domingo, 4 de fevereiro de 2024

Uma grande questão.

Cannabis é um gênero de angiospermas que inclui três variedades diferentes: Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis. Estes três táxons são nativos do Centro e do Sul da Ásia  A Cannabis tem sido muito utilizada para a fabricação de fibras (cânhamo), para sementes e óleos de sementes, para fins medicinais e como droga psicoativa. Os produtos industriais de cânhamo são feitos a partir de plantas de Cannabis selecionadas para produzir uma grande quantidade de fibras. Para cumprir a Convenção de Narcóticos da ONU, algumas cepas de cannabis foram criadas para produzir níveis mínimos de THC, o principal constituinte psicoativo responsável pelo "barato" associado com a maconha, que consiste em flores secas de plantas de cannabis criadas de forma selecionada para produzir altos níveis de THC e de outros canabinoides psicoativos. Diversos produtos derivados, incluindo extratos de haxixe, são também produzidos a partir da planta.

Cannabis é uma erva anual, dioica e angiospérmica. As folhas são compostas em forma de palmeira ou digitadas, com folíolos serrilhados. O primeiro par de folhas geralmente tem um folíolo único, que cresce gradualmente até um máximo de cerca de treze folíolos por folha (normalmente sete ou nove), dependendo da variedade e das condições de crescimento. No topo de uma planta angiosperma, a quantidade diminui de novo para um folíolo único por folha. Os pares de folhas inferiores geralmente ocorrem em um arranjo de folhas opostas e os pares de folhas superiores em um arranjo alternativo na haste principal de uma planta madura.

As folhas têm um padrão de venação peculiar que permite que pessoas não familiarizadas com a planta possam distinguir uma folha de uma das espécies de Cannabis, que têm folhas confusamente similares (ver ilustração). Como é comum em folhas dentadas, cada uma tem uma veia central serrilhada estendendo-se até a ponta. Este padrão de venação varia ligeiramente entre as variedades, mas, em geral, é possível observar folhas de cannabis superficialmente semelhantes sem dificuldade e sem equipamento especial. Pequenas amostras de plantas de cannabis também podem ser identificadas com precisão pelo exame microscópico de células da folha e de características semelhantes, mas que exigem conhecimentos e equipamentos especiais. 

Entre as possibilidades de uso medicinal já reconhecida para a Cannabis está seu efeito analgésico sua capacidade sedativa e mio-relaxante, capaz de não só potencializar a ação de opióides, diminuindo seus efeitos colaterais, inclusive de obstipação em portadores de dor crônica. No seu potencial terapêutico também está sua capacidade de restaurar o apetite e/ou controle das náuseas e vômitos sendo por isto utilizada para aliviar sintomas relacionados ao tratamento de câncer, AIDS.

Baker et al. (2003) em artigo para o Lancet acrescenta ainda que já foi utilizada como anticonvulsivante, ansiolítico, analgésico, antiemético para o tratamento de cólicas, asma, e dismenorréia e que vem sendo pesquisada para tratamento doenças neurológicas espásticas (esclerose múltipla e síndrome de Tourette), além das possibilidades terapêuticas de intervenção nos receptores endocanabinóides recentemente descobertos, contudo, este autor alerta sobre a necessidade de maiores pesquisas sobretudo sobre seu possível efeito neuroprotetor.

A Cannabis pode ser considerada um remédio leve e de toxicidade aguda baixa. Há relatos de sucesso no tratamento de depressão e insônia, casos em que os remédios disponíveis no mercado, embora sejam mais eficientes, são também bem mais agressivos e têm maior potencial de dependência. Estudos recentes, mostraram que o THC, principal componente psicoativo da Cannabis, destruiu células cancerígenas em animais induzindo as células cancerígenas a produzirem uma substância gordurosa chamada "ceramida", a qual faz com que a célula cancerosa "devore a si mesma". Outro experimento mostrou que o vírus SIV, variante do HIV em macacos, teve seu avanço freado, sua carga viral e replicação reduzidas.

Incluem-se, em uso medicinal, a redução da pressão intraocular, o controle da epilepsia severa (Síndrome de Dravet) tratamento da esclerose amiotrófica e trauma raquimedular [carece de fontes], bem como a dor de natureza neuropática.

Dois psiquiatras brasileiros, Dartiu Xavier e Eliseu Labigalini, fizeram uma experiência interessante. Incentivaram dependentes de crack a fumar maconha no processo de largar o vício. Resultado: 68% deles abandonaram o crack e, depois, pararam espontaneamente com a maconha, um índice altíssimo. Segundo eles, a maconha é um remédio feito sob medida para combater a dependência de crack e cocaína, porque estimula o apetite e combate a ansiedade, dois problemas sérios para cocainômanos. Dartiu e Eliseu pretendiam continuar as pesquisas, mas se depararam com problemas para conseguir financiamento e apoio dos órgãos públicos à época desta publicação (2002). De acordo com reporagens nos veiculos de imprensa no Brasil.

Grupos supostamente moralistas no judiciário. Tem preconceito contra o uso da cannabis.

O judiciário brasileiro. Exageradamente conservador. Não diferencia as coisas.

Existem mães. Que tem prescrição médica para o uso medicinal da Cannabis para tratar das cormobidades dos filhos.

Saúde pública na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais. Por outro lado como destaca Rosen a aplicação efetiva de tais princípios depende de elementos não-médicos principalmente de fatores econômicos e sociais

Pode-se dizer que a saúde política e económica centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organização social e política das populações, segundo o médico e político Rudolf Virchow (1821-1902), a política é “uma medicina em escala maior”. Contudo alguns autores propõem que a "saúde pública" não deve ser confundida com o conceito mais amplo de saúde coletiva.

A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas, que visem a redução do risco da doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário ás ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único.

O sistema único de saúde será financiado com recursos do orçamento da seguridade social da União, dos Estados , do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes de recurso.

no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15%.

O direito pleno e igualitário á saúde, deve ser viabilizado por políticas de saúde pública, que garantam o acesso universal e igualitário, mais promoção e proteção ao lado da recuperação da saúde. De acordo com as informações do autor Guilherme Pena de Moraes, no meu livro sobre a Constituição Federal do Brasil. 

Como cidadão e jornalista, eu sou favorável ao uso da maconha para fins  medicinais. Esta questão não deve ser tratada com um falso moralismo no Brasil.

A Constituição Federal do Brasil, garante políticas de saúde pública, como uma garantia do acesso universal e igualitário a saúde no país. E sendo assim. Eu sou favorável ao uso da maconha, para fins exclusivamente medicinais, aonde se vise a preservação da vida e da saúde no Brasil.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Portal G1 da Rede Globo.





 




 

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