Credito da Imagem : Portal G1 da Rede Globo.
Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos na
manhã desta sexta-feira (10) em São Paulo em uma investigação contra lavagem de
dinheiro, segundo o Ministério Público. O grupo nega relação com eles. A
operação é realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal,
segundo a reportagem de hoje do Portal G1 da Rede Globo.
De acordo com o MP, os presos Alessander Mônaco Ferreira e Carlos
Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan) são investigados por
lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O órgão afirma que a família
Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos
federais. A sede do movimento, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, é alvo
de buscas, segundo o relato do Portal.
No entanto, o Ministério Público não esclarece a relação da suposta
lavagem de dinheiro praticada pelos presos com a dívida de R$ 400 milhões do
criador do movimento, de acordo com o relato da reportagem nesta sexta feira
(10).
Em nota, o MBL afirma que Alessander e Carlos Augusto nunca foram
membros do movimento e diz que as atividades empresáriais e familiares dos
fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer
vinculação. (leia a íntegra abaixo), de acordo com o relato do veículo na manhã
de hoje.
Ao todo, são cumpridos seis mandados de buscas e apreensão e dois de
prisão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista, no interior do estado,
segundo informou a matéria na manhã desta sexta-feira.
Os presos vão ficar detidos no 2º DP, do Bom Retiro, Centro de São
Paulo.
A operação chamada de "Juno Moneta" faz referência ao antigo
templo romano onde as moedas romanas eram cunhadas, segundo o relato do Portal
da Rede Globo.
Cerca de 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais
Estratégicas (DOPE) e 16 viaturas participam da operação, de acordo com o
relato da reportagem.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, existe uma
"confusão jurídica empresarial" entre as empresas Movimento Brasil
Livre (MBL) e Movimento Renovação Liberal (MRL). O MBL disse, em nota, que
"não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento
Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma empresa, mais sim uma marca,
sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal - única pessoa
jurídica do Movimento", segundo informações do G1.
A Promotoria diz que as doações não teriam sido depositadas diretamente
na conta do movimento e que ocorreram de forma suspeita através de uma
plataforma de pagamentos pela internet, de acordo com o veículo.
Segundo o MP, Alessander Monaco Ferreira é investigado por grande
movimentação financeira e incompatível, além da criação e sociedade em duas
empresas de fachada. Ele teria realizado doações suspeitas ao movimento através
da plataforma Google, segundo informou a reportagem do G1 nesta sexta feira
(10).
O documento cita que Ferreira viajou mais de 50 vezes para Brasília,
entre julho de 2016 a agosto de 2018 para o Ministério da Educação com
objetivos não especificados. Ele foi contratado pelo governo estadual de São
Paulo para trabalhar na Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da
Imprensa Oficial do Estado (CADA), segundo o relato da reportagem.
Ainda de acordo com o MP, Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido
como Luciano Ayan, é investigado por ameaçar aqueles que questionam as finanças
do MBL e disseminação de "fake news". Ele também teria criado quatro
empresas de fachada com indícios de movimentação financeira incompatível,
segundo a Receita Federal, de acordo com o Portal da Rede Globo.
Posteriormente, o movimentou divulgou um segundo posicionamento.
"Em que pese as alegações amplamente difundidas pela imprensa e até
mesmo pelo Ministério Público quanto a ligação do senhores Alessander Mônaco
Ferreira e Carlos Augusto de Morais Afonso, vulgo Luciano Ayan com o MBL,
inicialmente cumpre esclarecer que ambos jamais fizeram parte do movimento,
segundo afirmou o G1.
Importa destacar que não existe confusão empresarial entre Movimento
Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma
empresa, mais sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento
Renovação Liberal - única pessoa jurídica do Movimento - o que é fato público e
notório, inclusive posto publicamente em inúmeros litígios onde a entidade
figura como autora e até mesmo Requerida, de acordo com a reportagem do Portal.
Chega a ser risível o apontamento de ocultação por doações na plataforma
Google Pagamentos, haja vista que todas as doações recebidas na plataforma
públicas, oriundas do YouTube e vulgarmente conhecidas como “superchats”,
significando quantias irrisórias, feitas por uma vasta gama de indivíduos de
forma espontânea. Sob o aspecto lógico, seria impossível realizar qualquer
espécie de ocultação e simulação fiscal por uma plataforma pública e com
quantias pífias, segundo informou o G1.
Por fim cumpre esclarecer que as atividades empresariais e familiares
dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem
qualquer vinculação, haja vista que não possuem qualquer conexão ou
convergência de finalidade. Com o respeito e acato ao órgão ministerial,
importa esclarecer que as assertivas apontadas quanto ao MBL são completamente
distantes da realidade, tratando-se de um devaneio tolo, totalmente despido de
sustentação fática e legal com a única finalidade de macular a honra de um
movimento pautado nos pilares da ética, da moral e da liberdade.", de
acordo com o relato do veículo na manhã de hoje.
