sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Guerra comercial.

 Uma guerra comercial é um conflito econômico entre nações que impõem tarifas e outras barreiras comerciais, como cotas e restrições de importação, para prejudicar a economia do país adversário ou proteger a sua própria produção doméstica. 

Como funciona

Uma guerra comercial é geralmente marcada por uma escalada de medidas protecionistas: 

Início: Um país impõe tarifas sobre produtos importados do outro, justificando a medida como uma forma de proteger seus produtores e empregos.

Retaliação: O país-alvo da tarifa responde com medidas semelhantes, impondo suas próprias tarifas sobre os produtos do primeiro país.

Escalada: Esse ciclo de retaliação se intensifica, resultando em um conflito econômico mais amplo, que pode incluir outras barreiras não tarifárias (como cotas e restrições sanitárias), suspensão de contratos e restrições de compra. 

Impactos e consequências

Os impactos de uma guerra comercial são amplos, afetando as economias dos países envolvidos e o mercado global: 

Aumento de preços: As tarifas aumentam o custo dos produtos importados, elevando os preços para os consumidores.

Instabilidade econômica: O conflito gera incerteza geopolítica e afeta as cadeias de produção e investimentos globais.

Prejuízos para os países envolvidos: Ambos os lados podem sofrer perdas significativas. Por exemplo, produtores que exportavam para o país adversário são prejudicados pelas barreiras.

Impacto no crescimento global: A escalada de tensões comerciais pode levar à desaceleração da economia mundial. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, já rebaixou previsões de crescimento global por causa de conflitos comerciais.

Desvalorização cambial: A instabilidade gerada pelo conflito pode levar à desvalorização das moedas dos países afetados. 

Guerra comercial entre EUA e China

A guerra comercial entre Estados Unidos e China é um dos exemplos mais notáveis da história recente. Ela se intensificou a partir de 2018, com a imposição de tarifas mútuas sobre bilhões de dólares em produtos. 

A disputa envolveu setores como tecnologia, agricultura e outros bens manufaturados.

Ambos os países enfrentaram desafios econômicos e não houve um vencedor claro nesse conflito.  Segundo os Jornalistas  e Mestres Carla de Oliveira Tozo e Edson Rossi, no Sexto e Sétimo Periodos da Habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, pelas Faculdades Intregradas Alcantara Machado (FIAAM FAAM).

Confira o artigo da autora Manuela de Souza Silva Faria na Revista Insper.

Insper 

Ciências Econômicas 

Manuela de Souza Silva Faria 

Guerra comercial entre Estados Unidos e China e seus impactos: o caso da soja brasileira 

São Paulo 

2022 

Manuela de Souza Silva Faria 

Guerra comercial entre Estados Unidos e China e seus impactos: o caso da soja brasileira 

Monografia apresentada ao curso de Ciências 

Econômicas, como requisito parcial para a obtenção do 

Grau de Bacharel do Insper Instituto de Ensino e 

Pesquisa.  

Orientador: Prof. Darcio Genicolo Martins – Insper 

São Paulo 

2022 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faria, Manuela de Souza Silva. 

    Guerra comercial entre Estados Unidos e China e seus impactos: o caso da soja 

brasileira 

Manuela de Souza Silva Faria – São Paulo, 2022. 33 f.  

 

Monografia – Insper, 2022. 

Orientador: Darcio Genicolo Martins.  

 

1. Guerra Comercial. 2. Soja. 3. Método de diferenças em diferenças 

Manuela de Souza Silva Faria 

4

 Guerra comercial entre Estados Unidos e China e seus impactos: o caso da soja brasileira 

Monografia apresentada ao curso de Ciências 

Econômicas, como requisito parcial para a obtenção do 

Grau de Bacharel do Insper Instituto de Ensino e 

Pesquisa.  

Orientador: Prof. Darcio Genicolo Martins – Insper 

Banca Examinadora 

_____________________________________ 

Darcio Genicolo Martins 

_____________________________________ 

Paulo Ribeiro

Resumo 

Desde o começo de 2018, os Estados Unidos e a China estabeleceram uma disputa 

comercial intensa, caracterizada fortemente pela implementação de medidas 

protecionistas de ambas as partes. Em uma dessas medidas, a China elevou em 25% a 

tarifa sobre as exportações de soja dos EUA, favorecendo o mercado de soja brasileiro. 

O objetivo do artigo é estimar os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China 

na produção e exportação de soja brasileira. Espera-se que com a alteração nos padrões 

mundiais de importação, o preço brasileiro de exportação aumente e, levando-se em conta 

que a oferta brasileira não é completamente elástica, levaria a um aumento da produção. 

Como consequência, espera-se também um aumento na exportação, principalmente com 

a China, suprindo as necessidades do país. De 2017 a 2020, observou-se um aumento de 

13% na quantidade de soja exportada em kg do Brasil para a China, de acordo com a UN 

Comtrade. O estudo tem como objetivo estimar os efeitos da guerra comercial entre 

Estados Unidos e China na produção e balança comercial da soja brasileira utilizando o 

método econométrico de diferenças em diferenças.  

Palavras-Chave: 1. Guerra Comercial; 2. Soja; 3. Método de diferenças em diferenças 

Sumário 

 

1. Introdução .............................................................................................................. 7 

1.1. Evolução da relação dos Estados Unidos, China e Brasil no complexo de soja 8 

1.2. Guerra comercial entre EUA e China .................................................................. 13 

2. Revisão da Literatura ........................................................................................... 16 

3. Metodologia empírica .......................................................................................... 20 

3.1. Dados ............................................................................................................... 20 

3.2. Metodologia Empregada .................................................................................. 23 

3.3. Estimação ......................................................................................................... 27 

4. Resultados ............................................................................................................ 29 

5. Conclusão: ........................................................................................................... 30 

6. Referências Bibliográficas ................................................................................... 32 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.     

Introdução 

Em março de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou 

tarifas de 25% para o aço e 10% para o alumínio importado de todos os países. O objetivo 

do governo era de reduzir seu déficit comercial e proteger a competitividade econômica. 

Em abril, a China, maior produtora de aço e alumínio do mundo, emitiu um memorando 

impondo tarifas sobre 110 produtos americanos, incluindo a imposição de uma tarifa ad 

valorem de 25% sobre a soja americana. Desde então, a administração americana impôs 

quatro rodadas de elevação de tarifas, avaliado em 250 bilhões de dólares, e a China 

retaliou outras três vezes, com o total avaliado em 110 bilhões de dólares (Bown, 2021). 

O protecionismo americano e as consequentes retaliações chinesas afetaram a exportação 

de produtos importantes na pauta exportadora brasileira, como a soja.  

