Uma em cada três mulheres em todo o mundo já sofreu violência
física e/ou sexual, mas "é provável que esta crise piore como resultado da
pandemia" do novo coronavírus (Sars-CoV-2), aponta o relatório "A
sombra da pandemia: violência contra mulheres e meninas e Covid-19",de
acordo com a reportagem de hoje do Portal G1 da Rede Globo.
O documento foi divulgado em abril pela ONU Mulheres,
entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e
empoderamento,de acordo com o relato da reportagem.
O secretário-geral da ONU, Antonio Gutierrez, disse em um
comunicado no começo do mês que "nas últimas semanas, à medida que as
pressões econômicas e sociais e o medo aumentaram, vimos uma onda global
horrível de violência doméstica". "Em alguns países, o número de
mulheres que telefonam para serviços de apoio dobrou.",declarou o
secretário segundo o relato do G1 na manhã deste domingo.
Elas relatam que ambientes familiares que já eram violentos
antes da pandemia ficaram mais agressivos diante da falta de dinheiro – quase
todos ali trabalham em oficinas de costura, que estão fechadas desde o dia 17
de março – e do convívio em tempo integral dos familiares dentro de
casa,segundo o Portal ga Rede Globo,neste domingo (19).
Ela e as demais participantes preferiram não se identificar.
Após receber a denúncia da vítima por meio do aplicativo, as mulheres do grupo
fazem a denúncia pelo telefone 180 e acionam o serviço social da região,de
acordo com a reportagem do veiculo.
Em abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a
demonstrar maior preocupação com o aumento das agressões contra as mulheres na
pandemia,segundo a reportagem do Portal na manhã de hoje.
Á você que está me lendo eu digo:
Hoje vou voltar a falar sobre o feminismo no mundo, mais especificamente sobre seus mitos e verdades.
Durante as aulas de atividades complementares no meu curso de Jornalismo na
FIAM, a professora exibiu um documentário , falando sobre a
essência do feminismo.
Segundo dizia o
documentário feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm como objetivo comum: direitos equânimes (iguais) e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias que advogam pela igualdade entre homens e mulheres, além de promover os direitos das mulheres e seus interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três fases A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970 e a terceira na década de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos[8][9] e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.
,
O feminismo alterou
principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade
ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram
campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de
propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à
integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos
reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de
qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o
assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a
licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de
discriminação, segundo dizia o documentário exibido na
Universidade..
Durante grande
parte de sua história, a maioria dos movimentos e teorias feministas tiveram
líderes que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa
Ocidental e da América do Norte. No entanto, desde pelo menos o discurso de
Sojourner Truth, feito em 1851, às feministas dos Estados Unidos, mulheres de
outras etnias e origens sociais propuseram formas alternativas de feminismo.
Esta tendência foi acelerada na década de 1960, com o movimento pelos direitos
civis que surgiu nos Estados Unidos e o colapso do colonialismo europeu na
África, no Caribe e em partes da América Latina e do Sudeste Asiático. Desde
então as mulheres nas antigas colônias europeias e nos países em
desenvolvimento propuseram feminismos "pós-coloniais" - nas quais
algumas postulantes, como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo
tradicional ocidental como sendo etnocêntrico. Feministas negras, como Angela
Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista,segundo relata o
documentário
Desde a década de
1980, as feministas argumentaram que o movimento deveria examinar como a
experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia,
ao classismo e à colonização. No fim da década e início da década seguinte as
feministas ditas pós-modernas argumentaram que os papéis sociais dos gêneros
seriam construídos socialmente, e que seria impossível generalizar as
experiências das mulheres por todas as suas culturas e histórias, segundo dizia
o documentário
De acordo com o
documentário, as três fases do feminismo lutavam contra os conceitos
patriarcais do "ter" e "possuir" em relação as mulheres. As
tres fases do feminismo lutavam pela reafirmação da mulher como uma pessoa de
desejos e vontades, e não com um "objeto de posse".
A primeira fase do
feminismo se refere a um período extenso de atividade feminista ocorrido
durante o século XIX e início do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos,
que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos
contratuais e de propriedade para homens e mulheres, e na oposição de
casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por
seus maridos. No entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar
principalmente na conquista de poder político, especialmente o direito ao
sufrágio por parte das mulheres. Ainda assim, feministas como Voltairine de
Cleyre e Margaret Sanger já faziam campanhas pelos direitos sexuais,
reprodutivos e econômicos das mulheres nesta época,segundo relatava o
documentário
No Reino Unido, as
suffragettes e, talvez de maneira ainda mais eficiente, as sufragistas, fizeram
campanha pelo sufrágio feminino. Em 1918, o Representation of the People Act
foi aprovado, concedendo o direito ao voto às mulheres acima de 30 anos de
idade que possuíssem uma ou mais casas. Em 1928, este direito foi estendido à
todas as mulheres acima de vinte e um anos de idade. Nos Estados Unidos,
líderes deste movimento incluíram Lucretia Mott, Lucy Stone, Elizabeth Cady
Stanton e Susan B. Anthony, que haviam todas lutado pela abolição da escravidão
antes de defender o direito das mulheres ao voto; todas eram influenciadas
profundamente pelo pensamento quaker. A primeira onda do feminismo, nos Estados
Unidos, envolveu uma ampla variedade de mulheres; algumas, como Frances
Willard, pertenciam a grupos cristãos, como a Woman's Christian Temperance
Union; outras, como Matilda Joslyn Gage, eram mais radicais e se expressavam
dentro da National Woman Suffrage Association, ou de maneira independente.
Considera-se que a primeira onda do feminismo nos Estados Unidos como tenha
terminado com a aprovação da Décima Nona Emenda à Constituição dos Estados
Unidos, em 1919, que concedeu às mulheres o direito ao voto em todos os
estados,segundo reportagem do documentário
A primeira fase do
feminismo lutava pela afirmação da mulher como uma pessoa independente, com
desejos e vontades próprias, e não como um objeto de posse .
A fase do
feminismo, ao contrário da segunda, preocupou-se muito pouco com a questão do
aborto; no geral, eram contrárias ao conceito. Embora nunca tenha se casado,
Anthony publicou seus pontos de vista sobre o casamento, sustentando que uma
mulher deveria ter o direito de recusar-se a fazer sexo com seu marido; a
mulher americana não tinha, até então, qualquer recurso legal contra o estupro
por seu próprio marido. Primordial, em sua opinião, era conceder a mulher o
direito ao seu próprio corpo, que ela via como um elemento essencial na
prevenção de gravidezes indesejadas, através do uso de abstinência como método
contraceptivo. Escreveu sobre o assunto em seu jornal, The Revolution, em 1869,
argumentando que, em vez de meramente tentar aprovar uma lei contra o aborto,
sua causa principal deveria também ser abordada. A simples aprovação de uma lei
antiaborto seria "apenas cortar o topo da erva daninha, enquanto sua raiz
permanece”, segundo relato documentário
Já na segunda fase
do feminimso,em alguns países europeus, as mulheres ainda não tinham alguns
direitos importantes. As feministas nesses países continuaram a lutar pelo
direito de voto. Na Suíça, as mulheres ganharam o direito de votar em eleições
federais apenas em 1971[39] e no cantão de Appenzell Interior as mulheres
obtiveram o direito de votar em questões locais só em 1991, quando o cantão foi
forçado a fazê-lo pelo Supremo Tribunal Federal da Suíça. Em Liechtenstein, as
mulheres conquistaram o direito de votar em 1984, depois de um referendo,
segundo relatava o documentário
As feministas
continuaram a campanha para a reforma das leis de família que davam aos maridos
controle sobre suas esposas. As leis em relação a isso foram abolidas no século
XX no Reino Unido e nos Estados Unidos, mas em muitos países da Europa
continental as mulheres casadas ainda tinham poucos direitos. Por exemplo, na
França as mulheres casadas receberam o direito de trabalhar sem a permissão de
seu marido apenas em 1965. As feministas também trabalharam para abolir a
"isenção conjugal" nas leis de estupro, que impediam o julgamento dos
maridos que estupravam suas próprias esposas. As tentativas anteriores das
feministas da primeira onda, como Voltairine de Cleyre, Victoria Woodhull e
Elizabeth Clarke Wolstenholme Elmy, para criminalizar a violação conjugal no
final do século XIX não tiveram sucesso, sendo que isto foi apenas alcançado um
século mais tarde na maioria dos países ocidentais, mas ainda não foi
conquistado em muitas outras partes do mundo,segundo relato do documentário
a.
