Desde
que eu acompanho política, o Brasil sempre foi governado por grandes partidos
políticos, que variam entre a Centro Direita.(No caso: A centro direita, que é
uma direita mais moderada, com aderência e visões da direita, mas ao mesmo
tempo, próximo a aspectos políticos ,humanistas e progressistas de centro
esquerda.) e a Centro Esquerda.( Uma corrente política para descrever
pessoas que se encontram entre o centro e a esquerda no aspecto político, dentro
do conceito central entre direita e esquerda entre o capital e o igualitarismo).
PT,
MDB e PSDB, são os três maiores partidos políticos do Brasil, que variam entre a
centro direita e a centro esquerda, sempre governaram o Brasil desde a sua
redemocratização em 1985. Teoricamente, esses três partidos são os
representantes da Social Democracia, que passou á ser sensível no país, por
causa do arrocho salarial no governo militar.
Até
aonde eu me recordo caro (a) leitor
(a),havia muito pouco espaço para uma extrema direita no Brasil ( A política da
extrema direita envolve frequentemente foco na tradição, real ou imaginária, em
oposição as políticas e costumes que são considerados como reflexo do
modernismo. Os teóricos da extrema direita tem total desprezo pelo igualitarismo
na sociedade ). Claro que em uma sociedade plural, sempre existiram adeptos da
extrema direita também no Brasil, entretanto, havia uma Social Democracia
vigente, que restringia a extrema direita brasileira á um campo restrito.
Apesar
da tradição brasileira na corrupção de agentes públicos, nunca houve um
fenômeno de uma direita tão radical no Brasil, sendo nosso país governado por
partidos políticos de centro direita e centro esquerda desde sua
redemocratização.
No
entanto, a Polícia Federal ganhou total independência do Governo Federal, e
assim, passou a ter total autonomia e independência para investigar os
poderosos. Sim leitor (a): A elite política brasileira passou á ser totalmente
desmoralizada, como eu nunca tinha visto na minha vida.
Somando-se
a corrupção generalizada envolvendo PT, MDB e PSDB, tivemos a grave crise econômica
no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rouseff. Aos poucos, o discurso
extremista do então deputado Jair Bolsonaro começou a ganhar força no Brasil. O
ex-militar começou a personificar a extrema direita brasileira, e o sentimento
de revolta e incredulidade dos brasileiros com a corrupção escancarada, fez com
que o líder de extrema direita tivesse um capital político, que seria
totalmente impensável em tempos passados.
Os
três maiores partidos políticos do Brasil perdiam força, à medida que eram totalmente
destrinchados pela Operação Lava Jato. Os reflexos nas urnas eram totalmente
cruéis. O ex-governador Geraldo Ackmin (PSDB) e o ex-ministro Henrique
Meirelles (MDB),sequer ficaram entre os três primeiros colocados na ultima
eleição presidencial. O PSDB, que havia chegado ao segundo turno das ultimas
quatro eleições presidenciais, com expressiva votação, sequer chegou em terceiro
lugar na ultima eleição.
Dos
três maiores partidos políticos do Brasil, o PT ainda se manteve competitivo,
devido à capacidade orgânica do partido. Mas, entretanto, o ex-prefeito
Fernando Haddad sofreu muito no segundo turno, com um antipetismo totalmente
atípico na ultimo pleito presidencial.
O
fenômeno Jair Bolsonaro era mais do que uma realidade no país, discursos
extremistas do ex-militar, como por exemplo, ”exterminar todos os governos de
coalizão política no Brasil”, soaram como musicas aos ouvidos de parte dos
brasileiros, já tão sofrido com a corrupção escancarada lançada na nossa cara
nos últimos anos.
No
entanto, o fenômeno da extrema direita foi um caso totalmente domestico no
Brasil. Sim leitor (a): Não se iluda. Sem PT, e PSDB tão destroçados, não
existiria Jair Bolsonaro. Sem a crise econômica, não existiria Jair Bolsonaro.
Em um cenário político absolutamente normal, PT e PSDB, certamente disputariam
mais um segundo turno presidencial. Jair Bolsonaro, teria no máximo, seis ou
sete milhões de votos, não mais do que isso, sendo um candidato nanico. Sem a Operação
Lava Jato, Jair Bolsonaro seria apenas um simples deputado e inexistiria no
cenário nacional
O
capital político do líder da extrema direita nasceu da revolta e incredulidade
dos brasileiros com a corrupção escancarada e a crise econômica. Declarações
bizarras, como a do deputado Flavio Bolsonaro, defendendo a volta do Ato
Institucional Número 5, jamais seriam aceitas no Brasil, em um cenário político
dentro da sua normalidade.
Para
piorar, PT, MDB e PSDB, se recusam a fazer a necessária autocrítica. Ainda não
perceberam que a extrema direita é uma realidade no Brasil, gerada pela
corrupção escancarada envolvendo justamente esses três partidos. O líder da
extrema direita ganhou força, com um discurso fortemente moralista contra a
corrupção, uma tarefa mais do que facilitada pela corrupção escancarada na
elite política do Brasil.
E
assim o Brasil não encontra a pacificação política para tentar a retomada da
economia. A extrema direita é uma realidade nacional.
O ataque machista de Jair Bolsonaro a jornalista Patrícia
Campos Mello nesta semana mostrou o machismo e o preconceito que fazem parte da
personalidade do atual mandatário nacional.
Ao comentar o depoimento na CPI das Fake News no
Congresso, prestado por Hans River, ex-funcionário da Yacows — uma agência de
disparos de mensagens em massa por WhatsApp —, o chefe do Planalto disse, aos
risos, que “ela (repórter) queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer
preço contra mim”.
Eu não tenho nenhuma concordância com o Presidente Jair Bolsonaro e pela tirania
que ele representa. O atual mandatário brasileiro é um governante autocrático e
antidemocrático, e a ofensa machista a jornalista Patrícia Campos Mello, apenas mostra o
aspecto machista do atual presidente. Apesar da minha critica ao PT e aos
grandes partidos, não tenho qualquer concordância pela tirania e o machismo de Jair
Bolsonaro na Presidência da República.
A eleição de Jair Bolsonaro a mandatário nacional foi um
fruto da falta de representatividade de uma boa parcela da sociedade na política
tradicional. O eleitorado do ex-militar nasceu da corrupção generalizada
envolvendo os grandes partidos e do sentimento de revolta de uma boa parcela da
sociedade com a sujeira que nos era lançada na cara todos os dias nos
noticiários.
Mas, no entanto, a presidência de Jair Bolsonaro é fruto da
capacidade de auto deterioração da política tradicional. O líder da extrema
direita foi alçado a condição de outsider pela Operação Lava Jato. Os eleitores
que votaram em Jair Bolsonaro certamente o enxergaram como um outsider da política
brasileira. Ou seja: A capacidade de auto deterioração da política brasileira
virou um salvo conduto para que o mandatário brasileiro vomite sua tirania e
seus preconceitos nos noticiários.
E assim infelizmente caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Revista Veja.
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