Eu estava em um cenário de terror. Ele mandava eu ajoelhar,
rezar e falar minhas ultimas palavras". Este é o relato da mulher que foi
mantida em cárcere privado e agredida pelo ex-namorado durante três dias, em
Várzea Paulista (SP).de acordo com o Portal G1 da Rede Globo.
O homem, de 48 anos, foi preso na terça-feira (12). A mulher
foi libertada por guardas municipais no início de maio, após os vizinhos
escutarem o pedido de socorro dela e acionarem a polícia,de acordo com o relato
do veiculo.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito não aceitava o fim do
relacionamento e, depois de insistir no retorno, a vítima acabou se
reaproximando dele. No entanto, o agressor teria se revoltado com uma mensagem
trocada com uma amiga, o que motivou o crime,segundo o relato da reportagem .
Segundo a vítima, a reaproximação ocorreu após o homem fazer
questão de levá-la para uma cirurgia dentária. Após isso, ela conta que os dois
foram para a casa dele, onde ficou presa,de acordo com o Portal neste domingo
(17).
O homem também a obrigava a enviar áudios para as pessoas
dizendo que estava bem,segundo relata o G1.
"Estava tentando reatar nosso relacionamento porque
estava complicado. Ele tinha problema com meus filhos. Eu bloqueava ele, mas
sempre queria acreditar que tudo fosse dar certo. Estava apaixonada, não vou
negar. Então, foi tudo muito difícil. Acreditei nas falsas promessas", diz
a mulher segundo o G1.
Anteriormente, a vítima conta que o homem já tinha
apresentado sinais de agressividade, que não queria que a mulher tivesse
contato com os filhos e tentava prejudicá-la no trabalho,de acordo com o relato
do G1.
"Ele queria que eu abandonasse meus filhos de qualquer
maneira. Sempre achava uma forma de me privar. Não podia conversar com as
pessoas no trabalho, tinha que colocar calça comprida e camisão, nem passar um
brilho na boca porque ele seria agressivo", diz a mulher segundo o Portal.
Após as investigações, o delegado Rafael Diório Costa,
responsável pelo inquérito, pediu a prisão temporária do suspeito. O mandado
foi cumprido e o investigado capturado. A polícia também recuperou o celular da
mulher, que será analisado,segundo afirma o veiculo .
Pedido de socorro
'Tortura dia e noite', relata mulher mantida em cárcere pelo
namorado durante três dias em Várzea Paulista relata a mulher mulher mantida em
cárcere pelo namorado durante três dias em Várzea Paulista,segundo o G1
A vítima ainda diz que no local do crime não tinha nenhum
móvel, apenas um colchão e uma mala de roupas do homem. Após dois dias de
tortura, ele precisou voltar para o trabalho e deixou a mulher na casa. Foi
quando ela conseguiu pedir ajuda para os vizinhos,de acordo com o veiculo.
"Não tinha como eu escapar de maneira nenhuma. A única
forma foi gritar para vizinha e pedir para chamar a polícia. Se eu apanhasse
mais uma vez não ia aguentar. Ele havia quebrado uma costela minha, batido com
chave de fenda, quebrado um cabo de rodo em mim. Eu estava muito machucada. A
casa havia sangue por todo lado. Eu não ia ter escapatória." afirmou a
mulher segundo o Portal
A Guarda Municipal libertou a mulher do local e, junto com o
filho dela, foram até a delegacia e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
realizar exames.
"Eu estava tão cansada de apanhar que não acreditava que
estava viva. Minha mente estava muita confusa e eu estava com muita dor. O
tempo todo ele tocava o terror em mim e falava que preferiria morrer do que ser
preso." relatou a vitima segundo o G1
"Eu consegui ser uma sobrevivente. Eu sou mais uma
margem na estatística do feminicídio porque se eu ficasse mais um dia ali, ele
ia me matar. Presa com ele eu já estava", diz a jovem segundo o veiculo .
Após o caso, a vítima conta que ficou sabendo de relatos de
outras pessoas que também notaram o comportamento agressivo do suspeito,segundo
afirma a reportagem.
