sábado, 22 de abril de 2023

Um Estado Brasileiro extremamente misógino.

 O Estado é uma entidade com poder soberano para governar um povo dentro de uma área territorial delimitada. Assim, pode-se dizer que os elementos constitutivos do Estado são: poder, povo, território, governo e leis.

Para o sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), o que define o Estado é o monopólio do uso legítimo da força. Isto é, dentro de determinados limites territoriais, nenhum outro grupo ou instituição além do Estado tem o poder de obrigar, cobrar, taxar e punir.

Para além do seu papel de prestador de serviços, o Estado é uma entidade política que exerce poder soberano dentro de um determinado território, e esse poder soberano é geralmente aceito como legítimo pelas pessoas que a ele se submetem (no caso de uma democracia, os cidadãos).

Na sua forma moderna, o Estado é constituído por um conjunto de instituições permanentes que organizam e controlam o funcionamento da sociedade. Os chamados três poderes (executivo, legislativo e judiciário) dividem entre si essas funções.

O poder executivo (governo) cumpre o papel de gerir os serviços públicos (nas áreas da saúde e educação, por exemplo) e executar as leis. O legislativo (parlamento) tem o poder de formular as leis e até alterar a Constituição. Já o poder judiciário (cuja mais alta instância no Brasil é o Supremo Tribunal Federal) cumpre o papel de supervisionar e julgar a aplicação das leis. Segundo a jornalista, mestra e doutora Nadini de Almeida Lopes, no oitavo e ultimo semestre da habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcantara Machado (FIAAM FAAM).

Patriarcado é um sistema social em que homens mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança política, autoridade moral, privilégio social e controle das propriedades. No domínio da família, o pai mantém a autoridade sobre as mulheres e as crianças.

Machismo é a sensação de ser 'viril' e autossuficiente, o conceito associado a "um forte senso de orgulho masculino: uma masculinidade exagerada". Está associado à "responsabilidade de um homem de prover, proteger e defender sua família

O machismo trabalha com a idéia de que os homens são totalmente superiores ás mulheres.

A contratação do técnico Cuca pelo Corinthians, mostra o quanto o Estado Brasileiro, é historicamente inimigos das mulheres. Sendo o Estado Brasileiro, em sua maioria, comandado por homens brancos da alta elite econômica, o Estado Brasileiro, não tem um olhar sensível aos anseios do público feminino.

Misoginia é o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres ou meninas (discriminatório). A misoginia pode se manifestar de várias maneiras, incluindo a exclusão social, a discriminação sexual, hostilidade, androcentrismo, o patriarcado, ideias de privilégio masculino, a depreciação das mulheres, violência contra as mulheres e objetificação sexual. A misoginia pode ser encontrada ocasionalmente dentro de textos antigos relativos a várias mitologias. Vários filósofos e pensadores ocidentais influentes têm sido descritos como misóginos. Na maior parte das sociedades islâmicas atuais, existe uma forte misoginia, com bases religiosas e culturais. 

De acordo com o sociólogo Allan G. Johnson, "a misoginia é uma atitude cultural de ódio às mulheres porque elas são femininas." Johnson argumentou que:

"A misoginia é uma atitude cultural de ódio às mulheres simplesmente porque são femininas. É uma aspecto central do preconceito sexista e da ideologia e, como tal, é uma base importante para a opressão das mulheres nas sociedades dominadas pelo homem. A misoginia manifesta-se de muitas formas diferentes, desde as piadas à pornografia, passando pela violência, até ao autodesprezo que as mulheres podem ser ensinadas a sentir em relação aos seus próprios corpos."

Michael Flood define a misoginia como o ódio às mulheres, e observa:

"A misoginia funciona como uma ideologia ou sistema de crenças que tem acompanhado o patriarcado ou sociedades dominadas pelos homens, durante milhares de anos e continua colocando mulheres em posições subordinadas com acesso limitado ao poder e tomada de decisões. [...] Aristóteles sustentou que mulheres existem como deformidades naturais ou homens imperfeitos (vendo mesmo as menstruações como esperma impuro, a que faltava a parte constituinte da alma). Desde então, as mulheres nas culturas ocidentais internalizaram o seu papel como bodes expiatórios da sociedade, influenciadas no século XXI pela objetificação das mesmas pela mídia, com sua auto-aversao culturalmente sancionada e fixações em cirurgia plástica, anorexia e bulimia."

Um Estado Brasileiro, em que os homens brancos que o comandam, em nada estudam sobre a violencia contra ás mulheres no cotidiano. Os nossos políticos, visando acenar para suas respectivas bases eleitorais, em nada abordam a política como um agente de transformação social.

O medo de perder suas respectivas bases eleitorais nos seus respectivos redutos, fazem os nossos governantes, terem uma onda de comodismo em relação á misoginia contra ás mulheres. 

Contudo, os nossos políticos, são os primeiros a levantarem suas vozes, quando almejam proteger um colega parlamentar encrencado com a justiça ( Independenetmente do espectro político ok leitor (a) ?).

O medo de romper com as bases nos seus respectivos redutos eleitorais, fazem com que nossos governantes, não ajam efetivamente para combater a misoginia e a violencia contra ás mulheres.

E assim segue o Estado Brasileiro. Comandado por homens brancos de uma elite economica. E assim segue o Estado Brasileiro.

Um Estado que não aborda a política como um agente de transformação social.

E segue um Estado Brasileiro. Um Estado que não tem maturidade e repertório, quando se trata de abordar a política brasileira com um agente de transformação social.

Confira a reportagem da Revista Placarhttps://placar.abril.com.br/coluna/tbt-placar/escandalo-de-berna-como-placar-cobriu-condenacao-de-cuca-em-1987/

E assim caminha a humanidade. 

Imagem : Site Oficial do Partido dos Trabalhadores.




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