O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (30)
que, na opinião dele, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), de suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem
para o comando da Polícia Federal foi "política". Bolsonaro afirmou
ainda que o governo vai recorrer da decisão de Moraes,segundo a reportagem de
hoje no Portal G1 da Rede Globo.
A decisão de barrar o nome de Ramagem saiu na quarta-feira
(29). Moraes entendeu que a nomeação, assinada por Bolsonaro, feria o princípio
da impessoalidade na administração pública. Ramagem é amigo do presidente e de
seus filhos. Além disso, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ao se demitir,
disse que Bolsonaro tenta interferir politicamente na PF. Moraes levou em conta
as considerações de Moro em sua decisão,de acordo com o relato do Portal.
"Tais acontecimentos, juntamente com o fato de a Polícia
Federal não ser órgão de inteligência da Presidência da República, mas sim
exercer, nos termos do artigo 144, §1º, VI da Constituição Federal, com
exclusividade, as funções de polícia judiciária da União, inclusive em diversas
investigações sigilosas, demonstram, em sede de cognição inicial, estarem
presentes os requisitos necessários para a concessão da medida liminar
pleiteada, uma vez que o fumus boni iuris está comprovado pela instauração, no
âmbito do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, de inquérito para apuração de eventuais
práticas de crimes relacionados, inclusive, à própria nomeação futura do
comando da Polícia Federal, e o periculum in mora correspondente à
irreparabilidade do dano, em virtude de a posse do novo Diretor-Geral da
Polícia Federal estar agendada para esta quarta-feira, dia 29/4/2020, às 15h,
quando então passaria a ter plenos poderes para comandar a instituição",
escreveu Moraes na decisão,de acordo com o veiculo nesta quarta feira (30).
Bolsonaro falou com jornalistas na saída da residência
oficial do Palácio da Alvorada. Ele mencionou o fato de que Ramagem já comanda
a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), portanto estaria apto para
comandar a PF.
"Se não pode estar na PF, não pode estar na Abin também.
No meu entender, uma decisão política, política. E ontem [quarta] comecei o
pronunciamento falando da Constituição. Eu respeito a Constituição e tudo tem
um limite", afirmou o presidente segundo relato da reportagem .
O presidente disse esperar que, após o governo apresentar o
recurso, a decisão do tribunal seja tão rápida quanto a que suspendeu a
nomeação de Ramagem.
"Vai recorrer. Conversei ontem com o Jorge [Oliveira,
ministro da Secretaria-Geral], conversei também com outros ministros. E vai
recorrer. Lamento agora que não tem tempo. Agora demora semanas, meses. Eu
espero que seja tão rápida quanto a liminar", continuou Bolsonaro de
acordo com o G1.
Ao mesmo tempo, ele afirmou que o governo estuda um novo
nome: "Então, estamos discutindo aí um novo nome, uma nova composição para
a gente fazer com que a Polícia Federal realmente agora tenha isenção e ajude o
Brasil com o trabalho que ela sempre fez desde a sua existência. Então, a
questão é essa no momento", declarou Bolsonaro segundo o Portal.
O presidente disse que ainda não engoliu a decisão de Moraes.
Para Bolsonaro, a atitude do ministro não condiz com o tratamento que merece um
presidente da República.
"Eu não engoli ainda essa decisão do senhor Alexandre de
Moraes. Não engoli. Não é essa a forma de tratar um chefe do Executivo que não
tem uma acusação de corrupção, que faz todo o possível pelo o seu país,
sacrifica sua família, sacrifica seus amigos, sacrifica a todos", reclamou
Bolsonaro segundo o veiculo.
Coronavírus
O presidente voltou a afirmar, a exemplo do que já tinha
feito na quarta-feira, que a cobrança sobre as mortes provocadas pelo novo
coronavírus no Brasil deve ser feita a governadores e prefeitos que adotaram
medidas de isolamento,de acordo com o relato do G1.
Ele afirmou que o governo federal vinha fazendo alertas sobre
o coronavírus desde antes do Carnaval e que os governos estaduais, em especial
os do Rio e São Paulo, ignoraram,segundo relata a reportagem.
Bolsonaro é rival político dos governadores João Doria (São
Paulo) e Wilson Witzel (Rio de Janeiro). Nos primeiros dias após as primeiras
contaminações pelo vírus serem registradas no país, quando os governadores
começaram a adotar medidas de isolamento social, Bolsonaro fez duras críticas à
iniciativa, em especial dirigidas a Doria e Witzel,segundo o G1.
No período antes de os casos se alastrarem pelo país,
Bolsonaro chegou a chamar as reações em torno da pandemia de coronavírus de
"histeria" e classificar a doença causada pelo vírus de uma
"gripezinha",de acordo com o relatado pelo Portal.
Agora, o presidente alega que parte da imprensa que colocar a
crise "no colo" dele. O Brasil já tem mais mortos que a China, país
onde começou o surto.
"Governo federal, desde antes do Carnaval, já alertou
sobre esse problema. Governadores, em especial o de São Paulo e do Rio,
ignoraram. O que mais a grande parte da imprensa quer é botar no meu colo a
responsabilidade por mortes. É o vírus politizado" disse o presidente
segundo o G1.
Á você que está me lendo eu digo: O Presidente Jair Bolsonaro
não tem o poder da construção. Desde a sua posse, Jair Bolsonaro só tem causado
crises no seu próprio governo.
A tirania exacerbada do mandatário não permite que os
partidos de oposição façam o papel lhes dado pelos seus respectivos eleitores. O
presidente continua com seu autoritarismo, e assim segue destruindo tudo o que
sua equipe tem tentado construir. Mesmo nos escândalos do mensalão e do
petrolão,Lula e Dilma jamais se atreveram a interferir na Policia Federal,
ainda que houvessem ilustres petistas
flagrados em escândalos de corrupção.
Jair Bolsonaro teria que ser um gestor que se espera dele na
condução do país na pandemia corona vírus. Mas, entretanto, o caráter autoritário
do nosso presidente, o faz seu a maior oposição ao seu próprio governo.
A tirania de Jair Bolsonaro provoca uma crise institucional
no Brasil em plena pandemia do corona vírus. Jair Bolsonaro não entende que o
poder do chefe do executivo é delimitado por ordens constitucionais. Entretanto,
o mandatário se recusa a liderar seu próprio país na pandemia do corona vírus.
Ao contrário,Jair Bolsonaro quer causar crises institucionais com um governo
autocrático.
Pelo contrário, Jair Bolsonaro quer ser o animador de plateia,
passando a sua base eleitoral a ideia de que os outros poderes querem impedi-lo
de governar. E assim segue um mandatário que insiste em remar contra o bom
senso e o decoro necessário ao cargo de Presidente da República.
Ao tentar interferir na Policia Federal, Jair Bolsonaro
mostra que o autoritarismo e a autodestruição governamental são suas marcas
registradas. O estilo tirânico do
mandatário não permite que a oposição faça seu próprio papel de oposição.
E assim caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Jornal O Globo.