A China é a maior importadora de soja, alimento utilizado principalmente para 

alimentação dos animais devido à grande presença de proteína e gordura. Cerca de 80% 

das importações de soja na China são utilizadas para alimentação animal, enquanto 20% 

são transformadas em óleo, utilizadas na cozinha por consumidores na indústria de 

alimentos e processamento. O país depende fortemente da exportação vinda dos Estados 

Unidos, Argentina e Brasil (USDA, 2019).  

De 2000 a 2020, devido ao aumento do consumo de proteína animal no país, o uso 

da soja pela China aumentou exponencialmente: suas importações da Argentina 

aumentaram em 200%, dos Estados Unidos 700% e do Brasil, 2.000%. Desde 2016, o 

Brasil é o maior exportador da commodity para a China já que a infraestrutura e 

quantidade de área de plantio permite rápido aumento da produção. No começo de 2018, 

depois da imposição da tarifa de 25% sobre a soja americana, a exportação da soja 

americana para a China caiu 50% e 75% da importação chinesa passou a vir do Brasil, o 

que indica que o Brasil é capaz de acomodar as demandas chinesas.  

É importante entender, portanto, como a guerra comercial entre Estados Unidos e 

China afeta o mercado de soja brasileira, podendo impactar diretamente a balança 

comercial do país devido à importância do agronegócio. Para isso, esse trabalho se propõe 

a fazer um estudo sobre as mudanças no padrão de comércio de soja entre Brasil e China 

antes do início das imposições das tarifas e após sua suspensão. Buscar-se-á avaliar os 

impactos principalmente sobre a produção e exportação desta commodity na economia 

brasileira.  

1.1. 

Evolução da relação dos Estados Unidos, China e Brasil no complexo de 

soja 

A soja é o 52° produto mais comercializado no mundo, de acordo com o Observatory 

of Economic Complex (OEC), evidenciando sua importância no comércio mundial. É 

altamente utilizado pelo agronegócio, indústria química e de alimentos. Para compreender 

seu comércio, é importante entender a relação entre os 3 maiores players neste mercado: 

China, como o maior importador, e Estados Unidos e Brasil, os maiores exportadores. 

A figura 1 evidencia a grande concentração do mercado de soja global. Na safra de 

2016/2017, anterior à guerra comercial, os Estados Unidos e o Brasil juntos foram 

responsáveis por 83% das exportações da commodity. Das exportações americanas, 61% 

foram destinadas à China, 19% a outros países asiáticos, 8% para Europa, 7% para o 

México e 5% para outros países. Em relação ao Brasil, 77% foram destinadas à China, 

11% para outros países asiáticos, 8% para Europa e 4% para outros países. Fica evidente, 

portanto, que há uma grande relação comercial entre os 3 países.  

Figura 1 – Principais exportadores de soja e destino das suas exportações (2016/2017) 

Fonte: UN Comtrade (2022). Elaboração Própria. 

De todas commodities agrícolas, a soja é a principal exportada para a China pelo 

Brasil e Estados Unidos. Em 2017, 63% das exportações agrícolas para a China eram de 

soja, avaliadas em US$ 12,3 bilhões e representavam apenas 20% da pauta agrícola para 

outros países asiáticos (a segunda maior destinação da commodity). No Brasil, 88% das 

exportações agrícolas para o país asiáticos eram soja, avaliadas em US$ 20,3 bilhões, 

sendo que para a União Europeia, as exportações de soja representam 14% da pauta 

agrícola destinada à região.  

Gráfico 1 – Exportações de soja dos Estados Unidos para os dois maiores parceiros 

comerciais (bilhões de dólares) - 2017 

Outros Países Asiáticos

 China

 0

 Fonte: Global Trade Data.  

5

 Soja

 10

 15

 20

 Outros produtos agrícolas

 25

 30

 35

 40

 Gráfico 2 – Exportações de soja do Brasil para os dois maiores parceiros comerciais 

(bilhões de dólares) - 2017 

Europa

 China

 0

 5

 10

 Soja

 15

 20

 25

 Outros produtos agrícolas

 Fonte: Global Trade Data.  

30

 35

 40

 A produção de soja nos Estados Unidos se iniciou na década de 30 no meio-oeste 

devida às condições climáticas favoráveis ao seu plantio, se tornando a segunda maior 

commodity produzida no país já em 1940 (atrás apenas do milho). O plantio está 

10 

fortemente concentrado na região de Heartland, que compreende os estados de Ohio, 

Indiana, Illinois, Iowa, Minnesota, Missouri, Nebraska, Dakota do Sul e Kentucky, 

devido a fertilidade do solo e condições climáticas moderadas. Até a década de 60, 

exportações americanas de soja correspondiam a 80% das exportações mundiais, caindo 

para abaixo de 40% na década de 90 devido ao rápido crescimento das exportações sul

americanas (BNDES, 2004).  

No Brasil, a plantação de soja se iniciou no Rio Grande do Sul em 1940, na região de 

Santa Rosa. Até 1980, a produtividade brasileira da commodity apresentou crescimento 

próximo à média mundial, mas consideravelmente abaixo dos Estados Unidos e 

Argentina, grandes produtores de soja na época e seus principais concorrentes devido à 

proximidade geográfica.  

Na década de 90, marcada por avanços tecnológicos e mudanças político-sociais, o 

plantio de soja com qualidade foi expandido para o Centro-Oeste, Norte e Nordeste, 

permitindo a cultura da commodity em áreas tropicais e terras mais baratas. Nos anos 

subsequentes, houve expressivo aumento da produção da commodity, com crescimento 

acima de seus principais concorrentes, associado não apenas ao crescimento da produção, 

mas também ao aumento da capacidade produtiva da soja brasileira, com avanços 

científicos e disponibilização de tecnologias, como a soja transgênica, e técnicas, como o 

plantio direto (EMBRAPA, 2004). Em relação à exportação, o bom desempenho do setor 

está relacionado à vocação agropecuária brasileira, a modernização da atividade rural, 

advinda de P&D, inovações nas indústrias de maquinários e implementos e adoção de 

programas de saúde animal e vegetal, que garantem a qualidade das produções (Silva e 

Machado, 2009). Durante esse período, o Brasil exportou em média 68% da sua produção.  

A relação entre Brasil e Ásia teve início em 1990, com a Política Industrial e de 

Comércio Exterior durante o governo Collor, que incentivava a abertura comercial. Ao 

mesmo tempo, com a liberalização comercial na China, as tarifas de importações 

favoreciam importações de soja; seu acordo com a OMC em 2001 diminuiu em 3% as 

tarifas relacionadas à commodity (USDA, 2019). Nos anos 2000, essa relação foi 

fortificada com o boom das commodities, provocado pelo aumento da demanda chinesa 

por produtos primários a fim de sustentar seu elevado crescimento econômico.  

