Em mais uma etapa da Lava Jato no RJ, a Polícia Federal
prendeu, na manhã desta quinta-feira (14), o ex-deputado estadual Paulo Melo, o
empresário Mário Peixoto e outras três pessoas,segundo a reportagem de hoje do
Portal G1 da Rede Globo.
Peixoto e Melo, que já foram sócios, acabaram presos nesta
Operação Favorito porque surgiram indícios de que o grupo do empresário estava
interessado em negócios em hospitais de campanha,de acordo com o relato do
Portal .
O alvo seriam as unidades montadas pelo estado -- com
dinheiro público -- no Maracanã, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu,
Campos e Casimiro de Abreu.
"Surgiram provas de que a organização criminosa persiste
nas práticas delituosas, inclusive se valendo da situação de calamidade
ocasionada pela pandemia do coronavírus, que autoriza contratações emergenciais
e sem licitação, para obter contratos milionários de forma ilícita com o poder
público", afirmou a PF,segundo o veiculo.
A PF afirma que o grupo pagou ainda vantagens indevidas a
conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) --
atualmente afastados, deputados estaduais e outros agentes públicos,segundo
relata a reportagem.
O parlamentar, ex-presidente da Alerj, já tinha sido preso em
uma etapa anterior da Lava Jato no RJ.
Preso em desdobramento da Operação Lava Jato, empresário Mário
Peixoto é levado para a Delegacia da Polícia Federal em Angra dos Reis —Preso
em desdobramento da Operação Lava Jato, empresário Mário Peixoto é levado para
a Delegacia da Polícia Federal em Angra dos Reis,de acordo com o Portal nesta
quinta feira (14).
Peixoto é dono de empresas que celebraram diversos contratos,
como o de fornecimento de mão de obra terceirizada, com os governos estadual --
desde a gestão de Sérgio Cabral, cresceu durante o governo de Luiz Fernando
Pezão e presta serviços ao governo de Wilson Witzel -- e está em unidades do
governo federal,segundo afirma o G1.
O ex-sócio de Paulo Melo estava em Angra dos Reis, na Costa
Verde. A casa dele fica em um condomínio de luxo em Mombaça,de acordo com o que afirma o Portal.
Em outros endereços com mandados de busca, a PF encontrou
dinheiro em espécie -- como R$ 21 mil em uma casa no Méier, na Zona Norte do
Rio,segundo relata o veiculo global.
Segundo a PF, o nome da operação tem relação com o tempo de
relacionamento do empresário com a administração pública -- "ou seja, pelo
menos 10 anos sendo o 'favorito'",segundo afirma o G1.
O advogado de Mario Peixoto não se apresentou à PF até o
momento para acompanhar o seu cliente. G1 ainda não conseguiu contato com a
defesa dos outros envolvidos,segundo o relato da reportagem.
Os mandados, incluindo 42 de busca e apreensão, foram
expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do RJ, "em
razão dos indícios da prática dos crimes de lavagem de capital, organização
criminosa, corrupção, peculato e evasão de divisas",de acordo com o veiculo.
Equipes também estão em endereços em Minas Gerais.
Os investigadores da Lava Jato fizeram interceptações, com
autorização da Justiça, e descobriram que pessoas ligadas a Peixoto trocaram
informações sobre compras e aquisições dos hospitais de campanha para enfrentar
a pandemia de Covid-19 no Rio de Janeiro. O contrato foi vencido pela
Organização Social Iabas,segundo relata o G1.
Segundo a PF, "o grupo criminoso alavancou seus negócios
com contratações públicas realizadas por meio das suas inúmeras pessoas
jurídicas",de acordo com o relato do Portal.
Os investigadores afirmam que cooperativas de trabalho e
organizações sociais foram, na maioria, "constituídas em nome de
interpostas pessoas [laranjas, a fim de permitir a lavagem dos recursos
públicos desviados e disfarçar o repasse de valores para agentes públicos
envolvidos",de acordo com o relato do veiculo.
Mário Peixoto foi delatado por Jonas Lopes Neto, filho do
ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes. Neto afirmou
que Peixoto pagou uma mesada de R$ 200 mil para o TCE entre 2012 e 2013,segundo o relato do Portal.
