domingo, 17 de maio de 2020

A amarga realidade no Brasil.

Eu estava em um cenário de terror. Ele mandava eu ajoelhar, rezar e falar minhas ultimas palavras". Este é o relato da mulher que foi mantida em cárcere privado e agredida pelo ex-namorado durante três dias, em Várzea Paulista (SP).de acordo com o Portal G1 da Rede Globo.

 

O homem, de 48 anos, foi preso na terça-feira (12). A mulher foi libertada por guardas municipais no início de maio, após os vizinhos escutarem o pedido de socorro dela e acionarem a polícia,de acordo com o relato do veiculo.

 

Segundo a Polícia Civil, o suspeito não aceitava o fim do relacionamento e, depois de insistir no retorno, a vítima acabou se reaproximando dele. No entanto, o agressor teria se revoltado com uma mensagem trocada com uma amiga, o que motivou o crime,segundo o relato da reportagem .

 

Segundo a vítima, a reaproximação ocorreu após o homem fazer questão de levá-la para uma cirurgia dentária. Após isso, ela conta que os dois foram para a casa dele, onde ficou presa,de acordo com o Portal neste domingo (17).

 

O homem também a obrigava a enviar áudios para as pessoas dizendo que estava bem,segundo relata o G1.

 

"Estava tentando reatar nosso relacionamento porque estava complicado. Ele tinha problema com meus filhos. Eu bloqueava ele, mas sempre queria acreditar que tudo fosse dar certo. Estava apaixonada, não vou negar. Então, foi tudo muito difícil. Acreditei nas falsas promessas", diz a mulher segundo o G1.

 

Anteriormente, a vítima conta que o homem já tinha apresentado sinais de agressividade, que não queria que a mulher tivesse contato com os filhos e tentava prejudicá-la no trabalho,de acordo com o relato do G1.

 

"Ele queria que eu abandonasse meus filhos de qualquer maneira. Sempre achava uma forma de me privar. Não podia conversar com as pessoas no trabalho, tinha que colocar calça comprida e camisão, nem passar um brilho na boca porque ele seria agressivo", diz a mulher segundo o Portal.

 

Após as investigações, o delegado Rafael Diório Costa, responsável pelo inquérito, pediu a prisão temporária do suspeito. O mandado foi cumprido e o investigado capturado. A polícia também recuperou o celular da mulher, que será analisado,segundo afirma o veiculo .

 

Pedido de socorro

'Tortura dia e noite', relata mulher mantida em cárcere pelo namorado durante três dias em Várzea Paulista relata a mulher mulher mantida em cárcere pelo namorado durante três dias em Várzea Paulista,segundo o G1

A vítima ainda diz que no local do crime não tinha nenhum móvel, apenas um colchão e uma mala de roupas do homem. Após dois dias de tortura, ele precisou voltar para o trabalho e deixou a mulher na casa. Foi quando ela conseguiu pedir ajuda para os vizinhos,de acordo com o veiculo.

 

"Não tinha como eu escapar de maneira nenhuma. A única forma foi gritar para vizinha e pedir para chamar a polícia. Se eu apanhasse mais uma vez não ia aguentar. Ele havia quebrado uma costela minha, batido com chave de fenda, quebrado um cabo de rodo em mim. Eu estava muito machucada. A casa havia sangue por todo lado. Eu não ia ter escapatória." afirmou a mulher segundo o Portal

 

A Guarda Municipal libertou a mulher do local e, junto com o filho dela, foram até a delegacia e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) realizar exames.

 

"Eu estava tão cansada de apanhar que não acreditava que estava viva. Minha mente estava muita confusa e eu estava com muita dor. O tempo todo ele tocava o terror em mim e falava que preferiria morrer do que ser preso." relatou a vitima segundo o G1

 

"Eu consegui ser uma sobrevivente. Eu sou mais uma margem na estatística do feminicídio porque se eu ficasse mais um dia ali, ele ia me matar. Presa com ele eu já estava", diz a jovem segundo o veiculo .

