O capitalismo é um sistema econômico social caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção, busca pelo lucro e acúmulo de capital, e um mercado orientado pela lei da oferta e da demanda. Ele surgiu na transição da Idade Média para a Moderna, consolidou-se com a Revolução Industrial e passou por diferentes fases, como a comercial, industrial e informacional, e continua a influenciar a sociedade, sendo a base de muitos modelos econômicos atuais.
Principais Características:
Propriedade Privada: Os meios de produção (terras, fábricas, máquinas) pertencem a indivíduos ou empresas, não ao Estado.
Lucro: A obtenção do lucro é o principal objetivo das atividades econômicas.
Acúmulo de Capital: O sistema busca a constante acumulação de riqueza e bens.
Economia de Mercado: Os preços e a produção são definidos pelas leis da oferta e da demanda, não por um planejamento central.
Trabalho Assalariado: Os trabalhadores vendem sua força de trabalho em troca de um salário.
Livre Iniciativa e Concorrência: As empresas têm liberdade para competir no mercado, buscando atender às necessidades dos consumidores e obter lucros.
Origem e Fases:
Origem: O sistema começou a se formar a partir do fim da Idade Média, com o surgimento da classe burguesa.
Capitalismo Comercial: Desenvolveu-se no período do mercantilismo, com o envolvimento do Estado em práticas expansionistas e comerciais.
Capitalismo Industrial: A Consolidação ocorreu com a Revolução Industrial, quando a produção se tornou industrializada.
Capitalismo Financeiro e Informacional: A fase mais recente, marcada pela aceleração dos fluxos de capital, tecnologia e informação através da globalização e da internet.
O capitalismo financeiro (ou financeirizado) é uma fase do sistema capitalista caracterizada pela dominação da economia pelo setor financeiro, onde o lucro é buscado através de investimentos, juros, compra e venda de ações e outras operações especulativas em mercados interconectados globalmente. Essa fase, consolidada a partir da segunda metade do século XX, é marcada pela fusão do capital bancário e industrial, pela ascensão dos mercados financeiros e pela crescente complexidade e influência desses mercados nas economias e sociedades.
Principais características:
Centralidade do Mercado Financeiro: Os bancos e as bolsas de valores ganham um papel predominante, intermediando e especulando com capitais.
Especulação Financeira: A ênfase na acumulação de riqueza através de investimentos financeiros, muitas vezes descolados da produção real de bens e serviços, buscando o lucro rápido e a valorização do capital.
Interconexão Global: A globalização e a tecnologia da informação facilitam a integração dos mercados financeiros em escala mundial.
Fusão de Capitais: Há uma integração entre o capital bancário e o capital industrial, com o domínio de grandes corporações e conglomerados.
Contexto histórico e fases:
Origens: Surge no final do século XIX e início do século XX como resultado da expansão do capitalismo industrial e do aumento da escala das empresas.
Consolidação: Ganha força e consolida-se a partir da segunda metade do século XX, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, com o avanço tecnológico e a internacionalização da economia.
Crises: A fase é marcada por crises financeiras recorrentes e complexas, como a de 1929 e a crise das hipotecas subprime de 2008, que evidenciam a instabilidade e os riscos da especulação desenfreada.
Impactos e desafios:
Aumento da Desigualdade Social: A busca incessante por lucro no setor financeiro pode acentuar a desigualdade social.
Influência Política: Há uma crescente influência de interesses privados, ligados ao capital financeiro, nas esferas política e econômica.
Complexidade e Corrupção: A complexidade dos mercados financeiros pode criar oportunidades para novas formas de corrupção e manipulação.
Desvalorização da Economia Real: A especulação financeira pode gerar bolhas econômicas e desviar recursos da produção de bens e serviços, afetando a economia real.
Os direitos sociais são prerrogativas que visam garantir uma vida digna, mitigar desigualdades e assegurar condições mínimas para o bem-estar de todos os cidadãos. No Brasil, eles estão consagrados na Constituição Federal, no Artigo 6º, e incluem a educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados.
O que são e qual a sua importância
Garantia de dignidade: Os direitos sociais são fundamentais para preservar a dignidade e a qualidade de vida das pessoas.
Mitigação de desigualdades: Têm como objetivo reduzir as vulnerabilidades e os desequilíbrios sociais e econômicos que surgem em uma sociedade capitalista.
Ação do Estado: O Estado tem o papel de criar e implementar políticas públicas para que esses direitos sejam efetivamente realizados, especialmente para os segmentos mais vulneráveis da sociedade.
Exemplos de direitos sociais no Brasil (Art. 6º da Constituição Federal)
Educação: Acesso ao ensino e desenvolvimento da capacidade individual.
Saúde: Garante o acesso a serviços médicos e de bem-estar.
Alimentação: Direito a ter acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas.
Trabalho: Protege os trabalhadores, garantindo direitos como férias e 13º salário.
Moradia: Garante um abrigo em condições que preservem a intimidade.
Transporte: Direito de se deslocar e ter acesso a meios de transporte.
Lazer: Acesso a momentos de descanso e recreação, importantes para o bem-estar.
Segurança: Garantia da proteção e exercício pleno das liberdades.
Previdência Social: Proteção para a velhice, invalidez e outros infortúnios.
Proteção à Maternidade e Infância: Direitos específicos para mães e crianças, como a licença-maternidade.
Assistência aos Desamparados: Apoio às pessoas que não têm condições de prover o seu sustento.
A social-democracia é uma ideologia política que apoia intervenções econômicas e sociais do Estado para promover justiça social dentro de um sistema capitalista, e uma política envolvendo Estado de bem-estar social, sindicatos e regulação econômica, assim promovendo uma distribuição de renda mais igualitária e um compromisso para com a democracia representativa. É uma ideologia política de centro-esquerda, surgida no fim do século 19 dentre os partidários de Ferdinand Lassalle, que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista deveria ocorrer sem uma revolução, mas sim, em oposição à ortodoxia marxista, por meio de uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário.
Confira o Texto da Constituição Federal de 1988. No Site Oficial do Senado Federal. https://normas.leg.br/?urn=
Voltada a Social Democracia. A Constituição garante os direitos sociais no capitalismo finançeiro que vivemos. A constituição estabelece um modelo de capitalismo humanista, que busca a valorização do trabalho humano, a justiça social e a dignidade para todos. A Constituição reconhece a livre iniciativa e a propriedade privada, pilares do capitalismo, mas também impõe princípios como a função social da propriedade, a defesa do consumidor e a redução das desigualdades sociais para humanizar a ordem econômica.
Confira a noticia no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) .https://agenciadenoticias.
Imagem ; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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