Em março do ano passado, Paulo Melo foi condenado a 12 anos e
10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa. Ele ficou
preso até março deste ano, quando deixou a cadeia para cumprir prisão
domiciliar,segundo afirma o G1.
A empresa da família de Peixoto fornece serviço de limpeza e
motoristas para diferentes secretarias no governo do RJ.
No governo federal, a empresa tem maqueiros e ascensoristas
que atua no Hospital Geral de Bonsucesso,segundo o relato do veiculo.
A investigação aponta que os atos de lavagem de capitais
também ocorrem no exterior, por meio da constituição de empresas e contas
bancárias não declaradas à Receita. O grupo também adquiriu imóveis em Miami,
nos Estados Unidos,de acordo com o relato do Portal.
Á você que
está me lendo eu digo : Á você que está me lendo eu digo: O patrimonialismo é a característica
de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites
do privado. Foi comum em praticamente todos os regimes autocráticos .
No Brasil, o patrimonialismo fora
implantado pelo Estado colonial português, quando o processo de concessão de
títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à
posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado
não se distingue perante as autoridades. Assim, torna-se "natural"
desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial
(1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o
público e o privado.
O patrimonialismo como traço histórico
da sociedade brasileira permanece na crença de que o poder político é a via de
acesso ao poder econômico. O patrimonialismo começou no Brasil quando os
portugueses proibiram a construção de escolas e universidades no Brasil,pois
nosso país servia apenas para enriquecer a coroa portuguesa.Ou seja: No período
colonial brasileiro não havia qualquer distinção entre o público e o privado.
A cultura patrimonialista no
Brasil começou no período colonial,quando o país foi totalmente explorado pela
coroa portuguesa. De certa forma,a mistura entre o público e o privado começou
no período colonial.
Historicamente o Brasil nunca conseguiu
separar o publico do privado na administração pública. Em todos os regimes
governamentais, ainda que o país tenha tido algum progresso com a revolução
industrial, o Brasil nunca conseguiu se livrar da praga patrimonialista herdada
do período colonial.
Eu estive na Suíça e na Itália em
2013.Na Suíça há uma clara distinção entre o público e o privado na administração
pública.O parlamento suíço funciona basicamente em três princípios
fundamentais,transparência,educação e igualdade. Na Suíça não existe espaço
para as delinquências da corrupção que temos no Brasil. Na Suíça os
parlamentares tem custo praticamente zero e sabem a diferença entre o publico e
o privado,que é um dos pilares da democracia suíça.
O patrimonialismo brasileiro trabalha
com a ideia de que o poder político é o acesso ao poder econômico. Durante os
322 anos do período colonial em que não tivemos escolas e universidades no
Brasil, o patrmonialismo começou a ser colocado como um meio de ascendência
econômica no alto baronato.
O patrimonialismo impediu com que o
Brasil tivesse de fato fundado uma República em 1889. O termo “república”
deriva do latim Res Publica e significa, literalmente, “coisa pública”, isto é,
aquilo que diz respeito ao interesse público de todos os cidadãos.
No Brasil temos certamente uma
República das Bananas. Sim querido (a) leitor (a): O conceito republicano na
sua absoluta essência não trabalha com o principio de que o poder político é o
acesso ao poder econômico. A verdadeira estrutura republicana trabalha como os
princípios de transparência, educação e igualdade,
valores absolutamente fundamentais do parlamento da Suíça.
O Brasil é considerado uma das dez
maiores economias do mundo. Nosso paias tem potencial natural o suficiente para
ser uma superpotência. Entretanto,talvez precisaria de uma grande revolução. O
Brasil talvez precisasse ser refundado para separar claramente o público e o
privado na administração pública.
A Suíça não é um país culturalmente
patrmimonialista. Na Suíça.aonde eu estive em 2013,não existe espaços para
crimes de colarinho branco, como no Brasil. A república suíça separa claramente
os conceitos público e privado. Infelizmente o Brasil nunca conseguiu resolver
essa questão desde o inicio da sua história.
E assim caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Portal G1 da Rede Globo.
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