Credito da Imagem : Site Diário Centro do Mundo.
Há forte preocupação entre integrantes das Forças Armadas com o desgaste
da imagem da gestão do general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da
Saúde em meio à pandemia do novo coronavírus, segundo o jornalista Gerson
Camarotti no seu blog no Portal G1 da Rede Globo.
A preocupação cresce independente do episódio do último fim de semana
quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o
Exército estava se associando a um genocídio. A declaração se referiu à atuação
de militares no Ministério da Saúde e ao combate à pandemia, de acordo com o
relato do comentarista.
Vários militares já temem a associação da imagem do Exército com a
dificuldade no combate à pandemia na gestão interina de Pazuello,
principalmente por ele ser general da ativa, de acordo com o jornalista nesta
manhã.
Ao longo desses dois meses de Pazuello como ministro da Saúde, a pasta
adotou uma recomendação para o polêmico uso da cloroquina em pacientes com
Covid-19, tentou mudar a metodologia de divulgação de casos, e o número de
óbitos explodiu, segundo relatou o jornalista nesta quarta-feira (15).
O Brasil já tem mais de 74,3 mil mortes por coronavírus confirmadas até
as 8h desta quarta-feira (15), segundo levantamento do consórcio de veículos de
imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, de acordo com o
jornalista da Rede Globo.
O presidente Jair Bolsonaro decidiu oficializar Pazuello como ministro
interino para evitar contestações de sua política de enfrentamento da pandemia
depois da queda de dois ministros da Saúde: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich,
segundo relatos do jornalista na manhã de hoje.
Cresce o incômodo, principalmente no Exército, quanto ao uso das Forças
Armadas em atividades fora de sua natureza, segundo o comentarista.
Como informou o blog, generais da ativa e da reserva avaliam que o
ministro interino Eduardo Pazuello precisa definir rapidamente o seu futuro. A
avaliação é que ele deve pedir transferência imediata para a reserva, ou sair
do Ministério da Saúde, segundo relato de Gerson Camarotti.
Em entrevista exclusiva ao Jornal das Dez desta terça-feira (14), o
vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que "tudo
indica" que Bolsonaro substituirá Pazuello em um "momento
próximo", de acordo com o jornalista.
Ainda na entrevista à GloboNews, Mourão afirmou que "política
dentro de quartel não é algo que seja saudável" para o que ele vê como
"pilares" das Forças Armadas: "hierarquia e disciplina",
segundo relato do comentarista.
O vice-presidente disse, então, que o governo tem tentado "deixar
muito claro" que há separação entre as Forças Armadas e o Poder Executivo,
de acordo com o jornalista.
"Não queremos trazer as forças, efetivamente, para dentro do
governo. Nós não queremos a política indo para dentro dos quarteis e a
discussão 'eu apoio o presidente', 'eu sou contra o presidente',
independentemente de ele ser um militar, um antigo militar ou não",
acrescentou, segundo afirmou o jornalista na manhã de hoje.
Á você que está me lendo eu digo : A Constituição diz que as Forças
Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais.
Não é saudável em um regime democrático os militares ocuparem cargos no
governo. Não é nada saudável, as forças armadas exercerem influencia em cargos
chave do governo.
O Presidente Jair Bolsonaro quer passar uma ideia de que somente com os
militares nos ministérios, não haverá corrupção dentro da estrutura governamental.
Contudo, está havendo uma mistura nada saúdavel do mandato presidencial com as
forças armadas.
O Ministério da Saúde era pra estar sendo gerido por um médico e não por
um general da ativa. Nas entrelinhas, o Ministro Gilmar Mendes quiz dizer que
as forças armadas não pertencem ao Presidente da República, mas sim ao estado
brasileiro.
A militarização das forças armadas na política, dá margem a críticas de
outras pessoas, como por exemplo, o Ministro Gilmar Mendes. Falta bom senso ao
Presidente Jair Bolsonaro sobre o papel das forças armadas no Brasil.
E assim caminha a humanidade.
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