quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Direita Liberal e Direita Conservadora.

  A principal diferença entre a direita liberal e a direita conservadora reside nas suas prioridades e abordagens em relação à economia, ao papel do Estado e às questões sociais. Ambas se situam no espectro da direita política, mas divergem em pontos-chave. 

Direita Liberal (ou Liberalismo Clássico)

A direita liberal (ou liberalismo clássico) enfatiza primariamente a liberdade individual e o mercado livre (laissez-faire). 

Economia: Defende um Estado mínimo na economia, com baixa intervenção, impostos reduzidos, privatizações e desregulamentação. Acredita que a autonomia individual e a liberdade econômica levam ao progresso e à prosperidade geral.

Papel do Estado: Vê o governo como um garantidor das liberdades civis, do estado de direito e dos contratos, mas com poder limitado. Historicamente, liberais defendiam a autonomia regional em oposição a um poder central forte.

Questões Sociais: Tende a ser mais flexível ou até mesmo progressista em questões sociais e de costumes, priorizando a escolha individual e a autonomia pessoal sobre as tradições ou a moralidade imposta pelo Estado. 

Direita Conservadora (ou Conservadorismo)

A direita conservadora valoriza a tradição, a ordem social e as instituições estabelecidas. 

Economia: Embora muitas vezes aceite elementos do livre mercado (especialmente na vertente do liberalismo conservador), o conservadorismo pode admitir alguma intervenção estatal para manter a ordem social ou proteger indústrias nacionais, se isso for necessário para preservar a estabilidade ou as tradições. A estabilidade é frequentemente mais valorizada do que a eficiência pura do mercado.

Papel do Estado: Pode defender um poder central mais forte para garantir a segurança, a ordem pública e a preservação das instituições (como a família e a religião).

Questões Sociais: É socialmente conservadora, enfatizando a família tradicional, a moralidade e a religião como pilares da sociedade. Resiste a mudanças sociais rápidas e defende a manutenção de costumes e convenções transmitidos de gerações passadas. Segundo o Sociólogo, Mestre e Doutor Cesar Portantiolo Maia, no Quarto Período da Habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).

Confira o artigo do autor  FERNANDO BRAGA.

Conservadorismo, liberalismo e social

democracia: um estudo de direito político

 FERNANDO BRAGA

 SUMÁRIO

 1. Ideologia política (do conceito metafísico à

 história). 2. Totalitarismo. 3. A ideologia nos dias

 de hoje. 4. A trilogia das idéias. 5. Síntese interpre

tativa.

 1. Ideologia política (do conceito

 metafísico à história)

 Apesar das muitas variações que extremam

 o conceito de ideologias políticas, desde a

 negação à utopia, creio que este tratado das

 idéias em abstrato (lato sensu) seja um conjunto

 de pensamentos e crenças a nos forçar a

 percepção necessária de uma exteriorização

 universal, para que nela possamos operar com

 nossa formação sobre o ângulo político

 pretendido (strictu sensu).

 É, ainda, esse sistema abstrato, para a socio

logia, um conjunto de idéias peculiar a deter

minado status social do grupo e de seus

 membros, sendo que essa função raramente

 chega à luz da consciência dos que a professam.

 As idéias básicas sobre ideologia, contidas

 no Apelo Onipresente, são caracterizadas por

 Roy C. Macridis1 assim dispostas:

 1. Amplitude: contém, em seu todo global,

 a ideologia, particularizando sua lógica e

 estrutura internas;

 2. Difusão: Consiste na extensão de tempo

 em que uma ideologia se fixa e se corporifica

 num determinado meio, isto é, um processo que

 convencionou o espaço operativo da ideologia,

 Fernando Braga é Advogado e Professor univer

sitário.

 1 Professor de Cooperação Internacional na

 Brandéis University, autor de French Politics in

 Transaction e Modern Political Systems : Europe.

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o seu declínio e a sua influência na gama social

 modelada por sua ação;

 3. Extensão: referente a um teste numérico,

 a um mapa ideológico, ou seja, quanto maior o

 espaço da percepção teórica populacional,

 maior também se torna a sua extensão;

 4. Intensidade: o grau de influência e força

 de uma ideologia, implicando interesses

 amplamente compartilhados e comprometidos.

 O historicismo da ideologia apareceu no fim

 do século XVIII, no tempo da Revolução

 Francesa, com Destutt de Tracy (1574-1836) e

 seu círculo de intelectuais ligados ao Institut

 de France, portanto, liberais e filósofos que

 seguiam a corrente de uma tradição medida

 desde Descartes2 com o seu Cogito, ergu sum

 (Je pense donc je suis), até ao Existencialismo

 de Sartre3. A Ideologie, como método específico

 e universalmente aplicável, fora usada como

 ciência das idéias no intuito de proporcionar o

 verdadeiro fundamento para as demais ciências,

 com domínio próprio na história natural da

 mente, devendo investigar e descrever a forma

 pela qual nossos pensamentos se constituem.

