O governo de São Paulo irá alterar a taxa mínima de ocupação de leitos de UTI, um dos critérios previstos no plano de medidas para a flexibilização da economia estadual. As mudanças devem ser anunciadas nesta segunda-feira (27) pelo governador João Doria (PSDB), segundo a reportagem do Portal G1 da Rede Globo.
Segundo João Gabbardo, coordenador-executivo do comitê de saúde estadual, a medida foi solicitada pela equipe técnica em função dos custos e da demanda de leitos para outras comorbidades. Entretanto, ele não revelou quais serão os novos índices, segundo o relato do Portal.
A determinação em vigor prevê taxa de ocupação de leitos de Covid-19 abaixo dos 60% para que as cidades que estão na fase amarela possam avançar à fase verde, de acordo com a reportagem na manhã de hoje.
"A capital de São Paulo está trabalhando hoje com um pouco mais de 64% de ocupação. Temos aí mais de 30% dos leitos ociosos. O que acontece: A tendência de São Paulo é de redução do número de leitos porque tem reduzido o número de casos, tem reduzindo o número de internações, e esses leitos ficarem ociosos, tem a questão do custo, mas tem uma outra coisa que é mais importante que o custo, existem as necessidades das pessoas por outras situações que não são Covid. As pessoas continuam tendo infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), acidentes automobilísticos, e todas essas demandas precisam de atendimento de UTI e esses leitos estavam sendo priorizados para Covid", disse o coordenador em entrevista à GloboNews na manhã desta segunda (27), segundo o veiculo.
Gabbardo afirma que o comitê vê redução do número de internações por corona vírus e solicitou a alteração, de acordo com o G1 na manhã de hoje.
“Neste momento, com essa redução da necessidade, há possibilidade de que nós tenhamos uma disponibilidade um pouco maior para o atendimento das outras situações que também são necessárias. Essa é a solicitação, é isso que o Centro de Contingência avaliou, e o governador deve anunciar nos próximos dias, talvez anuncie ainda hoje, alguma modificação em relação a essa necessidade do cumprimento da disponibilidade de leitos de UTI.” declarou Gabbardo segundo o G1.
Neste sábado as taxas de ocupação dos leitos das unidades de terapia intensiva (UTI) se mantiveram estáveis em 65,6% no estado e 63,6% na Grande São Paulo. No sábado, as taxas eram de 66,1% no estado e 63,6% na Grande São Paulo, de acordo com o Portal na manhã desta segunda feira (27).
Ainda de acordo com Gabbardo, a cidade de São Paulo deverá avançar para a fase verde nas próximas semanas, de acordo com o G1.
Entretanto, o coordenador afirmou que a chegada à fase azul, também denominada pelo governo de 'normal controlado', só será possível com a população imunizada, ou seja, após a garantia da vacina, segundo o relato do Portal.
Á você que está me lendo eu digo : Ainda que o Supremo Tribunal Federal tenha dado autonomia para que governadores e prefeitos tomem medidas de combate a pandemia. Os governadores e prefeitos não fazem milagre sem o apoio do Governo Federal.
Existem competências especificas que somente o Governo Federal tem, como por exemplo, comprar títulos e emitir moedas no tesouro nacional. Sem dúvida, o Presidente Jair Bolsonaro deveria ter dado apoio maior aos estados e municípios no combate a pandemia.
Neste momento tão delicado que o país vive, seria fundamental uma coordenação conjunta entre estados, municípios e a união no combate ao corona vírus. Então, por mais que eu já tenha criticado o governador João Doria em algumas postagens, é injusto culpá-lo pela pandemia no Estado de São Paulo.
Os poderes de ação dos governadores e prefeitos se tornam poucos sem o apoio do Governo Federal, pois somente a união tem poder de emitir moedas, oferecer garantias bancárias e socorrer estados e municípios. É cedo para avaliarmos o impacto da pandemia nas eleições municipais, pois vivemos um clima de acirramento politico bem atípico no país.
Os grandes partidos políticos no Brasil foram totalmente estigmatizados pela Operação Lava Jato, e isso dá uma chance enorme para que o acirramento politico também influencie as eleições municipais. Entretanto, por outro lado, os governadores e prefeitos estão fazendo o papel que caberia ao mandatário da nação.
Na atual conjuntura, são os governadores e prefeitos que estão presidindo o país no combate a pandemia do corona vírus. Contudo, é preciso mais tempo para avaliarmos os efeitos do acirramento politico nas eleições municipais deste ano.
E assim caminha a humanidade.
Imagem : Site Cidade e Cultura.
Muito obrigado por comentar Luiz.
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