Pesquisa do instituto Datafolha publicada nesta sexta-feira
(17) pelo site do jornal "Folha de S.Paulo" revela os seguintes
percentuais de aprovação e rejeição à demissão de Luiz Henrique Mandetta do
Ministério da Saúde,de acordo com a reportagem de hoje no Portal G1 da Rede
Globo:
'Presidente agiu mal': 64%
'Presidente agiu bem': 25%
'Não sabe': 11%
Conforme a "Folha", o instituto ouviu 1.606 pessoas
por telefone, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para
menos,de acordo com o G1.
A demissão foi anunciada nesta quinta (16), por Mandetta, em
uma rede social. Em seguida, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento
no Palácio do Planalto no qual anunciou o oncologista Nelson Teich como novo
ministro,de acordo com o relato da reportagem.
No pronunciamento, Bolsonaro comparou a demissão de Mandetta
a um "divórcio consensual". Na sequência, Teich também fez um
pronunciamento no qual disse ter "alinhamento total" com o presidente
da República,de acordo com o Portal da Rede Globo.
Ainda de acordo com o Datafolha, os entrevistados também
deram as seguintes respostas sobre:
"Avaliação do desempenho de Bolsonaro em relação ao
surto de corona vírus":
'Ótimo/bom': 36%
'Regular': 23%
'Ruim/péssimo': 38%
'Não sabe': 3%
"A condução da emergência sanitária pelo Ministério da
Saúde sem Mandetta irá":
Melhorar': 32%
'Piorar': 36%
Nas últimas semanas, Mandetta e Bolsonaro passaram a divergir
publicamente sobre algumas medidas de combate ao coronavírus, como o isolamento
social,de acordo com o G1 na manhã deste sábado (18).
Enquanto Mandetta defende o isolamento, assim como orientam a
Organização Mundial de Saúde (OMS) e os especialistas, Bolsonaro pede a
"volta à normalidade", o fim do "confinamento em massa" e a
reabertura do comércio, de lotéricas e de igrejas,segundo o Portal.
Desde que começaram as divergências, Mandetta passou a dizer,
quando questionado se deixaria o cargo, que "médico não abandona o
paciente". Bolsonaro, por sua vez, passou a dizer que "médico não
abandona o paciente, mas o paciente pode trocar de médico",ainda segundo o
G1.
Além disso, Bolsonaro foi a um ato na Esplanada dos
Ministérios a favor do governo, passou a sair para ir a padarias e a farmácias
em Brasília e passou a cumprimentar grupos de pessoas, gerando aglomerações e
contrariando as orientações das autoridades de saúde,de acordo com o Portal da
Rede Globo.
Em uma entrevista ao Fantástico, no último domingo (12),
Mandetta chegou a dizer que o brasileiro "não sabe se escuta o ministro ou
o presidente",segundo o relato do G1.
Á você que está me lendo eu digo : A Operação Lava Jato deu a
Jair Bolsonaro a imagem de outsider perante boa parte da população. O outsider
é aquele faz suas próprias convenções e não se encaixa nas regras da sociedade
em que vive
O grande problema do outsider,é que o regime presidencialista
do Brasil é composto por três poderes,executivo,legislativo e judiciário. Os
eleitores que deram a vitória a Jair Bolsonaro na ultima eleição enxergaram no ex-capitão
a figura de um outsider.
A grande questão é que justamente essa imagem de outsider que
está fazendo o presidente sabotar seu próprio governo. O presidente Jair
Bolsonaro não tem capacidade de tramitação no Congresso Nacional. O mandatário
também está totalmente inviabilizado no Supremo Tribunal Federal.
Para manter sua imagem de outsider, o mandatário decreta seu
isolamento político, conduzindo seu governo a total insensatez. Luiz Henrique
Mandetta foi demitido por não compartilhar do extremismo xucro e da insensatez
do chefe do executivo brasileiro.
A popularidade de Luiz Henrique Mandetta incomodava o
mandatário brasileiro. O ex-ministro da saúde tinha as qualidades intelectuais e técnicas que faltam ao presidente Jair Bolsonaro. A demissão de Mandetta revela que o
maior líder do Brasil continua fazendo o serviço de não governar o país. Sem governabilidade,
o presidente Jair Bolsonaro continua conduzindo seu governo a autodestruição.
O Presidente da República continua a remar contra a ciência, contra
a medicina, e principalmente contra o bom senso, tão necessário ao mandatário
da nação em um momento de crise. E assim, o Presidente Jair Bolsonaro segue
fazendo uma oposição de peso ao seu próprio governo.
E assim caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Jornal o Globo.
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