 A palavra adquiriu uma conotação mais

 frontal quando Napoleão4 e os liberais do

 Institut se indispuseram politicamente, sendo

 os pensadores caracterizados de ideólogos,

 tendo a palavra, segundo Anthony de Crespigny5,

 se perdido num nevoeiro de idéias abstratas,

 na busca vã dos primeiros princípios.

 A ideologia continuava sendo empregada

 como termo de acusação, codificando os

 sistemas de crenças e de grupos sociais que vão

 dos Manuscritos (1844) até a Ideologia Alemã

 (1845), formando o significado da palavra mais

 real, mas com algumas variantes de interpre

tação, contidas nos textos de Marx e Engels,

 como: 1) a ideologia como falsa consciência;

 2) a ideologia como reflexo da infra-estrutura

 2 René Descartes, célebre filósofo e matemático

 francês (1596-1650). Autor de O Discurso do

 Método, Princípios da Filosofia, Meditações

 Metafísicas, dentre outras.

 3 Jean-Paul Sartre (1905-1981). O criador do

 Existencialismo. Autor de A Idade da Razão e outras

 grandes obras.

 4 Napoleão Bonaparte (1876-1821), um dos

 maiores soldados e guerreiros da história humana,

 e infeliz prisioneiro na Batalha de Waterloo, morto

 solitário e sem louros, no exílio da ilha de Santa

 Helena.

 5 Professor na Universidade de Cape Town.

 econômica; 3) a ideologia como parte orgânica

 e necessária de todas as sociedades. Tendo,

 ainda, alguns críticos concebido a ideologia

 como um puro vazio, uma ilusão que ignora

 seus próprios alicerces materiais, tendo a

 posição de Lukács 6 em História da Consciência

 de Classe (1923) definido ideologia como falsa

 consciência, com apoio de Marcuse7 e

 Habermas8, que a tratavam como uma

 “consciência totalizadora”, sendo que o

 “espírito absoluto” apregoado por Engels fora

 substituído por um novo sujeito da história – o

 proletariado –, tendo a obra de Lukács merecido

 grande aceitação pelos adeptos da escola de

 Frankfurt.

 2. Totalitarismo

 O totalitarismo é um tipo de organização

 social em que o Estado monopoliza não

 somente o poder político, mas todas as funções

 de controle distribuídas entre grupos e insti

tuições que integram a sociedade, também

 conhecida como a doutrina que preconiza o tipo

 de organização política ditatorial.

 Para Roy C. Macridis, o totalitarismo, como

 regime ideológico, é antidemocrático; recusa

 as liberdades individuais e de associação; usa

 a força como um instrumento de governo;

 apóia-se num único partido, excluindo toda

 competição política contra partidos e grupos;

 as assembléias representativas são fantoches,

 aceitando unicamente os políticos formulados

 pela liderança, e as eleições são controladas pelo

 aparelho do Estado e pelos funcionários do

 partido. Tendo ainda, como características

 comuns e semelhantes, os seguintes aspectos:

 1) a ideologia é total e absorve a sociedade; 2)

 toda sociedade é subordinada ao partido, ao

 Estado e ao líder; a economia, a vida social e

 artística (não há pluralidade cultural) são

 6 György Lukác (1885). Filósofo e Político

 húngaro. Foi Professor de Estética na Universidade

 de Budapeste.

 7 Herbert Marcuse, filósofo alemão, formado

 pela Universidade de Berlim e Friburgo, Professor

 de Ciência Política na Universidade da Califórnia.

 Autor, dentre outras obras, de A Ideologia da Soci

edade Industrial, Reason and Revolution, Soviet

 Marxism e Eros e Civilização.

 8 Jürgen Habermas (1929). Filósofo alemão.

 Representante da Escola de Frankfurt. Autor de

 Entre a Filosofia e a Ciência- O Marxismo como

 Crítica, 1960.

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 Revista de Informação Legislativa

sincronizadas ao regime; 3) o partido único

 governa e controla o Estado; 4) não há compe

tição política; 5) a intimidação e coerção são

 institucionalizadas pela política; 6) o comando

 e a execução, bem como a autoridade e o poder

 do líder, são absolutos; 7) existe uma tendência

 expansionista: exaltação à nação e um

 “forçado” nacionalismo, não como um credo

 político, mas como uma crença doutrinária num

 sistema fechado.

 São exemplos:

 1. Fascismo: Ideologia e organização polí

tica introduzida na Itália por Benito Mussolini

 (1833-1945) e seus adeptos, em 1922, tendo

 como conteúdo a ditadura baseada num partido

 único, influenciado por idéias sindicalistas e

 por impulsos nacionalistas, como aconteceu no

 Brasil com o Integralismo, de Plínio Salgado.

