Condenada pela Justiça por violar a lei, a sra. Zambelli honra a tradição bolsonarista ao fugir do País, atacar os tribunais e posar de vítima de um regime de exceção que não existe
EzoicA deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sempre foi uma indigente política. Nunca propôs nem tampouco relatou projeto de lei relevante à luz do melhor interesse público. Jamais exerceu liderança de fato sobre seus correligionários, muito ao contrário: por vezes foi alvo de chacota até de supostos aliados. Sua atuação pública limitou-se à geração de ruído nas redes sociais, não raro disseminando teorias conspiratórias e ataques infundados contra as instituições republicanas – além, é claro, de vocalizar um culto quase místico à personalidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mas, por incrível que pareça, justamente ao sair da política pela porta dos fundos a sra. Zambelli prestou para alguma coisa. Sua patética fuga do País, a fim de evitar o cumprimento de uma pena de dez anos de prisão a que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e os sabujos que delinquiram em nome de seu projeto político liberticida estão ficando sem muitas alternativas além da vitimização.
Segundo consta, Zambelli está homiziada nos Estados Unidos, onde também está seu ex-colega de Câmara e ainda correligionário Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Embora não tenha sido condenado por crime algum, o filho “zero três” do ex-presidente Jair Bolsonaro licenciou-se do mandato e partiu para um confortável autoexílio naquele país para desde lá continuar lançando seus impropérios contra as instituições republicanas, notadamente contra o STF e o ministro Alexandre de Moraes.
Em que pesem as diferenças de status jurídico que há entre ambos, tanto Eduardo Bolsonaro como Carla Zambelli – curiosamente dois dos mais votados deputados federais por São Paulo, o que diz muito sobre os interesses e a cultura política de boa parte da sociedade paulista – vestem o figurino de mártires de coisa nenhuma, que dirá da liberdade de expressão. No caso de Zambelli, o papel lhe cai ainda mais amarfanhado porque a deputada foi condenada após um julgamento no qual lhe foi assegurado amplo direito de defesa.
Convém lembrar a gravidade do crime que a indigitada cometeu: mancomunada com um hacker, Zambelli invadiu o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de forjar um mandado de prisão contra Moraes. Não há uma linha na Constituição que autorize um comportamento delinquente como esse, sob quaisquer pretextos.
Ao fugir com o claro propósito de impedir a aplicação da lei penal – razão pela qual sua prisão preventiva em boa hora foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes –, a deputada pode até se apresentar como paladina do Estado Democrático de Direito e “vítima” de “perseguição”, mas, na verdade, Zambelli se valeu de uma garantia desse mesmo Estado Democrático de Direito – a liberdade até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória – para fazer troça da Justiça brasileira.
A vitimização política tornou-se um instrumento central da retórica populista que grassa mundo afora e, em particular, também aqui, entre os adeptos do bolsonarismo. É imperioso ressaltar que esse tipo de ardil não se presta a uma reação legítima contra abusos reais cometidos por agentes do Estado – e estes ocorrem –, mas, antes, a uma estratégia deliberada para escapar da responsabilização judicial por atos manifestamente ilícitos.
Logo, ao se apresentarem como “perseguidos” por um sistema supostamente aparelhado por “inimigos políticos”, figuras como a sra. Carla Zambelli buscam deslegitimar as decisões das instituições que não se submetem à lógica autoritária do movimento que cultuam. Condenações fundamentadas em provas são apresentadas aos incautos como atos de censura ou perseguição política. É muito conveniente para os encalacrados com a Justiça.
Na realidade adulterada por essa gente, criminosos viram heróis da liberdade de expressão. Esse discurso não apenas mina a confiança nas instituições republicanas, como infecciona parte considerável do eleitorado, que, seduzido por essas histórias de conspiração, passa a aceitar o inadmissível: que mandatários cometam crimes e se protejam sob o manto do voto popular. Trata-se de um perigoso jogo de manipulação que ameaça os fundamentos da democracia representativa. O Editorial do Jornal Estado de São Paulo.
O populismo, enquanto conceito, refere-se a um conjunto de práticas políticas que apelam diretamente ao "povo", geralmente em contraposição a uma "elite" ou "sistema". É uma forma de vida política democrática que se fundamenta no engajamento dos setores sociais populares, podendo ser visto tanto como uma força positiva como um perigo para a democracia.
Apelo ao "povo" vs. "elites":
O populismo caracteriza-se por um discurso que divide a sociedade em dois grupos antagônicos: o "povo", geralmente representado como o "real", e as "elites", consideradas como corruptas ou distantes da realidade.
Um líder populista tende a ser carismático e a comunicar-se diretamente com o "povo", frequentemente utilizando um tom emotivo e simplista.
O populismo é um conceito polêmico e com diferentes interpretações. Pode ser entendido como uma forma de democracia participativa, como uma ameaça à estabilidade política ou como um simples estilo retórico.