Além disso, o grande crescimento populacional chinês, a urbanização e o aumento na 

qualidade de vida impulsionaram o mercado de carne, principalmente o suíno, no país. 

11 

Consequentemente, houve aumento pela demanda pelo farelo de soja, amplamente 

utilizado na alimentação dos animais. Mesmo após a crise de 2008, os produtos de soja 

brasileiro sofreram aumento de preços e não sofreram impactos significativos já que (i) 

se trata de um produto menos sensível à renda, (ii) o consumo chinês e indiano se manteu 

firme durante a crise e (iii) houve queda de produção na Argentina (Cardoso et al, 2014). 

Em 2009, a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, sendo que a soja 

corresponde a 46% da pauta exportadora do Brasil para a China.  

Em relação aos EUA, a China era o maior parceiro comercial do país até 2017, ano 

em que 51,7% das exportações totais americanas eram destinadas ao país asiático. O 

segundo maior parceiro comercial era o México, que possuía o destino de apenas 7,5% 

das exportações. Da pauta agrícola, 63% dos produtos comercializados com a China 

correspondiam à soja.  

A demanda chinesa por soja continua a aumentar, mesmo com uma certa estabilização 

econômica do país a partir de 2010. Entre 2004 e 2018, a demanda chinesa por soja 

aumentou 178,8%, enquanto a demanda mundial se elevou em 72,8% (CONTINI et al., 

2018). Grande parte da pauta de importação chinesa corresponde a produtos agrícolas, 

com destaque para soja (gráfico 3). É esperado que o consumo da commodity continue a 

crescer à medida que a urbanização altere os padrões de consumo dos chineses (USDA, 

2019). Projeções do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China (2019) 

mostram aumento da demanda por grãos de soja impulsionado pelo crescimento constante 

do consumo de produtos animais, alimentos à base de soja, e suplementos nutricionais.  

Gráfico 3 - Importações chinesas por categoria 

37%

 30%

 9%

 Soja

 24%

 Outros Produtos Agrícolas Carne Outros

 Fonte: Global Trade Data.  

12 

Ao mesmo tempo, Brasil e Estados Unidos vem competindo pelo primeiro lugar em 

produção mundial de soja nos últimos anos. Segundo a CONAB, o Brasil produziu 135 

milhões de toneladas de soja na safra 2020/2021, um crescimento de 8% se comparado 

ao ano anterior. Os EUA, na mesma safra, produziram 112 milhões de toneladas, uma 

diminuição de 7% em relação à safra passada. Desde a safra 2017/2018, o Brasil se 

consolidou como maior produtor da commodity e partir da safra de 2011/2012, se tornou 

o maior exportador da soja para China, superando os Estados Unidos. Essa relação 

comercial se acentua em 2016, com um grande aumento da participação no Brasil nas 

importações Chinesas e declínio da participação americana, vide gráfico 4. 

Gráfico 4 - Importações chinesas de soja: Porcentagem fornecida pelos Estados Unidos 

e Brasil (2000-2019) 

90

 80

 70

 60

 50

 40

 30

 20

 10

 0

 Fonte: Global Trade Data. 

Estados Unidos

 Brasil

 Diante de um cenário de guerra comercial entre Estados Unidos e Chinesa, é possível 

inferir que as tarifas chinesas sobre a soja americana reduziriam a demanda chinesa pela 

commodity produzida nos Estados Unidos já que impõe um aumento artificial nos preços 

americanos para os importadores chineses. Dessa forma, há uma diminuição na 

quantidade comercializada entre os dois países e a demanda chinesa de soja é deslocada 

para outros países que possam acomodar essa lacuna. A exportação americana de soja 

para China diminuiu de US$ 12 bilhões em 2017 para US$ 3 bilhões 1 ano depois (Bown, 

2021). A grande concentração do mercado de soja mostra que o Brasil é o único país 

capaz de acomodar as demandas chinesas, por já possuir uma relação sólida no comércio 

13 

de soja com a China e ter capacidade de expansão de produção da commodity, se tornando 

o principal beneficiado do mercado de soja. 

1.2. Guerra comercial entre EUA e China 

Em 2016, com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, a posição política do 

país se voltou ao protecionismo. Em 2018, o vice-presidente, Mike Pence, declarou que 

a China era o maior desafio para os EUA. Tal preocupação vem do fato de que desde que 

a China entrou na Organização Mundial de Comércio (OMC) em 2001, sua influência no 

comércio mundial vem aumentando, sendo que 40% das exportações mundiais em 2020 

tem como origem a China (García, 2020), o que criou um déficit comercial nos EUA de 

400 bilhões de dólares.  

Em agosto de 2017, a agência federal norte-americana, Office of the United States 

Trade Representative (USTR), foi instruída a iniciar uma investigação, através da Seção 

301, contra práticas comerciais alegadamente não razoáveis ou discriminatórias da China. 

O governo americano acreditava que as ações chinesas prejudicavam os direitos de 

propriedade intelectual, inovação e desenvolvimento tecnológico de seu país.  

Em março de 2018, o governo do Trump publicou um relatório que indicava que 

quatro práticas chinesas justificavam uma ação ao abrigo da Secção 301 das Leis de Tarifa 

e Comércio de 1974: (i) transferência forçada de tecnologia, através de formações de 

joint-ventures; (ii) ações cibernéticas para aquisição ilegal de VoIP e segredos comerciais 

dos EUA; (iii) discriminações e práticas de licenciamento não comerciais; e (iv) aquisição 

estratégica de bens norte-americanos financiada pelo Estado chinês. Dessa forma, é 

possível perceber que o posicionamento do governo americano era reflexo de três 

principais preocupações: (i) de que o superavit comercial chinês aumentaria o 

desemprego americano; (ii) China poderia ameaçar a posição internacional dos EUA e 

(iii) medo da China estar utilizando práticas ilegais para conseguir tecnologia americana 

a baixo custo (Liu et al, 2018).  

