O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou posse hoje em uma cerimônia sem público e cercado por policiais da Guarda Nacional. Já no seu primeiro dia, prometeu medidas para reverter as políticas do antecessor, Donald Trump. O ato é preocupante para a política externa brasileira que, durante os dois últimos anos, seguiu a cartilha trumpista.
Mesmo antes da cerimônia de posse, a equipe de Biden já havia anunciado a reversão de 17 decretos de Trump. Entre eles, decidiu pelo retorno dos EUA ao Acordo de Paris, sobre o clima, pela anulação da decisão de deixar a OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela interrupção da construção do muro na fronteira com o México.
Trump havia ameaçado deixar o Acordo de Paris em 2017, mas a saída formal ocorreu apenas em 4 de novembro do ano passado. Embora o Brasil não tenha seguido essa ação, se afastou nos últimos anos das metas do acordo que visam a redução de gases de efeito estufa.
As taxas de desmatamento brasileiras cresceram 70% na última década e as queimadas contribuíram para a emissão de 72% dos gases de efeito estufa do país em 2016, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
A pauta ambiental será central no novo governo democrata, como já mostrou o UOL, o que abre caminho para transformar o Brasil no grande vilão da agenda americana. É possível que, se o país continuar desmatando nos níveis atuais e negando o aquecimento global, o novo governo americano exerça pressão para uma drástica mudança de atitude.
A decisão sobre a OMS também mostra uma alteração ideológica dos EUA. Em 2020, Trump deu início à retirada formal da organização, acusando a entidade de "má gestão na pandemia". Na realidade, o republicano sempre foi crítico das organizações internacionais, sob o argumento de que elas minam a soberania dos países.
Esse discurso alimenta os chamados antiglobalistas no mundo e também por aqui. O Brasil fez ameaças de também deixar a entidade, mas voltou atrás. Foi duramente criticado pela OMS devido às ações de combate à covid-19.
Entre os decretos prioritários de Biden também está a promoção da igualdade racial e de gênero, outro tema que opõe Biden e líderes populistas de extrema-direita, como Jair Bolsonaro.
Segundo apontam analistas, os direitos humanos também serão importantes no novo governo, indo contra a pauta conservadora brasileira defendida tanto pelo Ministério de Relações Exteriores, de Ernesto Araújo, quanto pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Damares Alves.
Em seu discurso de posse, Biden disse que "democracia prevaleceu" e pediu a união dos Estados Unidos após um processo eleitoral marcado por contestações infundadas por parte de Trump.
"Aprendemos de novo que a democracia é preciosa. A democracia é frágil. E, nesta hora, meus amigos: a democracia prevaleceu! Este é o dia da América... Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia." disse Joe Biden no discurso de posse.
Essa fala acontece duas semanas após o prédio do Capitólio ter sido invadido por apoiadores de Trump na intenção de impedir a oficialização do novo presidente. Trump insuflou seus apoiadores com o falso discurso de que as eleições haviam sido fraudadas e ele era o verdadeiro vencedor.
No Brasil, Bolsonaro reforçou a tese da fraude, em uma atitude que pode prejudicar ainda mais as relações com o governo Biden. Governos com caráter mais populista terão menos espaço na relação com os EUA.
"Esta é a minha mensagem para aqueles que estão além de nossas fronteiras. Os Estados Unidos foram testados, e nós saímos mais fortes. Vamos consertar nossas alianças e nos envolver com o mundo mais uma vez". disse Joe Biden, presidente dos EUA.
Biden sinaliza a retomada do multilateralismo —relações conjunta de vários países em oposição ao bilateralismo que é a relação direta entre dois países.
Trump e todos os líderes de extrema-direita advogam pelo bilateralismo apenas, em uma suposta defesa dos interesses nacionais. Ao voltar para o acordo do clima, à OMS e dizer que vai se "envolver com o mundo mais uma vez", o novo presidente está abandonando a agenda nacionalista e partindo para uma globalização.
"A política não precisa ser um incêndio violento, destruindo tudo pelo caminho. Cada desentendimento não precisa ser uma causa para uma guerra total. Devemos rejeitar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até fabricados." disse Joe Biden.