 O Estado fascista reagiu contra o liberalismo e

 o individualismo, tentando instituir, na Itália,

 um regime corporativo, em que o sistema polí

tico-social constitui a base do Estado, e os

 homens vivem naturalmente enquadrados em

 grupos sociais (família, profissão, município),

 harmonizando as relações entre capital e

 trabalho, produção e consumo.

 Mussolini, um ex-revolucionário socialista,

 rompera com o partido por causa da participação

 da Itália na Primeira Guerra, tornando-se líder

 categorizado de um grande contingente de

 veteranos com mentalidade nacionalista (por

 revolta), e de outros grupos de combate, como o

 fasci di combatimento. Mussolini empenhou-se

 contra uma série de movimentos marxistas,

 sendo ele – o Duce – designado Primeiro-Mi

nistro à frente de um gabinete de coalizão,

 usando a força e se fazendo chefe de um Estado

 totalitário, no qual o apregoar da liberdade de

 pensamento “foi o mais doloroso desastre,

 porque, em substituição às verdades clássicas,

 não nos deu nenhuma certeza e só soube criar

 princípios”, como escreveu Keyserling 9.

 Mussolini foi destroçado pela estratégia dos

 aliados e esmagado pelo rolo compressor do

 eixo de que era uma das molas mestras, caindo

 como se fora o próprio protagonista dos versos

 de Júlio César, feitos quando a Terra devia

 passar pela cauda do Cometa de Halley, como

 sinônimo de desgraça:

 “Quando os pobres morrem não se

 vêem cometas, abraseiam  os céus

 quando falecem príncipes.”

 9 Hermann Keyserling (1880-1946). Autor de

 Das Reisetagebuch eines Philosophen, 1919.

 2. Nazismo: Foi um movimento ideológico

 e político organizado, em 1919, por Adolf Hitler

 (1889-1945), com o nome de Partido Nacio

nal-Socialista Alemão dos Trabalhadores

 (Nationalsozialismus). Enquadrou-se nas idéias

 da supremacia da raça ariana sobre as demais

 e do Estado sobre o indivíduo. O autoritarismo

 de Hitler, que se julgava “todo-poderoso”,

 consistitu numa desgraçada interpretação, na

 prática, da genialidade de Nietzsche10, o soli

tário que pensava habitar mais próximo do raio,

 que monologava com sua própria sombra, como

 um anticristo a arquitetar as misérias da vida

 numa genealogia da moral, e que imaginou,

 com o seu niilismo aristocrático, uma raça

 superior com a criação do super-homem, base

ado no conceito metafísico da “vontade de

 poder”, numa transmutação de valores, servindo,

 infelizmente, de modelo para que Hitler, por um

 ato supremo e inexplicável de energia criativa,

 como afirma Frederich M. Watkins11 e Isaac

 Kraminich12, tentasse reverter o curso da história

 e fizesse reviver uma raça superior, tendo essa

 miserável experiência abalado as estruturas do

 mundo, na Segunda Guerra, de um modo

 demoníaco e aterrorizante 13.

 O tresloucado Ministro do III Reich e

 General da SS, apoderado de uma bestialidade

 apocalíptica, fora fulminado pela lástima e

 pelas misérias que aterraram em cinzas o seu

 projeto (Mein Kampf, 1927-9), tendo o Führer,

 desgraçadamente, nos subterrâneos da

 Chancelaria, silenciado para sempre e neces

sariamente com as lágrimas de pólvora dos

 canhões de agosto.

 3. Comunismo: Conjunto de doutrinas

 social-filosóficas que atribuiu um papel

 histórico à luta de classes e, particularmente,

 ao proletariado que revolucionou as sociedades

 organizadas em moldes capitalistas, substi

tuindo a economia capitalista por uma organi

zação comunista e as sociedades divididas em

 classes por outras sem classes. Esse regime

 preconizava uma corrente de ação revolucio

10 Friedrich Nietzsche (1844-1900). “O super

homem é produto desse gênio de cujos infinitos so

frimentos a natureza um dia teve piedade dando-lhe

 a loucura”, diz um seu biógrafo. Autor, dentre gran

des livros, de Assim FalouZaratustra, 1891.

 11 Cientista político.

 12 Professor da Cornell University.

 13 Uma das idéias básicas do nazismo, pouco

 divulgada, era a quebra do padrão-ouro, como prin

cípio harmônico na economia do País, causa gera

dora de efeitos dolorosos.

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nária do proletariado e a instituição de uma

 organização totalitária, estatocrática, baseada

 na ditadura do proletariado.

 “Do ponto de vista da Rússia, o

 marxismo era uma doutrina particular

mente desencorajadora. Suas esperanças

 futuras eram todas baseadas em condições

 que, supostamente, surgiriam nos

 estágios avançados de industrialização,

 o que não se aplicava à Rússia de antes

 da Primeira Guerra Mundial. A perspec

tiva era, desse modo, sombria para os que

 sonhavam com uma sociedade sem

 classes”.

