sexta-feira, 15 de maio de 2020

A insanidade presidencial.

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta sexta-feira (15) que falou a palavra "PF" na reunião ministerial do dia 22 de abril. Ele ressaltou, no entanto, que se posicionou para interferir em assuntos de segurança física de sua família, e não em temas de inteligência e investigações dentro da corporação,segundo a reportagem do Portal G1 da Rede Globo.

 

No início da semana, Bolsonaro havia dito que não mencionou o termo "Polícia Federal" durante a reunião. O encontro ministerial é alvo de inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar denúncias do ex-ministro Sergio Moro de que Bolsonaro tenta interferir politicamente na PF,segundo afirma o veiculo.

 

Na saída do Palácio da Alvorada, jornalistas questionaram Bolsonaro sobre a palavra "PF" ter aparecido na transcrição da AGU, contrariando a versão do presidente para a reunião.

 

"Está a palavra PF, duas letras: PF", respondeu o presidente de acordo com o G1.

 

Diante de novas perguntas sobre o tema, Bolsonaro disse que quer que as falas dele no vídeo sejam divulgadas, para que seja feita a interpretação "correta" sobre a reunião,segundo o Portal.

 

"Eu espero que a fita se torne pública, para que a análise correta venha a ser feita. A interferência não é nesse contexto da inteligência, não. É na segurança familiar. É bem claro", afirmou o presidente segundo a reportagem.

Quando um repórter tentou questionar se o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) se negou a fazer mudança na segurança – já que o presidente alegou que ameaçou demitir o chefe da sua segurança e não o chefe da PF –, Bolsonaro interrompeu o repórter por duas vezes e terminou a entrevista,de acordo com o Portal nesta sexta feira (15).

 

Cabe ao GSI fazer a segurança do presidente e familiares, e não à Polícia Federal,segundo cita o veiculo.

 

Na transcrição do vídeo da reunião, entregue pela AGU, Bolsonaro afirmou que tentou trocar “gente da segurança nossa no Rio”, mas sem sucesso. A transcrição mostra que Bolsonaro disse que, se não conseguisse realizar a mudança, demitira o ministro – a transcrição não cita Heleno ou Moro,segundo diz o G1.

 

“Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Se não puder trocar o chefe. Troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira (...)", diz trecho da transcrição segundo o G1.

 

Divulgação do vídeo

O relator do caso, ministro Celso de Mello, vai decidir nos próximos dias se torna público o inteiro teor do vídeo.Nesta quinta (14), a Advocacia-Geral da União divulgou a transcrição parcial da reunião, em que aparece o presidente falando "PF". Bolsonaro reconheceu que o texto divulgado pela AGU corresponde à realidade,segundo afirma o veiculo.

 

Bolsonaro defendeu que não sejam mostradas as partes em que ele fala sobre "questões que têm a ver com política externa e segurança nacional".

 

A defesa do ex-ministro Sergio Moro quer a divulgação integral.

 

Apesar de Bolsonaro afirmar que falou apenas de segurança familiar, a manifestação da AGU entregue ao STF mostra o presidente reclamando da falta de informações da PF e declarando que iria "interferir". A declaração transcrita parcialmente pelo governo, no entanto, não deixa claro como ele faria isso,segundo cita o G1.

 

"E me desculpe o serviço de informação nosso, todos, é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade”, diz trecho da transcrição entregue pela AGU de acordo com o G1.

 

No início da semana, Bolsonaro disse na rampa do Palácio do Planalto que ele não falava as palavras "Polícia Federal" na reunião,segundo a matéria do Portal.

 

"Esse vazador está prestando desserviço. Não existe no vídeo a palavra 'Polícia Federal' nem 'superintendência'. Não existem as palavras 'superintendente' nem 'Polícia Federal'", afirmou o presidente na ocasião segundo o G1.

 

Depois, em depoimentos no inquérito, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) disseram que Bolsonaro havia se referido à PF na reunião. Comentando especificamente o depoimento de Ramos, Bolsonaro afirmou que o ministro se "equivocou",segundo relata o Portal.

 

A reunião que está gravada no referido vídeo foi citada em depoimento por Sergio Moro no contexto do inquérito que investiga a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Na reunião, o presidente teria exigido a troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro, a fim de evitar investigação sobre familiares dele,de acordo com o relato do G1.

 

O vídeo está sob sigilo desde que chegou ao STF, na sexta-feira (8) e já foi exibido em uma única sessão, reservada a investigadores e procuradores da República, além do proprio Sergio Moro e da Advocacia-Geral da União. Fontes que acompanharam a exibição informaram que a gravação mostra Bolsonaro usando palavrões e fazendo ameaças de demissão em defesa da troca no comando da PF no Rio de Janeiro,segundo relatou o G1 na manhã de hoje.

 

Á você que está me lendo eu digo: As crises provocadas pelo Presidente Jair Bolsonaro não tem fim. Em plena pandemia de corona vírus estamos discutindo interferências do mandatário na Policia Federal.

Em vez de interagir com governadores e prefeitos para minimizar os efeitos do corona vírus,Jair Bolsonaro propõe debates completamente fora de contexto.

O decoro e o bom senso não combinam com Jair Bolsonaro. O Presidente quer impor seu extremismo xucro e dar uma canetada. Entretanto, o atual momento exige serenidade. O debate inútil proposto por Jair Bolsonaro está conduzindo o país ao limbo.

Muito provavelmente o Supremo Tribunal Federal terá que intervir nas futuras insanidades do mandatário. Afinal de contas, o poder do chefe do executivo é delimitado pela Constituição Federal.

A cada dia o Presidente entra em contradições com as promessas de campanha. Aquele Jair Bolsonaro moralista da campanha presidencial negocia cargos com os parlamentares encrencados com a Justiça. O mandatário vai se desmoralizando a cada dia em nome da sobrevivência política. E enquanto isso, o Brasil vai mergulhando no caos sanitário e econômico,pois a insanidade do mandatário maior da nação não tem limites.


E assim caminha a humanidade.

Credito da Imagem :Revista Carta Capital.

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sa/AFP

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