segunda-feira, 29 de junho de 2020

A tristesa profunda de um jornalista.

A imagem pode conter: Leandro Lúcio De Oliveira Ribeiro




O patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foi comum em praticamente todos os regimes autoritários.



No Brasil, o patrimonialismo fora implantado pelo Estado colonial português, quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado não se distinguem perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.

O patrimonialismo como traço histórico da sociedade brasileira permanece na crença de que o poder político é a via de acesso ao poder econômico. O patrimonialismo começou no Brasil quando os portugueses proibiram a construção de escolas e universidades no Brasil, pois nosso país servia apenas para enriquecer a coroa portuguesa. Ou seja: No período colonial brasileiro não havia qualquer distinção entre o público e o privado.

 A cultura patrimonialista no Brasil começou no período colonial, quando o país foi totalmente explorado pela coroa portuguesa. De certa forma, a mistura entre o público e o privado começou no período colonial.

Historicamente o Brasil nunca conseguiu separar o público do privado na administração pública. Em todos os regimes governamentais, ainda que o país tenha tido algum progresso com a revolução industrial, o Brasil nunca conseguiu se livrar da praga patrimonialista herdada do período colonial.

Eu estive na Suíça e na Itália em 2013.Na Suíça há uma clara distinção entre o público e o privado na administração pública. O parlamento suíço funciona basicamente em três princípios fundamentais, transparência, educação e igualdade. Na Suíça não existe espaço para as delinquências da corrupção que temos no Brasil. Na Suíça os parlamentares tem custo praticamente zero e sabem a diferença entre o público e o privado.

O patrimonialismo brasileiro trabalha com a ideia de que o poder político é o acesso ao poder econômico. Durante os 322 anos do período colonial em que não tivemos escolas e universidades no Brasil, o patrimonialismo começou a ser colocado como um meio de ascendência econômica no alto baronato.

O patrimonialismo impediu com que o Brasil tivesse de fato fundado uma República em 1889. O termo “república” deriva do latim Res Publica e significa, literalmente, “coisa pública”, isto é, aquilo que diz respeito ao interesse público de todos os cidadãos

No Brasil temos certamente uma República das Bananas. Sim querido (a) leitor (a): O conceito republicano, na sua absoluta essência, não trabalha com o princípio de que o poder político é o acesso ao poder econômico. A verdadeira estrutura republicana trabalha como os princípios de transparência, educação e igualdade, pilares absolutamente fundamentais do parlamento da Suíça.

O Brasil é considerado uma das dez maiores economias do mundo. Nosso paias tem potencial natural o suficiente para ser uma potência. Entretanto, talvez precisaria de uma grande revolução. O Brasil talvez precisaria ser refundado para separar claramente o público e o privado na administração pública.

A Suíça não é um país culturalmente patrmimonialista. Na Suíça não existe espaços para crimes de colarinho branco como no Brasil. A república suíça separa claramente os conceitos público e privado. Infelizmente o Brasil nunca conseguiu resolver essa questão desde o início da sua história. E assim esse jornalista iniciante começa a expor uma profunda tristeza.



Hoje confesso minha grande tristeza nessa postagem de hoje: Durante 322 anos entre 1500 a1822 o Brasil foi colônia de exploração e o interesse público no Brasil se fundia ao interesse privado da colônia portuguesa. Durante esses 322 anos, a coroa portuguesa proibiu a construção de escolas, hospitais e universidades públicas no Brasil. Os brasileiros mais abastados estudavam nas coroas europeias. Ou seja. Quem ficava no Brasil, vivia na pobreza durante os 322 anos coloniais. Ou seja. O traço patrimonialista no Brasil é a causa da praga da corrupção no Brasil. Sou antirracista e antifascista. Mas em países de primeiro mundo, não existe o patrimonialismo. Sem patrimonialismo, não existe operação lava jato e nem governos extremistas. Eu estive na Suíça e na Itália em 2013, e pude comprovar isso com os meus próprios olhos. Sem a cultura patrimonialista entranhada em uma nação, não existe operação lava jato. Sem operação lava jato, não há espaços para governos extremistas. Na Suíça e na Itália, não há espaço para governos extremistas. Sendo assim. Não existe espaço para que extremistas dialoguem com um país subterrâneo nos países de primeiro mundo.

Hoje eu estou muito triste por ver brasileiros flertando com a fascismo e o país das trevas. Estou muito triste por ver até aonde o patrimonialismo brasileiro pode nos conduzir. Hoje eu estou triste por ver o meu país flertando com supremacistas brancos.

O Patrimonialismo tem a mentalidade de que o poder político é o acesso ao poder econômico. Contudo, eu estou muito triste, por estar vendo todos os dias, o quanto o patrimonialismo dos tempos coloniais, podem levar ao extremismo, que faz com que brasileiros flertem com as correntes das trevas.

Hoje eu estou muito triste leitor (a). Me sinto triste por ver meu país flertando com o autoritarismo. Estou triste por verificar que o radicalismo nos leva a exaltar as memorias das trevas na nossa história, alegando uma suposta ideia da moralidade.

Hoje eu me sinto triste. Muito triste em ver meu país achando normal, a execução sumária a intolerância, em nome de uma suposta moralidade. Hoje eu estou tão triste em ver um país subterrâneo, flertando com ideias sombrias, alegando a defesa da ordem e da moralidade.

Hoje eu estou muito triste. Muito triste em verificar que lei e ordem, podem se confundir com o ódio  e a falta de empatia, e que isso é normal . Hoje eu estou tão triste em ver meu país flertando com as memorias das trevas. Estou triste por constatar que as memorias das trevas são sinônimos de uma suposta  ordem ,e de uma imaginária  nuvem moralidade para parte dos brasileiros. E com muita tristeza, eu me despeço dos (das)  leitores (as)  no dia de hoje.

E com muita tristeza vejo caminhar a humanidade.

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