sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Democracia não se constrói pelo racismo estrutural.

 O racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata, imposto pelos colonizadores portugueses. Uma pesquisa publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos. Para a maioria dos 15 mil entrevistados, a diferença entre a vida dos brancos e de não brancos é evidente no trabalho (71%), em questões relacionadas à justiça e à polícia (68,3%) e em relações sociais .[1] O termo apartheid social tem sido utilizado para descrever diversos aspectos da desigualdade econômica, entre outros no Brasil, traçando um paralelo com a separação de brancos e negros na sociedade sul-africana, sob o regime do apartheid.

De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Emprego de 2015, os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento que os brancos ganham, o que também pode ser explicado pela diferença de educação entre esses dois grupos. Além disso, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o percentual de negros assassinados no país é 132% maior que o de brancos. Apesar de comporem metade da população brasileira, os negros e pardos elegeram pouco mais do que 24% dos 513 representantes escolhidos nas eleições parlamentares no Brasil em 2018.

Racismo estrutural é a formalização de um conjunto de práticas institucionais, históricas, culturais e interpessoais dentro de uma sociedade que frequentemente coloca um grupo social ou étnico em uma posição melhor para ter sucesso e ao mesmo tempo prejudica outros grupos de modo consistente e constante causando disparidades que se desenvolvem entre os grupos ao longo de um período de tempo. O racismo social também foi chamado de racismo estrutural, porque, segundo Carl E. James, a sociedade é estruturada de maneira a excluir um número substancial de minorias da participação em instituições sociais. Por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo tende a ser de tamanha dificuldade de percepção tendo em vista um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas enraizadas em nossa cultura, promovendo direta ou indiretamente, a segregação e preconceito racial.

Caro (a) leitor (a). Conforme eu já lhe disse em outras postagens. Estou muito longe de ser um petista fanático. Contudo, não existe democracia em um país que pratica o racismo estrutural como meritocracia.

Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal.

Democracia se constrói pela igualdade e respeito entre as pessoas. Uma democracia madura, não se constrói pela prática do racismo estrutural. Uma democracia madura, não se constrói pelo preconceito de marca.

Mesmo não sendo um petista fanático. Jamais votaria em qualquer candidato que incentive o racismo estrutural como uma política de estado. ( independentemente do espectro político ok ?).

Como cidadão e jornalista, jamais daria meu voto a qualquer candidato que queira promover o racismo estrutural, sob o argumento de  proteger a classe média no Brasil. 

Racismo estrutural não é sinônimo de proteção da classe média. Nem no Brasil ou em qualquer país no mundo. Racismo estrutural  não é sinônimo de democracia. Nem no Brasil ou em qualquer país no mundo.

Racimo estrutural é uma política completamente antidemocrática. O Racismo estrutural é algo completamente diferente de conceito mínimos  de democracia. Tanto no Brasil, quanto em qualquer país no mundo.

E assim caminha a humanidade.

Imagem : Site UNALE.


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