segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O extremismo e a derrota de Donald Trump.

 “Eu só quero encontrar 11.780 votos porque nós ganhamos o estado.” Na expressão do desespero do presidente Donald Trump estava implícita também a ameaça ao secretário de estado da Geórgia, o republicano Brad Raffensperger, para reverter o resultado das urnas em seu favor. Por telefone, durante uma hora, mais uma vez o presidente americano tentou intimidar uma autoridade de seu próprio partido, para atender aos seus próprios interesses.

Em outra frente, uma tropa de conspiradores articulada por Trump, tentará, na quarta-feira, tumultuar no Congresso o processo de certificação do presidente eleito, Joe Biden, e perpetuar entre a base leal ao presidente a tese de que a eleição foi roubada.

Numa sessão conjunta que tradicionalmente se traduz como mera formalidade, uma dúzia de senadores e 140 deputados republicanos pretendem encenar um espetáculo político deprimente que, desde já, se anuncia como fracassado: atrasar a ratificação de Biden como presidente dos EUA para uma auditoria das alegações infundadas de fraude maciça.

A maioria democrata na Câmara e um grupo de republicanos, que não lê a mesma cartilha do presidente, certamente impedirão o desfecho almejado pela ala dos fiéis de Trump. Biden será declarado o 46º presidente dos EUA, mas o efeito devastador desta eleição ainda pairará, por um bom tempo, sobre o país.

Os 50 estados já certificaram o resultado eleitoral, e cerca de 60 contestações à vitória de Biden foram rejeitadas por tribunais americanos. Ainda assim, Trump se mostra irascível com a derrota, como é comprovado no áudio vazado pelo jornal “Washington Post” do diálogo com Raffensperger.

“O povo da Geórgia está com raiva, o povo do país está com raiva”, vociferou. "E não há nada de errado em dizer, você sabe, hum, que você recalculou."

O tom intimidatório do presidente remete a outro diálogo, mantido com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a quem ameaçou com cortes na ajuda militar ao país caso não iniciasse uma investigação de Joe Biden e de seu filho, Hunter.

Como sintetizou num tuíte o deputado democrata Adam Schiff, ex-promotor do julgamento do impeachment e um dos principais desafetos de Trump no Congresso, o seu desprezo pela democracia foi novamente exposto e gravado.

Principal autoridade eleitoral da Geórgia, o secretário Raffensperger resistiu friamente às investidas de Trump, que anteriormente pressionou o governador Brian Kemp, outro correligionário republicano, chegando até a defender a sua renúncia.

Em nove semanas, Trump reduziu o status do Partido Republicano ao de terra arrasada. A erosão põe de um lado a legião de bajuladores do presidente e de outro os detratores que rejeitam desde já a trama do golpe político e do abuso de poder que emana da Casa Branca. A informação é da jornalista Sandra Cohen, no seu blog, no Portal G1 da Rede Globo, na manhã desta segunda feira (04).


Á você que está me lendo eu digo : Política algo que tem a ver com a organização, direção e administração de nações ou Estados. É o Direito, enquanto ciência aplicada não só aos assuntos internos da nação (política interna), mas também aos assuntos externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.
A politicagem é um algo rasteiro. A politicagem se aplica á uma velha troca de favores, aonde se esquece da democracia em nome de interesses pessoais.
Donald Trump é o maior responsável por sua derrota nas urnas. O mandatário norte americano aderiu ao negacionismo  diante da gravidade da pandemia nos Estados Unidos. Trump ignorou a ciência e os protocolos de segurança, promovendo uma enorme tragédia humanitária nos Estados Unidos.
Ver tantas vidas sendo ceifadas, deixou o eleitorado norte americano mais calejado. O voto no democrata Joe Biden, não foi necessariamente uma questão ideológica, mas sim uma opção pragmática da maior parcela dos eleitores norte americanos.
Na visão do eleitorado, o presidente Donald Trump falhou miseravelmente ao não combater a pandemia nos Estados Unidos e negar os protocolos científicos. Donald Trump promoveu conflitos em todos os cantos dos Estados Unidos. O atual mandatário norte americano nunca se preocupou em unificar o país no combate a pandemia.
A governabilidade de um pais não é conduzida a base do extremismo. Ao contrário. Um chefe de estado deve ter ponderação e bom senso na condução da politica governamental de um pais.
O extremismo de Donald Trump jamais permitiu o mínimo bom senso. O radicalismo do mandatário levou os Estados Unidos a uma tragédia sem precedentes. E isso fez Trump ser rejeitados pela maioria dos eleitores. Simples assim.

Imagem : Jornal O Globo.















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