O silêncio do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, nesses
primeiros sete dias desde que foi confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro
como substituto do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, aumentou de forma
exponencial a expectativa em Brasília diante da primeira entrevista coletiva
dele, finalmente, prevista para esta quarta-feira (22),segundo o jornalista
Gerson Camarotti na manhã desta quarta feira (22).
Nessa primeira semana, as dúvidas só aumentaram em relação ao
combate à pandemia do novo coronavírus, principalmente quando o país já estava
se acostumando a uma rotina de transparência com coletivas diárias da equipe
técnica do Ministério da Saúde,de acordo com o jornalista no seu blog no Portal
G1 da Rede Globo.
Do dia 16 de abril, quando apareceu ao lado de Bolsonaro no
Planalto, até esta quarta, o país só acompanhou monólogos do ministro em
ambientes controlados, seja em dois pequenos discursos no Palácio do Planalto
ou em rápidas transmissões gravadas via internet,de acordo com o jornalista.
Nesta terca-feira (21), o ministro recebeu um treinamento
para conceder entrevistas,segundo relata o comunicador.
Nesse pequeno período, muitas perguntas se acumularam em
plena pandemia. Esse hiato – apenas com informações controladas – foi uma
eternidade para quem acompanha com preocupação o avanço do coronavírus,segundo
o jornalista na manhã de hoje.
Algumas questões sem respostas,de acordo com o comentarista da
Rede Globo:
Qual a posição do ministro em relação à participação de Jair
Bolsonaro em aglomerações ocorridas neste fim de semana?
Quando os testes para diagnóstico do corona vírus chegarão ao
Brasil?
O isolamento social permanece até a execução dessa testagem
em massa ou, independente dos testes, haverá uma flexibilidade acelerada do
isolamento como Bolsonaro tem cobrado publicamente do ministro da saúde?
Outra questão ainda não respondida é sobre a influência do
Palácio do Planalto na nova gestão do Ministério da Saúde. Tudo indica que o
secretário-executivo da pasta será o general Eduardo Pazuello, muito elogiado
entre os colegas do Exército pela capacidade na operação logística.
Porém, a confirmação de Pazuello indica um controle maior do
próprio Bolsonaro nas ações do ministério? Não seria normal que Teich tivesse
mais liberdade para montar sua equipe?,indagou o jornalista.
São perguntas e mais perguntas que ficaram sem resposta
nesses últimos dias,segundo o relato do comentarista no G1 nesta quarta feira.
Á você que está me lendo eu digo: O presidente Jair Bolsonaro
não admite que um ministro seja mais popular do que ele. Antes do próprio Luiz Henrique
Mandetta,o ex juiz Sérgio Moro teve problemas com o mandatário, por este mesmo
motivo.
O grande problema para o presidente, é que o Supremo Tribunal
Federal deu plenos poderes para que governadores e prefeitos determinem suas políticas
de saúde pública nos seus estados e municípios. O calculo político de Jair
Bolsonaro é que se a economia ruir, seu governo entrará em colapso.
O problema é que Nelson Heich não vai colocar sua carreira
médica em risco para agradar ao presidente da República. O ministro da saúde
deve tomar suas decisões com base em dados concretos.
Certamente Nelson Hich já percebeu que está lidando em um
campo minado. Com certeza o ministro da saúde não é bobo e já percebeu que as
questões políticas podem colocar em risco seu trabalho e sua carreira médica.
O foco total do presidente Jair Bolsonaro é a manutenção da
economia e sua reeleição em 2022. O mandatário enxerga nos governadores do Rio
de Janeiro e de São Paulo, seus prováveis adversários em 2022.
O despreparo intelectual do mandatário nacional vai bater de
frente com os conhecimentos científicos do médico Nelson Hich. O ex ministro
Luiz Henrique Mandetta foi demitido por que não levou em consideração o calculo
político do Presidente Jair Bolsonaro. Resta saber o que vai acontecer com o
médico Nelson Hich á frente do ministério.
E assim caminha a humanidade.
Credito da Imagem :Jornal O Globo.
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