sábado, 27 de junho de 2020

O Orgulho LGBT

No Mês do Orgulho LGBT, Congresso receberá cores do arco-íris

Imagem :Site Metrópoles


O Dia do Orgulho LGBT+, celebrado no domingo (28), terá ações de conscientização e atrações culturais no Amapá. A celebração foi antecipada e acontece a partir das 19h deste sábado (27) na web. A partir das 19h uma live no YouTube vai reunir bate-papo, música e performances culturais, segundo a reportagem de hoje no Portal G1 da Rede Globo.

A programação será transmitida no canal da Parada do Orgulho LGBT Macapá. Sem as ações presenciais por causa da prevenção ao novo coronavírus, os debate e as lutas vão acontecer na internet com as temáticas do respeito, da inclusão e da busca por direitos, de acordo com o relato do Portal.

A música ficará por conta de Michele Maycoth, Pagodelas e Jhimmy Feiches e as performances serão comandadas por Luna Pantaleão e Aura. A apresentação fica por conta de Dj Black, Katrielle Velmont, Bryan, Ravena Salvatore e Renan Almeida, segundo o relato da reportagem na manhã de hoje.

Com o tema "Só o amor faz o mundo girar”, a programação busca trazer, além de tudo, informação necessária para formar a conscientização do público LGBT+ e simpatizantes, de acordo com o G1 neste sábado (27).

"O movimento LGBT no Amapá não poderia, nem no período de pandemia, de isolamento social, deixar esse processo passar em branco, porque essa data é extremamente importante", destacou André Lopes, coordenador do Departamento da Diversidade da Prefeitura de Macapá e organizador do evento, segundo o relato da reportagem.

A participação na live é livre e além das atrações artísticas, a programação busca abranger as discussões sobre as políticas voltadas ao segmento, nas áreas de assistência social, saúde e igualdade, de acordo com o relato do Portal da Rede Globo.

"Vamos principalmente falar de política, não dá para fazer movimento LGBT apenas pensando em festa. É importante relembrar que a cada 23 horas um LGBT é morto e precisamos relembrar o que aconteceu em 1969", reforçou o coordenador do movimento segundo o veículo.

A luta de 1969 que o André se refere foi um levante contra a perseguição da polícia às pessoas LGBT, ocorrido nos Estados Unidos e que no ano seguinte resultou na organização na 1° parada do orgulho LGBT, em 1° de julho de 1970, para lembrar o episódio , de acordo com a matéria na manhã de hoje .



Á você que está me lendo eu digo: Homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais. As definições para o termo referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional. A homofobia é observada como um comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação e a violência com base na percepção de que todo tipo de orientação sexual não-heterossexual é negativo.



Entre as formas mais discutidas estão a homofobia institucionalizada (por exemplo, patrocinada por religiões ou pelo Estado, a lesbofobia (a homofobia como uma intersecção entre homofobia e sexismo contra as lésbicas), e a homofobia internalizada, uma forma de homofobia entre as pessoas que experimentam atração pelo mesmo sexo, independentemente de se identificarem como LGBT.



Em 1998, Coretta Scott King, autora, ativista e líder dos direitos civis, declarou em um discurso: "A homofobia é como o racismo, o anti-semitismo e outras formas de intolerância na medida em que procura desumanizar um grande grupo de pessoas, negar a sua humanidade, dignidade e personalidade." Em 1991, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.

A Constituição Federal vigente no Brasil desde 1988 define como objetivo fundamental de “promover o bem estar de todos os cidadãos, sem qualquer preconceito de sexo, raça, cor, idade ou qualquer forma de discriminação”. A expressão “qualquer forma de discriminação” se refere a todas as formas de discriminação não mencionadas claramente no artigo, como por exemplo, a discriminação por orientação sexual.



Durante anos, o Brasil sempre se destacou como ao país aonde mais de mata a população LGBT no mundo. Os ativistas do mundo LGBT alegavam a necessidade de se criminalizar a homofobia para proteger essas pessoas. Os religiosos alegavam que isso seria um privilegio, e que as leis vigentes no Brasil já punem como homicídio.

Acontece que não é tão simples assim. Durante 322 anos, o Brasil foi uma colônia de exploração portuguesa, aonde era totalmente proibida a construção de instituições de ensino no país. Os mais abastados iriam estudar na colônia portuguesa e nos países do exterior, enquanto os demais brasileiros ficavam a mercê da miséria e da desigualdade.

A herança da nossa colonização deixou desigualdades muito profundas, se refletindo na exclusão de grupos minoritários na educação e serviços básicos. Isso facilitou os crimes de intolerância e ódio contra grupos considerados minoritários no Brasil.

Portanto, não podemos ter esse debate com base nas crenças morais e religiosas. As leis brasileiras nunca foram suficientemente capazes para proteger as mulheres, os negros e também a população LGBT. O conservadorismo no Brasil alimenta o ódio e a intolerância a esses grupos específicos.

Cabe ressaltar que a violência contra as mulheres somente começou a ser enfrentada com a lei Maria da Penha. Assim como a violência contra a população negra somente pode ser enfrentada com leis especificas contra o racismo e injuria racial.

Portanto, o Supremo Tribunal Federal deu um passo fundamental ao criminalizar a homofobia e a transfobia, como crimes de racismo, ao reconhecer omissão legislativa em 13 de junho de 2019. O Brasil infelizmente é um país extremamente machista e preconceituoso. Nosso país não é civilizado na tarefa de conviver com a diversidade.

Portanto, a criminalização da homofobia e da transfobia era extremamente necessária. Não era admissível o país que é considerado uma das dez maiores economias do mundo, achar natural cometer crimes de ódio e intolerância no mundo contemporâneo que nós vivemos.


E assim segue lutando a humanidade.


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