sexta-feira, 10 de abril de 2020

A aposta politica de Jair Bolsonaro.


O presidente Jair Bolsonaro andou novamente nesta sexta-feira (10) por áreas comerciais e residenciais de Brasília, apesar de orientações das autoridades sanitárias de que a população mantenha o isolamento social, em decorrência da pandemia de corona vírus. O presidente primeiro foi ao Hospital das Forças Armadas (HFA), depois a uma farmácia no setor Sudoeste e, por fim, a um prédio residencial, na mesma região,segundo a reportagem  de hoje do Portal G1 da Rede Globo.

Na farmácia e no prédio, apoiadores se juntaram para ver o presidente, também contrariando a orientação de se evitarem aglomerações. Bolsonaro pegou na mão de alguns apoiadores,de acordo com o relato da reportagem.

Houve manifestações de apoio ao presidente, mas também houve pessoas que bateram panelas em suas janelas e gritaram palavras de ordem contra Bolsonaro,de acordo com o relato do Portal na manhã deste domingo (10).

Nesta quinta-feira (9), Bolsonaro já havia contrariado o isolamento social. Ele foi a uma padaria de Brasília, abraçou apoiadores (que formaram uma aglomeração em torno dele), e comeu no local. Decreto do governo do Distrito Federal permite o funcionamento de padarias, mas proíbe que seja fornecida a comida para consumo no estabelecimento,ainda segundo o G1.

No trecho que lista que tipo de lojas podem funcionar no DF durante a crise do coronavírus, o decreto diz: "Padarias e lojas de panificados, apenas para a venda de produtos, sendo vedado o fornecimento de refeições de qualquer tipo para consumo no local",de acordo com o Portal da Rede Globo.

Neste sábado, na saída da farmácia, Bolsonaro disse que ele tem o direito constitucional de ir e vir,segundo relata o G1.

"Eu tenho o direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher minha liberdade de ir e vir. Ninguém", afirmou o presidente segundo o G1.

O Ministério da Saúde, seguindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ressalta diariamente a necessidade de as pessoas ficarem em casa e não saírem a não ser para alguma atividade essencial. A medida é fundamental, de acordo com as autoridades, para desacelerar a contaminação por coronavírus e aliviar o impacto sobre o sistema de saúde. Bolsonaro, por sua vez, defende medidas mais brandas,de acordo com o que relatou a reportagem do G1 neste domingo.


Jornalistas que acompanharam a saída do presidente pela cidade questionaram Bolsonaro sobre o que ele foi fazer no hospital, mas ele não respondeu, de acordo com o G1.

Á você que está me lendo eu digo: O calculo político do Presidente Jair Bolsonaro está na economia. O mandatário sabe que seu governo pode entrar em colapso se a economia ruir.
Jair Bolsonaro foi alçado a condição de outsider pela Operação Lava Jato. O eleitorado de classe média nunca foi de Bolsonaro,e ele sabe perfeitamente disso. Sim leitor (a): O eleitorado de classe média migou para Bolsonaro graças a Operação Lava Jato. O ex-magistrado Sérgio Moro e a Policia Federal sangraram PT e PSDB, que historicamente sempre concentraram o eleitorado intelectual da classe média.
Portanto, o Presidente Jair Bolsonaro sabe perfeitamente que não pode perder força diante desse eleitorado que lhe caiu no colo. Entretanto, o mandatário não tem sido o gestor esperado por parte da população na condução do país, principalmente na epidemia do corona vírus.
A parcela da população que faz panelaço contra o presidente, está desapontada com a falta de capacidade de gestão do mandatário na crise do corona vírus. Talvez a parcela da população que reprova o Presidente Jair Bolsonaro, já se deu conta que o antipetismo não pode ser um salvo conduto para a falta de sensibilidade do mandatário brasileiro.
Ao que tudo indica, o presidente vai apostar na sua imagem de outsider contra a chamada “velha política”. O ex-militar vai apostar que a imagem de outsider vai garantir sua popularidade e sua reeleição em 2022. O problema é que se a epidemia do corona vírus se alastrar no Brasil,Bolsonaro pode ter pagar a conta em 2022. O eleitorado que elegeu o mandatário nacional em 2018 é extremamente critico e não perdoa falhas. Os panelaços contra Jair Bolsonaro são a prova de que uma parte desse eleitorado quer a serenidade, em vez do extremismo xucro do presidente.




E assim caminha a humanidade.


Credito da Imagem :Portal G1 da Rede Globo.

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