A USTR determinou que impor tarifas no valor aproximado de US$ 50 bilhões seria 

uma resposta apropriada. Assim, a primeira medida norte-americana foi a Seção 232, uma 

tarifa de 25% para o alumínio e 10% para o aço, imposta para diversos países em julho 

de 2018. A China, como maior produtor mundial de aço e alumínio, retalia impondo 

14 

tarifas de 25% em 545 produtos americanos, principalmente commodities agrícolas, 

incluindo a soja. Em seguida, Donald Trump exige uma modificação na Seção 301, 

impondo tarifas adicionais contra importações chinesas no valor de US$ 250 bilhões por 

acreditar que a imposição inicial não foi o suficiente já que a administração chinesa se 

recusava a mudar suas práticas. A China retaliou impondo tarifas no valor de US$ 75 

bilhões. Até setembro de 2018, a média de tarifas norte-americanas em produtos chineses 

aumentou de 3,1% (nível pré-disputa) para 12% cobrindo cerca de metade das 

importações. A média de tarifas chinesas aumentou de 8% para 18,3%, cobrindo cerca de 

2/3 dos produtos americanos importados (Bown, 2021).  

Após uma reunião do G20 em dezembro de 2018, o presidente americano, Donald 

Trump, e o vice-primeiro ministro chinês, Liu He, assinaram um acordo de trégua de 90 

dias, dando início a um período de negociações mais sérias. Contudo, tais negociações 

foram interrompidas depois de uma viagem de um agente da USTR, Robert Lighthizer, a 

Beijing. A escalação de tarifas foi retomada: EUA tarifou em 15% cerca de US$ 101 

bilhões de importações chinesas, seguida por retaliação da China.  

Os produtos que sofreram imposição ou aumento de tarifa durante 2018 e 2019 eram 

de setores diversos. Em relação aos produtos chineses, a maior parte de produtos 

intermediários (cerca de 80%) sofreram tarifas de 25%, enquanto os produtos de vestuário 

sofreram tarifas de 10 a 15% e a maior parte dos brinquedos e equipamentos esportivos 

não sofreram nenhum tipo de imposição de tarifa. Entretanto, os produtos americanos 

taxados pelos chineses focaram quase que inteiramente em itens agropecuários e frutos 

do mar, como soja, porco e lagosta. O país evitou taxar produtos chave, como condutores 

e semi-condutores (Bown, 2021).  

Durante este período, a China entrou em disputa na OMC contra os Estados Unidos, 

alegando que o país americano estaria violando regras da instituição. Em setembro de 

2020, a OMC emitiu relatório favorável à China no contencioso DS543, com a 

justificativa de que “os Estados Unidos não forneceram evidências, ou explicações 

suficientes, para apoiar sua alegação de que as medidas eram necessárias para proteger as 

‘normas do bem e do mal’ evocadas por eles e que foram consideradas uma questão de 

moral pública nos Estados Unidos”.  

Em janeiro de 2020, Donald Trump e Liu He assinaram a fase 1 do Acordo Comercial. 

O ponto central do acordo é o comprometimento chinês de importar mais US$ 200 bilhões 

15 

em produtos americanos ao longo de dois anos para reduzir o déficit comercial bilateral 

com os norte-americanos que chegou a US$ 420 bilhões em 2018. Em relação a 

agricultura, tarifas sobre carne, frutos do mar e biotecnologia foram retiradas, entretanto 

a da soja será mantida até a Fase 2 do acordo, que está prevista para acontecer em 2022.  

Até dezembro de 2021, a China importou cerca de US$ 150 bilhões de produtos 

americanos, 25% a menos do que o prometido na primeira fase do acordo e o déficit 

comercial foi de cerca de US$ 350 bilhões. Sarah Bianchi, Vice-Representante da USTR, 

declarou que “estava claro que os chineses não cumpriram sua parte do acordo e é algo 

que eles (USTR) estariam tentando resolver”. Ao mesmo tempo, a embaixada chinesa em 

Washington declarou que a China estava fazendo seu melhor, diante do cenário imposto: 

pandemia, recessão global e disrupções na cadeia de suprimentos. É possível inferir que 

a resolução do conflito ainda está longe de ser concluída. 

2. Revisão da Literatura 

16 

Diversos estudos foram publicados desde o início das imposições das tarifas de 

importação com o objetivo de analisar os resultados de uma guerra comercial. Cenários 

diferentes foram levantados de acordo com a data de publicação e situação das políticas 

comerciais. Mas todos apresentam resultados semelhantes, como queda no bem-estar dos 

Estados Unidos e China, maior queda de produção no setor agrícola americano e ganho 

do setor agrícola brasileiro.  

O primeiro trabalho apresentado sobre o tema de Ciuriak e Xiao (2018) estuda os 

impactos da primeira disputa comercial firmada, a tarifa de 25% para o alumínio e 10% 

para o aço (também chamada de Seção 232), imposta pelos Estados Unidos para diversas 

regiões, entre elas China e União Europeia. A simulação foi feita a partir do modelo de 

equilíbrio geral computável utilizando dados da base de dados GTAP (Global Trade 

Analysis Project). Como principais resultados descobriram uma queda real no PIB 

americano de 0,06% e redução no bem-estar, sendo o Canadá o país que sofreria o maior 

impacto negativo no PIB. Os outros países não seriam afetados pois a perda de 

competitividade dos Estados Unidos seria compensada pelo ganho de produtividade em 

outras regiões, como a própria China.  

Utilizando a mesma metodologia, Amiti et al (2018), avaliam o impacto nos preços 

domésticos e bem-estar dos Estados Unidos no curto prazo através de dados mensais de 

janeiro a dezembro de 2018. Os autores realizam uma estimativa do valor das tarifas e 

suas consequências para o valor e quantidade de importação e a perda de bem-estar devido 

ao peso morto. Os resultados apontam que, no curto prazo, as mudanças em tarifas são 

quase completamente passadas para os preços domésticos, assim, não há mudança no 

preço de exportação.  

17 

Ribeiro (2018) apresentou o primeiro estudo brasileiro do tema avaliando as 

consequências dos impactos da Seção 232 para o Brasil referentes à tarifa de 25% para o 

aço. O alumínio não é considerado no trabalho pois é uma parte pequena da pauta de 

exportação brasileira. Através de um modelo de equilíbrio geral computável, utilizando 

dados da base da GTAP (Global Trade Analysis Project), encontra que a perda de 

exportação de aço seria de 13%, enquanto o PIB se manteria inalterado.  

Carvalho et al (2019), utilizando a mesma metodologia de Ribeiro (2018), 

simularam os efeitos da guerra comercial entre EUA e China sobre a economia brasileira, 

com ênfase em alumínio, aço e soja. Foram estudados dois cenários: um em que os 

Estados Unidos tarifam unilateralmente outros países e outro que a China retalia os EUA. 

Seus resultados apontam aumento na produção de soja (9,3%) e aço (2,47%) no Brasil e 

redução no setor de alumínio (-0,28%) no segundo cenário. EUA e China apresentam 

redução de bem-estar em ambos os cenários (com a China sendo a maior perdedora), 

enquanto o Brasil ganha com ambos os cenários, especialmente no segundo. O objetivo 

do governo americano seria alcançado, com aumento da produção de aço e alumínio e 

redução pequena no déficit comercial.   