 Seguindo essa linha de pensamento, Lênin 14

 tornou-se original na arte da política pelo fato

 de haver reconhecido que a causa revolucionária

 seria inevitável.

 Em seu livro Que Fazer? (1902), Lênin

 evoca um partido elitista e disciplinado, com a

 função de infiltrar-se e tomar posições de lide

rança em organizações populares, o que

 chamou de “correias de transmissão” para o

 exercício do poder, tendo, por isso, o partido

 comunista da Rússia se tornado o primeiro

 exemplo de uma agremiação revolucionária

 moderna. Com a fórmula clássica de Yossef

 Vissarianoovich Stálin (1879-1953), o leninismo

 é o marxismo de nossa época, calcado no

 princípio básico do socialismo científico, como

 modelo exemplar do materialismo dialético,

 paradigma de crenças na inevitabilidade de uma

 revolução política e no surgimento de uma

 sociedade sem classes, estruturada na preexis

tência de uma economia capitalista plenamente

 desenvolvida.

 Desde 1945, houve três dissidências impor

tantes no movimento comunista: a Iugoslávia,

 em 1948, era acusada por líderes soviéticos de

 práticas alheias ao regime, chamados de “pecados

 ideológicos”; a China de Mao-Tsé-Tung, em

 1960, culpava Nikita Kruchtchov de “degene

rar” o comunismo, pregando o capitalismo na

 Rússia e Estados-satélites. A Albânia, também

 em 1960, aliava-se à China, por terem sido res

tabelecidas as relações da URSS com a Iugoslá

via, sua vizinha e rival. Essa dissidência, toda

via, continua, ainda hoje, com a China, que não

 teve por base, em sua revolução, apenas aquele

 fenômeno maniqueísta das cartilhas ideológicas– a luta do povo contra os opressores –, mas

 14 Vladimir Ilitch Ulianov (1870-1924). Seu

 pseudônimo foi inspirado em Lena, nome de um rio

 da Sibéria, onde estivera exilado.

 variados fatores de ordem externa e interna,

 fazendo do comunismo um regime sui generis,

 com elementos de barbárie camponesa aliados

 à sofisticação da análise marxista.

 Em continuação a essa derrocada, conta

rei, ainda, aos meus filhos como se deu a que

da do Muro de Berlim, a unificação das duas

 Alemanhas, a desintegração da URSS, a volta

 da Rússia ao mapa da Europa e a independência

 dos países do leste europeu, integrantes da velha

 e extinta Cortina de Ferro.

 3. A ideologia nos dias de hoje

 As influências da tradição européia podem

 ser apontadas nas concepções modernas de

 ideologia, dimensionadas com a Sociologia do

 Conhecimento, desenvolvida por Mannheim 15

 ao defender que os modos de pensar não podem

 ser compreendidos fora do seu contexto social,

 preconizada a atual inteligentzia no mundo

 moderno, em que a camada média não

 comprometida, desagregada e relativamente

 sem classes está apta para a conscientização

 da verdade, porque, como asseverou Goethe16

 “o homem de ação é sempre inconsciente

 e ninguém tem consciência afora o

 expectador (...) porque nada se deve

 procurar atrás dos fenômenos porque eles

 mesmos são a teoria (...) e a humanidade

 progride, mas o homem continua o

 mesmo”.

 O cientista William T. Bluhm sugere uma

 distinção entre ideologias retóricas e ideologias

 latentes. As primeiras são sistemas de palavras

 elaboradas e autoconscientes, formuladas em

 níveis bastante abstratos, que constituem a

 linguagem de debate político em tempos de

 pressão; e as segundas são o conjunto implícito

 de termos políticos expressos em atitudes e

 comportamentos durante épocas mais tranqüilas.

 Já o pensador Plamentz faz a distinção entre

 ideologia sofisticada e não-sofisticada, na

 mesma variedade de Bluhm, enquanto o

 Professor Althusse diferencia ideologia

 (simplesmente) de ideologia teórica, dizendo

 ser esta última a formulação trabalhada e

 consciente de atitudes ideológicas inconscientes.

 15 Karl Mannheim. Filósofo e sociólogo húnga

ro (1893-1947). Professor da Universidade de Frank

furt e da Universidade de Londres.

 16 Joahann Wolfgang von Goethe (1749-1832).

 Autor, dentre outras grandes obras, de O Fausto,

 discurso ao povo alemão.

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Faz-se necessário dizer que a ideologia no

 conhecimento e a ideologia na política são as

 mais evidentes. No primeiro caso, a ideologia

 é composta da verdade (relativa) e, no segundo,

 a verdade não existe, dando evasão apenas ao

 funcional da ideologia.