"Quando ele me agrediu disse que nunca tinha batido em
mulher, mas me disseram que ele já tinha batido até na mãe e que já tinha sido
preso por agressão. Ele disse que ficar preso cinco dias, pra ele, não seria
nada. Sempre vi isso acontecer com outras pessoas, mas nunca imaginei que isso
aconteceria comigo", explica a jovem segundo o G1.
"Emocionalmente eu não posso dizer que estou bem, ainda
me emociono muito, a pior coisa é quando preciso voltar para o local. Mexe
muito comigo. Eu nem sei como passei por tudo isso.” Relatou a mulher segundo o
G1
Á você que está me lendo eu digo : Femicídio ou feminicídio é um termo de crime de ódio baseado no gênero,
amplamente definido como o assassinato de mulheres, mas as definições variam
dependendo do contexto cultural. A autora feminista Diana E. H. Russell foi uma
das primeiras a usar o termo e atualmente define a palavra como "a matança
de mulheres por homens, porque elas são mulheres". Outras feministas
colocam ênfase na intenção ou propósito do ato que está sendo dirigido às
mulheres especificamente porque são mulheres; Outros incluem a morte de
mulheres por outras mulheres.
Muitas vezes, a necessidade de definir o assassinato de mulheres
separadamente do homicídio em geral é questionada. Os críticos argumentam que
mais de 80% de todos os assassinatos são de homens, então o termo coloca demasiada
ênfase no assassinato menos prevalente de mulheres. Além disso, o estudo do
femicídio é um desafio social da sociedade patriarcal em que vivemos.
Eu visitei a Suíça e a Itália em 2013 e pude questionar os suíços e
italianos sobre o que é o feminismo. Todos os suíços e italianos que falavam
português me disseram que o feminismo Todos os suíços e italianos que eu
entrevistei em 2013,me disseram que o feminismo é um conjunto de movimentos
políticos,sociais,ideologias e filosofias que tem como objetivo direitos iguais
entre homens e mulheres em uma vivencia humana por meio do empoderamento
feminino,consequentemente,a libertação dos padrões patriarcais baseados nas
normas de gênero.
Bom meus queridos (as) leitores (as):Segundo o que estudei no curso de
Jornalismo no FIAAM FAAM,segundo Maggie Humm e Rebecca Walker,a história do
feminismo pode ser divida em três fases.A primeira fase teria acontecido no
século XIX,a segunda fase nas décadas de 1960 e 1970 e a terceira fase na
década de 1990 até os dias de hoje.
A primeira fase do feminismo se refere a um período extenso da atividade
feminista que ocorreu durante o século XIX e inicio do século XX no Reino Unido
e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade
nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres,na oposição da
casamentos arranjados da propriedade de mulheres casadas por seus respectivos
maridos.
Podemos dizer historicamente, que nessa primeira fase do feminismo, uma
das grandes lutas das mulheres, foi contra o conceito do “ter” e do
“possuir” em relação aos corpos das mulheres. O ativismo feminista passou a
lutar contra o conceito do “direito” e da “posse” dos homens em relação as
mulheres em uma sociedade extremamente machista.
Entretanto, no fim do século XIX,o ativismo passou a focar
principalmente na conquista do poder político,pois nessa primeira fase do
feminismo,sempre se afirmou que as mulheres não tinham a capacidade intelectual
para o exercício da atividade política. Também nessa primeira fase do
feminismo, feministas como Voltairine de Cleyre e Margaret Sanger já faziam
campanhas pelos direitos sexuais,reprodutivos e econômicos das mulheres nesta
época.
No Reino Unido,as lutas das intelectuais feministas,teve como
resultado,a aprovação do direito ao voto para as mulheres acima dos 30 anos de
idade que possuíam uma ou mais casas. Em 1928,este direito foi estendido a
todas as mulheres acima dos 21 anos de idade.