Outros estudos buscaram analisar as consequências para setores específicos que 

sofreram impactos pela guerra comercial. Adjemian et al (2021) estudaram as mudanças 

nos preços do mercado de soja internacional. Utilizando o modelo de Relative Price of a 

Substitute (RPS) e fazendo uso de dados diários de 2013 a 2020, encontraram que o preço 

de exportação da soja americana está 0,74 dólares/alqueire mais baixo e o preço brasileiro 

está 0,97 dólares/alqueire mais alto do que estaria sem a presença de uma tarifa, indicando 

o favorecimento do mercado brasileiro no setor. 

Outra variável importante de ser medida em relação à produção de commodities 

agrícolas é a área plantada. Wu et tal (2020), buscando estudar os impactos no mercado 

18 

de soja, analisaram tal variável nos Estados Unidos e Brasil. Para tal, utilizaram um 

modelo dinâmico de uso da terra com dados de 2010 a 2018. Conclui-se que há impacto 

negativo na área plantada nos EUA e aumento da área plantada no Brasil, indo de 

encontro aos resultados publicados por Adjemian et al (2021).   

Na mesma linha de pensamento, Taheripour e Tyner (2018), analisam os possíveis 

impactos de uma ameaça chinesa de imposição da tarifa de 25% sobre o mercado 

internacional de soja e outras commodities agrícolas. Utilizando o modelo de GTAP, 

concluem que a importação chinesa de soja americana diminuiria 17 milhões de toneladas 

no longo prazo, enquanto a exportação de soja brasileira para a China aumentaria de 18 a 

36%.  

Observa-se que ao longo do início da guerra comercial, diversos autores buscaram 

analisar possíveis efeitos em relação aos diferentes players e produtos que sofreram 

imposição de tarifas utilizando diferentes metodologias e analisando diversas variáveis, 

como níveis de exportação e produção, preço e bem-estar. Percebe-se que há conclusões 

em comum: EUA e China apresentam perda de bem-estar, enquanto o Brasil é 

beneficiado, sobretudo em cenários de retaliação chinesa, através de aumentos de 

exportação de commodities, principalmente da soja. 

Contudo, como os eventos analisados são recentes, a maior parte dos estudos já 

publicados partiram de simulações sobre as possíveis consequências da guerra comercial. 

Muitos deles se baseiam apenas na imposição da primeira tarifa, Seção 232, ou da 

primeira rodada de imposições, partindo, assim, de suposições sobre a política comercial 

chinesa e americana e criação de possíveis cenários. Com a disponibilidade de dados mais 

recentes, que podem indicar o que efetivamente aconteceu, e conclusão (até então) de 

rodadas de imposições tarifárias, o presente trabalho busca analisar os impactos ex-post 

sobre a soja brasileira, seus níveis de exportação, produção e impactos sobre a área 

19 

plantada e colhida. É utilizado o método econométrico de diferenças em diferenças, uma 

metodologia diferente da tradicional usada na área, que busca averiguar o efeito de um 

choque sobre a variável tratamento em relação a um grupo de controle.  

3. Metodologia empírica 

20 

3.1. 

Dados 

Nesta seção são apresentados os dados e metodologia empírica empregada para 

identificar as mudanças na soja brasileira. Pretende-se analisar dois impactos da guerra 

comercial entre Estados Unidos e China sobre a soja brasileira: na produção e exportação.   

Em relação à produção, serão analisadas três variáveis: área plantada, área colhida 

e quantum produtivo. Os valores foram coletados da base de dados do IBGE de forma 

mensal e compreendem o período de setembro de 2015 a março de 2022.  

Gráfico 5 – Área Plantada de Soja (em milhões de hectares) – 2016 a 2022 

45

 40

 35

 30

 25

 20

 set-15 mar-16 set-16 mar-17 set-17 mar-18 set-18 mar-19 set-19 mar-20 set-20 mar-21 set-21 mar-22

 Fonte: IBGE (2022) 

Em relação à área plantada de soja, percebe-se a tendência linear positiva da 

variável, apresentando um crescimento maior de 2020 a 2021. De setembro de 2016 a 

setembro de 2021, o crescimento foi de 17%. O estado do Mato Grosso é o maior produtor 

de soja do Brasil, dos 20 maiores munícipios em área plantada da commodity no Brasil, 

13 estão localizados no MT. Com a expansão da fronteira agrícola, há tendências de 

aumento da área plantada em regiões do cerrado, com destaque para a região do Matopiba 

(Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia). Devido à boas condições climáticas e emprego de 

tecnologias adequadas, é esperado crescimento positivo na área plantada.  

Gráfico 6 – Área Colhida de Soja (em milhões de hectares) – 2016 a 2022 

21 

45

 40

 35

 30

 25

 Fonte: IBGE (2022) 

O segundo gráfico mostra a evolução da área colhida de soja. A grande expansão 

de área colhida se deu de forma intensiva, com a incorporação de terras férteis, 

mecanização e avanço tecnológico. A região do Matopiba é a grande responsável pelo 

crescimento de área colhida nos últimos anos do Brasil, com destaque para região oeste 

da Bahia. O Brasil utiliza atualmente cerca de metade da área disponível para colheita, 

evidenciando o potencial existente de crescimento da produção no país. Apenas no 

Matopiba, é estimado o potencial de utilização de 5 milhões de hectares de terra (BNDES, 

2004). Novamente, 2020 a 2021 é o período em que a variável apresenta o maior 

crescimento. Dentro dos anos analisados, também houve um crescimento de 17%.  

Gráfico 7 – Produção em toneladas – 2016 a 2022 

140

 130

 120

 110

 100

 90

 80

 70

 60

 Fonte: IBGE (2022) 

22 

A produção de soja teve um crescimento de 40% no período analisado, atingindo 

um pico em janeiro de 2020 devido à boas condições climáticas. O bom desempenho da 

produção da commodity está relacionado aos avanços tecnológicos em: (i) genética, que 

permitiu a melhoria de sementes e plantas mais saudáveis e produtivas, como a soja 

transgênica; (ii) maquinário agrícola, facilitando os processos de plantio, manutenção e 

colheita e (iii) técnicas agrícolas, com aumento de produtividade e eficiência, reduzindo 

as perdas e permitindo variedades de soja adequadas ao cerrado (BNDES, 2004). 

