sábado, 19 de março de 2022

A cautela da população em São Paulo.

 No primeiro dia após o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados, frequentadores de shopping centers, supermercados e cinemas mostraram cautela e resistiram a tirar a proteção. O avanço da vacinação contra covid-19 e a queda nas internações e óbitos, justificativas para a liberação, ainda não afastaram totalmente o receio de contaminação em vários pontos da cidade.

Nos corredores do shopping Center Norte, um dos principais da zona norte, o número de frequentadores com máscara era visivelmente superior àqueles sem a proteção na manhã desta sexta-feira.

Embora a utilização de máscaras continue compulsória apenas em locais de prestação de serviços de saúde, como hospitais e UBSs, e nos locais de acesso e veículos de transporte coletivo, como no Metrô, trem, ônibus e em aeroportos, o profissional autônomo Antonio Marcos da Silva Melo acha ainda é cedo para tirar a máscara. Um dos motivos da resistência é a morte do irmão Luiz Silva Melo, de 53 anos, no começo da pandemia, em 2020. “Ainda acho que é um momento de prevenção. Não me sinto seguro”.

Aqueles que decidiram sair sem máscara confessaram alívio, sensação de libertação, mas também estranhamento. Esta sexta-feira foi a primeira vez que a funcionária pública aposentada Carla Nabia, de 51 anos, saiu sem a proteção facial. Ela decidiu fazer um passeio com o filho Pedro Luiz, de 11 anos. “Eu queria sentir essa liberdade, mas confesso que ainda estou com receio”, confessa a moradora do Parque Mandaqui. “A gente se sente desprotegida. Toda hora eu penso em colocá-la”, completa. Para o filho, prevaleceu a sensação de alívio. “É muito difícil respirar com a máscara. Estou feliz”.

Essa mistura de sentimentos também marcou o casal Wellington Tadeu, de 53 anos, e Carla Souza, de 51. Os dois estavam sem máscara nos corredores do shopping. “Pensei que era alguma fiscalização. A minha máscara está na bolsa”, sorriu a professora com a chegada da reportagem do Estadão. Os dois encaram essa fase como um momento de transição, de testes, para entender como as outras pessoas vão se comportar.

O cenário foi o mesmo em outros shopping centers da cidade. Em Itaquera, a dentista Andreza Silva, de 28 anos, ficou admirada com a quantidade de “mascarados” no shopping que recebe o nome do bairro. Ela precisou ir às pressas comprar um vestido para o aniversário da filha – o que foi comprado pela internet não tinha chegado. “Eu achei estranho. Pensei que ninguém estaria de máscara após a liberação”, diz a moradora da zona leste.

Em outros locais fechados, abrir mão da máscara ainda parece distante para os frequentadores. É o caso dos cinemas. Todos que cobraram ingressos para a primeira sessão desta sexta-feira, no Cine Marquise, na Avenida Paulista, usaram máscara durante a projeção. Também era essa a intenção do publicitário André Junqueira, de 35 anos, que ia aproveitar o dia de folga para acompanhar o novo Batman no final da tarde. “Eu vou demorar muito para tirar a máscara no cinema”, prevê.

Para o diretor do Cine Marquise, Marcelo Lima, o fim da obrigatoriedade vai atrair mais cinéfilos. Mesmo com máscara. “Ir ao cinema é super seguro, mas redobrar a segurança (com a máscara) sempre é bom”, avalia.

Ambientes abertos

Mesmo com a liberação do uso das máscaras em ambiente aberto desde o dia 9, muitas pessoas ainda recorrem à precaução nas calçadas. Na esquina da Avenida Paulista com a Rebouças na tarde desta sexta-feira, o número de pedestres com e sem máscara estava equilibrado.

Para o gerente de lojas Diego Duarte, de 32 anos, o trajeto entre o escritório e o ônibus para sua casa, na zona sul, é o único momento de respiro – literalmente. Ele estava sem máscara. Embora o uso seja opcional em escritórios, comércios, salas de aula, academias, a loja de confecção em que trabalha já definiu que a máscara continua sendo obrigatória. “É um alívio poder respirar melhor e ver o rosto das pessoas, mas ainda não acabou (a pandemia)”, alerta.

