domingo, 22 de novembro de 2020

A ausência de uma Republica no Brasil.

 O patrimonialismo é uma forma de administração pública na qual o público e o privado não de distinguem perante as autoridades. O patrimonialismo foi implantado no Brasil pelo Estado colonial português quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado não se distingue perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.

O Brasil é considerado uma das dez maiores economias do mundo. O nosso país tem muitas riquezas naturais, que talvez nos transformassem em um país de primeiro mundo. Contudo, o Brasil jamais conseguiu resolver a falta de distinção entre o público e o privado perante as autoridade públicas. 
Nos períodos republicanos, jamais tivemos uma República no Brasil. A República, sua essência, se baseia em uma administração que tem um bom trato da coisa pública. Uma República de fato, se baseia em transparência, educação e igualdade. Eu estive na Suíça e na Itália em 2013. E confesso, enxerguei outro planeta em relação ao Brasil.
O parlamento Suíço, se baseia exatamente em transparência, educação e igualdade. Os políticos são tratados por você e não tem custam menos do que os políticos no Brasil. E eu faço o mesmo relato do parlamento italiano. Na Suíça e na Itália, existe uma distinção entre o público e o privado na administração pública.
Nesses países, eu encontrei outro nível de conceito de sociedade e de estado republicano . Os parlamentares suíços e italianos, se baseiam em transparência, educação e igualdade. Algo que convenhamos, não é o caso do Brasil.
E não me venham falar de corrupção por preferência por partido A , B. ou C.  Caro (a) leitor (a). Em uma democracia madura, é legítimo que todos nós tenhamos o direito de ter nossas respectivas preferências políticas. Não é essa a questão que vos fala está levantando agora.
A discussão política no Brasil precisa amadurecer. É um erro analisarmos o patrimonialismo brasileiro segundo nossas orientações políticas. O traço patrimonialista do Brasil cria espaços para uma zona cinzenta na nossa política nacional.
Em democracias maduras, o estado republicanos é capaz de distinguir público e privado na gestão pública. E essa questão no Brasil não pode ser analisada de maneira partidária. Isso é falta de maturidade.
Os problemas trazidos pela Operação Lava Jato, envolveram o PT na esfera federal e praticamente governos de todos os demais partidos nos estados brasileiros. Foram as mesmas empresas, partidos políticos e o mesmo cartel. O Brasil não é, e nunca foi uma Republica. Longe disso.
O verdadeiro princípio republicano, se baseia em transparência, educação e igualdade. E esses pilares fundamentais, definitivamente não existem em um país patrimonialista como o Brasil. E por favor caro (a) leitor (a). Sejamos maduros. Não se analisa um país patrimonialista como o Brasil seguindo nossas preferências políticas. Isso definitivamente não amadurece essa questão. 
O traço patrimonialista brasileiro da uma margem para esse tipo de conduta na administração pública. Aonde não existe distinção entre público e privado, se cria uma zona absolutamente cinzenta. Não por acaso, a maioria das pessoas somente entra na política brasileira para enriquecimento pessoal. E ,por favor leitor (a), eu lhe peço. Tenhamos maturidade na questão. Isso é algo que não tem a ver com as nossas respectivas preferências políticas. 

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Jornal O Globo.

No Congresso, só 17,8% dos parlamentares são negros - Jornal O Globo




Nenhum comentário:

Postar um comentário