capitalismo é um sistema econômico, político e social predominante no mundo, que se baseia na propriedade privada dos meios de produção e na busca pelo lucro. A economia é regulada pelo mercado, que opera por meio da lei da oferta e da procura, e a concorrência entre os produtores tende a influenciar os preços para os consumidores.
Características principais
Propriedade privada: Os meios de produção — como terras, fábricas e máquinas — são de propriedade particular.
Economia de mercado: O mercado e seus mecanismos (oferta e demanda) regulam a produção e a distribuição de bens e serviços.
Busca pelo lucro: A acumulação de capital e a geração de lucro são os principais objetivos do sistema.
Divisão em classes sociais: A sociedade é estruturada em classes. No capitalismo, destacam-se a burguesia (detentora dos meios de produção) e o proletariado (classe trabalhadora que vende sua mão de obra em troca de salário).
Origem e evolução
O capitalismo surgiu na Europa, entre os séculos XIV e XV, com a crise do feudalismo e a ascensão da burguesia. Ao longo da história, ele passou por diferentes fases:
Capitalismo comercial (séculos XV–XVIII): Baseado nas grandes navegações e na acumulação de riquezas pelo comércio (mercantilismo), com forte intervenção do Estado na economia.
Capitalismo industrial (séculos XVIII–XIX): Impulsionado pela Revolução Industrial, focado na produção em massa nas fábricas. É a fase do liberalismo econômico, que defende a mínima intervenção do Estado.
Capitalismo financeiro (século XX–atualidade): Caracterizado pela fusão do capital industrial com o capital bancário (bancos e grandes empresas), com a acumulação de capital por meio de especulação em bolsas de valores.
Críticas ao capitalismo
Apesar de ser o sistema econômico predominante no mundo, o capitalismo é alvo de diversas críticas:
Desigualdade social: O sistema pode gerar uma grande concentração de riqueza, aumentando a desigualdade entre as classes sociais.
Instabilidade econômica: O sistema passa por ciclos de crescimento e recessão, que podem levar a crises econômicas periódicas.
Monopólios e oligopólios: A busca por lucro pode levar à formação de grandes empresas que controlam o mercado, eliminando a livre concorrência.
Exploração do trabalho: A busca incessante por lucro pode levar à exploração da mão de obra, em que os trabalhadores são mal pagos e submetidos a condições precárias.
O capitalismo na atualidade
Embora o capitalismo seja o sistema dominante em escala global, a atuação do Estado e a manifestação do sistema podem variar em cada país. Além das três fases históricas, há diversas vertentes e modelos que coexistem:
Capitalismo de Estado: Modelo em que o Estado possui grande participação na economia, como no Brasil, onde estatais têm forte presença em diversos setores.
Neoliberalismo: Ressurgimento de ideias liberalistas, a partir da década de 1970, que defendem a mínima intervenção do Estado, a propriedade privada e o livre mercado.
Capitalismo Consciente: Abordagem moderna que propõe que as empresas não visem apenas o lucro, mas também o bem-estar social e ambiental,
O capitalismo contribui para a desigualdade social principalmente por meio da acumulação de capital e da apropriação da mais-valia, que concentram a riqueza nas mãos dos proprietários dos meios de produção, em detrimento da maioria da população. Esse processo é agravado por outros mecanismos, como a livre concorrência desenfreada e a exploração da força de trabalho.
Principais mecanismos que geram e reforçam a desigualdade no capitalismo:
Antagonismo de classes: O capitalismo se baseia na divisão de classes entre a burguesia (donos dos meios de produção) e o proletariado (trabalhadores assalariados). A riqueza é gerada pelo trabalho, mas é apropriada privadamente pela burguesia, que detém o capital.
Apropriação da mais-valia: O lucro capitalista se origina da mais-valia, ou seja, do valor excedente que o trabalhador produz e que não é pago a ele como salário. Esse valor extraído do trabalho é acumulado pelo capitalista, enriquecendo-o e empobrecendo a classe trabalhadora.
Concentração de riqueza: A acumulação de capital por poucos se manifesta na concentração de riqueza e renda, um fenômeno persistente e intrínseco ao sistema. Essa concentração se reproduz por mecanismos como a herança, garantindo privilégios e criando desigualdade de oportunidades entre as gerações.
Concorrência desleal: Embora a livre concorrência possa promover a eficiência em alguns casos, ela também pode levar a práticas desleais, como a formação de monopólios e a compra de concorrentes. Quando uma empresa domina o mercado, ela pode ditar preços e salários, aumentando os lucros para si e limitando o poder de negociação dos trabalhadores.
Divisão social do trabalho: O capitalismo fragmenta o processo produtivo, especializando os trabalhadores em tarefas específicas e repetitivas. Isso diminui a autonomia e o poder de negociação da classe trabalhadora, que se torna mais dependente do sistema e mais facilmente substituível.
Exclusão social: O desenvolvimento capitalista, especialmente em regiões periféricas, historicamente marginaliza grandes parcelas da população. O crescimento econômico se dá em conjunto com a exclusão e o empobrecimento, resultando em um exército de reserva de trabalhadores e no surgimento de uma camada marginalizada.
A desigualdade não é uma falha, mas uma característica inerente ao sistema, que se baseia na acumulação privada e na exploração do trabalho.
A concentração de poder político e a estrutura tributária também contribuem para perpetuar as desigualdades, favorecendo os mais ricos e reforçando privilégios.
Diversas políticas públicas (como distribuição de renda, programas sociais e impostos progressivos) são propostas para mitigar a desigualdade, mas seu alcance e eficácia dependem do equilíbrio de poder e da atuação estatal.
Confira a reportagem no UOL. .https://noticias.uol.com.br/
E assim caminha a humanidade.
Imagem ; UOL.
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