Imagem :Site Metrópoles
O Dia
do Orgulho LGBT+, celebrado no domingo (28), terá ações de conscientização e
atrações culturais no Amapá. A celebração foi antecipada e acontece a partir das 19h deste
sábado (27) na web. A partir das 19h uma live no YouTube vai
reunir bate-papo, música e performances culturais, segundo a reportagem de hoje
no Portal G1 da Rede Globo.
A
programação será transmitida no canal da Parada do Orgulho LGBT Macapá. Sem as
ações presenciais por causa da prevenção ao novo coronavírus, os debate e as
lutas vão acontecer na internet com as temáticas do respeito, da inclusão e da
busca por direitos, de acordo com o relato do Portal.
A
música ficará por conta de Michele Maycoth, Pagodelas e Jhimmy Feiches e as
performances serão comandadas por Luna Pantaleão e Aura. A apresentação fica
por conta de Dj Black, Katrielle Velmont, Bryan, Ravena Salvatore e Renan
Almeida, segundo o relato da reportagem na manhã de hoje.
Com o
tema "Só o amor faz o mundo girar”, a programação busca trazer, além de
tudo, informação necessária para formar a conscientização do público LGBT+ e
simpatizantes, de acordo com o G1 neste sábado (27).
"O
movimento LGBT no Amapá não poderia, nem no período de pandemia, de isolamento
social, deixar esse processo passar em branco, porque essa data é extremamente
importante", destacou André Lopes, coordenador do Departamento da
Diversidade da Prefeitura de Macapá e organizador do evento, segundo o relato
da reportagem.
A
participação na live é livre e além das atrações artísticas, a programação
busca abranger as discussões sobre as políticas voltadas ao segmento, nas áreas
de assistência social, saúde e igualdade, de acordo com o relato do Portal da
Rede Globo.
"Vamos
principalmente falar de política, não dá para fazer movimento LGBT apenas
pensando em festa. É importante relembrar que a cada 23 horas um LGBT é morto e
precisamos relembrar o que aconteceu em 1969", reforçou o coordenador do
movimento segundo o veículo.
A
luta de 1969 que o André se refere foi um levante contra a perseguição da
polícia às pessoas LGBT, ocorrido nos Estados Unidos e que no ano seguinte
resultou na organização na 1° parada do orgulho LGBT, em 1° de julho de 1970,
para lembrar o episódio , de acordo com a matéria na manhã de hoje .
Á você que está me lendo eu digo: Homofobia é uma série
de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais,
bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais. As
definições para o termo referem-se variavelmente a antipatia, desprezo,
preconceito, aversão e medo irracional. A homofobia é observada como um
comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação e a violência com
base na percepção de que todo tipo de orientação sexual não-heterossexual é negativo.
Entre as formas mais discutidas estão a homofobia institucionalizada
(por exemplo, patrocinada por religiões ou pelo Estado, a lesbofobia (a
homofobia como uma intersecção entre homofobia e sexismo contra as lésbicas), e
a homofobia internalizada, uma forma de homofobia entre as pessoas que
experimentam atração pelo mesmo sexo, independentemente de se identificarem
como LGBT.
Em 1998, Coretta Scott King, autora, ativista e líder dos direitos
civis, declarou em um discurso: "A homofobia é como o racismo, o
anti-semitismo e outras formas de intolerância na medida em que procura
desumanizar um grande grupo de pessoas, negar a sua humanidade, dignidade e
personalidade." Em 1991, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação
contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.
A Constituição Federal vigente no Brasil desde 1988 define como objetivo
fundamental de “promover o bem estar de todos os cidadãos, sem qualquer
preconceito de sexo, raça, cor, idade ou qualquer forma de discriminação”. A
expressão “qualquer forma de discriminação” se refere a todas as formas de
discriminação não mencionadas claramente no artigo, como por exemplo, a
discriminação por orientação sexual.
Durante anos, o Brasil sempre se destacou como ao país aonde mais de
mata a população LGBT no mundo. Os ativistas do mundo LGBT alegavam a
necessidade de se criminalizar a homofobia para proteger essas pessoas. Os
religiosos alegavam que isso seria um privilegio, e que as leis vigentes no
Brasil já punem como homicídio.
Acontece que não é tão simples assim. Durante 322 anos, o Brasil foi uma
colônia de exploração portuguesa, aonde era totalmente proibida a construção de
instituições de ensino no país. Os mais abastados iriam estudar na colônia
portuguesa e nos países do exterior, enquanto os demais brasileiros ficavam a mercê
da miséria e da desigualdade.
A herança da nossa colonização deixou desigualdades muito profundas, se
refletindo na exclusão de grupos minoritários na educação e serviços básicos. Isso
facilitou os crimes de intolerância e ódio contra grupos considerados
minoritários no Brasil.
Portanto, não podemos ter esse debate com base nas crenças morais e
religiosas. As leis brasileiras nunca foram suficientemente capazes para
proteger as mulheres, os negros e também a população LGBT. O conservadorismo no
Brasil alimenta o ódio e a intolerância a esses grupos específicos.
Cabe ressaltar que a violência contra as mulheres somente começou a ser
enfrentada com a lei Maria da Penha. Assim como a violência contra a população
negra somente pode ser enfrentada com leis especificas contra o racismo e
injuria racial.
Portanto, o Supremo Tribunal Federal deu um passo fundamental ao
criminalizar a homofobia e a transfobia, como crimes de racismo, ao reconhecer
omissão legislativa em 13 de junho de 2019. O Brasil infelizmente é um país
extremamente machista e preconceituoso. Nosso país não é civilizado na tarefa
de conviver com a diversidade.
Portanto, a criminalização da homofobia e da transfobia era extremamente
necessária. Não era admissível o país que é considerado uma das dez maiores
economias do mundo, achar natural cometer crimes de ódio e intolerância no
mundo contemporâneo que nós vivemos.
E assim segue lutando a humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário