quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A confusão brasileira e o limbo mundial.

 O presidente Jair Bolsonaro, ou os detentores de suas senhas no Twitter, postaram na rede um elíptico texto intitulado "Nossa riqueza, nosso futuro".

Composto por cinco itens (A, B, C, D e E), a sequência de posts começa com um truísmo.

A: "É inegável que as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial, por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais".

A partir daí, o texto salta do óbvio para o conspiratório sem escalas.

B: "Até por isso, no campo das informações, há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências, no resultado final das urnas". Aqui, a falta de clareza da frase se deve menos à obscuridade da tese do que à pouca familiaridade do ghost writer presidencial com a língua.

Não é possível adivinhar se a "forte suspeita de ingerência de outras potências" se dá "no campo das informações" ou "no resultado final das urnas" ou em ambas. De qualquer maneira, é certo que as "outras potências" são todos os países que criticam a política ambiental do governo Bolsonaro.

C: "No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022".

De novo, o texto dá cambalhotas intrigantes para produzir um alerta: "nossas riquezas" nos transformam em alvo de acusações feitas por potências movidas a interesses comerciais e para as quais Jair Bolsonaro é um entrave. Com a provável vitória de Joe Biden nos Estados Unidos, crescerá a ameaça dessa "decisiva interferência externa" nas eleições brasileiras de 2022.

D: "Não se trata apenas do Brasil. Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem, a América do Sul está caminhando para a esquerda".

Aqui, o formulador de política externa do presidente e detentor de sua senha no Twitter lembra que nada é por acaso, e que ingênuos são os que acreditam que a vitória na Bolívia de Luis Arce, o afilhado de Evo Morales, foi resultado de uma escolha feita pela população daquele país. Atentai, brasileiros.

E: "Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia".

O autor do texto aqui se despede repetindo com raciocínio tortuoso o que Jair Bolsonaro, o original, já tantas vezes disse com mais clareza: Bolsonaro só pensa na própria reeleição e fará o que estiver ao seu alcance para o Brasil continuar seguindo a passos largos na direção de virar um pária do mundo, com Biden ou Trump. O relato, é da jornalista Thaís Oyama, nesta quarta feira (04) , na sua coluna, no Portal UOL.


Á você que está me lendo eu digo : A Social Democracia Liberal , é uma corrente de pensamento político, que foca na distribuição de renda e bem estar social, dentro uma economia capitalista de mercado. Como eu sempre digo. Essa era a ordem democrática brasileira, desde a redemocratização do país, em 1985.
O bolsonarismo é uma corrente de extrema direita, referente ao mais alto grau do direitismo no aspecto politico. O bolsonarismo, tem total desprezo pelo bem estar social em um ambiente capitalista, pregado pela Social Democracia Liberal.
Desde as eleições de 2018, temos no Brasil, uma polarização raivosa, entre os bolsonaristas e os sociais democratas liberais. A polarização radical, alimenta cada vez mais a popularidade de Jair Bolsonaro como mandatário do Brasil.
A polarização radical aumentou ainda mais com a chegada do novo corona vírus ao Brasil. O conflito entre os bolsonaristas e os sociais democratas, tem deixado os brasileiros com os nervos a flor da pele. Os conflitos e os embates, tem mascarado os problemas econômicos, que já existiam antes da pandemia, serem agravados pelo extremismo do atual mandatário,
A mentalidade obsoleta de Jair Bolsonaro em relação ao meio ambiente, está colocando o Brasil no limbo da história contemporânea. O extremismo presidencial, poderá prejudicar a vinda de investimentos no Brasil.
No mundo atual, é inviável investir em um país que não respeita as convenções ambientais. Mas, entretanto, o mandatário brasileiro, adepto do extremismo, não aceita qualquer negociação, em nome de um mínimo bom senso. Bom senso e Jair Bolsonaro, definitivamente não combinam.

E assim caminha a humanidade.


Imagem : Portal UOL


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