A onda conservadora ou maré azul foi um fenômeno político que surgiu em meados dos anos 2010 na América Latina, sucedendo à guinada à esquerda.
Escândalos de corrupção envolvendo governos de esquerda no continente fizeram que os mesmos se desgastassem, diz Gerardo Caetano, professor de Ciências Políticas da Universidade da República, no Uruguai. Ainda segundo Caetano, "quando os governos de esquerda ou centro-esquerda, cada um com seu estilo, assumiram nos vários países da região (durante a guinada à esquerda), as sociedades estavam cansadas e vínhamos de várias crises. Esses governos resgataram e melhoraram a vida de muitas pessoas, mas faltava um projeto de longo prazo e além disso quanto mais melhoram de vida, mais as pessoas ficam exigentes".
Segundo o cientista político boliviano, Roberto Lasema, do Centro de Estudos da Realidade Econômica e Social (CERES), a alta no preço das commodities na década de 2000 favoreceu os governos populistas, e também acredita que esses governos falharam em não pensar em políticas de longo prazo. Em escala global, o fenômeno pode ser associado à vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, e à ascensão de partidos de extrema-direita na Europa, situando a onda conservadora da América do Sul neste contexto. Na Europa, um fenômeno semelhante, a Pasokificação, também anda acontecendo nos últimos anos. De acordo com o Portal G1 da Rede Globo e os demais veículos de imprensa no Brasil.
A onda conservadora no Brasil teve início aproximadamente na época em que Dilma Rousseff, em uma eleição apertada, venceu as eleições presidenciais de 2014, dando início ao quarto mandato do Partido dos Trabalhadores no cargo mais alto do Poder Executivo, o que gerou uma crise política. Além disso, de acordo com o analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, Antônio Augusto de Queiroz, o Congresso Nacional eleito em 2014 pode ser considerado o mais conservador desde a redemocratização, percebendo um aumento no número de parlamentares ligados a segmentos mais conservadores, como ruralistas, militares, policiais e religiosos.
Não sou cientista político. Longe disso. Minha única formação acadêmica é a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM ).
Acompanho os noticiários desde a minha infância. Ainda em meados da década de 1980. Os eleitores brasileiros, historicamente, se movem do centro para a direita e do centro para a esquerda. Sem esquecer obviamente, dos eleitores do centro.
Já existia sim uma onda conservadora na América Latina, desde 2010. Contudo, no Brasil, o fator Lava jato foi atípico. Sem Lava Jato, não teria existido Jair Bolsonaro em 2018 no Brasil.
Sem Lava Jato, a classe média alta, em sua maioria, não teria votado em Jair Bolsonaro em 2018. Populismo é um conceito contestado, utilizado para se referir a um conjunto de práticas políticas que se justificam num apelo ao "povo", geralmente contrapondo este grupo a uma "elite".
O fator Lava Jato, fez a classe média alta, aderir á uma extrema direita fascista no Brasil. O fator Lava Jato, abriu espaço para o populismo autoritário no Brasil.
O fator Lava Jato, deixou cicatrizes muito profundas no Brasil. O fator Lava Jato, abriu espaço para o moralismo identitário, e consequentemente para o radicalismo político no Brasil.
Patriotismo no Brasil, com o fator Lava Jato, virou sinônimo de violência política e discursos de ódio. Honestamente, sinto saudade dos tempos em que a disputa política, se dava exclusivamente no campo democrático.
Tenho saudades dos tempos em que a disputa se dava entre PT e PSDB, partidos de centro esquerda e centro, exclusivamente dentro do campo democrático.
Confira a reportagem do Portal G1 da Rede Globo.https://g1.globo.com/politica/
E assim caminha a humanidade.
Imagem : CNN Brasil.
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