 A ideologia – como definida por muitos 

sempre existirá para o discernimento do homem

 tragediado e engajado na constante fenomeno

logia como indicador de inevitável mutabi

lidade sócio-política? Não se saberá porque

 “cada época, cada geração, cada vida tem sua

 própria realização”, como entende o cientista

 Alexander Herzen, porque a vontade caracte

riza o homem moderno, como ao antigo carac

terizava a razão, visto que não existe nenhum

 final feliz nos capítulos que fazem a história

 da humanidade, como Um Credo, segundo o

 pensamento de Leszek Kolakiwiski, em A

 Presença do Mito (editado pela Universidade

 de Brasília), ou como nas perguntas que

 tripartiam a grande dúvida de Dostoiévski 17

 “Por quê?- De onde? - Para onde?”

 4. A trilogia das idéias

 1. Conservadorismo: É a doutrina ou atitude

 favorável à perpetuação dos padrões existentes,

 e oposta, portanto, à mudança, exercendo uma

 função básica em qualquer sociedade.

 Para o cientista Michel Oakshott 18, segundo

 suas várias interpretações, ser conservador é

 estar disposto a pensar e comportar-se de certa

 forma; é preferir certos tipos de conduta e certas

 condições de circunstância humana a outra.

 Informa Roy C. Macridis que, nos últimos

 vinte anos, o termo “conservador” ganhou

 respeitabilidade, e essa ideologia, muitos

 seguidores. Nos Estados Unidos, eles são

 liberais e adotam essa doutrina nos moldes

 verificados no século XIX, acreditando no

 individualismo econômico, na competição, no

 sistema de livre empresa, e são contra a

 intervenção do Estado, sendo que, até 1932,

 eram liberais, e hoje se caracterizam como

 17 Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski (1821

1881). Um dos maiores e mais sofridos escritores

 russos. Autor, dentre célebres livros, de Humilhados

 e Ofendidos (1861), Os Irmãos Karamázovi (1880)

 e Recordações da Casa dos Mortos (1862).

 18 Professor de Economia Política da London

 School of Economics and Political Science. Autor

 do livro Política e Racionalismo, publicado pela

 Editora da UnB.

 neoconservadores. Essa mudança deu-se com

 a depressão econômica de 1929, conhecida por

 Crash, no governo de Hoover, estendendo-se

 até o New Deal, de Franklin Roosevelt, como

 uma nova orientação política e um novo trato

 ao modelo existente.

 Os neoliberais, com a assimilação dos

 negros na década de 50-60, nesta última,

 quando era Presidente Jonh F. Kennedy, e com

 o assassinato de Martin Luther King, líder do

 movimento de libertação I am, apresentaram

 uma nova plataforma de governo disposta a

 assegurar as minorias étnicas (para detrimento

 de muitos), responsabilizando-se pela ampliação

 das oportunidades políticas e sociais: assistência,

 controle econômico e igualdade como símbolo

 de justiça social.

 Os adeptos do New Deal eram os neoliberais

 ou liberais welfaristas, ou ainda liberais

 coletivistas, e os liberais ditos autênticos que

 os rejeitaram tornaram-se conhecidos por

 conservadores ou neoconservadores.

 O “estatismo” da era rooseveltiana mudou

 o significado do liberalismo – onde os neocon

servadores passaram a refletir o pensamento

 dos liberais do século passado, favoráveis à

 intervenção dos controles estatais na economia,

 apoiando as medidas de um bem-estar (welfare)–, havendo, em 1932 até o advento da Segunda

 Guerra Mundial, a aceitação do New Deal por

 republicanos e democratas. Os trabalhistas

 foram os primeiros a aderirem a um grau de

 poder, pela legislação e com o crescimento dos

 sindicatos, vindo, em seguida, as minorias

 étnicas e religiosas das mais variadas formas e

 matizes.

 Os neoconservadores dos Estados Unidos,

 continua Roy Macridis, destacam o núcleo

 econômico do liberalismo e permanecem atados

 aos núcleos moral e político com forças

 provindas do desencanto da classe média,

 contrária aos controles estatais, gastos públicos,

 altas taxas e centralização decisória por meio

 de uma crescente burocracia, mas que, em

 contrapartida, prejudicam a iniciativa moral das

 pessoas e afetam frontalmente seus incentivos,

 debilitando a produtividade e o crescimento

 econômico.

 Destacou-se como precursor, nesse movi

mento, Edmund Burke (1729-1797), expoente

 da ideologia conservadora britânica que

 aparentava ser um liberal argüindo não somente

 contra as prerrogativas da Coroa em favor do

 Parlamento, como também da autonomia das

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colônias da América do Norte, expressas nas

 teses Thoughts on the causes of Present

 Discontents, publicadas em 1770.

 2. Liberalismo: Doutrina econômica que

 aconselha a competição inteiramente livre,

 julgando chegar, dessa maneira, ao máximo de

 bem-estar (welfare) individual e coletivo, na

 tentativa de organizar a sociedade ocidental nos

 termos do liberalismo e permanecer constan

temente com as classes médias e burguesias,

 tendo o cunho de uma ideologia de classes

 privilegiadas.