As feministas da
segunda fase do feminismo, veem as desigualdades culturais e políticas das
mulheres como intrinsecamente ligadas e incentivam as mulheres a entender os
aspectos de suas vidas pessoais como profundamente politizados e como o reflexo
de estruturas de poder sexistas. A ativista e autora feminista Carol Hanisch
cunhou o slogan "o pessoal é político", que se tornou sinônimo da
segunda fase,segundo relata do documentário .
Já a terceira fase
do feminismo, começou no início da década de 1990, como uma resposta às
supostas falhas da segunda onda e também como uma retaliação a iniciativas e
movimentos criados por esta. O feminismo da terceira onda visa desafiar ou
evitar aquilo que vê como as definições essencialistas da feminilidade feitas
pela segunda onda que colocaria ênfase demais nas experiências das mulheres
brancas de classe média alta,segundo relata o documentário
Uma interpretação
pós-estruturalista do gênero e da sexualidade é central à maior parte da
ideologia da terceira onda. As feministas da terceira onda frequentemente
enfatizam a "micropolítica" e desafiam os paradigmas da segunda onda
sobre o que é e o que não é bom para as mulheres. A terceira onda teve sua
origem no meio da década de 1980; líderes feministas com raízes na segunda
onda, como Gloria Anzaldua, bell hooks, Cherrie Moraga, Audre Lorde, Maxine
Hong Kingston e diversas outras feministas negras, procuraram negociar um
espaço dentro da esfera feminista para a consideração de subjetividades
relacionadas à raça,segundo dizia o documentário exibido na FIAM
A terceira fase do
feminismo também apresenta debates internos. O chamado feminismo da diferença,
cujo importante expoente é a psicóloga Carol Gillian, defende que há
importantes diferenças entre os sexos, enquanto outras vertentes creem não
haver diferenças inerentes entre homens e mulheres defendendo que os papéis
atribuídos a cada gênero instauram socialmente a diferença, segundo relatava o
documentário
Talvez tenhamos
alguns mitos e verdades sobre o que realmente é o feminismo. Eu estive na Suíça
e na Itália em 2013 e pude questionar suíços e italianos que falavam português
sobre o que é o feminismo.
A ideia de que as
mulheres do feminismo estão em guerra com os homens é uma grande bobagem.
Durante o meu curso de Jornalismo na FIAM, eu conheci mulheres adeptas do
feminismo que tem namorado e filhos. O feminismo não está em guerra contra os
homens, mas sim contra o fato da mulher ser um objeto de posse.
Todos os suíços e italianos me disseram que o feminismo é um movimento político que luta pela igualdade de gêneros por meio do empoderamento feminino. Já no Brasil, alguns me responderam que o feminismo é feito por mulheres mal amadas que estão em guerra com os homens.
A ideia de que as
feministas são mal amadas, é simplesmente um conceito machista do patriarcado
que ainda vivemos aqui no Brasil. As mulheres adeptas do feminismo têm os
mesmos desejos que qualquer mulher no mundo. Sim leitor (a): As mulheres
adeptas do feminismo também querem ter família, filhos e um labrador, por
exemplo. O que as mulheres adeptas do feminismo simplesmente não querem é ter
se tornar o objeto de posse de alguém. O que convenhamos, é completamente
diferente do conceito de que essas mulheres quererem entrar em guerra contra os
homens.
Ao longo da
história o feminismo sempre lutou contra os conceitos do "ter" e
"possuir" em relação as mulheres.A luta do feminismo sempre foi
contra o conceito de que a mulher é um objeto de posse,não necessariamente
contra os homens.Por exemplo,muitas feministas que eu conheci,tem filhos (a) e
namorado,por exemplo.Portanto,isso já rechaça completamente o conceito machista
de que as mulheres adeptas do feminismo estão em guerra com os homens.
As feministas não estão em guerra contra os homens. As
feministas apenas querem relações igualitárias entre os sexos.As feministas
querem relações sem o “sentimento de posse” em relação as mulheres.
E assim caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Portal G1 da Rede Globo.
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