quinta-feira, 23 de setembro de 2021

A necessidade reparação histórica no Brasil.

 Ao completar 10 meses da morte de João Alberto Silveira Freias, homem negro assassinado em uma unidade do Carrefor em Porto Alegre, a empresa anunciou a conclusão da implantação de um novo sistema de segurança em suas lojas.

Entre as medidas, estão o fim da terceirização e a contratação de agentes próprios, o treinamento dos profissionais, o uso de câmeras acopladas ao uniforme e a adoção de critérios de diversidade para compor o efetivo das lojas.

As novas práticas começaram a ser adotadas nas lojas de Porto Alegre, entre elas a do bairro Passo D'Areia, onde houve o caso, servindo como modelo para outros estabelecimentos da rede no Brasil.

Segundo Claudionor Alves, diretor de Segurança, Riscos e Prevenção do Grupo Carrefour Brasil, a nova política da empresa faz com que a maior parte do efetivo seja de negros, com pouco mais de um terço de mulheres.

No Rio Grande do Sul, foram contratados 134 agentes para as seis lojas da rede no estado. No Brasil, são mais de mil profissionais, entre contratados e antigos terceirizados incorporados pela empresa.

"Nós tivemos já 1.013 contratações. Desses, 68,81% são negros, ou seja, pessoas que se autodeclaram negras ou pardas; temos 35,93% mulheres", diz.

Segundo a direção da empresa, as mudanças começaram em dezembro de 2020 e sendo adotadas ao longo de 2021. Em junho, o Carrefour firmou um termo de ajustamento de conduta (TAC) de R$ 115 milhões em ações de combate ao racismo.

O diretor de Gestão de Riscos do Grupo Carrefour Brasil, Jérôme Mairet, pontua a mudança de foco da segurança em si, com o fim de reduzir as perdas das lojas, para o auxílio ao cliente. A empresa afirma ter colocado em prática um protocolo para administrar situações de conflito. 

"Esses protocolos têm o objetivo de humanizar o relacionamento e de não necessariamente dar uma resposta de segurança a todos os problemas e todos os conflitos que a gente encontra na loja. Hoje a missão do agente de prevenção numa loja do Carrefour é de atender o cliente", sustenta.

Na segurança externa, que trabalha no controle de acesso e estacionamento, por exemplo, o Carrefour segue contratando seguranças terceirizados. Segundo a empresa, a lei exige a contratação de empresas com autorização da Polícia Federal para operar.

De acordo com Claudionor Alves, tanto clientes quanto funcionários deram retornos positivos em relação às medidas aplicadas, inicialmente, em Porto Alegre.

"A gente teve que trabalhar muito fortemente com educação, tendo como premissa básica o letramento racial, a prática do respeito", comenta.

Negro, Claudionor Alves afirma que seu trabalho no rede, iniciado em janeiro de 2021, não se dá "simplesmente para ocupar uma cadeira de diretor". O executivo ressalta sua carreira e experiência na área a fim de "trazer valores" à companhia.

Uma empresa de auditoria externa foi contratada para verificar o andamento das adequações promovidas pelo Carrefour, afirmam os diretores. A informação é do Portal G1 da Rede Globo, na manhã desta quinta feira (23).


Á você que está me lendo eu digo :  O racismo consiste no preconceito e com base em percepções sociais baseadas nas diferenças biológicas entre as pessoas e os povos. Muitas vezes o racismo toma a forma de ações sociais, práticas, crenças e sistemas políticos que consideram que certas raças devem ser consideradas inerentemente superiores ou inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns que foram herdadas por descendência. O conceito racista diz que membros de diferentes raças devem ser tratados de maneiras distintas.

Alguns consideram que qualquer suposição de que o comportamento de um pessoa está ligado á sua categorização racial é inerentemente racista, não importando se a ação é intencionalmente prejudicial ou pejorativa, pois determinados estereótipos acabam subordinando a identidade individual e a identidade de grupo .

O racismo institucional ou racismo estrutural é uma discriminação da caráter racial feita por governos, empresas, religiões, instituições educacionais ou grandes organizações tendo o poder de influenciar a vida e a cultura de muitos indivíduos na sociedade.

A segregação racial é a separação de pessoas em grupos raciais, socialmente construídos, na vida cotidiana. A segregação poder se aplicar a atividades como restaurantes, beber em fonte de água, utilizar um banheiro, frequentar a escola, ir a um cinema, ou alugar uma casa. Embora a segregação seja geralmente proibida por lei, o modelo de segregação  é defendido por pessoas que pregam a hierarquia social na sociedade.

Desde que eu acompanho os noticiários, ainda na minha infância, em meados da década de 1980, eu sempre acompanhei o racismo estrutural  no Brasil.

O Brasil é sim um pais extremamente racista. No sistema judicial, os negros são vitimas de injustiças, sendo muitas vezes condenados injustamente.

O preconceito de marca tem um caráter racial. O preconceito de marca é baseado na questão da cor da pele dos indivíduos em um processo de segregação racial baseado na aparência física dos indivíduos.

O preconceito de origem tem um caráter xenofóbico. O preconceito de origem é uma segregação que se baseia na origem e na descendência de determinados indivíduos.

No racismo estrutural, o Brasil pratica o preconceito de marca como uma espécie de hierarquia social. O Brasil precisa reparar a sua divida histórica com sua população negra. Principalmente através de politicas públicas de inclusão social.

E assim caminha a humanidade.

Imagens : Portal G1 da Rede Globo. 






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