quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

O ataque de Jair Bolsonaro a jornalista da Folha de São Paulo.


Desde que eu acompanho política, o Brasil sempre foi governado por grandes partidos políticos, que variam entre a Centro Direita.(No caso: A centro direita, que é uma direita mais moderada, com aderência e visões da direita, mas ao mesmo tempo, próximo a aspectos políticos ,humanistas e progressistas de centro esquerda.) e a Centro Esquerda.(  Uma corrente política para descrever pessoas que se encontram entre o centro e a esquerda no aspecto político, dentro do conceito central entre direita e esquerda entre o capital e o igualitarismo).
PT, MDB e PSDB, são os três maiores partidos políticos do Brasil, que variam entre a centro direita e a centro esquerda, sempre governaram o Brasil desde a sua redemocratização em 1985. Teoricamente, esses três partidos são os representantes da Social Democracia, que passou á ser sensível no país, por causa do arrocho salarial no governo militar.
Até aonde eu me recordo  caro (a) leitor (a),havia muito pouco espaço para uma extrema direita no Brasil ( A política da extrema direita envolve frequentemente foco na tradição, real ou imaginária, em oposição as políticas  e costumes que são considerados como reflexo do modernismo. Os teóricos da extrema direita tem total desprezo pelo igualitarismo na sociedade ). Claro que em uma sociedade plural, sempre existiram adeptos da extrema direita também no Brasil, entretanto, havia uma Social Democracia vigente, que restringia a extrema direita brasileira á um campo restrito.
Apesar da tradição brasileira na corrupção de agentes públicos, nunca houve um fenômeno de uma direita tão radical no Brasil, sendo nosso país governado por partidos políticos de centro direita e centro esquerda desde sua redemocratização.
No entanto, a Polícia Federal ganhou total independência do Governo Federal, e assim, passou a ter total autonomia e independência para investigar os poderosos. Sim leitor (a): A elite política brasileira passou á ser totalmente desmoralizada, como eu nunca tinha visto na minha vida.
Somando-se a corrupção generalizada envolvendo PT, MDB e PSDB, tivemos a grave crise econômica no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rouseff. Aos poucos, o discurso extremista do então deputado Jair Bolsonaro começou a ganhar força no Brasil. O ex-militar começou a personificar a extrema direita brasileira, e o sentimento de revolta e incredulidade dos brasileiros com a corrupção escancarada, fez com que o líder de extrema direita tivesse um capital político, que seria totalmente  impensável em tempos passados.
Os três maiores partidos políticos do Brasil perdiam força, à medida que eram totalmente destrinchados pela Operação Lava Jato. Os reflexos nas urnas eram totalmente cruéis. O ex-governador Geraldo Ackmin (PSDB) e o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB),sequer ficaram entre os três primeiros colocados na ultima eleição presidencial. O PSDB, que havia chegado ao segundo turno das ultimas quatro eleições presidenciais, com expressiva votação, sequer chegou em terceiro lugar na ultima eleição.
Dos três maiores partidos políticos do Brasil, o PT ainda se manteve competitivo, devido à capacidade orgânica do partido. Mas, entretanto, o ex-prefeito Fernando Haddad sofreu muito no segundo turno, com um antipetismo totalmente atípico na ultimo pleito presidencial.
O fenômeno Jair Bolsonaro era mais do que uma realidade no país, discursos extremistas do ex-militar, como por exemplo, ”exterminar todos os governos de coalizão política no Brasil”, soaram como musicas aos ouvidos de parte dos brasileiros, já tão sofrido com a corrupção escancarada lançada na nossa cara nos últimos anos.
No entanto, o fenômeno da extrema direita foi um caso totalmente domestico no Brasil. Sim leitor (a): Não se iluda. Sem PT, e PSDB tão destroçados, não existiria Jair Bolsonaro. Sem a crise econômica, não existiria Jair Bolsonaro. Em um cenário político absolutamente normal, PT e PSDB, certamente disputariam mais um segundo turno presidencial. Jair Bolsonaro, teria no máximo, seis ou sete milhões de votos, não mais do que isso, sendo um candidato nanico. Sem a Operação Lava Jato, Jair Bolsonaro seria apenas um simples deputado e inexistiria no cenário nacional
O capital político do líder da extrema direita nasceu da revolta e incredulidade dos brasileiros com a corrupção escancarada e a crise econômica. Declarações bizarras, como a do deputado Flavio Bolsonaro, defendendo a volta do Ato Institucional Número 5, jamais seriam aceitas no Brasil, em um cenário político dentro da sua normalidade.

Para piorar, PT, MDB e PSDB, se recusam a fazer a necessária autocrítica. Ainda não perceberam que a extrema direita é uma realidade no Brasil, gerada pela corrupção escancarada envolvendo justamente esses três partidos. O líder da extrema direita ganhou força, com um discurso fortemente moralista contra a corrupção, uma tarefa mais do que facilitada pela corrupção escancarada na elite política do Brasil.
E assim o Brasil não encontra a pacificação política para tentar a retomada da economia. A extrema direita é uma realidade nacional.
O ataque machista de Jair Bolsonaro a jornalista Patrícia Campos Mello nesta semana mostrou o machismo e o preconceito que fazem parte da personalidade do atual mandatário nacional. 
Ao comentar o depoimento na CPI das Fake News no Congresso, prestado por Hans River, ex-funcionário da Yacows — uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp —, o chefe do Planalto disse, aos risos, que “ela (repórter) queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”.
Eu não tenho nenhuma concordância  com o  Presidente Jair Bolsonaro e pela tirania que ele representa. O atual mandatário brasileiro é um governante autocrático e antidemocrático, e a ofensa machista a jornalista Patrícia Campos Mello, apenas mostra o aspecto machista  do atual presidente. Apesar da minha critica ao PT e aos grandes partidos, não tenho qualquer concordância  pela tirania e o machismo de Jair Bolsonaro na Presidência da República.
A eleição de Jair Bolsonaro a mandatário nacional foi um fruto da falta de representatividade de uma boa parcela da sociedade na política tradicional. O eleitorado do ex-militar nasceu da corrupção generalizada envolvendo os grandes partidos e do sentimento de revolta de uma boa parcela da sociedade com a sujeira que nos era lançada na cara todos os dias nos noticiários.
Mas, no entanto, a presidência de Jair Bolsonaro é fruto da capacidade de auto deterioração da política tradicional. O líder da extrema direita foi alçado a condição de outsider pela Operação Lava Jato. Os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro certamente o enxergaram como um outsider da política brasileira. Ou seja: A capacidade de auto deterioração da política brasileira virou um salvo conduto para que o mandatário brasileiro vomite sua tirania e seus preconceitos nos noticiários.



E assim infelizmente caminha a humanidade.



Credito da Imagem :Revista Veja.



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