A primeira fase do feminismo se concentrou basicamente na luta contra o
direito do “ter” e “possuir” dos homens em relação as mulheres em uma sociedade
extremamente conservadora.Nos Estados Unidos,líderes dos movimentos e
pensamentos intelectuais do feminismo,como Lucretia Mott,Lucy Stone,Elizabeth
Cady Stanton e Susan B Anthony,lutaram muito contra a escravidão antes de
defender o direito ao voto por parte das mulheres.
Susan B Anthony sempre lutou contra os conceitos do “ter” e “possuir”
dos homens em relação as mulheres.Susan sempre defendeu que a mulher tinha
pleno direito em relação ao seu próprio corpo,que ela via como um elemento na
prevenção de gravidez indesejada,através do uso do método contraceptivo.
Já no século XX,tivemos a segunda fase do feminismo.No século XX,em
alguns países europeus,as mulheres ainda não tinham direitos importantes. As
intelectuais feministas ainda lutavam pelo direito ao voto e da ascensão
econômica das mulheres.
Para você ter uma ideia leitor (a): Na Suíça,as mulheres conquistaram o
direito ao voto em eleições federais apenas em 1971 e no cantão de
Appenzell Interior as mulheres conquistaram o direito ao voto em questões
locais apenas em 1991,quando o cantão foi obrigado a faze-lo pelo Supremo
Tribunal Federal da Suíça.
Entretanto, nessa segunda fase do feminismo, ainda tivemos lutas das
mulheres contra os valores patriarcais, como os conceitos da “posse” e dos
“direitos” dos homens em relação as mulheres. As intelectuais do movimento
feminista lutavam pela reforma dos direitos da família que davam aos maridos o
controle absoluto sobre as suas esposas.Sim leitor (a): Para você
ter uma ideia,as mulheres não podiam viajar e nem abrir uma conta no banco sem
autorização dos seus respectivos maridos.Ou seja: Mais uma vez os conceitos do
“ter” e “possuir” pesavam sobre as mulheres.
A segunda fase do feminismo foi marcada pela abolição dos direitos dos
homens sobre as mulheres no século XX no Reino Unido e nos Estados
Unidos,embora em muitos dos países da Europa continental,as mulheres casadas
ainda tivessem poucos direitos.
Na França, as mulheres receberam o direito de viajar,trabalhar e abrir
contras em bancos sem a autorização dos seus maridos apenas em 1965. Na segunda
fase do feminismo, as mulheres lutavam, pela punição dos maridos que estupravam
as suas esposas.
A terceira fase do feminismo começou no começo da década de 1990, como
uma resposta as alegadas falhas na segunda fase do movimento. O feminismo na
terceira fase visa contrapor ou evitar aquilo que vê como as definições
essencialistas da feminilidade feitas pela segunda fase.
A terceira fase do feminismo foi marcada pela luta das mulheres pela
educação e pela luta política para as conquistas das cotas reservada as
mulheres nos parlamentos. Na terceira fase do feminismo, as intelectuais
feministas passaram a lutar pela igualdade política, econômica e intelectual
entre os homens e as mulheres por meio de uma reforma política e legal, sem
necessariamente afetar a coletividade contemporânea.
Também tivemos grupos feministas mais específicos na terceira fase, como
o feminismo lésbico, que luta pelos direitos plenos das mulheres homossexuais
na sociedade. Como também tivemos o feminismo negro, lutando pela ascensão
intelectual e econômica das mulheres negras.
Bom caro (a) leitor (a):Mas,voltando ao inicio desse artigo. Todos os
suíços e italianos que eu entrevistei em 2013, me disseram que o feminismo é um
conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que tem como
objetivos direitos iguais entre homens e mulheres em uma vivencia humana por
meio do empoderamento feminino, consequentemente, a libertação dos padrões
patriarcais baseados nas normas de gênero.
Já aqui no Brasil, eu ouvi comentários do tipo, ”as feministas são
mulheres mal amadas, que estão em guerra contra os homens”. Caro (a) leitor
(a): Em pleno século 21, ainda temos no Brasil, a lutas das mulheres feministas
da primeira fase do feminismo. Os casos de feminicidio que temos tido no
Brasil, revelam os conceitos patriarcais do “possuir” e do “ter” em relação às
mulheres.
