defesa da CLT e do direito a greve, a favor do imposto progressivo e da taxação de grandes fortunas, por exemplo.
Estes pontos em que me encontro mais a esquerda, somada a minha deficiência, me impede de trabalhar em qualquer grande veiculo de comunicação. Os pontos em que eu estou mais a esquerda, me impedem de ter algo compatível com a minha habilitação.
As pessoas buscam remuneração e qualidade de vida nos seus trabalhos. Na maioria dos casos, é isto que leva muitos jovens á ingressarem no ensino superior.
A Riachuelo é uma excelente empresa. Mesmo com a minha deficiência, a Riachuelo sempre me abraçou e me acolheu, desde o meu primeiro dia de casa. 
Contudo, só não saio do meu atual trabalho, devido a minha falta de perspectiva no mercado. 
Apresentando F70.0 da Cid X, segundo meu laudo médico, eu teria extremas dificuldades em tentar me recolocar no mercado, mesmo tendo uma habilitação acadêmica. 
Tendo me habilitado em Jornalismo na Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM), não sou ingênuo á ponto de não entender um capitalismo selvagem, em relação á  uma pessoa com minha condição.
Contudo, os jovens que ingressam no ensino superior, buscam sem sombra de dúvidas, uma remuneração estável, somadas ao bem estar e a qualidade de vida.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Site Portal Imprensa .




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