sexta-feira, 7 de junho de 2024

Uma questão atual.

 Abertura para mulheres voluntárias é bem-vinda; falta rever serviço obrigatório

“Queremos mulheres armadas até os dentes”, foi a frase de gosto duvidoso que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, escolheu para o anúncio de um acordo com os comandantes militares para ampliar a presença feminina nas Forças Armadas. “Queremos o fim da discriminação contra mulheres na caserna” seria mais apropriado.

Pelo que ficou acertado entre o ministro e os oficiais-generais, mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão participar, em caráter voluntário, do sistema de alistamento militar, que seleciona recrutas para servir a partir de 2026.

Pode-se celebrar o acordo como mais um passo no tortuoso processo de reduzir as resistências dos militares à presença feminina, mas a escolha do alistamento como forma de acesso parece equivocada.

Tal sistema, obrigatório para os homens, não é exatamente uma porta de entrada na carreira militar. Os conscritos permanecem na Força por 12 meses, prorrogáveis até o limite de 96. O jovem ingressa como soldado e, com o tempo máximo permitido, pode deixar as fileiras como 3º sargento.

Essa fórmula representa mais um hiato na trajetória de vida dos jovens do que um atrativo. Em grande parte dos países desenvolvidos e democráticos, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e França, o alistamento já foi há décadas substituído pelo serviço voluntário com possibilidade de transformar-se numa carreira.

No Brasil, os contingentes recrutados têm diminuído, mas há grande resistência do generalato em acabar com o serviço obrigatório —o caminho mais correto a seguir, gradualmente que seja.

Mulheres já chegam às Forças Armadas, predominantemente por escolas de oficiais, mas sua participação em unidades de combate ou de elite ainda é bastante limitada. A exceção é a Marinha, que as aceita como fuzileiras navais.

O que a experiência internacional ensina é que mulheres são perfeitamente capazes de atuar em todas as posições militares, tanto em situações de treinamento como de guerra real. Se há requisitos de capacidade física para determinadas funções, candidatas a esses postos devem ser submetidas a testes de aptidão individual.

O que não faz sentido é o veto ao gênero, que parece ainda inscrito na mentalidade de alguns generais. O Editorial da Folha de São Paulo.



Igualdade é a ausência de diferença. A igualdade ocorre quando todas as partes estão nas mesmas condições, possuem o mesmo valor ou são interpretadas a partir do mesmo ponto de vista, seja na comparação entre coisas ou pessoas.

A Igualdade no Brasil é prevista no artigo 5o da Constituição Federal, chamado de Princípio da Igualdade e que diz que todos são iguais perante a lei. A Constituição Federal ainda garante a distinção entre a Igualdade Formal, que é aquela formalizada pelo artigo quinto, e a Igualdade Material, onde estão incluídas as políticas públicas de redução da desigualdade social e erradicação da pobreza.

A igualdade de gênero significa a igualdade de direitos e deveres entre os homens e as mulheres . Este é um conceito que deve ser considerado como base para a construção de uma sociedade com menos preconceitos e discriminações, seja de gênero ou de outras características, como o sexual, étnico ou social.

Patriarcado é um sistema social em que homens mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança política, autoridade moral, privilégio social e controle das propriedades. No domínio da família, o pai mantém a autoridade sobre as mulheres e as crianças.

O patriarcado é um sistema intelectual que coloca os homens em situação de poder. Ou seja. O poder pertence apenas aos homens. As sociedades patriarcais têm gênero masculino e a heterossexualidade como superiores em relação a outros gêneros e orientações sexuais. Por isso, é possível verificar uma base de privilégios para os homens. 

Existem determinadas características que definem as sociedades patriarcais. Confira as principais.

Os homens são considerados os únicos capazes de conduzir a vida política, econômica, moral e social. 

- As mulheres são consideradas seres mais fracos física e mentalmente. 

- Somente os homens possuem capacidade de tomar decisões importantes. 

- A superioridade da masculinidade é presente nas famílias, que dá tratamento diferenciado aos filhos. 

- As mulheres são incentivadas a estarem no domínio dos homens, sendo levadas a acreditar que não possuem capacidade de decisão. 

O machismo é um conceito intelectual , expresso por opiniões e atitudes, que rejeita e se opõe à igualdade de direitos entre os gêneros, favorecendo os homens em detrimento das mulheres.

Nesse sentido, machismo é uma brutalidade intelectual , nas suas mais diversas formas, sofrida por  mulheres e feita pelos homens. Na prática, uma pessoa machista é aquela que acredita que homens e mulheres têm papéis distintos na sociedade, mas não somente isto. Acredita que os papéis designados aos homens prevalecem em valor aos papéis designados às mulheres. 

O machismo. Na sua intelectualidade. Também acredita que a mulher não pode ou não deve se portar e ter os mesmo direitos de um homem ou que julga a mulher como inferior ao  homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais.

O machismo é algo intelectual na sociedades mais conservadoras. Como o Brasil por exemplo. Tendo sido normalizado por muito tempo. O machismo é algo exposto pelos movimentos feministas, que lutam pela igualdade entre os homens e as mulheres na sociedade. Ou seja. Os movimentos feministas, lutam pela extinção do machismo intelectual nas sociedades em todos os países do mundo.

Mas nas sociedades mais conservadoras. Como no Brasil por exemplo. As pessoas tendem á achar que o machismo não deve ser combatido. Pois as sociedades mais conservadoras, tendem a acreditar, que cabe unicamente aos homens, toda á autoridade moral e hierárquica sobre as mulheres e as meninas nos seios das famílias consideradas ' as mais tradicionais", o que faz com que o comportamento machista, seja reproduzido em todos os cantos sociais.

Nas sociedades mais conservadoras. Em que as" famílias tradicionais", são consideradas o espelho moral na sociedade, a lógica patriarcal e machista, acaba estruturada. Pois os " valores familiares', são estruturados na autoridade dos homens patriarcais sobre todas as mulheres e as meninas, em todas as estruturas sociais.

Nas sociedade mais conservadoras. Mesmo com os avanços contemporâneos que nós vivemos. As " famílias mais tradicionais", ainda são estruturadas para que os homens tenham toda a autoridade e o poder patriarcal sobre ás mulheres e as meninas.

Um dos pilares de sustentação do machismo é a estereotipização do que é feminino e do que é masculino, ou seja, o que mulheres e homens devem ser e como devem agir de acordo com o seu gênero. Para entender esse conceito, é preciso antes distinguir gênero de sexo.

No machismo intelectual. Há comportamentos destinados socialmente aos homens e ás mulheres. Há um consenso comum, de que apenas os homens tem a capacidade da liderança, da competitividade e da capacidade da tomada das decisões.

Enquanto ás mulheres. Cabem apenas serem dóceis, submissas e obedientes aos valores patriarcais nas ' famílias tradicionais".

Caro (a ). Veja o texto da Constituição Federal do Brasil, no site oficial do Senado Federal, no link á seguirhttps://normas.leg.br/?urn=urn:lex:br:federal:constituicao:1988-10-05;1988

Nossa Constituição Federal de 1988. Nossa carta magna. Garante a igualdade entre homens e mulheres.

E que o patriarcado e o machismo sejam combatidos de maneira inteligente.

E assim caminha a humanidade. 

Imagem : Portal Desacato. 



 
 





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