domingo, 13 de setembro de 2020

A triste realidade no Rio de Janeiro.

 O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) diz ter encontrado indícios de “bilionárias movimentações atípicas” da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e afirmou ser “verossímil concluir” que a entidade religiosa está sendo “utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal” do Rio. O prefeito Marcelo Crivella é bispo licenciado da Iurd, segundo a informação de hoje no Portal G1 da Rede Globo.

A investigação do MP começou em março deste ano e investiga um suposto 'QG da Propina' na Prefeitura do Rio, segundo o relato do veiculo.

A análise que cita a Universal está presente em documento de 262 páginas, assinado com data de 2 de setembro deste ano, enviado à Justiça pelo Subprocurador-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins, de acordo com o relato do Portal na manhã de hoje.

Nessa petição, a que o G1 teve acesso, o sub-procurador geral cita a existência de um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, apontando que a entidade religiosa “foi objeto de comunicação em razão da identificação de movimentações financeiras de R$ 5.902.134.822,00”, entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019, de acordo com o relato do veiculo neste domingo (13).

O G1 apurou que o RIF reúne informações de vários CNPJ’s da IURJ. E inclui movimentações de entrada e saída de dinheiro vivo, assim como transferências bancárias. O registro de movimentação atípica em um RIF do COAF não significa a necessária ocorrência de um crime, de acordo com o relato da reportagem.

Segundo narra o MPE-RJ, a ocorrência que justificou a comunicação ao COAF tem relação com o artigo 1º, inciso I, item “b” da Carta Circular de número 3.542 do Banco Central do Brasil. Tal trecho da norma trata de “movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades possuam como característica a utilização de outros instrumentos de transferência de recursos, tais como cheques, cartões de débito ou crédito”, segundo relatou o G1.

Nos documentos obtidos pelo G1, não há detalhes de como funcionaria essa suposta lavagem de dinheiro. O sub-procurador geral, no entanto, faz tal alegação após analisar várias provas colhidas, entre elas: “as bilionárias movimentações atípicas” da IURD, a “notória vinculação” de Crivella com a igreja e o “envolvimento de Mauro Macedo na trama criminosa”, segundo o Portal.

Á você que está me lendo eu digo : O patrimonialismo é um conceito desenvolvido por Max Weber que refere-se à característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foi comum em praticamente todos os absolutismos.
O monarca gastava as rendas pessoais e as rendas obtidas pelo governo de forma indistinta, ora para assuntos que interessassem apenas a seu uso pessoal (compra de roupas, por exemplo), ora para assuntos de governo (como a construção de uma estrada). Como o termo sugere, o Estado acaba se tornando um patrimônio de seu governante.
O Brasil é considerado uma das dez maiores economias do mundo. Contudo, o nosso país nunca se livrou da cultura patrimonialista herdada do período colonial. Mesmo a modernização industrial nunca tornou o Brasil capaz de separar o público e o privado na administração pública.
Certamente, teremos que aguardar os desdobramentos dos fatos e das investigações sobre os fatos narrados pela reportagem do UOL sobre a prefeitura do Rio de Janeiro. Certamente, teremos desdobramentos ainda maiores nos próximos dias.
Infelizmente o meu querido Rio de Janeiro foi tomado por uma corrupção totalmente aleatória. Infelizmente, os larápios se apropriaram da administração pública no meu Rio de Janeiro.
Eu fico muito, mas muito triste, em ver meu Rio de Janeiro se transformar em um antro tão grande de incompetência e imoralidade. Mas, de certa forma, o Rio de Janeiro reflete o nosso país que nunca teve capacidade de fazer a separação do público e do privado na administração pública.
O Rio de Janeiro reflete a corrupção pluripartidária que assolou todos os cantos do Brasil. Vimos nos últimos anos a escandalização da incapacidade do nosso país em distinguir o público e o privado na administração pública.
O Rio de Janeiro foi um dos estados que mais sofreram com a pandemia do corona vírus, e um dos que tiveram a maior alta de óbitos. Os corruptos na estrutura politica no Rio de Janeiro deveriam ser processados por crimes contra a humanidade. Pois, convenhamos, não há outro modo de se classificar desvios públicos na administração pública ,em um estado que foi tão castigado pelo corona vírus.

E assim caminha a humanidade.




Imagem : Portal G1 da Rede Globo.


Prefeitura do Rio faz contrato de R$ 315 milhões com assessoria de  investimentos | Rio de Janeiro | G1


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