sábado, 1 de agosto de 2020

O alta do dólar e o aumento de custos .

Os índices de inflação têm mostrado uma desaceleração na alta dos preços - mas a população de baixa renda não tem sentido esse efeito no bolso, segundo a reportagem do Portal G1 da Rede Globo.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, acumula alta de apenas 0,10% no ano até junho, após ter registrado deflações em abril e maio, em plena pandemia do corona vírus, segundo o relato do Portal G1 da Rede Globo.
No entanto, o que mais pesa no bolso da população de baixa renda, que são os alimentos, vem subindo bem mais que o índice geral de inflação. Entre os fatores que explicam esse “descolamento” destacados por economistas estão os seguintes, segundo a reportagem na manhã de hoje.
com a queda na renda, o consumo diminuiu e o foco passou a ser na compra de alimentos básicos que compõem a cesta básica - com o aumento da demanda, os preços subiram;
estocagem de alimentos em decorrência do isolamento social, sobretudo por parte das famílias de classe média e média alta, que impulsionou os preços, prejudicando as famílias com renda mais baixa;
desvalorização do real frente ao dólar, que acabou afetando os preços de alimentos como milho, soja e trigo e encareceram os preços das carnes, pães, biscoitos e macarrão, por exemplo.
efeitos sazonais, principalmente ligados ao clima, que acabaram afetando safras, plantações e pastagens.
De acordo com André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor do FGV IBRE, as famílias de baixa renda não tiveram exatamente a percepção de queda na inflação registradas principalmente entre março e maio porque o que mais pressionou o índice foram os alimentos, segundo o Portal na manhã de hoje.
Segundo o IPCA, a alimentação variou 4,09% de janeiro a junho, enquanto o índice geral ficou em 0,10%, segundo o veiculo.
Braz elenca vários fatores para essa alta. No começo do isolamento social, o medo do desabastecimento fez as famílias estocarem alimentos, aumentando a demanda pelos produtos, o que contribuiu para o aumento mais rápido nos preços, segundo o Portal na manhã deste sabado (01).
Com o fechamento de restaurantes e lanchonetes, as refeições passaram a ser feitas em casa, o que fez o consumidor reforçar a despensa e resultou no aumento da demanda, segundo o relato da reportagem.
Outro ponto relevante tem a ver com a valorização do dólar, que influencia bastante os preços de alimentos como milho, soja e trigo. “O trigo encareceu pão francês, biscoito, macarrão e várias outras coisas que são de uso cotidiano. O milho e a soja não vão direto à mesa do consumidor, mas servem de ração animal para as proteínas que a gente consome. As aves comem milho, então se o milho fica mais caro, o frango encarece também. Suínos e bovinos se alimentam de rações à base de soja e milho, então a gente também vê o encarecimento dessas carnes também por conta desses custos com ração”, explica Braz, segundo o G1.
Problemas não relacionados com a pandemia também influenciaram no aumento dos alimentos, como maior demanda por ovos na Quaresma e problemas com a safra do feijão, segundo o G1.
“Os alimentos da cesta básica como arroz, feijão, ovos, carne, macarrão, leite, café, que são o grosso da nossa cesta básica, pressionaram mais o custo de vida, tiveram uma demanda mais forte. Isso ajuda a aumentar o preço, mas também houve a questão cambial, a preocupação do consumidor com desabastecimento e certa disposição para estocar, o que não ajudou muito a conter o avanço dos preços", diz Braz. "Então o grande problema da inflação nos últimos meses ficou na alimentação e, por isso, ela afetou mais o público de baixa renda que gasta mais com esse tipo de despesa” explicou o especialista segundo a reportagem do Portal.
Braz explica que a alimentação tem peso de 20% no IPCA. Os outros 80% correspondem a produtos e serviços que ficaram com os preços relativamente estáveis no período porque não estavam disponíveis devido ao isolamento, como atividades relacionadas ao lazer e turismo e serviços como oficina mecânica e salão de cabeleireiro, segundo o G1.
O economista da FGV aponta que a gasolina caiu muito de preço entre março e início de maio, contribuindo para a queda da inflação. No ano, até junho, o recuo é de 11,88%. Mas, segundo ele, a gasolina não é um bem de consumo da baixa renda, que gasta com transporte público, segundo o relato da reportagem do veiculo.

Á você que está me lendo eu digo : O tributo é toda a prestação compulsória, normalmente em moeda, ou cujo valor que nela se possa exprimir : Tributo é algo que não se constituí uma sanção ou um ato ilícito, instituída em lei de estado e cobrada regularmente em atividade econômica vinculada.
A oneração é submeter a ônus : Ou seja: Impor e receber grandes gastos de despesas : Significa onerar as contas de uma empresa, por exemplo. Onerar folha de pagamento com taxas.
A desoneração é deixar de possuir ônus. Livrar uma empresa de uma obrigação ou determinando compromisso. Desonerar basicamente é não ter incumbência tributária pelo estado vigente.
O dólar na manhã de hoje, está cotado a R$ 5,22 centavos. Naturalmente o dólar alto aumenta os custos de produção, ainda que a demanda aumente de certos produtos aumente durante a pandemia, os custos de produção também aumentam e isso inevitavelmente é repassado ao consumidor.
O princípio da progressividade é um princípio do direito tributário que estabelece que os impostos devem onerar mais aquele que detiver maior riqueza tributária. No Brasil, está descrito na Constituição Federal de 1988 da seguinte forma: "Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte."
O imposto progressivo é o imposto no qual os contribuintes de renda mais alta pagam uma quantia maior de sua renda do que os contribuintes de renda mais baixa.

No Brasil existe o imposto sobre o consumo. Ele funciona mais ou menos assim. Um trabalhador já exausto de um dia de trabalho, para em uma lanchonete para tomar um lanche. Ou seja ;Um cafezinho, um bolo de brigadeiro, um salgado e uma água mineral. O imposto sobre o consumo funciona assim, em cada uma dos itens que o trabalhador consome no seu lanchinho básico, ele paga mais ou menos R$ 1, 50 ou  R$ 2,00 a mais de impostos.
Os mais pobres são justamente os mais penalizados no imposto sobre os consumos. Se em cada produto consumido, se paga R$ 1,50 a 2,00 de tributos, uma família de Classe C paga o mesmo imposto de uma família de Classe A.
O Imposto no Brasil precisa ser progressivo. É injusto repassar aos mais pobres o aumento do custo da produção devido a alta do dólar. Temos que ter uma reforma tributária que desonere os que recebem menos.

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Site Suno Research


Alta do dólar: entenda como ela afeta a vida dos brasileiros

Nenhum comentário:

Postar um comentário