Á você que está me lendo eu digo: Caro (a) leitor (a): Eu falo sempre a
mesma coisa. Você já deve estar chateado comigo, pois o meu discurso é sempre o
mesmo. Mas eu vou bater nisso aqui.
O patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui
distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foi comum em
praticamente todos os regimes autoritários.
No Brasil, o patrimonialismo fora implantado pelo Estado colonial
português, quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase
absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática
político-administrativa em que o público e o privado não se distinguem perante
as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial
(1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à
República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.
O patrimonialismo como traço histórico da sociedade brasileira permanece
na crença de que o poder político é a via de acesso ao poder econômico. O
patrimonialismo começou no Brasil quando os portugueses proibiram a construção
de escolas e universidades no Brasil, pois nosso país servia apenas para
enriquecer a coroa portuguesa. Ou seja: No período colonial brasileiro não
havia qualquer distinção entre o público e o privado.
A cultura patrimonialista no
Brasil começou no período colonial, quando o país foi totalmente explorado pela
coroa portuguesa. De certa forma, a mistura entre o público e o privado começou
no período colonial.
Historicamente o Brasil nunca conseguiu separar o público do privado na
administração pública. Em todos os regimes governamentais, ainda que o país
tenha tido algum progresso com a revolução industrial, o Brasil nunca conseguiu
se livrar da praga patrimonialista herdada do período colonial.
Eu estive na Suíça e na Itália em 2013.Na Suíça há uma clara distinção
entre o público e o privado na administração pública. O parlamento suíço
funciona basicamente em três princípios fundamentais, transparência, educação e
igualdade. Na Suíça não existe espaço para as delinquências da corrupção que
temos no Brasil. Na Suíça os parlamentares tem custo praticamente zero e sabem
a diferença entre o público e o privado.
O patrimonialismo brasileiro trabalha com a ideia de que o poder
político é o acesso ao poder econômico. Durante os 322 anos do período colonial
em que não tivemos escolas e universidades no Brasil, o patrimonialismo começou
a ser colocado como um meio de ascendência econômica no alto baronato.
O patrimonialismo impediu com que o Brasil tivesse de fato fundado uma
República em 1889. O termo “república” deriva do latim Res Publica e significa,
literalmente, “coisa pública”, isto é, aquilo que diz respeito ao interesse
público de todos os cidadãos.
No Brasil temos certamente uma República das Bananas. Sim querido (a)
leitor (a): O conceito republicano, na sua absoluta essência, não trabalha com
o princípio de que o poder político é o acesso ao poder econômico. A verdadeira
estrutura republicana trabalha como os princípios de transparência, educação e
igualdade, pilares absolutamente fundamentais do parlamento da Suíça.
O Brasil é considerado uma das dez maiores economias do mundo. Nosso
paias tem potencial natural o suficiente para ser uma potência. Entretanto,
talvez precisaria de uma grande revolução. O Brasil talvez precisaria ser
refundado para separar claramente o público e o privado na administração
pública.
A Suíça não é um país culturalmente patrmimonialista. Na Suíça não
existe espaços para crimes de colarinho branco como no Brasil. A república
suíça separa claramente os conceitos público e privado. Infelizmente o Brasil
nunca conseguiu resolver essa questão desde o início da sua história.
Durante 322 anos entre 1500 a1822 o Brasil foi colônia de exploração e o
interesse público no Brasil se fundia ao interesse privado da colônia
portuguesa. Durante esses 322 anos, a coroa portuguesa proibiu a construção de
escolas, hospitais e universidades públicas no Brasil. Os brasileiros mais
abastados estudavam nas coroas europeias. Ou seja. Quem ficava no Brasil, vivia
na pobreza durante os 322 anos coloniais. Ou seja. O traço patrimonialista no
Brasil é a causa da praga da corrupção no Brasil. Sou antirracista e
antifascista. Mas em países de primeiro mundo, não existe o patrimonialismo.
Sem patrimonialismo, não existe operação lava jato e nem governos extremistas.
Eu estive na Suíça e na Itália em 2013, e pude comprovar isso com os meus
próprios olhos. Sem a cultura patrimonialista entranhada em uma nação, não
existe operação lava jato. Sem operação lava jato, não há espaços para governos
extremistas. Na Suíça e na Itália, não há espaço para governos extremistas.
Sendo assim. Não existe espaço para que extremistas dialoguem com um país
subterrâneo nos países de primeiro mundo. Na Suíça, o país distingue claramente
o público e privado na administração pública.
O Patrimonialismo tem a mentalidade de que o poder político é o acesso
ao poder econômico. O parlamento suíço é constituído por três pilares
fundamentais, transparência, educação e igualdade. O parlamento italiano também
se constitui por esses três valores absolutamente fundamentais.
E assim caminha a humanidade.
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