O Planalto quer que o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado, deixe o posto, após ele ter sido alvo da Polícia Federal durante operação deflagrada nesta quarta-feira (14) para combater um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, destinados ao combate da pandemia do coronavírus em Roraima. Durante a abordagem pela PF, ele tentou esconder dinheiro na cueca, de acordo com a jornalista Andréia Sadi, no Portal G1 da Rede Globo.
No Planalto, a ordem é que o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), converse com ele para que o senador deixe o posto por inciativa própria. Caso contrário, será destituído, de acordo com o relato da repórter.
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), disse ao blog defender que Chico Rodrigues deixe o posto para se defender, de acordo com a jornalista na manhã de hoje.
O flagra envolvendo o vice-líder irritou o Planalto, uma vez que a repercussão negativa para a imagem do governo ocorre uma semana após Bolsonaro ter dito que não havia mais Lava Jato por que a corrupção tinha acabado em seu governo, de acordo com a jornalista, na manhã desta quinta feira (15).
Á você que está me lendo eu digo :O patrimonialismo foi implantado no Brasil pelo Estado colonial português, quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado não se distingue perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confusão entre o público e o privado.
Infelizmente, o nosso país é completamente incapaz de distinguir o público e o privado na administração pública. Existe uma zona cinzenta na administração pública brasileira, aonde o traço patrmimonialista do Brasil, dá uma margem muito grande para este tipo de conduta. E, para analisar o patrimonialismo brasileiro, é completamente inútil enxergarmos esse problema histórico pelas nossas preferencias políticas.
Eu estive na Suíça e na Itália em 2013, nesses dois países, o estado distingue claramente o público e o privado na administração pública. Para você ter uma ideia leitor (a): O Parlamento suíço trabalha basicamente com três conceitos fundamentais, transparência, educação e igualdade. Na Suíça e na Itália, existe um conceito claro de uma República, como um trato da coisa pública.
E assim caminha a humanidade.
Imagem : Jornal O Globo.
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