sexta-feira, 10 de julho de 2020

O atraso cultural e politico no Brasil.

Empresários ligados ao MBL são presos em investigação de lavagem ...

Credito da Imagem : Portal G1 da Rede Globo.


Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos na manhã desta sexta-feira (10) em São Paulo em uma investigação contra lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público. O grupo nega relação com eles. A operação é realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal, segundo a reportagem de hoje do Portal G1 da Rede Globo.

De acordo com o MP, os presos Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan) são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O órgão afirma que a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais. A sede do movimento, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, é alvo de buscas, segundo o relato do Portal.

No entanto, o Ministério Público não esclarece a relação da suposta lavagem de dinheiro praticada pelos presos com a dívida de R$ 400 milhões do criador do movimento, de acordo com o relato da reportagem nesta sexta feira (10).

Em nota, o MBL afirma que Alessander e Carlos Augusto nunca foram membros do movimento e diz que as atividades empresáriais e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação. (leia a íntegra abaixo), de acordo com o relato do veículo na manhã de hoje.

Ao todo, são cumpridos seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista, no interior do estado, segundo informou a matéria na manhã desta sexta-feira.

Os presos vão ficar detidos no 2º DP, do Bom Retiro, Centro de São Paulo.

A operação chamada de "Juno Moneta" faz referência ao antigo templo romano onde as moedas romanas eram cunhadas, segundo o relato do Portal da Rede Globo.

Cerca de 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e 16 viaturas participam da operação, de acordo com o relato da reportagem.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, existe uma "confusão jurídica empresarial" entre as empresas Movimento Brasil Livre (MBL) e Movimento Renovação Liberal (MRL). O MBL disse, em nota, que "não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma empresa, mais sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal - única pessoa jurídica do Movimento", segundo informações do G1. 

A Promotoria diz que as doações não teriam sido depositadas diretamente na conta do movimento e que ocorreram de forma suspeita através de uma plataforma de pagamentos pela internet, de acordo com o veículo.

Segundo o MP, Alessander Monaco Ferreira é investigado por grande movimentação financeira e incompatível, além da criação e sociedade em duas empresas de fachada. Ele teria realizado doações suspeitas ao movimento através da plataforma Google, segundo informou a reportagem do G1 nesta sexta feira (10).

O documento cita que Ferreira viajou mais de 50 vezes para Brasília, entre julho de 2016 a agosto de 2018 para o Ministério da Educação com objetivos não especificados. Ele foi contratado pelo governo estadual de São Paulo para trabalhar na Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da Imprensa Oficial do Estado (CADA), segundo o relato da reportagem.



Ainda de acordo com o MP, Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, é investigado por ameaçar aqueles que questionam as finanças do MBL e disseminação de "fake news". Ele também teria criado quatro empresas de fachada com indícios de movimentação financeira incompatível, segundo a Receita Federal, de acordo com o Portal da Rede Globo.

Posteriormente, o movimentou divulgou um segundo posicionamento.

"Em que pese as alegações amplamente difundidas pela imprensa e até mesmo pelo Ministério Público quanto a ligação do senhores Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Morais Afonso, vulgo Luciano Ayan com o MBL, inicialmente cumpre esclarecer que ambos jamais fizeram parte do movimento, segundo afirmou o G1.

Importa destacar que não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma empresa, mais sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal - única pessoa jurídica do Movimento - o que é fato público e notório, inclusive posto publicamente em inúmeros litígios onde a entidade figura como autora e até mesmo Requerida, de acordo com a reportagem do Portal.

Chega a ser risível o apontamento de ocultação por doações na plataforma Google Pagamentos, haja vista que todas as doações recebidas na plataforma públicas, oriundas do YouTube e vulgarmente conhecidas como “superchats”, significando quantias irrisórias, feitas por uma vasta gama de indivíduos de forma espontânea. Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com quantias pífias, segundo informou o G1.

Por fim cumpre esclarecer que as atividades empresariais e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação, haja vista que não possuem qualquer conexão ou convergência de finalidade. Com o respeito e acato ao órgão ministerial, importa esclarecer que as assertivas apontadas quanto ao MBL são completamente distantes da realidade, tratando-se de um devaneio tolo, totalmente despido de sustentação fática e legal com a única finalidade de macular a honra de um movimento pautado nos pilares da ética, da moral e da liberdade.", de acordo com o relato do veículo na manhã de hoje.

