
Credito da Imagem :Site Poder 360.
O superintendente de Inovação, Pesquisa e Educação em Vigilância
Sanitária, Fiscalização e Controle de Zoonoses da Prefeitura do Rio de Janeiro,
Flávio Graça, se impressionou com a repercussão de uma das fiscalizações do
setor onde trabalha, após imagens dele sendo ofendido por um casal serem
exibidas no Fantástico do último domingo (5), segundo a reportagem do Portal G1
da Rede Globo.
Segundo ele, as ofensas durante o trabalho não são incomuns e fazem
parte do cotidiano de quem tenta fazer com que as regras que determinam o
distanciamento social e limpeza dos estabelecimentos sejam cumpridas, de acordo
com o relato do Portal.
“As pessoas começaram a proferir palavras agressivas, xingamentos,
palavras de baixo calão. Aí pegaram os celulares e colocaram apontando
diretamente para o rosto dos fiscais, a cinco ou dez centímetros do rosto. Não
era uma filmagem, era uma forma de agressão”, explicou Graça segundo o relato
do veículo nesta segunda feira (6).
Neste fim de semana, Graça foi ofendido por um casal durante uma
fiscalização. “Cidadão não, engenheiro civil, formado, melhor do que você”,
disse uma das frequentadoras de um restaurante na Rua Olegário Maciel, na Barra
da Tijuca, fechado pelos fiscais, segundo o relato da reportagem na manhã desta
segunda feira.
Ocupando o cargo de superintendente desde 2017, Flávio disse que não se
ofendeu com a fala, de acordo com o Portal da Rede Globo.
“Qualquer xingamento contra a minha pessoa, contra a minha família ou
uma tentativa de diminuir não me atinge, em nenhum momento, a minha
integridade. É tão pequeno que não havia a necessidade de retrucar”, explicou o
fiscal de acordo com o relato do Portal.
Flávio é formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal
Fluminense (UFF) e tem doutorado pela Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ). Ele já atuou como coordenador de cursos de pós-graduação,
segundo afirmou o G1.
A Prefeitura do Rio interditou cinco bares e aplicou 132 multas no
primeiro fim de semana de reabertura de bares e restaurantes após as medidas de
isolamento social por causa da pandemia, de acordo com o Portal nesta segunda
feira.
Segundo ele, o problema na fiscalização na noite que aconteceu no sábado
(4) na Barra foi quando ele fez um registro da porta do restaurante, lotada e
com aglomeração de pessoas, para a comprovação da denúncia, de acordo com o
relato do Portal.
“Assim que chegamos ao local e comprovamos a aglomeração, eu filmei a
porta porque a gente sempre guarda uma imagem para qualquer tipo de
questionamento. Alguns clientes se levantaram e vieram contra mim, dizendo que
não autorizavam a imagem. Eu disse que não estava filmando, a imagem era só
para comprovar o descumprimento da norma. Aí vieram três proprietários, dois
deles bastante alterados, e os clientes também, que nos rodearam”, destacou o
superintendente segundo afirmou o Portal da Rede Globo.
De acordo com Flávio, uma parte da equipe ficou na porta e o resto
entrou para comprovar se havia alguma irregularidade dentro do estabelecimento.
A entrada dos fiscais não diminuiu as ofensas do lado de fora, segundo informou
o G1.
A cena que gerou repercussão aconteceu a partir daí, quando ele advertiu
o homem, de acordo com a reportagem.
“Aí eu falei: 'Então você se contenha, cidadão'. Na hora que eu falei
cidadão, as pessoas ficaram ofendidas. Ali eles demonstraram uma ignorância.
Porque cidadão é tudo o que a gente esperava que eles fossem e eles não eram”,
ressaltou o superintendente segundo a informação do G1.
A fiscalização durante o fim de semana aconteceu com o apoio da Polícia
Militar e da Guarda Municipal. A necessidade de apoio foi verificada na
fiscalização de sexta (3), de acordo com a informação da reportagem.
Segundo o superintendente, os fiscais são treinados para não responderem
a provocações e, quando isto acontece, geralmente indica que há uma
irregularidade, segundo citou o Portal.
“A gente faz um trabalho técnico e também psicológico com os fiscais,
advertindo que, nas nossas inspeções, vão ter pessoas que tentam desviar o
foco, principalmente quando estão erradas, na tentativa de fazer com que você
desça o nível. E se o fiscal cai, ele desvia o foco”, explicou o profissional
segundo relato da matéria.
Além do problema de aglomeração, os fiscais encontraram problemas
relacionados a limpeza e venda de produtos fora da validade, segundo o G1.
“Carnes fora da validade que estavam sendo vendidas. Aquelas pessoas que
nos agrediram estavam consumindo carne vencida e pagando por isso”, finalizou
Flávio Graça, de acordo com a informação do Portal.
Á você que está me lendo eu digo: O decoro é o respeito as regras de convivência
social. No campo do direito, é o termo utilizado para circunscrever um código
de ética e conduta em determinadas instituições.
O decoro parlamentar é a uma conduta individual em que autoridades
públicas devem dar o exemplo de conduta a sociedade.
O decoro parlamentar está descrito no regimento interno no de cada casa
no Parlamento Nacional Brasileiro. Na Constituição Federal do Brasil, diz que é
" incompatível com o decoro parlamentar e das autoridades públicas, além
dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas,
asseguradas á membros do congresso nacional ou a percepção de vantagens e de
condutas incompatíveis com a administração pública.
O Presidente Jair Bolsonaro nunca seguiu o decoro que regulamenta as
condutas individuais de gestores públicos. Pelo contrário. O mandatário
nacional apenas é um animador de plateia para seus seguidores olavistas.
Os ideais de extrema direita da ala ideológica, comandada por Olavo de
Carvalho e pelos filhos do mandatário, contraria todas as prerrogativas do
decoro parlamentar que rege a conduta de um Presidente da República.
Ou seja: Acontecimentos assim são comuns em um país aonde mensagens
conflitantes são passadas a população durante a crise sanitária que estamos
vivendo.
O decoro parlamentar nunca foi o ponto forte de Jair Bolsonaro. Mesmo
quando era deputado federal, o ex militar sempre foi adepto de um extremismo
totalmente incompatível com a administração pública.
Sendo assim, trazer Jair Bolsonaro ao bom senso, é o próprio contra
senso. O bom senso e o decoro, definitivamente, não são as qualidades
potenciais de Jair Bolsonaro.
E assim caminha a humanidade.
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