Mesmo nos dias de hoje, o Brasil ainda não rompeu com tradições
patriarcais do “possuir” e do “ter” que ainda pesa muito sobre as mulheres
brasileiras. Apesar de alguns avanços, o Brasil ainda é um país patriarcal e
extremamente machista com relação as mulheres. A triste realidade do
patriarcado no Brasil, é que nosso país é um dos cinco países no
mundo aonde mais se mata mulheres no mundo nos dias de hoje.
Essa realidade se refere no conceito do “direito”, da “posse”. No
Brasil,ainda estamos nos atrasos da primeira fase do feminismo,aonde se lutava
contra o “possuir” e o “direito de ter “ em relação á mulher,conceitos
machistas que ainda persistem nos dias atuais. Precisamos romper com esses
conceitos patriarcais no Brasil para que tenhamos o direito de construir uma
sociedade melhor para as futuras gerações.
É inadmissível termos conceitos extremamente patriarcais em um Brasil
que é considerado uma das dez maiores economias do mundo.
Mesmo nos dias de hoje, o Brasil ainda não rompeu com tradições
patriarcais do “possuir” e do “ter” que ainda pesa muito sobre as mulheres
brasileiras. Apesar de alguns avanços, o Brasil ainda é um país patriarcal e
extremamente machista com relação as mulheres. A triste realidade do patriarcado
no Brasil, é que nosso país é um dos cinco países no mundo aonde
mais se mata mulheres no mundo nos dias de hoje.
Essa realidade se refere no conceito do “direito”, da “posse”.No
Brasil,ainda estamos nos atrasos da primeira fase do feminismo,aonde se lutava
contra o “possuir” e o “direito de ter “ em relação á mulher,conceitos
machistas que ainda persistem nos dias atuais. Precisamos romper com esses
conceitos patriarcais no Brasil para que tenhamos o direito de construir uma
sociedade melhor para as futuras gerações.
É inadmissível termos conceitos extremamente patriarcais em um Brasil
que é considerado uma das dez maiores economias do mundo.
No Brasil, ainda temos o conceito extremamente machista do “ter” e
“possuir” em relação ao corpo da mulher. Assim, cabe a nós homens e mulheres
rompermos com esse costume patriarcal, decidindo que sociedade vai construir
para as nossas futuras gerações.
Temos que romper com o “sentimento da posse” em relação ao corpo
da mulher, para que possamos decidir saudavelmente em que sociedade nós
queremos viver. Os casos brutais de femincídio que temos no Brasil é
uma resposta do patriarcado a independência e o empoderamento das mulheres. Nos
conceitos do "sentimento de posse" que a sociedade patriarcal tem em
relação às mulheres, o empoderamento feminino não é aceito de forma alguma em
uma sociedade machista.
A independência e a autonomia das mulheres em dizer não á uma investida
é uma afronta mortal aos termos do conceito do poder masculino do
patriarcado. No Brasil ainda temos o conceito de as mulheres são um “objeto de
posse” na dominação masculina. Entretanto, as mulheres adquiriram empoderamento
socioeconômico e passaram a ter o poder de dizer não. Isso é uma
afronta aos “machos alfa” em uma sociedade marcada pelo poder
patriarcal que ainda temos no Brasil nos dias atuais.
Entretanto, os casos de femincidio contra as mulheres se tornou
insustentável. Nós homens e mulheres teremos que ter a capacidade critica para
refletir em nossas mentes sobre qual a sociedade que queremos viver. Temos que
ter a autocrítica necessária para raciocinarmos em qual sociedade homens e
mulheres querem criar seus (suas ) filhos (as).
Não se pode admitir que as mulheres ainda possam ser vistas
como “objetos de posse” da dominação masculina. Temos que saber refletir se
essa é sociedade que queremos deixar para nossas futuras gerações.
E assim
segue lutando a humanidade.
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