Á você que está me lendo eu digo: Caro (a) leitor (a): Eu falo sempre a mesma coisa. Você já deve estar chateado comigo, pois o meu discurso é sempre o mesmo. Mas eu vou bater nisso aqui.

O patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foi comum em praticamente todos os regimes autoritários.







No Brasil, o patrimonialismo fora implantado pelo Estado colonial português, quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado não se distinguem perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.



O patrimonialismo como traço histórico da sociedade brasileira permanece na crença de que o poder político é a via de acesso ao poder econômico. O patrimonialismo começou no Brasil quando os portugueses proibiram a construção de escolas e universidades no Brasil, pois nosso país servia apenas para enriquecer a coroa portuguesa. Ou seja: No período colonial brasileiro não havia qualquer distinção entre o público e o privado.



 A cultura patrimonialista no Brasil começou no período colonial, quando o país foi totalmente explorado pela coroa portuguesa. De certa forma, a mistura entre o público e o privado começou no período colonial.



Historicamente o Brasil nunca conseguiu separar o público do privado na administração pública. Em todos os regimes governamentais, ainda que o país tenha tido algum progresso com a revolução industrial, o Brasil nunca conseguiu se livrar da praga patrimonialista herdada do período colonial.



Eu estive na Suíça e na Itália em 2013.Na Suíça há uma clara distinção entre o público e o privado na administração pública. O parlamento suíço funciona basicamente em três princípios fundamentais, transparência, educação e igualdade. Na Suíça não existe espaço para as delinquências da corrupção que temos no Brasil. Na Suíça os parlamentares tem custo praticamente zero e sabem a diferença entre o público e o privado.



O patrimonialismo brasileiro trabalha com a ideia de que o poder político é o acesso ao poder econômico. Durante os 322 anos do período colonial em que não tivemos escolas e universidades no Brasil, o patrimonialismo começou a ser colocado como um meio de ascendência econômica no alto baronato.



O patrimonialismo impediu com que o Brasil tivesse de fato fundado uma República em 1889. O termo “república” deriva do latim Res Publica e significa, literalmente, “coisa pública”, isto é, aquilo que diz respeito ao interesse público de todos os cidadãos.



No Brasil temos certamente uma República das Bananas. Sim querido (a) leitor (a): O conceito republicano, na sua absoluta essência, não trabalha com o princípio de que o poder político é o acesso ao poder econômico. A verdadeira estrutura republicana trabalha como os princípios de transparência, educação e igualdade, pilares absolutamente fundamentais do parlamento da Suíça.



O Brasil é considerado uma das dez maiores economias do mundo. Nosso paias tem potencial natural o suficiente para ser uma potência. Entretanto, talvez precisaria de uma grande revolução. O Brasil talvez precisaria ser refundado para separar claramente o público e o privado na administração pública.



A Suíça não é um país culturalmente patrmimonialista. Na Suíça não existe espaços para crimes de colarinho branco como no Brasil. A república suíça separa claramente os conceitos público e privado. Infelizmente o Brasil nunca conseguiu resolver essa questão desde o início da sua história.

Durante 322 anos entre 1500 a1822 o Brasil foi colônia de exploração e o interesse público no Brasil se fundia ao interesse privado da colônia portuguesa. Durante esses 322 anos, a coroa portuguesa proibiu a construção de escolas, hospitais e universidades públicas no Brasil. Os brasileiros mais abastados estudavam nas coroas europeias. Ou seja. Quem ficava no Brasil, vivia na pobreza durante os 322 anos coloniais. Ou seja. O traço patrimonialista no Brasil é a causa da praga da corrupção no Brasil. Sou antirracista e antifascista. Mas em países de primeiro mundo, não existe o patrimonialismo. Sem patrimonialismo, não existe operação lava jato e nem governos extremistas. Eu estive na Suíça e na Itália em 2013, e pude comprovar isso com os meus próprios olhos. Sem a cultura patrimonialista entranhada em uma nação, não existe operação lava jato. Sem operação lava jato, não há espaços para governos extremistas. Na Suíça e na Itália, não há espaço para governos extremistas. Sendo assim. Não existe espaço para que extremistas dialoguem com um país subterrâneo nos países de primeiro mundo. Na Suíça, o país distingue claramente o público e privado na administração pública.

O Patrimonialismo tem a mentalidade de que o poder político é o acesso ao poder econômico. O parlamento suíço é constituído por três pilares fundamentais, transparência, educação e igualdade. O parlamento italiano também se constitui por esses três valores absolutamente fundamentais.

E assim caminha a humanidade.


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