Jair Bolsonaro (sem partido) é repetitivo e, portanto, previsível. Nesta terça (10), polêmicas do presidente rechearam o dia, de ataques à vacina contra o coronavírus até provocações infantis ao presidente-eleito dos Estados Unidos. Há menos de duas semanas, as polêmicas eram outras, como ofensas homofóbicas a um Estado e ataques de um de seus ministros contra o presidente da Câmara - ataques que ele não criticou em público. Há um padrão nesse processo todo. Bobagens ditas enquanto reina o silêncio sobre o que importa: geração de empregos e acusações contra seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ
O que mudou de duas semanas para cá?.
1) Ele trocou o xingamento homofóbico "boiola" - com o qual havia se dirigido aos maranhenses, em 29 de outubro, devido a um tradicional refrigerante cor-de-rosa - pelo xingamento homofóbico "maricas" - com o qual se dirigiu aos brasileiros que têm medo de morrer de covid-19, nesta terça (10). Durante o dia, ele havia provocado o caos insinuando que a vacina chinesa havia matado um brasileiro.
2) Ao invés da provocação infantil de Ricardo Salles, ministro das Queimadas e do Desmatamento, que chamou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) de "Nhonho", em 28 de outubro, temos uma provocação infantil de Jair Bolsonaro, insinuando que poderia ir para as cabeças com Joe Biden, presidente-eleito dos Estados Unidos, caso ele erguesse barreiras comerciais em retaliação à devastação da Amazônia. "Apenas diplomacia não dá. Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora." Isso que é autoestima! .
3) A pandemia havia matado 160 mil pessoas e, agora, já são quase 163 mil.
E o que não mudou?.
1) A inflação continua galopante sobre o arroz e o feijão da população pobre, como o carnaval de Olinda: não tem hora para acabar.
2) Bolsonaro segue dedicado em garantir que as pessoas passem tanto tempo indignadas com os absurdos que ele fala que esqueçam que o Ministério Público crê que seu primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), comanda uma quadrilha que desviou e lavou dinheiro público, e depois o transformou em imóveis e votos. E esqueça o uso que ele faz das instituições a fim de defender sua cria.
3) O governo continua sem um plano para criar postos de trabalho formais, apenas um apanhado de balões de ensaio que vão sendo lançados ao vento para ver se algum sobrevive. Repete-se receituário manjado de redução de proteções trabalhistas em nome de um crescimento que sempre depende da reforma seguinte. E culpa-se a quarentena, quando foi Bolsonaro quem arrastou a pandemia por meses ao negá-la.
O contingente de desempregados chegou a 13,5 milhões de pessoas, em setembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Covid do IBGE - o que representa um desemprego de 14%. Em agosto, eram 12,9 milhões. A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,9%, maior que a dos homens (11,8%). Entre os negros, ele atingiu 16,1%, maior do que entre os brancos, 11,5%.
Após uma semana na defensiva como alvo de críticas por causa da derrota eleitoral de Donald Trump, Bolsonaro produziu polêmicas.
Com elas, excitou seguidores, atraiu a imprensa, alegrou militares ultranacionalistas, mostrou à extrema direita internacional que pode ocupar o vazio, lembrou aos parlamentares fisiológicos que eles são importantes para impedir um impeachment e voltou a controlar a narrativa sobre si mesmo nas redes.
Jair Bolsonaro é repetitivo e, portanto, previsível.
E nós estamos fadados a viver, como no antológico Feitiço do Tempo, com Bill Murray, num eterno Dia do Marmota. O relato é do jornalista Leonardo Sakamoto, na sua coluna, hoje quarta feira (11), no Portal UOL.
Á você que está me lendo eu digo :Política algo que tem a ver com a organização, direção e administração de nações ou Estados. É o Direito, enquanto ciência aplicada não só aos assuntos internos da nação (política interna), mas também aos assuntos externos (politica externa)Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.
No entanto, a politicagem é bem diferente. A politicagem é a politica de política de interesses pessoais, de troca de favores, ou de realizações insignificantes.
As autoridades brasileiras, historicamente, sempre recorreram a politicagem, visando interesses políticos. E não é diferente com Jair Bolsonaro.
O atual mandatário se vendeu como um outsider para a população. A demonização do PT e dos grandes partidos, deu ao então candidato Jair Bolsonaro, o cartaz de alguém que faz suas próprias leis e não se encaixa nas convenções da sociedade em que vive.
Jair Bolsonaro se vendeu com um liberal que nunca foi. O atual mandatário brasileiro, é completamente desprovido da ponderação e do bom senso. Contudo, o presidente não tem como explicar os mortos da pandemia do corona vírus.
O presidente não tem como explicar a piora econômica gerada pelo descontrole da pandemia no Brasil. O presidente não tem como explicar as acusações de interferência na Policia Federal para proteger sua cria. O presidente não tem como explicar as acusações contra seus filhos. E isso justamente um presidente que prometeu acabar com a corrupção.
Talvez, mandatário recorra a politicagem, por não ter como explicar suas bolsonarices na condução da pandemia, e na demissão de dois ministros da saúde. As bolsonarices do presidente brasileiro, são tão previsíveis quanto sua falta de explicações para os estragos enormes da crise do corona vírus no Brasil. Isso, tanto no lado humanitário, quanto no lado econômico.
E assim caminha a humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário