Após o ministro da Saúde, Nelson Teich, ter alertado sobre
riscos da cloroquina no tratamento da covid-19, o presidente Jair Bolsonaro fez
uma defesa do remédio nesta quarta-feira (12) e disse que os ministros de seu
governo devem estar "afinados" com ele, segundo a reportagem do
Portal G1 da Rede Globo.
Bolsonaro foi questionado por jornalistas, na saída da
residência oficial do Palácio da Alvorada, sobre o posicionamento de Teich. O
presidente ressaltou que ministros são indicações políticas dele,de acordo com
o relato do Portal.
"Olha só, todos os ministros, eu já sei qual é a
pergunta, têm que estar afinados comigo. Todos os ministros são indicações
políticas minhas e quando eu converso com os ministros eu quero eficácia na
ponta. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, é o que está
acontecendo", afirmou Bolsonaro segundo o Portal nesta quarta feira (13).
Desde os primeiros dias após o país começar a registrar casos
de covid-19, Bolsonaro alardeia a cloroquina como uma alternativa para o
combate à doença. O remédio é usado comumente para tratamento de malária. Ainda
não há evidências científicas que apontem a eficácia em casos de infecções por
corona vírus,segundo o relato do veiculo.
Teich escreveu em sua conta no Twitter na terça-feira (12)
que a cloroquina apresenta efeitos colaterais e que a prescrição deve ser feita
em comum acordo entre paciente e médico. Um dos principais efeitos colaterais
do remédio são complicações cardíacas,de acordo com o relato da reportagem.
Na saída do Alvorada, o presidente disse ainda que vai
conversar nesta quarta com Teich sobre a possibilidade de alteração no
protocolo do Ministério da Saúde, que atualmente prevê a prescrição de
cloroquina apenas para os casos graves. O presidente quer que o remédio seja
usado desde o início do tratamento,de acordo com o que afirma o G1.
"Nós estamos tendo centenas de mortes por dia. Se existe
uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usar?
Alguns falam que pode ser placebo. Pode ser. Você não sabe. Mas pode não ser
também. A gente não pode, por exemplo, falar: 'Ah, se tivesse usado a
cloroquina lá atrás, teria salvo milhões de pessoas. Só isso", disse o presidente
segundo o Portal .
Duas pesquisas internacionais realizadas com mais de 1.300
pacientes mostraram que a cloroquina e a hidroxicloroquina não têm eficácia
contra a covid-19,de acordo com o relato do veiculo.
Um estudo dos EUA revelou que a taxa de mortalidade dos
tratados com cloroquina foi semelhante à dos que não tomaram a droga, assim
como à das pessoas que receberam hidroxicloroquina combinada com o antibiótico
azitromicina – este segundo grupo, ainda, teve duas vezes mais risco de sofrer
parada cardíaca,segundo a reportagem do G1.
Outro estudo americano concluiu que pacientes com e sem o
tratamento com hidroxicloroquina apresentaram o mesmo risco de uma piora do
quadro, de necessidade de entubação e de morte,segundo afirma o G1.
A cloroquina ganhou projeção como possível solução para o
coronavírus após a publicação de um estudo na França, em meados de março. Mas
pesquisadores criticaram a metodologia e também o grupo reduzido de pacientes, de
acordo com o veiculo na manhã de hoje.
Á você que está me lendo eu digo: O ministro Nelson está
mostrando as mesmas qualidades do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Além da
formação médica, Nelson Hich mostra também ter herdado o decoro necessário para
exercer a titularidade do Ministério da Saúde.
O decoro do Ministro Nelson Hich é exatamente o que falta ao
Presidente Jair Bolsonaro. O mandatário insiste em dizer que as medidas de
quarentena adotada por governadores e prefeitos é inimiga da economia.
O que Jair Bolsonaro se recusa a entender é que o corona
vírus é o verdadeiro inimigo da economia. Se o Brasil se tornar o epicentro da
pandemia do corona vírus,investidores irão se recusar a investir no nosso
país,pois irão alegar razões sanitárias.
As mesmas razões sanitárias também irão neutralizar as
exportações e importações do mercado brasileiro. Sim leitor (a): Nenhum país
irá querer manter relações comerciais com um Brasil que muito provavelmente se
tornará o epicentro do corona vírus.
Essas serão as consequências na economia brasileira pelo fato
do Presidente Jair Bolsonaro negar as evidencias cientificas. Uma crise
sanitária em massa provocaria efeitos totalmente catastróficos nas relações
comerciais com parceiros históricos, como a China, por exemplo.
O extremismo de Jair Bolsonaro nos conduzirá as cinzas.
Movido pelo gabinete do ódio, que é comandado por Olavo de Carvalho, o
Presidente se recusa a ter o bom senso e o decoro necessário para exercer a
chefia do executivo brasileiro.
Fabricar crises e mais crises tem sido o perfil de Jair
Bolsonaro desde a sua posse. Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro
não resistiram ao extremismo xucro do Presidente. Nelson Hich está
experimentando os efeitos destrutivos do extremismo do mandatário brasileiro.
As crises fabricadas pelo Presidente Jair Bolsonaro estão nos
conduzindo ao limbo da história.
E assim caminha a humanidade.
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