 O liberalismo, comenta Friedric August von

 Hayek 19, é a concepção de uma ordem política

 desejável que foi inicialmente desenvolvida na

 Inglaterra desde a época dos antigos liberais

 (Old Whigs), na parte final do século XVII. Foi

 essa concepção de liberdade individual que

 inspirou os movimentos liberais no continente

 europeu e se tornou a base política norte-ame

ricana.

 Há uma diferença entre o liberalismo

 originariamente pertencente à tradição conti

nental européia, que, embora começando a

 tentativa de irritar a tradição inicial, foi inter

pretada no espírito de um racionalismo

 construtivista, prevalecendo na França, detendo

 o ideal dos poderes ilimitados da maioria,

 tendo, ainda, o utilitarismo assimilado grande

 parte dessa tradição continental, e o partido

 liberal britânico do século XIX, que se voltou

 aos whigs liberais e aos radicais utilitaristas.

 O liberalismo e a democracia, embora

 compatíveis, não podem ser confundidos; o

 primeiro se preocupa com a extensão do poder

 governamental e a segunda, com quem detém

 esse poder, sendo que o reverso da democracia

 é o autoritarismo. Mas há a possibilidade de

 um governo democrático ser totalitário e de um

 governo autoritário ter princípios liberais.

 O primeiro tipo do liberalismo (não-teórico)

 nasceu na extensão em generalizar os efeitos

 benéficos que seguiram as limitações impostas

 aos poderes de governo, por ímpetos de

 desconfiança dos governados aos governantes,

 derivando de uma ordem espontânea nos

 assuntos sociais, o que fez Adam Smith e seus

 19 Professor da Universidade de Friburgo,

 nascido na Áustria (1899). Prêmio Nobel de

 Economia (1974), juntamente com o sueco Gunnar

 Karl Myrdal (1898), com o trabalho precursor na

 teoria das flutuações monetárias e econômicas e

 análise da interdependência do fenômeno econômico,

 social e industrial.

 seguidores desenvolverem os princípios básicos

 (teóricos ) para sua aplicação.

 O liberalismo recebeu o legado das teorias

 do direito comum e das teorias (pré-racionalistas)

 do direito natural, pressupondo uma concepção

 de justiça, permitindo a distinção entre as

 regras de conduta individual justa, discipli

nadas em lei, e as necessidades de uma

 ordem espontânea.

 No liberalismo, o filósofo inglês John Lock

 (1632-1704) destacou-se por suas teorias

 desenvolvidas em seus Dois Trabalhos sobre o

 Governo: a teoria do contrato do Estado, de

 acordo com a qual o Estado é o guardião do

 direito natural, e com o consentimento dos

 governados, em que o Estado protege o direito

 à vida, à liberdade e à propriedade.

 3. Social-Democracia: Essa doutrina, em

 1848, representou a linha divisória do libera

lismo europeu. Os povos, em particular os

 trabalhadores e os camponeses que deixavam

 o campo – num êxodo rural –, interpretando a

 gênesis bíblica (XII), uniam-se para tomar o

 poder das classes proprietárias em nome da

 democracia e do socialismo radicais.

 As classes médias estavam indefinidas. Uns

 ficavam ao lados dos democratas radicais, e os

 socialistas juntavam-se a estes. Outros

 apoiavam grupos conservadores, como a

 nobreza, o clero e os proprietários rurais que

 também resistiam ao liberalismo.

 Os democratas radicais aceitavam o núcleo

 moral do liberalismo e seus direitos civis,

 liberdades individuais, liberdades de imprensa,

 religião e associação.

 Os liberais aceitavam a lógica plena da

 democracia. O direito de voto tinha sido

 ampliado de modo a abranger todos os

 cidadãos, homens e mulheres, sendo eliminada

 a qualificação de voto baseada no grau de

 alfabetização, idade, residência, renda, etc.

 Considerou-se necessária a intervenção do

 Estado para apoiar as atividades econômicas,

 na forma de controles de preços e por meios

 diretos e indiretos para estimular a atividade

 econômica. O envolvimento direto do Estado

 na proteção de assistência aos desempregados

 e a ação direta e indireta do Estado na obtenção

 de empregos foram, e são, fatos indiscutíveis

 na maioria das democracias.

 A social-democracia é considerada parte do

 desenvolvimento do socialismo, cujos adeptos,

 na Europa, são chamados social-democratas.

 A social-democracia começou, entre as décadas

 188

 Revista de Informação Legislativa

de 50-60, a desenvolver características no

 âmbito da Internacional Socialista.

 Em 1945, o Partido Trabalhista Inglês

 convocou a primeira reunião, em Londres, dos

 socialistas europeus, com o intuito otimista de

 um agrupamento com os socialistas do Leste.