Após o caso, a vítima conta que ficou sabendo de relatos de outras pessoas que também notaram o comportamento agressivo do suspeito,segundo afirma a reportagem.

 

"Quando ele me agrediu disse que nunca tinha batido em mulher, mas me disseram que ele já tinha batido até na mãe e que já tinha sido preso por agressão. Ele disse que ficar preso cinco dias, pra ele, não seria nada. Sempre vi isso acontecer com outras pessoas, mas nunca imaginei que isso aconteceria comigo", explica a jovem segundo o G1.

 

"Emocionalmente eu não posso dizer que estou bem, ainda me emociono muito, a pior coisa é quando preciso voltar para o local. Mexe muito comigo. Eu nem sei como passei por tudo isso.” Relatou a mulher segundo o G1

 

Á você que está me lendo eu digo : Femicídio ou feminicídio é um termo de crime de ódio baseado no gênero, amplamente definido como o assassinato de mulheres, mas as definições variam dependendo do contexto cultural. A autora feminista Diana E. H. Russell foi uma das primeiras a usar o termo e atualmente define a palavra como "a matança de mulheres por homens, porque elas são mulheres". Outras feministas colocam ênfase na intenção ou propósito do ato que está sendo dirigido às mulheres especificamente porque são mulheres; Outros incluem a morte de mulheres por outras mulheres.

 

Muitas vezes, a necessidade de definir o assassinato de mulheres separadamente do homicídio em geral é questionada. Os críticos argumentam que mais de 80% de todos os assassinatos são de homens, então o termo coloca demasiada ênfase no assassinato menos prevalente de mulheres. Além disso, o estudo do femicídio é um desafio social da sociedade patriarcal em que vivemos.

 

 

Eu visitei a Suíça e a Itália em 2013 e pude questionar os suíços e italianos sobre o que é o feminismo. Todos os suíços e italianos que falavam português me disseram que o feminismo Todos os suíços e italianos que eu entrevistei em 2013,me disseram que o feminismo é um conjunto de movimentos políticos,sociais,ideologias e filosofias que tem como objetivo direitos iguais entre homens e mulheres em uma vivencia humana por meio do empoderamento feminino,consequentemente,a libertação dos padrões patriarcais baseados nas normas de gênero.

Bom meus queridos (as) leitores (as):Segundo o que estudei no curso de Jornalismo no FIAAM FAAM,segundo Maggie Humm e Rebecca Walker,a história do feminismo pode ser divida em três fases.A primeira fase teria acontecido no século XIX,a segunda fase nas décadas de 1960 e 1970 e a terceira fase na década de 1990 até os dias de hoje.

A primeira fase do feminismo se refere a um período extenso da atividade feminista que ocorreu durante o século XIX e inicio do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres,na oposição da casamentos arranjados da propriedade de mulheres casadas por seus respectivos maridos.

Podemos dizer historicamente, que nessa primeira fase do feminismo, uma das grandes lutas das mulheres, foi contra o conceito do “ter” e  do “possuir” em relação aos corpos das mulheres. O ativismo feminista passou a lutar contra o conceito do “direito” e da “posse” dos homens em relação as mulheres em uma sociedade extremamente machista.

Entretanto, no fim do século XIX,o ativismo passou a focar principalmente na conquista do poder político,pois nessa primeira fase do feminismo,sempre se afirmou que as mulheres não tinham a capacidade intelectual para o exercício da atividade política. Também nessa primeira fase do feminismo, feministas como Voltairine de Cleyre e Margaret Sanger já faziam campanhas pelos direitos sexuais,reprodutivos e econômicos das mulheres nesta época.

No Reino Unido,as lutas das intelectuais feministas,teve como resultado,a aprovação do direito ao voto para as mulheres acima dos 30 anos de idade que possuíam uma ou mais casas. Em 1928,este direito foi estendido a todas as mulheres acima dos 21 anos de idade.

