Em reunião no sábado, 22, a maioria dos integrandes do diretório estadual do PSDB paulista decidiu declarar apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial no segundo turno. A informação foi enviada a reportagem por integrantes da Executiva tucana.
Após a divulgação da informação, o presidente estadual do partido, Marco Vinholi, enviou outra nota negando que tenha havido uma declaração de apoio oficial. O diretório decidiu liberar os filiados. O desencontro de informações causou mal-estar na cúpula do partido.
Em sintonia com a ala dos chamados “cabeças brancas” do partido – grupo dos tucanos históricos que apoiam o petista – parte da direção da legenda contrariou o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que se apressou em declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sem o consentimento partidário.
O diretório já havia definido apoio ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa estadual. Em nota, a direção tucana ressaltou que nomes como Aloysio Nunes, José Aníbal, o secretário-geral Carlos Alberto Balotta e o presidente municipal da legenda na capital, Fernando Alfredo, defenderam apoio ao ex-presidente.
“A defesa da democracia foi foco central no debate e ponto defendido pelo ex-senador José Aníbal ao pontuar o apoio a Lula. Aloysio Nunes declarou que essa posição representa a maior parte dos tucanos históricos e Balotta relembrou o apoio a Lula em 1998?, disse o partido.
Também houve manifestações a favor da neutralidade e a favor de Bolsonaro, como do prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando. O direito aos filiados para tomarem sua posição individual foi garantido pela deliberação da executiva nacional no dia 4 de outubro. A informação é do Jornal Estado de São Paulo.
Á você que está me lendo eu digo: Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB) é um partido político brasileiro de centro, centro-direita. Fundado em 1988 e registrado definitivamente em 1989, surgiu a partir de uma cisão do PMDB que mesclava a social-democracia, a democracia cristã e o liberalismo econômico e social. Seu símbolo é um tucano nas cores azul e amarela. Por esta razão, seus membros são, eventualmente, chamados de "tucanos", e raramente de "peessedebistas". Em setembro de 2022, o partido tinha 1.354.254 filiados, sendo o terceiro maior do país. Além de ser o partido do ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso, ao longo da história, o PSDB deu apoio aos ex-presidentes Itamar Franco e Michel Temer e fez oposição aos ex-presidentes Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Desde setembro de 2021, faz oposição ao governo de Jair Bolsonaro.
O PSDB, que teve dois mandatos presidenciais com o ex presidente Fernando Henrique Cardoso (1994 2002). Além de ter governado o estado de São Paulo entre 1994 e 2002. O PSDB, caminha a largos passos para o nanismo.
Desde 2018, o PSDB perdeu espaço, devido a " nova direita", liderada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de perder o controle em São Paulo, o PSDB não elegeu nenhum governador no primeiro turno em 2022. Pelo Senado Federal, nenhum tucano foi eleito nas 27 unidades federativas do Brasil. O PSDB tem apenas quatro senadores no poder até 2027. Plínio Valério (AM), Izalci Lucas (DF), Alessandro Vieira (SE) e Mara Gabrilli (SP). Nomes fortes no passado, como Marconi Perillo (GO), perderam as eleições ou decidiram não disputar a reeleição, no caso de Tasso Jereissati (CE).
O fortalecimento da extrema direita bolsonarista á partir de 2015, foi roubando o espaço do PSDB, em 2022, assim como em 2018, a extrema direita de Jair Bolsonaro, se fortaleceu no Brasil. O que faz o PSDB perder cada vez mais espaço no cenário nacional.
Para combater o PT, o PSDB saiu dos espectros de centro e centro esquerda, aderindo cada vez mais a direita. O PSDB, que tinha um alinhamento em uma Social-Democracia, nos governos de Fernando Henrique e Mario Covas, aderiu á uma direita radical.
E tal mudança de comportamento, acabou cobrando um alto preço na última década. A ascensão da extrema direita de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, roubou a cena do PSDB como um partido de centro.
E assim caminha a humanidade.
Imagem: Jornal Estado de São Paulo.
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