sexta-feira, 8 de abril de 2022

Uma sociedade justa e igualitária.

 Há sete anos a vida profissional de Bruna Benevides está em suspenso. Ela ingressou na Marinha do Brasil aos 17 anos de idade e alcançou o posto de sargenta, mas em 2012, ao se assumir uma mulher trans perante a corporação, foi afastada e indicada para aposentadoria compulsória. Em 2015, Bruna entrou com um processo contra a Marinha para não ser reformada. Atualmente, o processo aguarda julgamento pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). "A Marinha segue recorrendo e, enquanto ela recorrer e não chegar na instância definitiva, vou seguir nesse embate, que já dura um bom tempo. Só não fui aposentada porque logo no começo consegui uma liminar que impediu que eu fosse excluída das Forças Armadas", relata.

Nascida em Fortaleza (CE) no final da década de 1970, Bruna sabia que precisava sair de sua cidade natal para ser quem é. Iniciou sua carreira na Marinha em Olinda (PE) e depois se mudou para Niterói (RJ), de onde nunca mais saiu. O ingresso nas Forças Armadas foi também uma maneira de se libertar de um ambiente familiar conturbado e opressivo. Em 2008, Bruna conheceu a história da comandante Bianca Figueira, a primeira a assumir a transgeneridade na Marinha. “Aquele momento me despertou um divisor de águas. Eu estava prestes a fazer a prova para ser sargenta, esperava há cinco anos por essa promoção e sabia dos riscos que ia correr ao me reivindicar enquanto trans dentro daquele espaço”, explica.

Com a transição social, Bruna conheceu o ativismo. Isso aconteceu ainda dentro da Marinha, quando, de 2012 para 2013, recebeu autorizações internas para deixar o cabelo crescer e mudar de alojamento, por exemplo, mas passou a lutar por sua permanência dentro das Forças Armadas. Um dos maiores problemas durante esse processo foi lidar com violações de seus direitos. “Fui descrita como ‘portadora de transexualismo’ em um laudo usado para me manter afastada das minhas funções”, lamenta.

Para a ativista, não se avança em nenhuma luta individualmente. "Toda mudança política precisa ser coletiva", atesta. Enquanto aguarda a sentença de seu processo, Bruna segue firme na luta de combate ao preconceito em relação à comunidade LGBTQIAPN+. Ela é responsável, entre outras ações e articulações, pela elaboração do tradicional Dossiê de Assassinatos e Violência contra Travestis e Transexuais, levantado pela Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), uma das mais importantes associações de pessoas trans no Brasil. A informação é do Portal Terra, na manhã desta sexta feira (08).








Á você que está me lendo eu digo :  A transfobia é uma gama de atitudes, sentimentos ou ações negativas, discriminatórias ou preconceituosas contra pessoas transgênero, ou que se reconhecem como tal. Na Classificação Internacional de Doenças, a transgeneridade é classificada como um tema de saúde sexual.
A transfobia pode ser repulsa emocional, medo, violência, raiva ou desconforto sentidos ou expressos em relação a pessoas transgênero.[2] Ela é frequentemente expressa ao lado de visões homofóbicas e, portanto, é frequentemente considerada um aspecto da homofobia.[4 A transfobia é um tipo de preconceito e discriminação semelhante ao racismo e sexismo,[6] e várias formas de opressão podem se interseccionar com a transfobia.
Crianças vítimas de transfobia experienciam assédio, intimidação e violência na escola. As vítimas adultas experienciam ridicularizarão pública, o assédio, incluindo a falta de justiça, provocações, ameaças, violência, roubo e falta de oportunidades; muitas se sentem inseguras em público. Um relatório de alta porcentagem é vítima de violência sexual. Algumas pessoas trans são recusadas ​​na área de saúde ou sofrem discriminação no local de trabalho, inclusive sendo demitidas por serem transgênero, ou se sentem sitiados por agentes conservadores, grupos políticos ou religiosos que se opõem às leis para protegê-los. Existe até discriminação de algumas pessoas dentro do movimento LGBT. De acordo com uma palestra que eu tive na universidade.
Por isso, conforme eu sempre digo nas postagens, como cidadão e jornalista, sou a favor da criminalização da homofobia e da transfobia, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em 13 de Junho de 2019.
Uma sociedade se constrói pelo respeito, diversidade e igualdade. Um pais verdadeiramente democrático, se constrói pela igualdade e o respeito a diversidade.
A homofobia e a transfobia, devem ser combatidas por meio de políticas públicas.

E assim caminha a humanidade. 

Imagem : Portal Terra. 




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