A primeira fase do feminismo se concentrou basicamente na luta contra o direito do “ter” e “possuir” dos homens em relação as mulheres em uma sociedade extremamente conservadora.Nos Estados Unidos,líderes dos movimentos e pensamentos intelectuais do feminismo,como Lucretia Mott,Lucy Stone,Elizabeth Cady Stanton e Susan B Anthony,lutaram muito contra a escravidão antes de defender o direito ao voto por parte das mulheres.

Susan B Anthony sempre lutou contra os conceitos do “ter” e “possuir” dos homens em relação as mulheres.Susan sempre defendeu que a mulher tinha pleno direito em relação ao seu próprio corpo,que ela via como um elemento na prevenção de gravidez indesejada,através do uso do método contraceptivo.

Já no século XX,tivemos a segunda fase do feminismo.No século XX,em alguns países europeus,as mulheres ainda não tinham direitos importantes. As intelectuais feministas ainda lutavam pelo direito ao voto e da ascensão econômica das mulheres.

Para você ter uma ideia leitor (a): Na Suíça,as mulheres conquistaram o direito ao voto em eleições federais apenas em 1971 e no  cantão de Appenzell Interior as mulheres conquistaram o direito ao voto em questões locais apenas em 1991,quando o cantão foi obrigado a faze-lo pelo Supremo Tribunal Federal da Suíça.

Entretanto, nessa segunda fase do feminismo, ainda tivemos lutas das mulheres contra os valores patriarcais, como os conceitos da “posse” e dos “direitos” dos homens em relação as mulheres. As intelectuais do movimento feminista lutavam pela reforma dos direitos da família que davam aos maridos o controle absoluto  sobre as suas esposas.Sim leitor (a): Para você ter uma ideia,as mulheres não podiam viajar e nem abrir uma conta no banco sem autorização dos seus respectivos maridos.Ou seja: Mais uma vez os conceitos do “ter” e “possuir” pesavam sobre as mulheres.

A segunda fase do feminismo foi marcada pela abolição dos direitos dos homens sobre as mulheres no século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos,embora em muitos dos países da Europa continental,as mulheres casadas ainda tivessem poucos direitos.

Na França, as mulheres receberam o direito de viajar,trabalhar e abrir contras em bancos sem a autorização dos seus maridos apenas em 1965. Na segunda fase do feminismo, as mulheres lutavam, pela punição dos maridos que estupravam as suas esposas.

A terceira fase do feminismo começou no começo da década de 1990, como uma resposta as alegadas falhas na segunda fase do movimento. O feminismo na terceira fase visa contrapor ou evitar aquilo que vê como as definições essencialistas da feminilidade feitas pela segunda fase.

A terceira fase do feminismo foi marcada pela luta das mulheres pela educação e pela luta política para as conquistas das cotas reservada as mulheres nos parlamentos. Na terceira fase do feminismo, as intelectuais feministas passaram a lutar pela igualdade política, econômica e intelectual entre os homens e as mulheres por meio de uma reforma política e legal, sem necessariamente afetar a coletividade contemporânea.

Também tivemos grupos feministas mais específicos na terceira fase, como o feminismo lésbico, que luta pelos direitos plenos das mulheres homossexuais na sociedade. Como também tivemos o feminismo negro, lutando pela ascensão intelectual e econômica das mulheres negras.

Bom caro (a) leitor (a):Mas,voltando ao inicio desse artigo. Todos os suíços e italianos que eu entrevistei em 2013, me disseram que o feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que tem como objetivos direitos iguais entre homens e mulheres em uma vivencia humana por meio do empoderamento feminino, consequentemente, a libertação dos padrões patriarcais baseados nas normas de gênero.

Já aqui no Brasil, eu ouvi comentários do tipo, ”as feministas são mulheres mal amadas, que estão em guerra contra os homens”. Caro (a) leitor (a): Em pleno século 21, ainda temos no Brasil, a lutas das mulheres feministas da primeira fase do feminismo. Os casos de feminicidio que temos tido no Brasil, revelam os conceitos patriarcais do “possuir” e do “ter” em relação às mulheres.