A busca por essa sensação de alívio foi mais forte para os frequentadores do Supermercado Castanha, que possui uma loja na Vila dos Remédios, zona oeste da cidade. Funcionários contam que na noite de quinta-feira, logo após a liberação do uso de máscaras pelo governo de São Paulo, muitos clientes chegaram dizendo que tinham o direito de entrar sem máscara no endereço de 48 anos de história.

Nesta sexta-feira, o olhar das equipes aponta equilíbrio entre clientes com e sem máscaras. No caso dos funcionários, a opção era livre, como conta a proprietária Shirlei Castanha. A maioria optou por trabalhar com máscaras. A informação é do Jornal Estado de São Paulo, na manhã deste sábado (19).








Á você que está me lendo eu digo : Uma pandemia  é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada numa grande região geográfica como, por exemplo, todo o planeta Terra.
Epidemia é a manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado território e que depois se extingue após um período.
Nas infecções meningocócicas, por exemplo, uma taxa de ataque superior a quinze casos por cem mil pessoas por duas semanas consecutivas é considerada uma epidemia.
As epidemias de doenças infecciosas são geralmente causadas por vários fatores, incluindo uma mudança na ecologia da população hospedeira (por exemplo, aumento do stress ou aumento da densidade de uma espécie vetor), uma mudança genética no reservatório de patógenos ou a introdução de um patógeno emergente numa população hospedeira (por movimento de patógeno ou hospedeiro). Geralmente, uma epidemia ocorre quando a imunidade do hospedeiro a um patógeno estabelecido ou a um novo patógeno emergente é subitamente reduzida abaixo da encontrada no equilíbrio endémico e o limiar de transmissão é excedido
Um surto epidêmico pode restringir-se a uma comunidade ou região; no entanto, se se espalhar para outros países ou continentes e afetar um número substancial de pessoas, pode ser chamado de pandemia. A declaração de uma epidemia geralmente requer uma boa compreensão da linha de base da taxa de incidência; epidemias para certas doenças, como a gripe, são definidas como atingindo um aumento na incidência dessa linha de base. Alguns casos como uma doença muito rara podem ser classificados como epidemia, enquanto que noutros como uma doença comum (como uma simples constipação) não o seriam.
A endemia difere da epidemia por ser de caráter mais contínuo e restrito a uma determinada área. No Brasil, por exemplo, existem áreas endémicas de febre amarela na Amazônia, áreas endémicas de dengue etc. Nos Estados Unidos, a hepatite A pode ser considerada como endemia, já que existem, constantemente, novos casos e uma taxa de serologia positiva de 38%. Em Portugal, esta taxa anda à volta dos 27,9%.
Por vezes, uma endemia pode evoluir para uma epidemia, existindo, nesse caso, uma doença endemoepidémica. Esta oposição entre endemia e epidemia, entretanto, tem sido esbatida com os novos conhecimentos adquiridos quanto aos fatores ecológicos que condicionam o desenvolvimento de uma doença. O termo "endémico" passou a referir-se, de forma mais ajustada, ao grau de prevalência de uma doença, ou seja, à proporção entre o número total de casos da doença e o número de indivíduos em risco de a adquirir numa área geográfica e temporalmente bem definida.[2] É uma doença localizada em um espaço limitado denominado "faixa endêmica". Isso quer dizer que, endemia é uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de causa local. Para entender melhor: endemia é qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades. Enquanto a epidemia se espalha por outras localidades, a endemia tem duração contínua porém restrita a uma determinada área.
Ao viajar para uma área endêmica, é aconselhável e, por vezes, necessário, que o viajante seja vacinado. Assim, não contrairá a doença nem contaminará outras pessoas .De acordo com o meu irmão Bruno de Oliveira Ribeiro, que é médico.
Na manhã deste sábado, eu me solidarizo com as famílias dos meus 657 mil compatriotas, que infelizmente perderam suas vidas para a Covid 19.
O receito em tirar a mascara, talvez venha do trauma da carnificina em massa no Brasil, que foi promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Talvez a maior parcela da população, ainda tenha em mente as cenas terríveis das pessoas morrendo sufocadas no Estado do Amazonas, por exemplo.
Certamente, a carnificina em massa, que foi promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda cause traumas significativos em uma parcela da população. Traumas dos brasileiros (as), que perderam algum ente querido para a Covid 19.



E assim caminha a humanidade.

Imagem : Jornal Estado de São Paulo. 




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