Dados de exportação foram retirados da UN Comtrade e compreendem o período 

de 2014 a 2021 no formato anual. Duas variáveis serão analisadas: exportações em kg e 

valor das exportações em dólares. De acordo com a Tabela 1, percebe-se que o período 

com maior exportação de soja ocorreu em 2018, ano de início da disputa comercial. Neste 

ano, a exportação aumentou em 27%, em comparação ao ano anterior.  

Tabela 1 – Exportação de soja 

Ano 

Em toneladas 

(milhões de kg) 

US$ (milhões) 

2014 

32.664 

16.615 

2015 

2016 

2017 

2018 

2019 

2020 

2021 

40.926 

38.564 

53.797 

68.557 

57.963 

60.596 

60.476 

15.788 

14.386 

20.310 

27.233 

20.452 

20.903 

27.208 

Fonte: UN Comtrade (2022) 

Optou-se por utilizar a forma logarítmica das variáveis pela melhor compreensão 

dos resultados da estimação do modelo. A tabela 2 apresenta as principais descritivas das 

variáveis analisadas já transformadas pelo logaritmo.  

Tabela 2 – Descritiva das variáveis 

23 

Em milhões 

Média 

Mediana 

Mínimo 

Quantum Produtivo 

Máximo 

115,07 

114,97 

95,75 

Área Colhida 35,49 34,91 32,06 40,44 

134,93 

Área Plantada 35,54 34,97 32,08 40,54 

Exportação (em 

toneladas de kg) 

51.692,84 

Exportação (US$) 

20.361,99 

55.880,23 

20.381,27 

32.664,32 

14.386,11 

68.556,61 

Fonte: Elaboração Própria 

27.233,07 

3.2.  

Metodologia Empregada 

A fim de analisar o impacto da soja brasileira devido à guerra comercial entre 

Estados Unidos e China, será utilizada a metodologia de diferenças em diferenças (diff

in-diff). Essa metodologia foi empregada pela primeira vez em Ashenfelter e Card (1985) 

que buscaram avaliar o impacto de programas de treinamento no rendimento dos 

trabalhadores.  

Neste método, é necessário a utilização de dois grupos: o de tratamento, afetado 

pela mudança, e o de controle, não afetado. É necessário que ambos estejam sujeitos às 

mesmas influências para que o efeito na produção e exportação da soja possa ser 

identificado e isolado a partir da comparação entre eles.   

Para identificar o efeito causal da intervenção, o método se baseia em um conjunto 

de hipóteses. A primeira é de que a evolução do grupo tratamento corresponda a do 

controle na ausência do choque. Para tal, é realizado o teste de tendências paralelas para 

garantir que ambos reagiam de forma similar aos fatores que estão expostos anteriormente 

à intervenção e dessa forma, na ausência do evento, as tendências do grupo controle e 

tratamento seriam a mesma. A segunda hipótese é de que a composição de ambos os 

grupos não se altere drasticamente ao longo do tempo. Por último, o método exige que o 

grupo tratamento ou controle não sofram mudanças heterogêneas ou que choques 

macroeconômicos tenham efeito diferenciado sobre cada um. Caso alguma das hipóteses 

não seja cumprida, o método de diferenças em diferenças captará tais efeitos e atribuirá 

24 

erroneamente aos efeitos do choque e o efeito causal sobre o grupo tratamento não será 

capturado corretamente.  

O procedimento diff-in-diff possui uma série de vantagens. Primeiramente, ele é 

capaz de lidar com características não observáveis da base de dados que são invariantes 

ao longo do tempo. O método possui grande aplicabilidade e é amplamente utilizado em 

situações de “experimento natural” – situação em que um evento com pouca 

previsibilidade de acontecer provoca a composição de grupos de tratamento e de controle.   

Como mencionado anteriormente, o método não garante por si só que o grupo 

controle é significativo ao de tratamento, portanto, de acordo com Fogel (2012), é 

necessário garantir que o grupo controle está sujeito aos mesmos fatores que afetam o 

tratamento e que as trajetórias de ambos os grupos antes do início da disputa comercial 

sejam parecidas. Assim, este trabalho apresentará o milho como grupo controle. Tanto a 

soja quanto o milho são commodities, portanto, apresentam as mesmas influências e em 

geral, são afetadas pelas mesmas condições macroeconômicos e meteorológicas já que 

são produzidos nos mesmos estados e em grande parte, pelos mesmos produtores. Além 

disso, ambos respondem por quase 80% da produção de grãos do país. A diferença entre 

as duas commodities está no destino de sua produção já que o milho é destinado ao 

mercado interno, principalmente para a indústria de ração animal, enquanto a soja é 

majoritariamente destinada às exportações (Embrapa, 2015). Enquanto cerca de 18% do 

milho é exportado, mais de 70% da produção de soja se destina ao mercado externo. Além 

disso, apenas 0,2% da exportação brasileira de milho é destinada à China pois o país já é 

o 2° maior produtor, assim não possui grande demanda de importação. Tais características 

conferem o milho como um bom grupo de tratamento em relação à soja. 

Para melhor compreender a relação entre o milho e a soja, foram feitos testes de 

correlação entre as variáveis. A tabela 3 apresenta o resultado dos coeficientes de 

correlação anteriormente e posteriormente à imposição das tarifas. Houve um grande 

aumento nos coeficientes de área plantada e área colhida (de 0,54 para 0,98 e 0,62 para 

0,98, respectivamente) indicando forte associação positiva depois do choque. Em 

contrapartida, quantum produtivo sofreu uma grande redução em seu coeficiente de 

correlação, de 0,79 para 0,17, demonstrando pouca relação entre soja e milho após julho 

de 2018. 

Tabela 3 – Correlação entre milho e soja

 25 

Fonte: Elaboração Própria 

Como forma de compreender as relações das duas commodities anteriormente ao 

choque e garantir as hipóteses do modelo de que a evolução da soja seria a mesma do 

milho na ausência da imposição da tarifa, foram realizados testes gráficos de trajetórias 

lineares. O objetivo de realização destes testes é garantir que no período pré-evento, as 

variáveis de ambas commodities se comportavam de forma semelhante e dessa forma, o 

diff-in-diff consiga capturar o efeito causal da tarifa sob a soja brasileira. No gráfico 8, 

nota-se que anteriormente ao choque de elevação da tarifa da soja americana em julho de 

2018, soja e milho apresentavam tendências similares: houve queda da produção em abril 

de 2016 seguida de recuperação em novembro do mesmo ano para ambas commodities. 

Gráfico 8 – Produção em milhões de toneladas de milho e soja – set/2015 e a jul/2018 

Fonte: IBGE (2022). Elaboração Própria.  