Parece o fim da estratégia de classificar qualquer notícia desfavorável como "fake news". O termo, jargão de Trump, passou a ser repetido no Brasil por Bolsonaro.
A vice Kamala Harris fez história ao se tornar a primeira mulher, a primeira negra e a primeira asiático-americana a ocupar o cargo.
Antes do juramento, ela havia adotado um tom feminista, horas antes de chegar ao Congresso.
Sua primeira ação como vice-presidente foi jempossar os dois democratas eleitos para o Senado, Jon Ossoff e Raphael Warnock, da Geórgia, bem como seu substituto na Califórnia, Alex Padilla. Agora, o Senado tem a maioria democrata. Somando forças com a maioria da Câmara, Biden terá um governo confortável pelo menos nos dois primeiros anos.
O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou posse hoje em uma cerimônia sem público e cercado por policiais da Guarda Nacional. Já no seu primeiro dia, prometeu medidas para reverter as políticas do antecessor, Donald Trump. O ato é preocupante para a política externa brasileira que, durante os dois últimos anos, seguiu a cartilha trumpista.
Mesmo antes da cerimônia de posse, a equipe de Biden já havia anunciado a reversão de 17 decretos de Trump. Entre eles, decidiu pelo retorno dos EUA ao Acordo de Paris, sobre o clima, pela anulação da decisão de deixar a OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela interrupção da construção do muro na fronteira com o México.
Trump havia ameaçado deixar o Acordo de Paris em 2017, mas a saída formal ocorreu apenas em 4 de novembro do ano passado. Embora o Brasil não tenha seguido essa ação, se afastou nos últimos anos das metas do acordo que visam a redução de gases de efeito estufa.
As taxas de desmatamento brasileiras cresceram 70% na última década e as queimadas contribuíram para a emissão de 72% dos gases de efeito estufa do país em 2016, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
A pauta ambiental será central no novo governo democrata, como já mostrou o UOL, o que abre caminho para transformar o Brasil no grande vilão da agenda americana. É possível que, se o país continuar desmatando nos níveis atuais e negando o aquecimento global, o novo governo americano exerça pressão para uma drástica mudança de atitude.
O país se tornou um pária climático global, vai haver uma tensão, inclusive, com os produtos agropecuários brasileiros perdendo prestígio internacional.
A decisão sobre a OMS também mostra uma alteração ideológica dos EUA. Em 2020, Trump deu início à retirada formal da organização, acusando a entidade de "má gestão na pandemia". Na realidade, o republicano sempre foi crítico das organizações internacionais, sob o argumento de que elas minam a soberania dos países.
Esse discurso alimenta os chamados antiglobalistas no mundo e também por aqui. O Brasil fez ameaças de também deixar a entidade, mas voltou atrás. Foi duramente criticado pela OMS devido às ações de combate à covid-19.
Entre os decretos prioritários de Biden também está a promoção da igualdade racial e de gênero, outro tema que opõe Biden e líderes populistas de extrema-direita, como Jair Bolsonaro.
Segundo apontam analistas, os direitos humanos também serão importantes no novo governo, indo contra a pauta conservadora brasileira defendida tanto pelo Ministério de Relações Exteriores, de Ernesto Araújo, quanto pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Damares Alves.
Em seu discurso de posse, Biden disse que "democracia prevaleceu" e pediu a união dos Estados Unidos após um processo eleitoral marcado por contestações infundadas por parte de Trump.
"Aprendemos de novo que a democracia é preciosa. A democracia é frágil. E, nesta hora, meus amigos: a democracia prevaleceu! Este é o dia da América... Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa: a causa da democracia." disse Joe Biden no discurso de posse
Essa fala acontece duas semanas após o prédio do Capitólio ter sido invadido por apoiadores de Trump na intenção de impedir a oficialização do novo presidente. Trump insuflou seus apoiadores com o falso discurso de que as eleições haviam sido fraudadas e ele era o verdadeiro vencedor.
No Brasil, Bolsonaro reforçou a tese da fraude, em uma atitude que pode prejudicar ainda mais as relações com o governo Biden. Governos com caráter mais populista terão menos espaço na relação com os EUA.
Esta é a minha mensagem para aqueles que estão além de nossas fronteiras. Os Estados Unidos foram testados, e nós saímos mais fortes. Vamos consertar nossas alianças e nos envolver com o mundo mais uma vez.
