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Credito da Imagem :Portal G1 da Rede Globo.
A
Câmara Municipal de Patu, cidade do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, votou e
aprovou um projeto de lei que reajusta o salário de vereadores e secretários,
além de dobrar os vencimentos para os cargos de prefeito e vice-prefeito da
cidade. O projeto foi sancionado pelo prefeito Rivelino Câmara (MDB) no fim de
junho, segundo a reportagem desta manhã no Portal G1 da Rede Globo.
Constitucionalmente,
no último ano de mandato as câmaras municipais devem definir as remunerações
para os cargos de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos que assumirão os
postos no mandato seguinte. No entanto, o reajuste de até 100% em Patu durante
contexto de pandemia do corona vírus chamou a atenção de algumas autoridades,
de acordo com a reportagem do Portal G1 da Rede Globo.
Com a
nova legislação, os vereadores, secretários, prefeito e vice-prefeito passarão
a receber os seguintes salários para o mandato 2021-2024, segundo o relato do
Portal :
·
Vereador: R$ 5.200, atualmente é R$ 3.940 (aumento de 31,9%);
·
Secretário: R$ 4.500, atualmente é R$ 3.150 (aumento de 42,8%);
·
Prefeito: R$ 20.000, atualmente é R$ 10.000 (aumento de 100%);
·
Vice-prefeito: R$ 10.000, atualmente é R$ 5.000 (aumento de 100%).
A votação que aprovou o reajuste contou com a presença de
seis, dos nove vereadores da cidade. A votação foi de 5 votos pelo aumento
contra 1 voto contrário. Kaka de Bodim, única vereadora presente a se
posicionar contrário ao aumento, reconhece a obrigatoriedade da Câmara em
estabelecer os novos valores para o próximo mandato, mas considera o aumento
"imoral", de acordo com a reportagem nesta quinta-feira (2).
"É inadmissível em plena pandemia estarmos discutindo
essa problemática. Não questionei sua legalidade. Sei que existem prazos a
serem respeitados, sei que está na lei. Questiono o quanto é imoral propor isso
nesse momento. Aumentar em 100% o salário do prefeito é imoral diante a
realidade de dor e sofrimento causado por uma doença avassaladora", coloca
a vereadora de acordo com o veículo.
O
aumento também repercutiu na Federação das Câmaras Municipais do Estado do RN
(Fecam), que emitiu uma recomendação para que os reajustes só sejam
implementados a partir de 2022 por causa da crise gerada pela pandemia de Covid-19
, de acordo com o relatado pelo Portal da Rede Globo.
"A
gente tem orientado as câmaras filiadas a seguirem a lei. Há uma lei
complementar nova que impede que aconteçam esses reajustes e que caso esses
aumentos acontecem, que eles sejam colocados na prática a partir de janeiro ou
fevereiro de 2022", afirmou Anchieta Júnior, presidente interino da Fecam
de acordo com o veículo.
Por
meio de nota, a Câmara Municipal de Patu disse ainda que o reajuste dos
salários "trata-se de procedimento constitucional amparada na lei de
responsabilidade fiscal e na lei orgânica da cidade", e que "a
aprovação dos reajustes salariais no momento de pandemia de Covid-19 que o
Brasil e o mundo atravessa pode ocasionar estranhamento para quem desconhece a
legislação e o processo legislativo", de acordo com o relato da matéria do
veículo nesta sexta-feira pela manhã.
Pelo
menos outros cinco municípios potiguares já aprovaram ou estão com projetos nas
câmaras municipais para votar reajustes salariais para vereadores, prefeitos e
vices. É o caso de Acari, Angicos, João Câmara, Poço Branco e Guamaré, segundo
o relato da reportagem.
Em
Acari, a lei que prevê o reajuste foi sancionada pelo prefeito da cidade. Os
vereadores passarão a receber R$ 4.500 a partir do próximo mandato, um aumento
de 30%. A votação aconteceu ainda no mês de março, antes da suspensão das
atividades por causa da pandemia, segundo afirmou o G1 no dia de hoje.
Na
cidade de Poço Branco, o aumento para os cargos de prefeito, vice, vereador e
secretário foi vetado pelo chefe do Executivo local Waldemar de Góis (DEM). O
veto foi mantido pela Câmara Municipal da cidade, de acordo com o que afirmou o
G1.
Á você que está me lendo eu digo : O patrimonialismo é a característica de um Estado que não
possui distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foi
comum em praticamente todos os absolutismos.
No Brasil, o patrimonialismo fora
implantado pelo Estado colonial português, quando o processo de concessão de
títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à
posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado
não se distingue perante as autoridades. Assim, torna-se "natural"
desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial
(1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o
público e o privado.
O patrimonialismo como traço histórico da sociedade
brasileira permanece na crença de que o poder político é a via de acesso ao
poder econômico. O patrimonialismo começou no Brasil quando
os portugueses proibiram a construção de escolas e universidades no Brasil, pois
nosso país servia apenas para enriquecer a coroa portuguesa. Ou seja: No
período colonial brasileiro não havia qualquer distinção entre o público e o
privado.
A cultura patrimonialista no Brasil começou no período
colonial, quando o país foi totalmente explorado pela coroa portuguesa. De
certa forma, a mistura entre o público e o privado começou no período colonial.
Historicamente o Brasil nunca conseguiu separar o público do
privado na administração pública. Em todos os regimes governamentais, ainda que
o país tenha tido algum progresso com a revolução industrial, o Brasil nunca
conseguiu se livrar da praga patrimonialista herdada do período colonial.
Eu estive na Suíça e na Itália em 2013.Na Suíça há uma clara
distinção entre o público e o privado na administração pública. O parlamento
suíço funciona basicamente em três princípios fundamentais, transparência, educação
e igualdade. Na Suíça não existe espaço para as delinquências que temos no
Brasil. Na Suíça os parlamentares tem custo praticamente zero e sabem a
diferença entre o público e o privado.
O patrimonialismo brasileiro trabalha com a ideia de que o
poder político é o acesso ao poder econômico. Durante os 322 anos do período
colonial em que não tivemos escolas e universidades no Brasil,o patrmonialismo
começou a ser colocado como um meio de ascendência econômica no alto baronato.
O patrimonialismo impediu com que o Brasil tivesse de fato
fundado uma República em 1889. O termo “república” deriva do latim Res Publica e significa, literalmente, “coisa pública”,
isto é, aquilo que diz respeito ao interesse público de todos os cidadãos.
O Brasil é considerado
uma das dez maiores economias do mundo. Nosso paias tem potencial natural o
suficiente para ser uma potência. Entretanto, talvez precisaria de uma grande
revolução. O Brasil talvez precisaria ser refundado para separar claramente o
público e o privado na administração pública.
A Suíça não é um país
culturalmente patrmimonialista. Na Suíça não existe zona cinzenta para certos tipos
de conduta, como no Brasil. A república suíça separa claramente os conceitos
público e privado. Infelizmente o Brasil nunca conseguiu resolver essa questão
desde o início
da sua história. E assim esse jornalista
iniciante se despede de vocês leitores (as).
E assim infelizmente
caminha a humanidade.
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