Os gráficos lineares da área plantada e área colhida são muito semelhantes já que 

as duas variáveis são muito correlacionadas. Apesar de no final de 2016 a área colhida de 

milho ter tido um aumento que não foi acompanhada pela soja, anteriormente ao choque, 

as variáveis apresentavam trajetória semelhante com crescimento estável. Em relação a 

área plantada de milho, a commodity apresentou uma queda em fevereiro de 2018, que 

26 

não foi acompanhada pela soja (vide gráfico 10), mas é possível atribuir tal 

comportamento à efeitos sazonais já que, rapidamente, voltou a níveis normais.  

Gráfico 9 – Área Colhida em milhões de hectares de milho e soja – set/2015 e a jul/2018 

38

 33

 28

 23

 18

 13

 8

 ago-15

 jan-16

 jun-16

 Fonte: IBGE (2022). Elaboração Própria.  

nov-16

 Soja

 abr-17

 Milho

 set-17

 fev-18

 jul-18

 Gráfico 10 – Área Plantada em milhões de hectares de milho ex’ soja – set/2015 e a 

jul/2018 

40

 35

 30

 25

 20

 15

 10

 ago-15

 jan-16

 jun-16

 nov-16

 Fonte: IBGE (2022). Elaboração Própria.  

Soja

 abr-17

 Milho

 set-17

 fev-18

 jul-18

3.3. 

Estimação 

27 

São feitas duas subtrações no modelo. A primeira é a diferença das médias das 

variáveis do grupo controle e tratamento antes e depois do choque. A segunda se refere à 

diferença verificada entre as diferenças calculadas anteriormente. 

Há um grupo de tratamento S e um grupo controle M. Há um período pré-evento 

para o grupo de tratamento, pré (S), e um período pós-evento para o grupo de tratamento, 

pós (S); um período pré-evento para o grupo de controle, pré (M), e um período pós

evento para o grupo de controle, pós (M). Dessa forma: 

 

 𝑆𝑀

 2𝑥2 = ( 𝑦𝑆

 𝑝ó𝑠(𝑆) − 𝑦𝑆

 𝑝𝑟é(𝑆)) − ( 𝑦𝑀

 𝑝ó𝑠(𝑀) − 𝑦𝑀

 𝑝𝑟é(𝑀)) 

Em que 𝛿𝑆𝑀

 2𝑥2 é a média do efeito do grupo tratamento no controle e y é a média da 

amostra para o grupo em particular durante o período calculado. O primeiro parênteses 

diferencia o grupo de tratamento S e o segundo parênteses diferencia o grupo controle M 

e após isso, é diferenciado o primeiro termo do segundo.  

Em termos condicionais, podemos rescrever a equação acima dado que: Se 

T={1,0} é definido como a commodity sendo tratada – soja ou milho – e t={0,1} é 

definido como o período posterior ou anterior ao choque, o estimador de diff-in-diff é 

dado por: 

 

 𝐷𝐷 = {𝐸[𝑌|𝑇 = 1,𝑡 = 1]−𝐸[𝑌|𝑇 = 1,𝑡 = 0]}−{𝐸[𝑌|𝑇 = 0,𝑡 = 1]−

 𝐸[𝑌|𝑇 = 0,𝑡 = 0]}   

Assim, a diferença entre a variação de fato observada para o grupo de tratamento 

e a variação fornecida pelo grupo de controle capta os efeitos causais do choque.  

É possível demonstrar a estimativa por meio de uma regressão linear, como 

demonstrado a seguir: 

 

  = 𝛽0+𝛽1×𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜+ 𝛽2×𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜+ 𝛽3 ×𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 ×𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜+ 𝑒𝑖 

Onde período é uma dummy, admitindo o valor de 1 para meses posteriores a 

julho de 2018, a data do choque, e 0 para meses anteriores a julho de 2018. Tratamento 

também é uma dummy que representa qual commodity é a varíavel sendo analisada, 

adotando o valor de 1 se tal produto se refere a soja. Serão necessárias cinco regressões 

diferentes, com quatro variáveis respostas diferentes (Y), a primeira se referindo ao 

28 

quantum produtivo; a segunda à área plantada; terceira à área colhida; exportação medida 

em kg e por último, exportação medida em dólares. 

Desta forma, 𝛽0 é o resultado médio do grupo de controle no período anterior ao 

choque e 𝛽0 +𝛽1 é o resultado médio do grupo de controle no período posterior ao 

choque. 𝛽2 se refere à diferença entre o grupo tratamento e de controle no período anterior 

ao choque, enquanto 𝛽3 é a estimativa do diff-in-diff. 𝛽0 + 𝛽2 é o resultado médio do 

grupo de tratamento no período anterior ao choque e  𝛽0 + 𝛽1 + 𝛽2 + 𝛽3 é o resultado 

médio do grupo de tratamento no período posterior do choque.  

Os procedimentos econométricos foram realizados no Stata. Em relação ao milho, 

foram somados os valores referentes à primeira safra e segunda safra da commodity, 

como divulgadas pelo IBGE, já que a primeira safra é plantada no verão e a segunda, se 

refere à safrinha ou safra de inverno plantada em determinados estados. Dessa forma, 

anualiza-se os valores da produção do milho. 

4. Resultados 

29 

A tabela 4 apresenta os resultados da regressão transformadas por logaritmo. 

Analisando as 5 regressões feitas, percebe-se que o coeficiente de soja e o coeficiente de 

diferenças em diferenças, 𝛽3, apresenta valores positivos e significantes (todos estão 

abaixo de 5% de significância). Assim, na primeira e segunda regressão, após a imposição 

de tarifa em julho de 2018, o valor da exportação em kg e em dólares de soja aumentou. 

Em relação às variáveis de produção, área plantada, colhida e quantum produtivo, 

percebe-se o mesmo comportamento: dado que o coeficiente de diff-in-diff é positivo e 

significante, após a imposição da tarifa, o resultado das variáveis sofreu um aumento em 

relação ao milho e ao período anterior à tarifa. 

Tal resultado implica que após a imposição da tarifa, medida pela variável “dummy 

ano”, a China perde grande parte do suprimento da soja. Dessa forma, o preço da 

commodity é elevado, como pode ser evidenciado pela variável Exportação Valor, que 

mede o nível de preços no mercado. O Brasil, como já era esperado, possui as capacidades 

naturais e de produção devido às grandes fazendas produtoras de soja de suprir as 

necessidades do mercado chinês, dessa forma elevando sua área plantada e área colhida 

e, consequentemente, seu quantum produtivo. Grande parte desse montante é destinado 

ao país asiático, elevando também a variável Exportação kg, que mede a quantidade 

exportada de soja à China. 

Assim, a imposição da tarifa sobre a soja americana pela China trouxe resultados 

positivos para a produção e exportação da soja brasileira.  