 As dificuldades começaram a surgir, e, em

 1946, o SPD (Sozial-Demokratische Partei

 Deuthschland) não fora aceito como membro

 da Internacional Socialista, incorporando-se,

 somente em 1947, na Conferência de Zurich, o

 que viria a fortificar o socialismo europeu.

 O Cominform, criado em 1947, por Stalin,

 representou uma oposição hostil aos partidos

 socialistas democráticos da Europa Ocidental,

 aliados à Internacional Socialista, já com a

 incorporação do SPD alemão.

 Em 1948, os socialistas europeus preocu

pavam-se com o que os diferençava dos comu

nistas daquele continente. Foi na Conferência

 da Internacional Socialista que começou, então,

 a se definir a expressão democracia política, de

 cujo manifesto se faz necessária a transcrição :

 “Os partidos representados nesta

 conferência se opõem ao Estado de

 partido único e a todos os sistemas de

 governo nele baseados. São de opinião

 de que deve estar implícito o reconheci

mento da preeminência do indivíduo, que

 deve ser garantido pelas seguintes liber

dades: de pensamento, de opinião e de

 expressão; segurança com base na lei e

 proteção contra a interferência de outros

 indivíduos; igualdade perante a lei e

 proteção contra falsificações políticas

 baseadas na máquina da justiça; liber

dade total e garantia de direitos nas

 eleições; direito de fazer oposição;

 igualdade política e legal de todos os

 cidadãos, sem restrições de classe, raça

 ou sexo.”

 A Internacional Socialista, na Declaração

 de Frankfurt, assim se expressava:

 “O socialismo objetiva liberar os

 povos da dependência de uma minoria

 que possui ou controla os meios de

 produção. Objetiva colocar o poder

 econômico nas mãos do povo como um

 todo e criar uma comunidade na qual

 homens livres trabalhem juntos, como

 iguais. Sem liberdade, não pode haver

 socialismo. O socialismo somente pode

 ser alcançado através da democracia, e a

 democracia só pode ser caracterizada

 através do socialismo.”

 Bernstein20 esquematizou um gráfico como

 uma pirâmide de degraus feita de muitas

 camadas intermediárias, contrária à opinião de

 Marx, que representou a sociedade como uma

 pirâmide de lados lisos e com a classe capita

lista no topo.

 Em seqüência a esse comentário, como

 padrão da democracia social, o SPD alemão

 tornou-se o que denominaram de Partido do

 Povo (Volkspartei), e, por volta de 1966, fazia

 uma coalizão, chegando ao poder em 1969 com

 Willy Brand, que se tornou Chanceler na lide

rança de uma união com os liberais do FDP,

 com um programa de abertura eleitoral, aden

trando-se à classe trabalhadora católica, aos

 eleitores rurais e com o apoio do voto feminino.

 Processos semelhantes são verificados com

 o Partido Trabalhista Holandês (PVDA), que

 havia substituído o antigo Partido dos Traba

lhadores Social-Democratas (SDAP), seguindo

 desse rompimento uma dissidência, com um

 novo partido, o dos Socialistas Democratas,

 formando, assim, uma liderança com o

 Primeiro-Ministro Socialista, à frente de uma

 política mais radical que as defendidas pelo

 governo trabalhista britânico. Com essa divisão,

 entre esquerda e direita, dentro do Partido

 Trabalhista, a expressão socialista democrático,

 como reconciliação gradual entre os defensores

 do liberalismo e os democratas radicais, sob a

 forma de democracia política, não mais se

 confunde com a expressão social-democrata.

 Como a política é a arte do possível, é

 providencial justificarem-se, por tais razões e

 fatos, condições oscilantes que arrevesaram o

 quadro da social democracia, principalmente

 onde esse sistema era adaptado e ajustado com

 rígida disciplina.

 Na Alemanha, acabou por cair o governo

 social-democrata de Helmuth Schmidt, depois

 de muitos anos no poder, com a casual ruptura

 do pequeno, mas decisivo, Partido Democrata

 Livre, com o forte e bem estruturado SPD,

 levando ao Gabinete o conservador Helmuth

 Kohl. Razões semelhantes se processaram na

 20 Eduard Bernstein (1850-1932). Fundador do

 Revisionismo, rejeitou a idéia da ditadura do prole

tariado, tornando-se advogado da reforma no lugar

 da revolução e defensor de mudanças graduais den

tro de um contexto democrático. Suas teses sobre

 Socialismo e sobre Mudanças Sociais tornaram-se

 a base da democracia social de nossos dias.

 189

 Brasília a. 34 n. 133 jan./mar. 1997

Suécia, tendo o líder social-democrata Olaff

 Palmer 21, depois de alguns anos de ausência,

 retornado ao Governo.

 Sobre essas mudanças na política européia,

 o inglês David Fleischer, Professor de Ciência

 Política na Universidade de Brasília, defensor

 de que o mundo já não é o mesmo, postula com

 seriedade a tese dessa assertiva, dizendo que o

 “pêndulo político da Europa está

 voltando de sua guinada conservadora,

 mas essa volta não se dá exatamente pelo

 caminho inverso, prevalecendo, para

 isso, uma forte dose de nacionalismo

 econômico e político, temperado com

 muita cautela”.

 5. Síntese interpretativa

 Neste trabalho, torna-se lógico dizer que,

 mesmo atribuídos mortos, por alguns, os

 conhecimentos da razão pura, e sendo o homem

 o principal objeto de qualquer pensamento

 filosófico, segundo o entendimento do pensador

 marxista Lucien Goldemann, a ideologia, não

 como “falsa consciência”, mas como “determi

nação social” e como símbolo de mudanças

 criativas em que a esperança é a busca maior,

 apenas sobreviverá como fato histórico. E

 pergunta-se: Existiu? Existe? Ou sempre foi

 utopia?

 Encerrando este trabalho, aproveito para

 inserir no texto o pensamento luminar sobre a

 concepção das idéias que mestre Rui Barbosa

 assim sentenciou:

 “Politicamente, eu me envergonharia

 antes de pertencer à turba dos indivíduos

 que não conhecem, na sua vida inteira,

 senão uma só idéia com a qual nunca se

 puseram em contradição.”

 21 Olaff Palmer fora assassinado por integrantes

 de grupos terroristas na noite de 28 de fevereiro de

 1986.

 Bibliografia

 As novas Atitudes “excerto da série “School-Briets”,

 da revista inglesa The Economist.

 Bell, Daniel. O fim da ideologia. Tradução de Sérgio

 Bath. Brasília : Universidade de Brasília, 1980.

 334p. (Pensamento político, 11).

 CRESPINGNY, Anthony de. Liberdade para o

 progresso. Jornal de Brasília,  Brasília, 20 nov.

 1992. Unidade 2.

 CRESPINGNY, Anthony de, CRONIN, Jeremy, A

 palavra e a história.

 DEUTSH, Karl. Geografia das idéias.

 FRANCO, Afonso Arinos de Melo. Ideologia

 jurídica.

 HAYEK, Friedrich August. Liberalismo.

 MACRIDIS, Roy C. O apelo onipresente.

 ___________ . A grande síntese.

 ___________ . A nova esquerda.

 ___________ . Democracia : muitas raízes e

 famílias.

 ___________ . Os neoconservadores. Jornal de

 Brasília, Brasília, 4 dez. 1982. Unidade 4.

 ___________ . Social democracia.

 ___________ . Totalitarismo.

 OASKSHOTT, Michael. Ser conservador.

 Os vários tipos de comunismo. Jornal de Brasília,

 Brasília, 27 nov. 1982. Unidade 2. Artigo

 publicado na Revista The Economist.

 OWEN, David. A social democracia.

 STOPPIN, Mário. Significado fraco/forte.

 Um Credo (extraído do livro Kolakowiski, a ser

 publicado pela Editora Universidade de Brasília).

 WATKINS, Frederick M., KRAMNICK, Isaac.

 Fascismo, nazismo e comunismo.

 Idade da ideologia. Jornal de

 Brasília, Brasília, 13 nov. 1982. O artigo do autor  FERNANDO BRAGA.

A política de centro refere-se a uma posição no espectro político que busca o equilíbrio e a moderação, absorvendo elementos tanto da esquerda quanto da direita para encontrar soluções práticas e consensuais para os problemas sociais e econômicos. 

Características da Política de Centro

Moderação e Diálogo: O centro se define pela tolerância e pela abertura ao diálogo e acordos, rejeitando os extremos e a polarização política.

Ausência de Preconceitos Ideológicos: Não se preocupa com a origem de uma ideia (se é de esquerda ou direita), mas sim para onde essa ideia conduz e se é eficaz na prática.

Pragmatismo: O foco é na solução prática dos problemas, incorporando o que há de positivo em diferentes visões ideológicas.

Flexibilidade: Os partidos de centro tendem a ser mais flexíveis em suas alianças, aproximando-se do Poder Executivo para garantir a governabilidade e a aprovação de políticas públicas.

Democracia e Inclusão: O centro reconhece que a realidade é complexa e exige a inclusão de diferentes perspectivas, sendo fundamental para a construção de democracias fortes baseadas no debate e na convivência entre visões diferentes. Segundo o Sociólgo, Mestre e Doutor Cesar Portantiolo Maia, no Quarto Periodo da Habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).

A Direita Liberal. Em tese mais ao centro. Tenta se desvenciliar do Bolsonarbismo. Mas a Direita Conservadora mantém a base eleitoral do ex Presidente Jair Bolsonaro (PL).

Confira a noticia na Folha de São Paulo                .https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/11/missao-partido-do-mbl-se-opoe-a-novo-e-bolsonarismo-nao-somos-a-mesma-direita-dos-caras.shtml

E assim caminha a humanidade.

Imagem ; Site Ensinar História.



 


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