terça-feira, 22 de março de 2022

O dever sagrado do Jornalista.

 BRASÍLIA – Numa conversa gravada, o ministro da Educação Milton Ribeiro admitiu que prioriza o atendimento a prefeitos que chegam ao ministério por meio dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Falando a dirigentes municipais dentro do ministério, Ribeiro disse que segue ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL). A captura do ministério pelos pastores, que intermediam o acesso de prefeitos ao Ministério da Educação e controlam a agenda do ministro, foi revelada pelo Estadão em uma série de reportagem.

Na conversa gravada, Milton Ribeiro diz que a liberação de recursos foi um “pedido especial” de Bolsonaro. "Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do (pastor) Gilmar (Santos)", diz ele – Arilton Moura e Gilmar Santos estavam presentes na reunião. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", diz ele. O áudio foi revelado pela Folha de S.Paulo.

“Não tem nada o com Arilton, é tudo com o Gilmar”, diz Milton Ribeiro, provocando risadas do interlocutor. Como mostrou o Estadão, Gilmar e Arilton estiveram em pelo menos 22 agendas oficiais do Ministério da Educação desde o começo de 2021, sendo 19 delas com a presença do ministro.

O Estadão mostrou que, apesar da amizade pública e do acesso diferenciado ao ministro Milton Ribeiro, o vínculo deles com o governo Bolsonaro é anterior à chegada de Ribeiro à Esplanada dos Ministérios. Em 2019, eles foram recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro duas vezes, uma delas ao lado general Luiz Eduardo Ramos, que é da igreja Batista, então ministro da Secretaria de Governo. Na ocasião, uma comitiva religiosa foi recebida num dos salões de cerimônias do Palácio do Planalto. Em 2020, mais uma audiência na Presidência da República. O vice-presidente Hamilton Mourão também os recepcionou.

O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, chegou a gravar um vídeo parabenizando o pastor Gilmar pelo aniversário. “Prezado pastor Gilmar Santos, aqui é o senador Flávio Bolsonaro. Eu quero dar parabéns ao senhor pelos seus 70 anos de idade. Quero aqui, em nome da minha família, agradecer por tudo que você faz, não por nós, mas por nosso Brasil. Um abraço a todos que estão aí nessa trajetória, nessa caminhada. E a gente não faz nada sozinho. Se não fossem pessoas como o senhor, certamente, a nossa batalha diária, a nossa guerra, aqui na disputa do poder aqui em Brasília, seria, sem dúvida alguma, muito mais complicada. Então muito obrigado por tudo. Em primeiro lugar, parabéns ao senhor e continue orando por nós e pelo Brasil”, disse o senador. O vídeo foi postado no Instagram do pastor Gilmar Santos em 30 de setembro de 2020.

Em eventos pelo Brasil agendados pelos pastores, o ministro deixa claro a influência dos pastores no MEC. Num dos vídeos obtidos pelo Estadão, o ministro afirmou que “as coisas aconteceram também pela instrumentalidade dos senhores” ao discursar em reunião com prefeitos para tratar de obras. Durante congresso religioso em outubro passado, em Camboriú (SC), Milton Ribeiro voltou a ressaltar a ligação entre ele e os pastores. “Quero agradecer a minha amizade ao pastor Gilmar, Arilton, que estão lá em Brasília, mais perto”, afirmou. Gilmar retribuiu. “Nesses últimos anos, Deus me deu esse privilégio de comungar uma comunhão e uma amizade muito sólida com o pastor Milton Ribeiro”, disse.

Na gravação de áudio, o ministro comenta ainda sobre um “apoio” que ele pediria em troca da liberação das verbas – embora não fique claro do quê se trata exatamente ou por qual forma se daria o pagamento da vantagem indevida. “Então o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser publicado. É apoio sobre construção das igrejas”, diz ele – a gravação de áudio parece ter sido interrompida no meio de uma fala em que o ministro enumeraria mais exemplos.

Neste sábado, o Estadão publicou relatos de prefeitos que conversaram com Gilmar e Arilton. Segundo os dirigentes municipais, a dupla de prefeitos se oferecia para “resolver problemas” no Ministério – desde colocar em dia pagamentos atrasados até a liberação de verbas. O prefeito de Jaupaci (GO), Laerte Dourado, disse ser “amigo do pessoal” dos pastores. Por intermédio deles, esteve duas vezes no MEC. A primeira foi uma reunião em janeiro. Buscava investimento de R$ 800 mil para “reformar escola” e “comprar ônibus”, e os pastores lhe disseram que iriam ajudar.

