segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A eterna crise com o chefe da Secom.


Segundo a reportagem de hoje da Folha de São Paulo,a agencia de publicidade Artplan,cliente de uma empresa privada do chefe da  Secom ( Secretária de Comunicação Social da Presidência de República),Fabio Wajngaretn,passou na gestão dele a ser número um em verbas distribuídas pela pasta.
Sob o comando de Wajngarten, a agencia recebeu da secretaria R$ 70 milhões entre 12 de Abril e 31 de Dezembro de 2019,36% mais do que o pago no mesmo período do ano anterior (51,5 milhões),segundo relata a Folha.
O levantamento feito pela Folha nas planilhas de pagamento da Secom mostra inversão de tendência. Até a chegada de Wajngarten ao cargo de secretário, a agencia mais completada com a verba de propaganda era a Calia Y2,segundo relata a reportagem.
No mesmo intervalo de tempo em 2019,ela obteve R$ 57,1 milhões,quase 40 % menos quem em 2018 (R$ 92,6 milhões),no governo Michel Temer (MDB).Líder em receitas da Secom até aquele momento,a Calia Y2 pertence ao irmão de Elsinho Mouco,marqueteiro do ex presidente.Ele não tinha cargo,mas era um conselheiro para essa área,segundo diz a Folha.
Mesmo em 2019,antes da nomeação de Wajngarten,a Calia Y2 ainda era a que mais recebia da secretaria.Até 11 de Abril,véspera de ele assumir,a agencia obteve R$ 43,8 milhões,ante R15,4 milhões da Artplan.Depois disso,a dinâmica dos pagamentos mudou,segundo relata a Folha na sua reportagem.
Como revelou a Folha na quarta (15),o chefe da Secom é socio da FW Comunicação,que recebe dinheiro das emissoras de TV (como Record e Band) e agencias contratadas pela pasta,ministérios e estatais do governo Bolsonaro,segundo afirma a reportagem.
A Artplan é uma das contratantes da FW,ao mesmo tempo em que detém a conta de propaganda da secretária vinculada á Presidência de outros do Executivo Federal,segundo afirma a reportagem da Folha.
A FW faz checking para a agencia e outra duas detentoras da conta de publicidade da Caixa. O serviço consiste em averiguar se anúncios comprados pelo banco foram efetivamente vinculados, segundo cita a reportagem da Folha.
Á você que está me lendo eu digo: A Constituição Federal vigente no Brasil desde 1988 prega a liberdade de imprensa e a independência dos meios de comunicação regulamentados no Brasil,conforme eu já havia comentado ontem.
A Constituição afirma que é livre a circulação e a publicação no território nacional de jornais e outros periódicos. A carta magna afirma que os veículos de imprensa deverão respeitar as peculiaridades da Constituição Federal e da lei brasileira para garantir seu funcionamento com total e absoluta independência.
Ou seja: Os fatos descritos na reportagem do Jornal Agora São Paulo ferem o principio da independência e da liberdade de imprensa vigente na lei brasileira e na Constituição Federal.
Caro (a) leitor: Você que me acompanha aqui no blog, sabe o que eu sempre digo sobre a estrutura pluripartidária da política brasileira ao longo da sua história democrática.
Desde a redemocratização nacional em 1985, o pluripartidarismo, no caso, uma estrutura governamental na qual três ou mais partidos assumem o comando de um governo. A estrutura política brasileira sempre funcionou assim na sua história pós-redemocratização.
Como eu já disse, negociações e negociatas acontecem em uma estrutura de comando governamental regido pelo pluripartidarismo. Então leitor (a): É uma grande bobagem enxergarmos certas coisas na política brasileira tendo como base apenas as nossas  preferências políticas.
A estrutura de comando político e intelectual na política brasileira é ligada ao pluripartidarismo, portanto, temos que ter um senso critico além das simpatias partidárias para entender o funcionamento organizacional e intelectual da política contemporânea em que vivemos nos dias atuais.

Mas,entretanto,as polemicas com o chefe da Secom,coloca o governo do Presidente Jair Bolsonaro em gritante contradição com o discurso extremamente moralista da campanha presidencial .Pois,convenhamos, já era mais do que o momento do mandatário brasileiro tomar uma posição mais firme em relação a crise com o chefe da Secom.
As contradições gritantes com o discurso radical da campanha são a maior fabrica de crises do atual governo. Caro (a) leitor (a): Você que me acompanha aqui no blog, certamente, acompanhou uma postagem aonde eu comentei que a política é uma ciência extremamente intelectual que não perdoa erros governamentais.
Na política as coisas mudam muito rapidamente, portanto, as contradições do Presidente Jair Bolsonaro com o discurso moralista da campanha eleitoral, poderão lhe custar caro lá na frente. Pois em sua essência, o eleitorado do atual Presidente, é extremamente critico e impiedoso com esse tipo de contradição de um chefe de estado.




E assim caminha a humanidade.



Credito da Imagem : Jornal Folha de São Paulo.

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