Biden sinaliza a retomada do multilateralismo —relações conjunta de vários países em oposição ao bilateralismo que é a relação direta entre dois países.
Trump e todos os líderes de extrema-direita advogam pelo bilateralismo apenas, em uma suposta defesa dos interesses nacionais. Ao voltar para o acordo do clima, à OMS e dizer que vai se "envolver com o mundo mais uma vez", o novo presidente está abandonando a agenda nacionalista e partindo para uma globalização.
"A política não precisa ser um incêndio violento, destruindo tudo pelo caminho. Cada desentendimento não precisa ser uma causa para uma guerra total. Devemos rejeitar a cultura na qual os próprios fatos são manipulados e até fabricados" disse Joe Biden na sua posse .
Parece o fim da estratégia de classificar qualquer notícia desfavorável como "fake news". O termo, jargão de Trump, passou a ser repetido no Brasil por Bolsonaro.
A vice Kamala Harris fez história ao se tornar a primeira mulher, a primeira negra e a primeira asiático-americana a ocupar o cargo.
"Estou aqui hoje por causa das mulheres que vieram antes de mim" disse Kamala Harris.
Sua primeira ação como vice-presidente foi empossar os dois democratas eleitos para o Senado, Jon Ossoff e Raphael Warnock, da Geórgia, bem como seu substituto na Califórnia, Alex Padilla. Agora, o Senado tem a maioria democrata. Somando forças com a maioria da Câmara, Biden terá um governo confortável pelo menos nos dois primeiros anos. A informação é do Portal UOL, na manhã desta quinta feira (21).
Á você que está me lendo eu digo : A politica aponta para a direita e a esquerda entre a divisão dos espectros políticos. Contudo, estudos apontam, que dentre os conceitos de direita e esquerda, existe a visão centrista.
O centro ou centrismo é o conceito politico existente dentro de uma direita e esquerda no espectro politico. Os centristas defendem pontos considerados de direita pela esquerda tradicional. Ao mesmo tempo em que os centristas defendem pontos de vista considerados de esquerda pela direita tradicional.
A Social Democracia é uma corrente de centro esquerda que apoia reformas econômicas no estado para promover uma politica de distribuição de renda mais justa e sustentável. A Social Democracia é uma corrente de centro esquerda que envolve uma politica de bem estar social envolvendo sindicatos e regulação econômica, promovendo uma politica de bem estar social mais sustentável em uma economia de mercado tendo compromisso com uma democracia mais representativa.
A Social Democracia é uma corrente de centro esquerda que atrai um eleitorado que não se identifica com o comunismo anti capitalista.
PT, PSB e PDT, os partidos de esquerda com grande eleitorado no Brasil, apoiam suas politicas de governo na Social Democracia. Pauta que voltará a tona com a eleição de Joe Biden nos Estados Unidos. Contudo leitor (a), não se pode dizer que a Social Democracia é uma corrente apenas do campo centro progressista. Eu estive na Suíça e na Itália em 2013, e os partidos de centro na Europa, adotam a Social Democracia como suas respectivas politica de governo.
A extrema direita é uma corrente politica que aponta o direitismo mais alto no aspecto ideológico. A extrema direita tem total desprezo pela Social Democracia que é adotada por partidos de centro e centro esquerda. Além do desprezo total pelo igualitarismo, a extrema direita tem total desprezo pela diversidade de pensamento e por qualquer politica de direitos humanos.
O democrata Joe Biden é um homem extremamente moderado politicamente. Assim como os partidos de centro na Suíça e na Itália, Biden defende a Social Democracia como uma politica centrista de governo. A corrente Social Democrata voltará a pauta com a posse de Biden nos Estados Unidos.
Isso pode isolar o Brasil como um pais que não cumpre as normas éticas da diplomacia internacional global. O chamado estado palha. O democrata Joe Biden é um exímio negociador e tem a capacidade nata de conciliação, uma característica de políticos moderados no centro. Resta saber como ficará o Brasil no restante da diplomacia global. Aguardemos leitor (a). Contudo, não vejo bons horizontes em relação a isso para o Brasil.
E assim caminha a humanidade.
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