Os recursos obtidos pelos prefeitos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e são destinados à reforma e construção de escolas e creches. Também podem ser usados para adquirir ônibus escolares e materiais didáticos, entre outros itens.

O Orçamento do Fundo para 2022 é de R$ 45,6 bilhões, dos quais R$ 18,5 bilhões estão reservados para transferências a estados e municípios. É nesta fatia dos recursos que estão os valores transferidos a prefeituras cujos mandatários participaram de reuniões com o titular do MEC, Milton Ribeiro, por intermédio dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Os dois se apresentam como presidente e assessor da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, respectivamente. A informação é do Jornal Estado de São Paulo.








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O Brasil é um pais patrimonialista. O Patrimonialismo é a característica de um pais que não faz distinções entre o publico e o privado. O patrimonialismo em que não se distingue o público e o privado entre as autoridades, dá plenos poderes para que um governante ou um monarca, se aproprie de todos os lucros obtidos de forma completamente indistinta, para fins que interesses apenas ao seu uso pessoal.
O patrimonialismo permite que o Estado Federal acabe se tornando um patrimônio pessoal do governante (independentemente do espectro político ok ?). O patrimonialismo permite que um governante e seus respectivos filhos, possam usufruir de todas as riquezas e do tesouro nacional do país, de maneira hereditária, sem que haja qualquer fiscalização ou controle por parte do parlamento e dos órgão de controle do governo.
O patrimonialismo é justamente a falta de distinção entre o patrimônio público e o patrimônio privado perante as autoridades governamentais. A falta de distinção entre o patrimônio público e o patrimônio privado, acabam permitindo que os governantes e seus filhos, se apropriem de todo o tesouro nacional, unicamente em beneficio dos governantes e seus familiares, ignorando completamente os interesses do país e da sociedade. ( independentemente do espectro político do governante ok ?).
Durante 08 semestres, eu cursei a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM).
Em uma democracia plena, é legitimo que os veículos jornalísticos tenham o pleno direito as suas respectivas linhas editoriais. Em uma democracia plena, é legitimo que os jornalistas também tenhas suas visões políticas, como qualquer cidadão normal.
Mas, entretanto, Independentemente da sua visão política, os jornalistas não devem se relacionar bem com os governantes que estão no poder, principalmente em país patrimonialista como o Brasil.
Os jornalistas devem fiscalizar de maneira severa os governantes estão no poder no Brasil. (independentemente do espectro político ok ?). Em um país patrimonialista como o Brasil, a falta de distinção entre os patrimônios público e privado, são características absolutamente negativas, que são independentes do espectro político do governante que está no poder no Brasil.
Os jornalistas tem o direito de terem suas preferencias  políticas. Este blogueiro e jornalista que vos escreve nesta manhã, também tem uma determinada preferencia  política.
Contudo, eu sempre tento me distanciar ao máximo de quem está no poder. Durante os 08 semestres em que eu cursei a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, eu aprendi que um jornalista deve ser crítico á quem está no poder, da sua preferencia política.
O Brasil é um pais com um traço patrimonialista muito forte. O Brasil tem um traço patrimonialista cujo os patrimônios público e privado não se distinguem perante os que exercem o poder no país. (Independentemente  do espectro político ok ?).
É dever sagrado do Jornalista sempre fiscalizar os governantes que estão no poder (independentemente do espectro político ok ?). Um pais de traço patrimonialista tão forte como o Brasil, sempre exige um postura critica e vigilante por parte dos jornalistas no nosso país.
A fiscalização dos governantes que estão no poder no Brasil, exige a aplicação de uma regra simples no jornalismo. A fiscalização critica dos governantes no Brasil, exige critérios iguais para casos iguais.
Como jornalista por formação, eu não sigo nenhum partido politico. Como jornalista por formação, também não sigo nenhum politico. Sim leitor (a). Como jornalista, mantenho plena distancia de quem exerce o poder no Brasil.
Nas minhas redes sociais, eu não sigo nenhum partido, tão pouco eu sigo qualquer político. Nas minhas redes sociais, eu não sigo sequer os partidos ou os políticos que representam a minha preferencia política.
É dever sagrado do Jornalista sempre fiscalizar os governantes que estão no poder (independentemente do espectro político ok ?). Um pais de traço patrimonialista tão forte como o Brasil, sempre exige um postura critica e vigilante por parte dos jornalistas no nosso país.


E assim caminha a humanidade. 

Imagem : Jornal Estado de São Paulo. 




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