Tabela 4 – Resultados da regressão  

Variável 

Exportação 

(Kg) 

Exportação 

(Valor) 

Área 

Plantada 

Área 

Colhida 

Quantum 

Produtivo 

Dummy 

Soja 

Dummy 

Ano 

Diff-in-Diff 

Intercepto 

10,62*** 

7,57 

10,32*** 

7,96 

10,23*** 

5,90 

9,79** 

7,23 

5,90*** 

7,40 

6,43** 

6,92*** 

7,23*** 

6,24*** 

6,24*** 

7,21*** 

7,34*** 

7,04*** 

6,68** 

7,93*** 

Significância: *** <1%; ** < 5%; * < 10% 

Fonte: Elaboração Própria (2022). 

5. Conclusão 

30 

Os resultados apresentados pelo método de diferença em diferença atenderam às 

expectativas de aumento da produção e exportação da soja após o início da guerra 

comercial entre Estados Unidos e China. Devido à criação artificial de um preço maior 

da soja americana exportada pela China – pela imposição das tarifas de importação -, o 

preço brasileiro da commodity apresenta vantagem comparativa. O Brasil possui uma 

vocação natural ao setor agropecuário devido à boas condições climáticas e além disso, o 

setor passou por grande modernização, com grandes investimentos em Pesquisa & 

Desenvolvimento, além de inovações nos bens de capitais, o que permitiu produções com 

qualidade e em terras mais baratas. 

Apesar da China apresentar uma certa estabilização econômica nos últimos anos, 

ainda é esperado que sua população, que está se tornando cada vez mais urbana, passe a 

demandar maiores quantidades de soja pelo aumento de consumo de carnes. Com o menor 

fluxo de exportações de soja dos Estados Unidos para a China, outro player precisaria 

suprir as necessidades do país asiático. Pelas razões anteriormente citadas e pelas relações 

comerciais já firmes entre Brasil e China, principalmente no setor agropecuário, o Brasil 

possui capacidade de aumento da produção de soja e consequente aumento de fluxo de 

exportação da commodity, substituindo parte da parcela de exportação dos Estados 

Unidos e suprindo a demanda reprimida.  

Como comprovado por estudos anteriores, há uma perda de bem-estar geral 

devido às imposições da tarifa já que se trata de uma medida artificial que modifica as 

relações de equilíbrio de preço e quantidade de diversos produtos, como o aço, alumínio, 

soja e seus derivados. Não apenas os dois países envolvidos diretamente no conflito são 

afetados, as relações mundiais também sofrem modificações e consequentemente, há 

impactos sobre os padrões de produção e exportação e a balança comercial de diferentes 

players. Contudo, o Brasil é beneficiado em tal situação no mercado de soja. O coeficiente 

de diferenças em diferenças das variáveis de produção e exportação de soja brasileira são 

estatisticamente significantes o que comprova que há ganhos para o mercado de soja no 

Brasil com a guerra comercial entre Estados Unidos e China.  

Como sugestão para estudos posteriores, seria interessante o uso de um modelo 

econométrico que dependa unicamente do comportamento da soja para medir seus efeitos 

31 

na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Dessa forma, sugere-se aplicar o 

método do controle sintético, que recria o desempenho da soja na ausência da imposição 

das tarifas e ao comparar com o que de fato aconteceu, permite criar conclusões sobre os 

efeitos sob a soja. O controle sintético pode ser utilizado como um método para melhorar 

a análise feita já que não é necessário atender as hipóteses do método de diferenças em 

diferenças, como a de trajetória paralela das variáveis do grupo tratamento e controle. 

6. Referências Bibliográficas 

32 

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WU, Karin; DU, Xiaodong. The Impact of Trade War on Agricultural Land Uses: 

Evidence in the US and Brazil. Agricultural & Applied Economics As. O artigo da autora Manuela de Souza Silva Faria  na Revista Insper.

As recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos, especialmente durante o governo Trump, têm gerado diversos efeitos na economia brasileira, impactando o comércio exterior, o Produto Interno Bruto (PIB) e o emprego. No entanto, os efeitos variam e também podem abrir novas oportunidades para o Brasil, como a busca por novos mercados e um possível impulsionamento em certos setores agrícolas. Segundo a Revista Insper.

Impactos negativos

Queda no PIB: A implementação das tarifas pode causar uma queda significativa no PIB brasileiro, impactando setores e pressionando a economia nacional. Um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) previu uma redução de R$ 25,8 bilhões no PIB em até dois anos após a imposição do "tarifaço".Segundo a Revista Insper.

Redução das exportações: As tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros, formalizadas em decreto em julho de 2025, reduziram as exportações do Brasil para os EUA. Após o anúncio, as exportações brasileiras para os EUA caíram 18,5% em agosto de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a Revista Insper.

Prejuízos em setores específicos: Setores como o de calçados foram prejudicados pelas tarifas, resultando em menor lucro para as empresas. As sobretaxas impactaram particularmente itens como café não torrado, carne bovina e equipamentos de engenharia civil. Segundo a Revista Insper.

Perda de empregos: As tarifas podem levar à perda de postos de trabalho. A Fiemg estimou a perda de 146 mil empregos, entre formais e informais, além de uma redução na renda das famílias. Segundo a Revista Insper.

Pressão inflacionária: A imposição de tarifas, especialmente se houver retaliação por parte do Brasil, pode levar a um aumento da inflação, afetando o poder de compra da população. Segundo a Revista Insper.

Oportunidades e adaptações

Busca por novos mercados: Com as tarifas travando as exportações para os EUA, o Brasil se viu obrigado a buscar novos mercados para seus produtos, o que pode diversificar sua pauta exportadora a longo prazo.   Segundo a Revista Insper.

Crescimento em alguns setores agrícolas: A guerra comercial entre EUA e China, por exemplo, impulsionou a agricultura brasileira. A participação do Brasil nas importações de alimentos da China aumentou significativamente entre 2016 e 2023, enquanto a dos EUA diminuiu.   Segundo a Revista Insper.

Superávit na balança comercial: Apesar dos desafios com os EUA, a balança comercial brasileira tem registrado superávits, indicando um avanço no comércio exterior do país. Por exemplo, em agosto de 2025, o Brasil registrou um superávit comercial total de US$ 6,133 bilhões.  Segundo a Revista Insper.

Confira a reportagem no UOL                               .https://noticias.uol.com.br/colunas/mariana-sanches/2025/10/24/brasil-quer-pausa-no-tarifaco-e-nao-cre-em-emboscada-em-encontro-com-trump.htm

E assim caminha a humanidade 

Imagem ; UOL 
 



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