segunda-feira, 5 de abril de 2021

O moralismo cego. O inimigo do pensamento critico.

 É preciso entender o jogo perigoso praticado por Jair Bolsonaro no caso do funcionamento das igrejas. E agora o Don Giovanni da Zona Oeste do Rio encontrou mais um candidato a Leporello: Kássio Nunes Marques, o Kássio Conká. Já não bastavam André Mendonça, advogado-geral da União, e Augusto Aras, procurador-geral da República a produzir e a dizer coisas indignas a respeito.

Antes de chegar ao ponto, uma questão: o trio sabe que essa história de funcionamento de igrejas com uso de máscara, álcool em gel e ocupação de apenas 25% da capacidade dos templos é conversa para idiotas. Que instrumento existe para que se faça cumprir a exigência? Quem vai fiscalizar? O voto de Kássio Conká investe no vale-tudo e ponto final.

Na quinta, na live do Cafofo do Osama, Bolsonaro já havia defendido o funcionamento das igrejas, apelando a uma fatia do seu eleitorado e a uma parcela do Congresso.

Prestem atenção: o presidente sabe que vai perder. Kássio Conká sabe que seu voto vai virar picadinho. Até porque é de tal sorte estúpido que há de provocar até constrangimento em seus colegas. O que responder a um ministro que admite que está concedendo liminar a um peticionário que ele próprio admite ser ilegítimo? Mais: essa ilegitimidade já foi reconhecida pelo próprio tribunal, de acordo, no caso, com a Advocacia Geral da União.

É pouco? Conká reconhece que a matéria já foi votada no tribunal. Há alusão em sua liminar à votação dos 11 a zero que reconheceu a competência concorrente dos entes da federação para decidir o que pode e o que não pode funcionar. Sem ter onde amarrar o seu burro, resolveu apelar a um voto da Corte Suprema dos EUA. O STF já parece pouco para as ambições intelectuais do pensador.

Ainda que ele não consiga fazer melhor do que aquilo — ou quem quer que tenha feito a coisa em seu lugar —, deve ter a noção de que o voto é de uma ruindade assombrosa. Já afirmei que bastaram duas manifestações em temas mais ou menos polêmicos, e eis o homem, não é mesmo? Conká se revelou.

Bolsonaro está testando um aliado e constata que, até agora, Caramuru não dá chabu! Bastou precisar dos serviços, e eles apareceram à mão. E Conká, vê-se, é destemido. Não tem medo do ridículo. Como já escrevi aqui, enganou-se quem pensou que seu voto no caso da suspeição de Sergio Moro já havia chegado ao paroxismo do exotismo. Não!

Como a demanda planaltina é grande, vem mais por aí. Nesse caso das igrejas, o homem superou a própria marca. Sai ridicularizado do processo. Mas ele não está lá para cuidar da sua reputação técnica ou intelectual. Faz sentido: por esses caminhos, jamais chegaria àquela cadeira. Assim, seus votos são gratos e servis aos critérios que o guindaram ao posto máximo da Justiça.

Quando tomar na cabeça um provável 10 a 1, então a posição do ministro na escala bolsonarista estará consolidada. Pronto! Ele já é um deles.

A provável derrota da tese do presidente da República no Supremo será uma vitória. Ele ganha ganhando e ganha perdendo. Se prevalecer a tese de Conká, o que é improvável, Bolsonaro dirá que o funcionamento das igrejas se deve a seu esforço. Se o Supremo cumprir a sua obrigação, o "Mito" afirmará a parte considerável de sua base que, por ele, as igrejas estariam abertas e que a decisão do tribunal viola um direito fundamental.

Bolsonaro perde a votação no Supremo, mas ganha um elemento a mais para fazer proselitismo junto a seus radicais e para mantê-los unidos.

Se alguém, como escreveria Ivan Lessa, encostar o ouvido ao peito de Bolsonaro, ouvirá seu coração torcendo para que o Supremo faça o que tem de fazer: proibir o funcionamento dos templos. Assim, o ogro ganha um discurso.

O nome disso? Necropolítica. Populismo da morte. O artigo é do Jornalista Reinaldo Azevedo, no Portal UOL, na manhã desta segunda feira (05)


Á você que está me lendo eu digo : O moralismo é uma doutrina que afirma ser a um valor universal e necessário para a percepção da realidade, em detrimento de demais valores.
O moralismo é a ação de manifestar através da ação e palavras, uma preocupação demasiada com as questões de teor moral. Os moralistas demonstram um alto juízo de valor e extrema intolerância para com os demais valores na sociedade.
O moralismo é a percepção de uma moral irrefletida, que separada do sentimento moral, se baseia em considerações normativas tradicionais . Os moralistas julgam uma situação uma situação á partir de determinadas considerações, sem ter a devida a atenção com a eventual complexidade com seus elementos constituintes. Segundo dados do site politize.
A Politica é a geopolítica adotada pelos países visando administrar seus respectivos territórios. A Politica, é a ciência, enquanto direito, adotada pelos países para assuntos externos ( politica externa) e assuntos internos ( politica interna). Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis, participam da politica na criação , elaboração e no desenvolvimento das leis. Nos países democráticos, os cidadãos elegíveis, são participantes ativos na politica, seja através do voto, do pensamento critico e de sua militância politica, por meio do sufrágio universal.
A democracia é um sistema politico aonde todos os cidadão elegíveis participam igualmente - direita ou indiretamente - através de representantes eleitos , na proposta, no desenvolvimento e na criação das leis, exercendo o poder da governança e do livre pensamento, através do sufrágio universal.
A religião pode ser definida nas crenças e praticas sociais relacionadas como a noção de algo considerado sagrado. Sim leitor (a). Lideres populistas costumam demonizar seus opositores através do moralismo.
Caro (a) leitor (a). A mistura entre religião e politica não me parece nada saudável em uma democracia. A mistura entre religião e politica, conduz ao fortalecimentos de lideres populistas, que apelam as causas sensíveis da população por meio do moralismo.
Sim leitor (a). Todos nós temos os nossos valores morais. Esse blogueiro que vos fala agora, tem seus valores morais. Assim como você leitor (a), também tem seus valores morais . Sim leitor (a). Eu e você estamos de acordo que um politico que se candidata a governar a nação, também deve ter um código moral.
Contudo leitor (a). Você que me acompanha no blog, já teve a oportunidade de acompanhar meus comentários sobre o devido preparo intelectual no exercício da politica. Caro (a) leitor (a). Tão importante quanto os valores morais, é igualmente indispensável, a capacidade intelectual de um governante no comando máximo de uma nação ( e isso independentemente do espectro politico ok ?).
O moralismo cego acaba cegando  a escolha critica dos eleitores. O moralismo cego acaba cegando a avaliação critica dos eleitores em relação ao preparo intelectual de um governante. E assim as nações pagam um alto preço, tendo governantes intelectualmente despreparados no comando máximo de um país ( e isso independentemente do espectro politico ok ?).
O moralismo cego é o maior inimigo de um pensamento critico sobre o real preparo de qualquer governante no comando de uma nação. O despreparo de um governante custa vidas humanas em uma pandemia leitor (a).

E assim caminha a humanidade. 


Imagem : Dicionário On Line de Português 




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