sábado, 9 de janeiro de 2021

O machismo e o patriarcado como modelo de sociedade.

 Um levantamento feito pelo G1 revela que os 26 prefeitos das capitais nomearam mulheres para 140 dos 509 cargos de chefia nas secretarias municipais (28% do total). Isso significa que as mulheres lideram menos de 3 a cada 10 pastas dos Executivos municipais. Os secretários, que tomaram posse nos últimos dias, foram nomeados pelos prefeitos, com quem devem trabalhar durante a gestão municipal.

Em Natal (RN) e São Luís (MA), os dados não estão completos, já que os prefeitos ainda devem divulgar os nomes de mais secretários municipais.

Os dados coletados pelo G1 mostram que, em 2021, todas as capitais têm ao menos uma mulher como secretária municipal. Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, é a única capital com apenas uma mulher. São 12 secretários no total. Em nota, a Prefeitura de Campo Grande afirma que "a mulher tem papel de destaque na gestão" e que a vice-prefeita, Adriane Lopes, "realiza trabalhos de extrema importância para a comunidade".

"Também temos mulheres à frente da Secretaria de Educação e da Planurb [Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano], além de três subsecretarias comandadas por mulheres: do Bem-estar animal, da Juventude e dos Direitos da Mulher. Temos ainda em Campo Grande a primeira Casa da Mulher Brasileira", diz a nota.

Em outras capitais, porém, apenas duas ou três mulheres foram nomeadas para o cargo, como em Porto Alegre e Goiânia – onde 90% do secretariado é formado por homens.

Já Recife e Belém registram o maior número de mulheres nos cargos, percentualmente. As mulheres ocupam a metade dos 18 cargos de secretaria do Recife. Em Belém, elas são 17 de 35 (49%). Nenhuma capital tem mais mulheres secretárias do que homens

Embora os dados de 2021 não mostrem a equidade de gênero nas capitais, houve um aumento na representatividade. Em 2017, quando a gestão anterior teve início, 108 dos 494 cargos eram ocupados por mulheres (ou seja, 22%).

De 2017 para 2021, o percentual de mulheres nas secretarias aumentou em 14 das 26 capitais. Em Florianópolis e Maceió, o índice não oscilou. Dez capitais registraram uma queda: Campo Grande (-25 pontos percentuais), São Luís (-23 pp), Natal (-23 pp), João Pessoa (-22 pp), Vitória (-18 pp), Goiânia (9 pp), Rio Branco (-5 pp), Rio de Janeiro (-4 pp), Manaus (-4 pp) e Boa Vista (-2 pp).

Dos 26 prefeitos de capitais, apenas uma é mulher: Cinthia Ribeiro (PSDB), reeleita para comandar a Prefeitura de Palmas (TO). Apesar disso, são 10 mulheres e 22 homens no secretariado. O número de mulheres, porém, já é bem maior do que o registrado em Palmas em 2017: 2 mulheres e 26 homens

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, 51,8% dos brasileiros são mulheres. Porém, elas ainda são minoria quando o assunto é participação política. Nas eleições de 2020, a cada 10 candidaturas às prefeituras, apenas uma foi de mulher. Além disso, 12% dos prefeitos eleitos no 1º turno das eleições municipais eram mulheres. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã deste sábado (09).


Á você que está me lendo eu digo : O machismo trabalha com a ideia da superioridade do homem em relação a mulher. O machismo é um conceito de autossuficiência, aonde o homem é o chefe e responsável pelo sustento da família.

Patriarcado é um sistema social em que homens mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança política, autoridade moral, privilégio social e controle das propriedades. No domínio da família, o pai mantém a autoridade sobre as mulheres e as crianças. 

No Brasil, ainda temos os conceitos machistas e patriarcais, como modelo de sociedade. Ainda que memoráveis as conquistas femininas nos últimos 100 anos, as mulheres ainda são subjugadas em cargos de liderança, principalmente na administração pública.

Os movimentos feministas foram absolutamente fundamentais na luta pelo empoderamento feminino. Contudo leitor (a), ainda temos muito o que avançar na igualdade entre homens e mulheres no Brasil. E um dos avanços a serem conquistados, é acabarmos com a imagem da subserviência das mulheres.

Os países mais avançados em desenvolvimento humano, são justamente aqueles que conquistaram a igualdade de gêneros. Eu estive na Suíça e na Itália em 2013, e nesses países, homens e mulheres são vistos como iguais. Os países que segregam as mulheres, estão na verdade segregando mais da metade   de suas respectivas populações. O patriarcado e o machismo são modelos ultrapassados de sociedade.

Historicamente, o Brasil é um país patriarcal e machista. O voto feminino no Brasil, foi conquistado apenas em 24 de Fevereiro de 1932. O machismo arraigado no Brasil, sempre foi disfarçado na alegada " defesa dos valores tradicionais da família". Mesmo com a conquista do voto feminino, a politica sempre foi um feudo estritamente masculino.


E assim caminha a humanidade.

Imagens : Portal G1 da Rede Globo.











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