Um homem de 39 anos foi preso na tarde dessa segunda-feira
(25) suspeito de aplicar golpes em estabelecimentos comerciais no município de
Picos, distante 307 km de Teresina. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF),
o homem se apresentou aos policiais como detetive particular. Aos comerciantes,
ela se passava por agente da PRF,segundo a reportagem do Portal G1 da Rede
Globo.
Segundo a PRF, ao realizar a abordagem ao homem que estava
hospedado em uma casa alugada às margens da BR-316, o suspeito se o homem se
apresentou aos policiais como detetive particular e apresentou documentos da
Agência de Inteligência Estratégica (Abrinp),segundo a matéria do Portal.
De acordo com Alexsandro Lima, inspetor da Polícia Rodoviária
Federal (PRF), a ação aconteceu após os comerciantes de estabelecimentos
lesados denunciarem atuação do acusado.
“Ele informava ao comerciante que era Policial Rodoviário
Federal e tentava lograr vantagens se utilizando da função, como tentar deixar
os débitos em restaurantes 'fiado' ou então conseguir realizar compras a
prazo”, explicou o delegado de acordo com o veiculo nesta terça feira (26).
Ainda segundo a PRF, durante a abordagem o homem se
apresentou aos policiais como detetive particular e apresentou documentos da
Agência de Inteligência Estratégica (Abrinp) e confirmou ter se passado por PRF
para abastecer um veículo de sua propriedade e sair sem o devido pagamento do
produto,de acordo com a reportagem.
Os policiais deram voz de prisão ao suspeito e o encaminharam
até a Central de Flagrantes no município de Picos para as providências
necessárias. O homem poderá responder pelo crime de Falsa Identidade previsto
no Código Penal,segundo afirma o G1.
Á você que está me lendo eu digo: O
patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre
os limites do público e os limites do privado. Foi comum em praticamente todos
os regimes autocráticos.
No Brasil, o patrimonialismo fora implantado
pelo Estado colonial português, quando o processo de concessão de títulos, de
terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma
prática político-administrativa em que o público e o privado não se distingue
perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período
colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando
mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.
O patrimonialismo como traço histórico
da sociedade brasileira permanece na crença de que o poder político é a via de
acesso ao poder econômico. O patrimonialismo começou no Brasil quando os
portugueses proibiram a construção de escolas e universidades no Brasil,pois
nosso país servia apenas para enriquecer a coroa portuguesa.Ou seja: No período
colonial brasileiro não havia qualquer distinção entre o público e o privado.
A cultura patrimonialista no Brasil
começou no período colonial,quando o país foi totalmente explorado pela coroa
portuguesa. De certa forma,a mistura entre o público e o privado começou no
período colonial.
Historicamente o Brasil nunca conseguiu
separar o publico do privado na administração pública. Em todos os regimes
governamentais, ainda que o país tenha tido algum progresso com a revolução
industrial, o Brasil nunca conseguiu se livrar da praga patrimonialista herdada
do período colonial.
Eu estive na Suíça e na Itália em
2013.Na Suíça há uma clara distinção entre o público e o privado na
administração pública.O parlamento suíço funciona basicamente em três
princípios fundamentais,transparência,educação e igualdade. Na Suíça não existe
espaço para as delinquências da corrupção que temos no Brasil. Na Suíça os
parlamentares tem custo praticamente zero e sabem a diferença entre o publico e
o privado.
O patrimonialismo brasileiro trabalha
com a ideia de que o poder político é o acesso ao poder econômico. Durante os
322 anos do período colonial em que não tivemos escolas e universidades no
Brasil, o patrmonialismo começou a ser colocado como um meio de ascendência
econômica no alto baronato.
O patrimonialismo impediu com que o
Brasil tivesse de fato fundado uma República em 1889. O termo “república”
deriva do latim Res Publica e significa, literalmente, “coisa pública”, isto é,
aquilo que diz respeito ao interesse público de todos os cidadãos.
No Brasil temos certamente uma
República das Bananas. Sim querido (a) leitor (a): O conceito republicano na
sua absoluta essência não trabalha com o principio de que o poder político é o
acesso ao poder econômico. A verdadeira estrutura republicana trabalha como os
princípios de transparência, educação e igualdade,
valores absolutamente fundamentais do parlamento da Suíça.
O Brasil é considerado uma das dez
maiores economias do mundo. Nosso país tem
potencial natural o suficiente para ser uma superpotência. Entretanto, talvez precisasse
de uma grande revolução. O Brasil talvez precisasse ser refundado para separar
claramente o público e o privado na administração pública.
A Suíça não é um país culturalmente
patrmimonialista. Na Suíça não existe espaços para crimes de colarinho branco
como no Brasil. A república suíça separa claramente os conceitos público e
privado. Infelizmente o Brasil nunca conseguiu resolver essa questão desde o
inicio da sua história.
E assim caminha a humanidade.
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