Mesmo nos dias de hoje, o Brasil ainda não rompeu com tradições patriarcais do “possuir” e do “ter” que ainda pesa muito sobre as mulheres brasileiras. Apesar de alguns avanços, o Brasil ainda é um país patriarcal e extremamente machista com relação as mulheres. A triste realidade do patriarcado no Brasil, é que nosso país é um dos cinco países no mundo  aonde mais se mata mulheres no mundo nos dias de hoje.

Essa realidade se refere no conceito do “direito”, da “posse”. No Brasil,ainda estamos nos atrasos da primeira fase do feminismo,aonde se lutava contra o “possuir” e o “direito de ter “ em relação á mulher,conceitos machistas que ainda persistem nos dias atuais. Precisamos romper com esses conceitos patriarcais no Brasil para que tenhamos o direito de construir uma sociedade melhor para as futuras gerações.

É inadmissível termos conceitos extremamente patriarcais em um Brasil que é considerado uma das dez maiores economias do mundo.

Mesmo nos dias de hoje, o Brasil ainda não rompeu com tradições patriarcais do “possuir” e do “ter” que ainda pesa muito sobre as mulheres brasileiras. Apesar de alguns avanços, o Brasil ainda é um país patriarcal e extremamente machista com relação as mulheres. A triste realidade do patriarcado no Brasil, é que nosso país é um dos cinco países no mundo  aonde mais se mata mulheres no mundo nos dias de hoje.

 

 

Essa realidade se refere no conceito do “direito”, da “posse”.No Brasil,ainda estamos nos atrasos da primeira fase do feminismo,aonde se lutava contra o “possuir” e o “direito de ter “ em relação á mulher,conceitos machistas que ainda persistem nos dias atuais. Precisamos romper com esses conceitos patriarcais no Brasil para que tenhamos o direito de construir uma sociedade melhor para as futuras gerações.

É inadmissível termos conceitos extremamente patriarcais em um Brasil que é considerado uma das dez maiores economias do mundo.

 No Brasil, ainda temos o conceito extremamente machista do “ter” e “possuir” em relação ao corpo da mulher. Assim, cabe a nós homens e mulheres rompermos com esse costume patriarcal, decidindo que sociedade vai construir para as nossas futuras gerações.

 

 Temos que romper com o “sentimento da posse” em relação ao corpo da mulher, para que possamos decidir saudavelmente em que sociedade nós queremos viver. Os casos brutais de femincídio  que temos no Brasil é uma resposta do patriarcado a independência e o empoderamento das mulheres. Nos conceitos do "sentimento de posse" que a sociedade patriarcal tem em relação às mulheres, o empoderamento feminino não é aceito de forma alguma em uma sociedade machista.

A independência e a autonomia das mulheres em dizer não á uma investida é uma afronta mortal  aos termos do conceito do poder masculino do patriarcado. No Brasil ainda temos o conceito de as mulheres são um “objeto de posse” na dominação masculina. Entretanto, as mulheres adquiriram empoderamento socioeconômico e passaram a ter o poder de dizer não. Isso é uma afronta  aos “machos alfa” em uma sociedade marcada pelo poder patriarcal que ainda temos no Brasil nos dias atuais.

Entretanto, os casos de femincidio contra as mulheres se tornou insustentável. Nós homens e mulheres teremos que ter a capacidade critica para refletir em nossas mentes sobre qual a sociedade que queremos viver. Temos que ter a autocrítica necessária para raciocinarmos em qual sociedade homens e mulheres querem criar seus (suas ) filhos (as).

Não se pode admitir que as mulheres ainda possam ser  vistas como “objetos de posse” da dominação masculina. Temos que saber refletir se essa é sociedade que queremos deixar para nossas futuras gerações.



E assim segue lutando a humanidade.



Credito da Imagem :Site Poder 360 .


Entenda as discussões sobre o feminismo nos cenários nacional e ...


Nenhum comentário:

Postar um comentário