O populismo pode manifestar-se tanto na direita quanto na esquerda, com cada vertente utilizando diferentes argumentos e visões de mundo.
O populismo tem uma longa história, desde o século XIX, e tem sido observado em diversas culturas e contextos políticos.
Algumas críticas ao populismo incluem o risco de polarização, a desvalorização do conhecimento técnico e a potencial ameaça à democracia.
É importante analisar o populismo com cautela, evitando simplificações e considerando as diferentes facetas do fenômeno.
Populismo de Esquerda:
Tendem a atacar o neoliberalismo e o capitalismo, defendendo políticas de justiça social e igualdade.
Enfatiza o combate a estruturas socioeconômicas que prejudicam o povo comum e a necessidade de políticas redistributivas.
Hugo Chávez na Venezuela, movimentos de esquerda radical com forte discurso anticapitalista.
Populismo de Direita:
Defendem valores tradicionais e a identidade nacional, muitas vezes em oposição ao progressismo e ao multiculturalismo.
Enfatiza a necessidade de defender a cultura e os valores nacionais contra o que consideram ameaças externas ou internos, como a imigração ou a agenda progressista.
Movimentos nacionalistas, partidos que defendem a volta à soberania nacional e a proteção de seus valores.
Inimigo do povo:
Populistas de esquerda tendem a identificar o inimigo como estruturas socioeconômicas, enquanto os populistas de direita definem o inimigo como "outras" pessoas (imigrantes, refugiados, etc.).
Ambos utilizam a comunicação com as massas para alcançar seus objetivos políticos, muitas vezes utilizando meios de comunicação alternativos para contornar a mídia tradicional.
Ambos compartilham a ideia de um "povo" puro e homogêneo, que se opõe a uma "elite" corrupta, e a necessidade de um líder carismático que possa representar esse povo.
Relação com a democracia:
Embora ambos possam surgir de forma democrática, a relação com a democracia liberal pode variar. O populismo de esquerda é frequentemente associado a discursos inclusivos e/ou emancipatórios, enquanto o de direita pode legitimar discursos de exclusão. Segundo e Sociólogo, Mestre e Doutor Cesar Portatiolo Maia. No Quarto Período da Habilitação em Jornalismo na Comunicação Social. Pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).
O capitalismo é um sistema económico baseado na propriedade privada dos meios de produção, na busca por lucro e na competição de mercado. É caracterizado por uma economia de mercado, onde os preços são determinados pela oferta e procura.
Características principais do capitalismo:
Propriedade privada:
Os meios de produção (terra, fábricas, máquinas) são propriedade de indivíduos ou empresas privadas.
Lucro:
A principal motivação das empresas e indivíduos é obter lucro através da produção e venda de bens e serviços.
Livre mercado:
A produção e distribuição de bens e serviços são determinadas pela oferta e procura, sem intervenção direta do governo.
Concorrência:
As empresas competem entre si para obter clientes e obter melhores preços, o que leva a uma melhor qualidade e maior variedade de produtos e serviços.
Acumulação de capital:
A busca por lucro leva à acumulação de capital (recursos financeiros e bens) por parte dos indivíduos e empresas.
Trabalho assalariado:
As pessoas trabalham para outras pessoas ou empresas em troca de um salário ou remuneração.
Fases do capitalismo:
O capitalismo tem evoluído ao longo da história, com diferentes fases:
Capitalismo comercial:
Caracterizado pela expansão do comércio e pela busca por novos mercados.
Capitalismo industrial:
Surge com a Revolução Industrial, com a produção em massa de bens industriais.
Capitalismo financeiro:
O capitalismo se concentra no setor financeiro, com bancos e instituições financeiras tendo um papel central.
Capitalismo atual (neo-liberal):
Caracterizado pela privatização de empresas estatais, pela redução das intervenções governamentais e pela abertura das economias à globalização.
Críticas ao capitalismo:
O capitalismo também tem sido alvo de críticas, como:
Desigualdade social:
O sistema pode gerar desigualdades de renda e riqueza significativas.
Exploração do trabalho:
A busca por lucro pode levar à exploração do trabalho, com salários baixos e condições de trabalho precárias.
Crises econômicas:
O capitalismo é suscetível a crises econômicas, com flutuações no mercado e recessões.
Efeitos ambientais:
A busca por lucro pode levar à degradação do meio ambiente e ao uso excessivo de recursos naturais. Segundo o Sociólogo , Mestre Claudio Alessandro Diniz de Sá. No terceiro período da Habilitação em Jornalismo na Comunicação Social. Pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).
Pena que o capitalismo e sua concentração de riqueza. Nos leve a populismo . Tanto na Direita. Quanto na Esquerda.
Imagem ; Blog do Paulinho.
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